Audiolivro - Capítulo 14

XIV

Reyna

Assim que todos estavam reunidos, a reunião começou, Reyna notou que Rachel estava lá, em pé em um canto aguardando sua hora de falar, sua expressão era séria.

Reyna tentava ouvir o que eles diziam, mas todos pareciam falar de uma só vez, seus ouvidos estavam zunindo com tanto barulho e discussão, estava tão acostumada a paz de Nova Roma e a um conselho bem educado e que todos tinham sua vez para falar, que ouvi-los gritar a perturbava.

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“Oh, acalmem-se todos vocês!”

Quíron gritou e bateu os cascos no piso de madeira.

“Temos de nos organizar e nos preparar para o ataque. Mas primeiramente, temos que saber como anda a missão do Argo II, peço que todos escutem o que Nico di Angelo e Reyna, pretora do acampamento Júpiter tem a dizer.”

Reyna ficou surpresa e um tanto insegura quando todos olharam para ela, Reyna nunca se sentia assim, sempre fora confiante, mas agora estava confusa, vindo a seu auxilio Nico começou a dizer.

“Conseguimos, enfim fechar as portas da morte, Percy e Annabeth fecharam elas do Tartáro e nós da casa de Hades, recuperamos a Atena Partenos e a trouxemos para o acampamento. A ultima vez que tivemos contato com eles, o Argo II, seguiria seu caminho até Atenas, isso era ahh...”

“Dezoito de julho.”

Respondeu Reyna.

“Exato, e bem hoje é...?”

Essa Reyna não sabia responder, alguém disse.

“Vinte e dois, daqui a cinco horas, será vinte e três de julho.”

“Bem, Gaia pretende despertar no dia primeiro de agosto, no dia da festa de Spes, deusa da esperança, ela deseja acabar com toda a esperança do mundo, o Argo II, tem exatamente oito dias para chegar a Atenas e derrotar os gigantes para impedir que Gaia desperte.”

Todos ficaram em silencio por um momento, um garoto alto com um sorriso sarcástico disse.

“Nada como um bom prazo para deixar as coisas mais divertidas.”

Quíron interveio.

“Acalmem-se todos, primeiramente, temos de delegar funções, não temos um líder exatamente, mas tínhamos dois semideus, Percy e Annabeth, que nos lideraram diversas vezes para a vitória, mas agora, sem eles devemos escolher alguém.”

Nico levantou sua mão, todos olharam estranho para ele, Reyna não sabia que ele queria essa responsabilidade.

“Eu indico: Reyna.”

Houve um alvoroço, alguns gritavam Romana, vai nos liderar?!, outros, no caso, Octavian gritavam O que tem contra Roma?!

Quíron gritou novamente.

“Silencio, vamos fazer isso ordenadamente!”

“Quíron.”

Rachel o chamou educadamente, todos a olharam e esperaram.

Quíron assentiu silenciosamente.

“Rachel tem algo a nos dizer, escutem.”

Sem nem um cumprimento, Rachel começou a dizer a todos.

“Tive uma profecia, assim que os dois chegaram ao acampamento.”

Octavian se remexeu na cadeira, Reyna o encarou mandando uma mensagem silenciosa para ele se calar, ele não fez nada, por sorte, mas Reyna ainda temia que Octavian se levanta-se, tira-se um ursinho de pelúcia debaixo de sua túnica e o trucida-se na frente de todos, Reyna não sabia como os gregos reagiriam a isso. Rachel continuou.

“Ela dizia:

Num pequeno infinito de dias,

Os mais terríveis males enfrentará.

Sob as ordens da herdeira da deusa bélica,

As cores inimigas devem se juntar.

Um amigo, por amor lutará,

E sua vida perderá.

Num sono de morte,

Um exército sombrio a salvará.”

Todos pararam para refletir, Reyna encarou Nico que sorria, o único, enquanto todos estavam sérios, Reyna realmente não conseguia entender aquele garoto.

“Herdeira da deusa bélica, Belona, deusa romana da guerra, que por acaso é mãe de Reyna.”

Todos a encararam novamente. Quíron coçou a barba.

“Nico parece ter razão, o que vocês acham?”

A maioria assentiu em silencio.

“Ótimo, eu declaro, Reyna pretora do acampamento Júpiter, líder dos exércitos grego e romano.”

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Sentindo que tinha de dizer algo Reyna começou.

“Uh, um pequeno infinito de dias... se virarmos o símbolo do infinito e deixarmos em pé, nos sobra o número oito, é... exatamente a quantidade de dias que nos resta, até Gaia despertar.”

Todos assentiram, incentivando-a a continuar.

“E bem, cores inimigas, laranja e roxo, também é óbvio, o que nos sobra as ultimas linhas um amigo, por amor lutará, e sua vida perderá, num sono de morte, um exército sombrio a salvará, não sei o que significam.”

Olhou novamente de relance para Nico, seu sorriso havia morrido, ele estava sombrio agora, Reyna pensou que ele sabia o que significavam, mas se não quis compartilhar, ela respeitaria sua decisão.

Todos discutiram por um tempo sobre as linhas, mas ninguém chegou a lugar nenhum, quando todos pararam de falar, Quíron olhou para Reyna, dizendo para continuar.

“Hoje, devemos revezar em turnos de vigias, gregos e romanos juntos, teremos grupos andando por todo o acampamento, pela manhã, montaremos armadilhas, tenho algumas ideias que poderemos colocar em prática.”

As peças já se encaixavam na cabeça de Reyna, tudo voltava ao lugar, tudo fazia sentido, tudo era lógico e exato, nada de emoções e sentimentos atrapalhando, agora Reyna sabia o que fazer, já tinha um plano de guerra totalmente elaborado em sua cabeça, só bastava coloca-lo em prática.

Lógico e exato.

Sem distrações.

Sem sentimentos.