A Viajante Dos Mangás

Cap. 61 Eu te amo, e vou continuar por aqui.


Quando abri meus olhos eu estava de volta ao meu quarto, agarrada a um Happy de pelúcia, dei um sorriso triste como eu imaginei havia ficado um vazio enorme já que aquele abraço foi a despedida ao meu irritante e amado guardião.

– O pior de tudo seu gato azul idiota, é que vou sentir saudades sua! – Exclamei encarando a pelúcia do Happy soltei um sorriso e voltei a abraça-la, quando notei um bilhete que havia caído deveria estar junto a pelúcia.

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“Nana-chan! Eu não vou poder ficar com você em Fairy Tail. GOMENASAI! Mas os mestres mangakas me concederam a oportunidade de me despedir, e vou fazer isso por meio desse bilhete. Nana-chan, quero dizer que foi muito divertido ser seu guardião, aprendi muitas coisas com você, mesmo que você não saiba direito o que me ensinou, mas agora eu tenho a obrigação de retribuir esse aprendizado, Nana-chan não tenha medo de abrir o seu coração, isso sempre foi o maior do seus problemas, se entregar as coisas que acontecem com você, sempre com o pé atrás e duvidando de si mesma, ou de seus sentimentos. Você sabe o que quer, aquilo que mais deseja, não tenha medo de tentar, de se arriscar, não deixe que o medo te consuma se não vai ficar igual a Nana de Edolas! Não deixe isso acontecer, ONEGAI! Do seu guardião alado e gato. Happy

Aye Sir”

Não pude conter as lágrimas após ler aquilo, um misto de alegria e saudade tomou conta de mim, abracei o papel e chorei durante algum tempo, até a ficha cair e eu me lembrar do o que eu deveria estar fazendo naquele momento.

– Não tenho tempo para chorar agora, preciso fazer algo muito mais importante – Murmurei, deixei a pelúcia e o bilhete em cima da cama e sai correndo para a casa do Dan, precisava fazer algo que antes que ele parta para o Japão.

Cheguei a sala onde todos estavam conversando meio que invadindo tudo, a cara de desespero deve ter assustado a todos, tenho certeza.

– Nana? Filha o que houve? – Perguntou minha mãe.

– N-nada... – Murmurei tentando recuperar o fôlego – Dan, eu posso conversar com você? – Pedi, a reação dele foi um pouco receosa mais topou ir comigo até o quintal da casa dele.

Ficamos um tempo só nos encarando e eu estava tentando pensar no que iria dizer a ele, tinha corrido tão desesperada até aqui que nem sequer havia pensado no que iria dizer a ele.

– Nana, você está me deixando aflito, sério... O que houve? – Disse Dan, eu abria e fechava a boca sem conseguir dizer nada a ele – Se tem haver com o fato de eu ter vencido eu também não esperava, mas por isso que meu pai veio, ele vai comigo para o Japão, para que eu possa competir – Começou a falar, eu não queria ouvir ele me dizer que iria embora, não queria nem sequer imaginar tal coisa, fechei os olhos e juntei toda a coragem que tinha.

– Eu te amo! – Soltei de uma só vez, e o silêncio foi unanime, eu não abria meus olhos com medo do que poderia acontecer se o fizesse, mas após soltar a frase clichê e cheia de sentimentos a coragem parecia voltar a mim a ponto de poder dizer tudo que eu sentia para o Dan, respirei fundo e voltei a falar – Eu precisava dizer o que sentia antes que fosse embora, eu precisava... Droga Dan, eu te amo! Morro de ciúmes de você, e quero morrer quando não posso falar contigo, não quero que você vá embora, porque e se você achar alguma asiática melhor, e se apaixonar, e se você não quiser mais voltar? Eu tenho medo que isso vá acontecer – Eu ia falando sem respirar, soltava tudo que estava preso no peito, até se subitamente interrompida com um beijo.

E depois de tantos desencontros, desavenças e complicações nós dois finalmente nos beijamos, começando com um selinho que foi levemente substituído por um beijo calmo embargado pelas emoções de ambos, era engraçado como nossos lábios se encaixavam, parecia ter sido desenhados um para o outro, Dan me abraçou com força e eu tive a sensação de segurança e se pudesse nunca mais sairia dali, retribui o abraço e quando o ar faltou afundei meu rosto em seu peitoral estava com vontade de chorar de alegria.

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– Finalmente – Murmurou o mesmo, não sabia ao certo, mas parecia que estava sorrindo, fiquei ali agarrada à pessoa que mais me importava naquele momento, até o Dan estragar tudo – Mas Nana eu só vou para o Japão semana que vem, assim que começar as nossas férias – Falou.

– Como? – Exclamei nervosa – Quer dizer... Quer dizer que tudo que eu disse, como se você fosse hoje, como se eu nunca mais fosse te ver foi em vão?! Quer dizer, o drama todo que eu fiz, foi para semana que vem?!

Eu ia falando nervosa, mas fui novamente interrompida por um selinho que me acalmou, no final a neura toda foi embora, e a semana que se seguiu foi a melhor semana da minha vida, pude curtir toda aquela melação de casal apaixonado que todos os livros, mangás e filmes têm. Pude aproveitar e beijar o Dan como nunca beijei em toda minha vida, e pude sorrir apaixonada pela primeira vez. Então quando as férias começaram a partida de Dan também acontecia, apesar de estar mais calma do que quando eu me declarei a sensação de vazia me perseguia desde a noite anterior que eu passei interia chorando, eu fui a última a dizer tchau e dar os meus votos de sorte a ele.

– Você está com marcas de olheira, está com uma cara horrível – Brincou Dan me deixando emburrada.

– Cala a boca, eu fiquei chorando a noite toda por sua causa. Baka! – Respondi dando a ele um sorriso vitorioso na face.

– Eu prometo não achar ninguém melhor que você, e voltar assim que todo o concurso acabar está bem pequena? – Disse Dan puxando meu rosto para que nos encararmos.

– Acho bom... – Respondi engolindo o choro que teimava em querer vir.

– Não seja boba, depois de tudo que eu sofri para que você admitisse que gostava de mim, não vou te deixar nunca, me aturará por muito tempo ainda! – Brincou o mesmo, eu ri me senti mais segura com o que ele disse, quando aquela voz muito estranha anunciou a partida de Dan eu já não conseguia mais conter as lágrimas e chorei de novo.

Dan tentou me consolar um pouco em vão, já que nada me fazia parar, quando o pai dele o chamou para embarcar tive a vontade de me declarar de novo.

– Dan! – Chamei, ele se virou para mim esperando – Eu te amo! E vou estar por aqui, esperando você! – Completei ele sorriso e acenou, não precisava de muito, pelo simples gesto dele sabia que ele voltaria para mim.

Eu comecei narrando os fatos que me colocaram na enrascada chamada “castigo dos mangakas” e agora eu termino esses fatos dizendo a todos que eu não só passei por um castigo, eu mudei tudo na minha vida, e foi a melhor coisa que me aconteceu, graças a essas viagens e ao meu querido guardião eu pude encontrar um antigo e novo amor. Pude também me encontrar com pessoa e hoje eu digo com muito orgulho que eu fui uma Viajante dos Mangás.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.