A Viagem

A fuga da prisão


Há dois anos que eu caí numa prisão. Eu conheci novas pessoas e compartilhei dos seus sofrimentos, mas também de seus ideais e sonhos. Eu aprendi que não há verdadeiro desespero sem esperança. Eu ficava sentado todos os dias, olhando para cima e pensando: "Como será a vida lá fora?" Me lembrava dos meus amigos e de como havíamos nos separado. Se há algum jeito de voltar à terra, o primeiro passo deve ser escapar desta prisão. Já estava quase perdendo a sanidade e enlouquecendo. Eu não tive pesadelos, eu vivi eles. Meus fantasmas me assombravam toda hora. Minha mente criava problemas onde eles simplesmente não existiam. Era difícil aguentar. Mesmo que no lugar onde estava, higiene e saúde não fossem problemas, não tinha nada para se fazer, a não ser esperar por resgate. Eu estava sofrendo muito buscando liberdade em meio aquele caos. Eu quase perdi minha esperança e minha alegria. Então, numa noite, eu ouvi uma barulho incomum. Algo havia caído na fonte e eu fui até lá para ver o que era. Peguei um objeto embrulhado num pano marrom e o abri: Era uma luva com garras de ferro. Guardei comigo e mostrei aos outros quando amanheceu. Não tive a intenção de ficar com o objeto ainda, pois não sabia como ele poderia ser útil naquela situação. Dastan, depois de observá-lo, disse que ajudaria na escalada. Perguntou:

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- Por quê você não tenta escalar com isso?

- Não sei se consigo.

- Durante várias tentativas, você quase conseguiu. Talvez você só precise de uma pequena ajuda, não acha?

- Talvez.

- Vamos lá, apenas tente.

- Está bem. Eu vou tentar.

Vesti a minha mão com a luva. Ela se encaixou bem. Comecei a escalar. Ela me ajudava a segurar nas pedras e não escorregar. Era justamente o que eu precisava. Fiquei mais animado. Comecei a escalar mais depressa. Toda a dificuldade de antes diminuíra devido também ao meu treinamento. De qualquer forma, não teria conseguido com apenas um dos dois. Eu terminei as escalada. Todos ficaram felizes e me aplaudiram. Eu saí do poço e joguei a corda amarrada do lado de fora para os outros subirem também. Quando todos saíram, conversamos por alguns minutos e então me despedi deles e fui rumo à cidade mais próxima, carregando alguns suprimentos para a viagem.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.