Soluço & Banguela

Capítulo 4:Soluço & Banguela

Soluço era um guerreiro independente que lutava sempre pela igualdade e justiça entre as pessoas de seu vilarejo,porém,é ignorado do mesmo modo que os pais de Merida faziam com ela.Por mais que Soluço fosse um menino tímido e com poucos amigos,encontrou um dia,um enorme dragão,de olhos verdes bem grandes que sempre estava observando tudo.Este dragão,com o passar do tempo,foi se tornando amigo do viking,tanto que o garoto apelidou o “animal” de Banguela,pois o dragãozinho não tinha nenhum dente.Eles dois tinham um laço muito forte,mas a amizade tinha que ser escondida de todos que pudessem avisar algum morador da vila,pois os vikings eram também conhecidos como “assassinos de dragões”.

O jovem achava isso bastante errado,nunca quis se tornar um viking cruel pois os dragões eram bastante violentos mas não tanto quanto os humanos,que queriam de todas as formas exterminar todas as espécies de dragões ainda viventes.Banguela era meigo,desconfiado e discreto.Ficava sempre quietinho,até quando seu amigo chegava e os dois começavam a brincar.

Banguela e Soluço tinham uma língua própria,era muito estranha mas era desse jeito que os dois se comunicavam.O pai de Soluço começou esta guerra com os seres voadores por culpa da morte de sua esposa,que enquanto passeava pelo bosque,foi engolida por um Fúria da Noite e desde então,ele vem exterminando dragões mesmo que estes nunca fizeram mal á ninguém.

-Ai,caramba!Isso está cansativo!-disse Merida,resmungando.

-Bom,pelo menos você não está segurando uma frigideira...-disse Rapunzel.

-Creio que você faz isso por vontade própria,não?

-É...mas esta é a minha arma e ela é bastante...pesada...

-O que é isto,garotas?Pensei que eram mais valentes,ora!-disse Papai Noel,testando-as.

-Ah é?-perguntou Merida.-Então vamos ver quem é a mais rápida,Rapunzel!!

-Que?-perguntou Rapunzel,assustada.-Por que temos que fazer isto?

-Pra chegar mais rápido!!-respondeu Merida,correndo como o vento.

Rapunzel seguiu ela e Papai Noel acabou acompanhando as duas enquanto elas corriam.Logo,os três estavam no vilarejo onde Soluço vivia com seu pai e colegas.Ninguém conversou com eles,nem os barraram,mas se sentiram desconfortáveis por estarem entrando numa vila que nunca haviam ouvido falar.Eles perguntaram por Soluço,porém ninguém quis responder.

-Vamos procurá-lo na floresta!-sugeriu Rapunzel.

-Mas por que ele estaria na floresta?Que coisa estranha.-pensou Merida.

-Acho melhor irmos logo,senão,teremos que deixá-lo para trás.-disse Papai Noel,dando longos passos pela estrada que levava á floresta.

Caminharam até chegarem no meio do bosque,estavam totalmente perdidos,mas contando que achassem Soluço dentre aquela mata toda,valeria a pena.Merida estava andando mais devagar que Seu Nicolau e Rapunzel,pois estava observando as flores que por mais estranho que seja,não eram de plástico.

Enquanto olhava as árvores e o caminho de flores que seguia,percebeu que estava sendo vigiada.Ela virou-se,mas não viu ninguém.Olhou para a direita e depois para a esquerda.Tinha certeza de que alguém estava a observando e estava muito próximo,mas a ruiva não o enxergava.“Tenho que ficar calma” pensou Merida “não tem ninguém aqui,estou somente eu,Papai Noel e Rapunzel.”.Tentou fazer de tudo mas não conseguiu.Viu então algo que parecia mais com um cajado cinza,foi então seguindo aquela imagem,até que viu o rosto de um belo rapaz,de cabelos brancos acinzentados,olhava para Merida com seus olhos azuis.Ficou paralisada,como isto acontecera?Não tinha percebido ele antes...

-Você consegue...consegue mesmo me ver?-perguntou o garoto,pulando do tronco da árvore e se pondo a frente dos olhos da ruiva.

-Tem um menino na minha frente...Rapunzel!Seu Nicolau!!-gritou Merida,pedindo socorro.

-Venha aqui,menina!-pediu Papai Noel.-Vamos procurar Soluço e sair daqui.

No mesmo momento que Merida deu um passo na frente,Rapunzel saiu correndo em direção a uma borboleta preta e amarela que tinha visto.Sabe como uma garota que nunca viu a natureza tão de perto se sente?Provavelmente não.Mas não se preocupe,isso não é de interesse,mas é só por culpa desse descuido da loira que eles iriam realmente se encrencar.

Banguela era bem parecido com Rapunzel,estava sempre observando com cuidado cada detalhe da natureza,pois os dois eram fascinados por tais maravilhas. Consequentemente,o dragão sentiu o cheiro de borboleta e voou atrás dela.Aquele dragão olhou para a garota e percebeu que esta também queria a borboleta,mas lembre-se que Rapunzel é como uma mosquinha,só não mais pequena que a borboleta preta e amarela.O Fúria da noite mordeu o cabelo de Rapunzel e levantou voo com a menina que ficou horrorizada quando percebeu o dragão mordendo o cabelo dela.

-Socooorro!!-gritou Rapunzel,tentando soltar o cabelo preso.

-Calma,Rapunzel!Eu vou te ajudar!-disse Merida,preparando o arco e flecha.

-Por favor moça!!Não mata o Banguela!-pediu o viking.

-Se ele não soltar minha amiga agora,sinto muito,mas vou acertá-lo!!

-Ah,não vai mesmo!-replicou Soluço.

-Como é?-perguntou Merida,abaixando sua arma.-Acha que consegue me vencer?

-Não acho nada!!Só quero que deixe Banguela em paz.-disse Soluço.

-Bem,vamos fazer um acordo:se ele soltar minha amiga,eu deixo ele...-Merida iria dizer “ir” até que foi interrompida por uma ave pousando em cima de sua cabeça.

-Er....moça,-disse Soluço.-tem uma coisa no seu cabelo...e acredite,não é ruivo!

-Maldito pássaro!!Eu pego você,cretino!-disse Merida,correndo atrás do passarinho.

Rapunzel tentava se livrar do dragão,que mordia o cabelo da princesa.Até que,avistando de longe uma borboleta,voou em direção á ela,soltando a garota no chão.Não foi nem um pouco divertido cair de borco no chão.

-Muito obrigada por me ajudarem,coleguinhas!Eu irei me vingar!-disse Rapunzel,levantando-se.

-Tá tudo bem?-perguntou Soluço.

-Aaah,se tá tudo bem?Óbvio que não tá “tudo bem”!!

Papai Noel infelizmente,teve que concordar com a garota pois Banguela estava próximo a um balão de ar quente que poderia machucá-lo enquanto Merida entrava na floresta negra,um lugar sombrio,onde lá se escondia o Bicho Papão...