A Vida

Capítulo 29


Capítulo 29

Autora (n/a: sugiro que releiam o capítulo 27 para entender, ou só a narrativa da Mila, acho que já serve)

Bia estava tão atônita com a presença do bicho, que se não fosse por Tess, que a jogou no chão, teria sido atingida em cheio por uma coluna de fogo.

Ela ouviu o barulho de algo explodindo e fitou Tess. Os dois sabiam que aquilo não era nada bom.

Ally e James chegaram correndo ao convés e ficaram estatelados olhando para o dragão. Ally o observava boquiaberta, aquilo não estava certo!

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– Esse bicho não devia ter asas! - ela exclamou contrariada.

– Bom, esse tem - disse Dani chegando atrás dela.

Bia e Tess se levantaram e correram em direção aos amigos que já estavam todos reunidos na porta do convés.

– Bem, agora nós temos o que fazer - disse Tommy.

– Ele é maior do que aparenta - disse Tyler que tinha acabado de assumir a forma humana - Mas as escamas tem pequenas separações. Talvez possamos atingi-lo lá.

James e Tess se entreolharam, os dois com as espadas em mãos assim como todos os outros,que tinham as armas em punho. Eles assentiram um para o outro em um acordo silencioso e se viraram para o grupo.

– Tommy, você é o arqueiro - disse James - Acerte todo e qualquer ponto vulnerável e nos dê cobertura.

– Amanda, preciso de suas bolas de fogo.Tente atingir os olhos e as asas - continuou Tess - Mary, você não pode criar fogo, mas não se queima, é o nosso trunfo contra ele. Tente descobrir o ponto fraco e atingi-lo. Se não conseguir, peça ajuda.

As irmãs netas de Hesfesto assentiram.

– Lara, Tyler - disse James - Nós três vamos atacar pelo ar. Os outros nos deem cobertura e tentem atacar as asas, se esse bicho cair, nós vencemos.

Todos assentiram e tomaram suas posições. Lara e James levantaram voo, logo seguidos de Tyler que tinha tomado forma de um gavião anormalmente grande. Tommy armou o arco e se preparou para atirar. Amanda e Mary trocaram um olhar e seguiram cada uma para um lado, Amanda com bolas de fogo nas mãos e Mary com a espada em punho.

Tommy acertava as flechas nas fissuras entre as escamas, mas isso só parecia irritar mais o dragão. Tyler,em forma de águia, tentava atacar seus olhos e Lara lançava raios, enquanto os outros tentavam atingir qualquer parte desprotegida de seu corpo ou ferir suas asas.

Logo ficou claro que sua couraça era à prova de fogo. O que lhes dava uma vantagem, era o fato de o dragão ser uma serpente com asas, ou seja, sem braços ou pernas, mas não demorou muito para que eles percebessem que ele não precisava disso.

Uma bola de fogo,lançada por Amanda, atingiu um dos olhos do bicho o fez se revirar e soltar mais uma rajada de fogo. Mary, que estava na linha de frente, não se incomodou com o fogo, mas ele a cegou por alguns segundo, fez com que a garota não visse que a cauda do bicho ia em sua direção. Quando percebeu já era tarde de mais, ela não pode fazer nada, só esperou o impacto, mas no último segundo alguém a jogou no chão.

Mary, ainda dolorida pela queda repentina, olhou para frente. Em cima dela estava Daniel, com o corpo servindo de escudo. Ela levantou os olhos e o fitou confusa.

– V-Você disse que n-não me ajudaria - ela gaguejou.

Daniel se levantou e olhou em seus olhos.

– Eu menti - ele disse simplesmente,antes de sair.

Dylan, logo nos primeiros momentos, decidiu que faria algo útil. Ele sentia a aura dos mortos naquele navio. Haviam tido batalhas ali, talvez ele pudesse invocar essas almas.

Dylan fechou os olhos e se concentrou. Ele sentiu uma força percorrendo seu corpo e soltou um urro. Quando abriu os olhos estava cercado por pelo menos vinte fantasmas. Eles não eram completamente nítidos, mas era possível ver que alguns eram metade gente, metade golfinho (N/a: pra quem não lembra, Marca de Atena. No navio de crisaor tinham homens golfinho. Não sei se alguns morreram no Argo II, mas vamos fingir que sim). Dylan resolveu não argumentar e fitou os espíritos sério:

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– Deem cobertura aos outros e ataquem o dragão - ele ordenou - Poderão descansar assim que ele cair.

Os espíritos assentiram e atacaram o dragão, logo seguidos de Dylan e sua espada de ferro estígio.

O monstro havia enroscado o corpo no navio, atravessando o convés e começando o destruir a proa quando uma tempestade se formou. Tess, que estava nas costas no animal, olhou em volta e achou Alex.

Ela estava parada com os olhos fechados e braços abertos. Um vento muito forte a envolvia balançando suas roupas e fazendo seus cabelos ficarem nos ares. Logo o céu estava completamente escuro e relâmpagos e trovões soavam. Alex abriu os olhos, todo o globo ocular estava azul. Um azul intenso, escarlate e que fazia a garota, naquela situação, parecer um tipo de mutante. Alex deu um sorriso divertido e fechou as mãos. Tess só teve tempo de pular de cima do monstro antes que o raio o atingisse. O raio atingiu exatamente o olho da fera e era tão forte, que luz que emitiu foi o bastante para cegar a todos por alguns segundos.

Quando puderam enxergar, só encontraram um pó no chão e um cheiro de queimado no ar.

– Bem, acho que ele não vai nos perturbar tão cedo - disse Alex, piscando e voltando os olhos a cor normal.

Ela cambaleou e desmaiou. Tyler, que ainda estava na forma de gavião, voou até ela e assumiu a forma humana no exato momento para segura-la.

Todos a fitavam atônitos, nunca tinham visto tal demonstração de poder. Claro, ela já invocara muitos raios e tempestades, mas nenhuma tão grande como aquela, e nenhum raio tão forte. Tess lembrou de seus olhos, completamente azuis e parecendo emanar poder.

Ally foi a primeira a sair do choque.

– Tyler, leve ela para a enfermaria - ela mandou já descendo em direção a mesma.

Tyler a seguiu e Amanda finalmente acordou. Ela se desesperou com a situação da amiga e segurou o braço de Bia, que a fitou ainda confusa.

– Você é descendente de Apolo, não é? - perguntou Amanda.

– Sim, mas...

Bia não conseguiu terminar, pois fui puxada por Nanda em direção a enfermaria. Ao chegarem lá encontraram Tyler saindo da enfermaria. Ele fitou Bia e respirou fundo.

– Bem, não preciso mais te chamar - ele disse e saiu andando.

Bia e Nanda adentraram na enfermaria, e essa última correu em direção a Alex e segurou sua mão.

– Ai, que bom que chegou! - disse Ally indo em direção a Bia - Agora vamos! Bote o seu lado descendente de Apolo para funcionar!

Bia parou à frente de Alex e fitou Ally.

– Eu não sei como fazer isso - ela se desculpou.

– Só respire fundo e se concentre - pediu Ally - Está no seu sangue.

Bia assentiu e fitou Alex. Mesmo não sabendo como,ela precisava ajuda-la. Em um extinto, Bia levou a cabeça até o peito da garota e percebeu que tanto seus batimentos como sua respiração estavam mais lentos, como se poupasse energia.

Sem exitar, Bia colocou um pedaço de ambrosia na boca da garota e lhe deu um pouco de água.

– Ela está com uma hipoglicemia - disse sem pensar - Toda a glicose do sangue dela foi utilizada para fornecer energia para que ela fizesse a tempestade. Ela só precisa beber água e repor a glicose, logo vai estar bem.

Ally e Nanda fitaram Bia atônitas e essa corou e abaixou a cabeça.

– Não sei da onde tirei isso - admitiu.

Mas antes que as duas pudessem dizer qualquer coisa, Dylan entrou no quarto em disparada e segurou a mão livre de sua irmã gêmea. Ela fitou as três em busca de respostas.

– Ela vai ficar bem - afirmou Ally - Logo logo vai acordar.

Dylan suspirou e assentiu, agradecendo. Nanda lembrou que nem ele sabia o total motivo para a dedicação da irmã nessa missão. Coisa que ela mesma só tinha descoberto algumas horas antes.

Flashback on

Alex e Nanda trabalhavam na sala de máquinas do navio. As duas tinham sido escalados para limpar e fazer reparos naquele lugar, ou melhor, Alex limpava e Nanda fazia os reparos.

– Você parece animada demais - reparou Alex.

– Não é nada - ela garantiu - Só estou aliviada por não ter caído com Tyler.

Alex limpou mais algumas engrenagens e disse:

– Não entendo o porquê disso - admitiu - Você realmente não gosta dele?

Nanda respirou fundo.

– Não é isso, eu... Eu gosto dele - admitiu - Mas tenho medo de me machucar. Sabe, da mesma maneira que Mary se machucou. Eu vi como ela sofreu, não quero passar por isso.

Alex parou de limpar e se virou para Nanda. Quer dizer que ela gostava de Tyler?!

– Mas você não pode se esconder para sempre - disse Alex - Precisa se arriscar, tentar! Eu, pessoalmente, acho que Tyler gosta tanto de você que seria incapaz de te magoar.

Nanda respirou fundo e olhou nos olhos da amiga.

– Talvez um dia, quando eu estiver pronta - ela disse - Mas não vamos falar de mim, sou complicada demais! Me diga, o que está acontecendo?

Alex virou de costas e voltou a limpar as engrenagens.

– Não sei do que está falando.

Nanda revirou os olhos e limpou as mãos sujas de graxa em sua blusa.

– Nem tente, Alex, você está estranha desde que seus pais saíram do acampamento - disse Nanda - Fale logo, o que está acontecendo?

– Lógico que estou estranha - disse Alex sem se virar - Meus pais saíram em uma missão e não voltaram!

– Isso aconteceu com todo nós! - disse Nanda segurando Alex pelos ombros e a fazendo olhar em seus olhos - Vamos, me diga, você sabe que não vou contar a ninguém. E, além do mais, o que quer que seja, você não pode guardar para si, vai te fazer mal!

Alex desviou os olhos e sentou o chão, encostada na parede. Nanda sentou a seu lado e esperou, sabia que já tinha convencido a amiga a falar.

– Pouco antes de rodos sumirem, minha mãe começou a se sentir mal - começou Alex - Ela não disse nada para o meu pai para não preocupa-lo, mas não conseguiu esconder de mim, eu logo percebi que ela não estava bem.

"Nós fomos até um médico e ele fez alguns exames, mas avisou que eles só sairiam alguns dias depois. O médico desconfiou de uma coisa e pediu que minha mãe fizesse um teste de farmácia. Ela comprou o teste e o fez, deu positivo, ela estava grávida."

Nanda mal podia acreditar no que ouvia. Então Thalia estava grávida?! Por que ela tinha ido naquela missão?! Ela não fez as perguntas, porque, só pelo rosto de Alex, era possível saber que ela também não tinha as respostas.

" Minha mãe decidiu que só contaria para meu pai quando o exame chagasse, mas ele só chegou depois que seus pais sumiram, e ela já estava decidida a ir.

Meu pai tentou convence-la, mas minha mãe não cedeu de maneira nenhuma. Ele, por fim, acabou aceitando e indo com ela com o objetivo de protege-la. Ele me prometeu que a protegeria..."

Alex abaixou os olhos e deixou uma lágrima cair. Nanda a abraçou e permitiu que a amiga chorasse. Quando ela se acalmou, perguntou:

– Dylan sabe?

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Alex negou. Nanda assentiu e se levantou estendendo uma mão para ajudar a amiga.

– Não se preocupe, nós vamos encontra-la - prometeu Nanda enquanto Alex se levantava - E logo logo você vai ter outra crinça para te irritar.

Alex sorriu e agradeceu. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouviu um barulho de explosão. As meninas se entreolharam e correram para fora, já se perguntando o que tinha acontecido.

Flashback off

Amanda olhou pra Dylan, que tinha a cabeça abaixa sobre a mão da irmã. Sem pensar muito, levou a mão a cabeça do garoto e acariciou seu cabelos.Ele, surpreso com o contato, levantou a cabeça bruscamente. Nanda sorriu e segurou sua mão.

– Ela vai ficar bem, não se preocupe - garantiu .

O menino olhou para sua mão, segurando a dele e por fim sorriu, a apertando .

– Eu sei que vai.

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Mila

– Mila! Mila!

A garota levantou no pulo e se sentou. Seu coração batia tão rápido que parecia prestes a sair pela boca e sua respiração estava rápida e falhada.

Ela viu Lucas, que estava ajoelhado ao seu lado, respirar fundo e passar a mão pelos cabelos. A sua volta estava uma roda de semideuses, aquilo já estava virando rotina.

Leo estava pálido e tremia. Lentamente se abaixou ao lado dela e perguntou.

– O-o q-que a-aco-onteceu com a Ma-Mary? - ele perguntou.

Mila o olhou confusa.

– Vo-Você disse q-que e-ela estava em pe-perigo - ele explicou.

As imagens voltaram, seu sonho veio à tona.

– Ela está bem, Leo - garantiu Mila - Dani a salvou.

Leo respirou fundo e caiu sentado ao seu lado.

– O que aconteceu, no fim das contas? - perguntou Percy.

Mila respirou fundo e fechou os olhos.

– O Dragão Etíope atacou o navio.

– Espera aí - disse Annabeth a interrompendo - Como ele atacou o navio, se este estava no ar?

– Ele tinha asas - disse Mila - Não me pergunte como, mas tinha.

" Eles se separam para atacar o dragão, cada um usando suas habilidades contra ele. O plano era atacar as asas para que ele caísse.

Aconteceram algumas coisas na luta, mas o importante é que no final todos ficaram bem, ou melhor, quase."

– Como assim "quase"? - perguntou Thalia.

Mila a fitou, a garota parecia mais preocupa do que os outros, provavelmente era o que elas costumavam chamar de sexto sentido.

– Eles não estavam conseguindo derrubar o dragão, então Alex convocou uma tempestade - ela explicou - Mas não foi uma tempestade qualquer, foi "A" tempestade. Um só raio foi o bastante para transforma-lo em pó.

Todos estavam de olhos arregalados, surpresos com os acontecimentos. Desde quando Alex tinha todo esse poder?!

– Só que isso absorver toda a energia dela, e ela desmaiou - completou Mila.

Thalia deu um paço à frente.

– Mas ela está bem, não é? - ela indagou.

Mila se impressionou ao ver que os olhos da garota estavam cheios de lágrimas.

– Sim, as meninas já cuidaram dela , ela está bem - garantiu Mila.

Thalia deu um suspiro e deixou algumas lágrimas saírem.

– Lia, você está bem? - perguntou Nico.

– Estou - ela disse com as lágrimas ainda saindo - São só esses malditos hormônios!

– Mas e os outros? - indagou Piper.

– Estão bem - disse Mila - Eles sabem se virar.

Ela suspirou e assentiu. Mila respondeu mais algumas perguntas e aos poucos cada um foi para seu canto.

Lucas sentou ao seu lado e a abraçou. Mila se aconchegou nos braços dele e se permitiu relaxar.

– Não sei se esses flashes te fazem bem - ele disse um pouco preocupado.

– Eu não os controlo - ela justificou - E além do mais, é o mínimo que eu posso fazer se for tudo realmente minha culpa.

Lucas olhou em seus olhos sério.

– Você sabe que não é sua culpa - ele afirmou - Você não decide o destino das pessoas, as parcas decidem.

– Eu sei mas... Por que eu sei de tudo isso? Não faz sentido - ela disse.

Lucas a apertou um poucos mais e beijou seus cabelos.

– Você sabe que não é.

Já Mila não tinha tanta certeza disso.