Já haviam se passado cinco dias desde que Ruan e Ágda descobriram sobre mim. Por sorte ninguém, a não ser deles, parecia saber. Mas também não os vejo há dois dias, simplesmente sumiram. Deveriam estar com a mãe, então decidi não incomodar.

As informações para Drago ficam cada vez mais escassas, ou seja, logo ele irá atacar.

E também me senti estranha nesses últimos dois dias sem ver os irmãos. Além da falta da companhia que os dois me faziam, eu sentia algo inexplicável, em relação a mim mesma. Como se alguem me observasse, uma outra parte minha, um "melhor amigo". Impossível. A única amiga que já tive estava morta. Além disso, já nem era minha amiga. Afastei esses pensamentos.

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Voltando com as pessoas de Berk, Brenda estava diferente comigo. Não, ela não se tornou mais amigável, mas sim mais estressada. A raiva e a vingança - eu ainda ponderava isso - visível em seu rosto, que antes era quase angelical.

Valquíria me ajudava com alguns incentivos um pouco rudes. Do jeito da Valquíria mesmo. O resto continuava o mesmo comigo.

Procurei mais uma vez por algum sinal de Ruan ou Ágda por Berk, mas nada. A mãe deles não iria trancá-los em casa por dois dias, de modo algum. Comecei a ficar preocupada.

POV Autora (N//A: oi hehe, parei)

A morena corria incansável e rapidamente pela escura floresta, mesmo que ainda fosse dia. O lugar era assustador, mas não a incomodava. Levava consigo um sorriso cruel e alguns punhais.

Virou a esquerda e a direita varia vezes entre todas aquelas plantas, até que finalmente desacelerou o passo, parando em frente a uma caverna, coberta de musgo e de trepadeiras. Entrou, sem medo.

Na caverna havia apenas uma fogueira acesa, algumas armas de pequeno porte, comp dardos e outros punhais, roupas e outras necessidades e... ah, duas crianças amarradas

–Ela vai nos encontrar! Todos vão! - gritou a menor ao perceber que a morena chegou.

–Cale a boca, criança. - respondeu ríspida. A voz era suave, sim, mas não dócil e muito menos amigável.

–Se acalme. - o garoto sussurrou - Eles vão nos encontrar. Nada vai acontecer a você ou a mim. Astrid prometeu.

Ao ouvir o nome da loira, a garota mais velha apertou com mais força a faca que afiava com uma pedra.

–Como podem ter certeza que ela irá achar este lugar ou ao mesmo tentar salvá-los? São apenas crianças. - ela não esperou resposta. - E se temem a morte, não estou aqui para matá-los, no minimo alguns ferimentos pequenos, como aviso. - Ágda olhou para a perna de seu irmão, Ruan, onde se encontrava um ferimento feito pela morena, num jogo de arremessar facas. - Logo estarão de volta para a vila de Berk, - ela prosseguiu, agora girando um cassetete de madeira em seus desdos - são e salvos ou nem tanto. Drago irá atacar, provavelmente. Mas não tenho que me meter nisso, faço apenas o que me mandaram.

–E quem te mandou? Para fazer o que? - Ágda esbravejou.

A outra garota ponderou se iria dizer algo ou não, então deu de ombros. "Logo todos vão saber mesmo", pensou.

–Uma aliada de Drago me mandou, Brenda. Vamos dizer que ela sabe sobre minha inimizade com Astrid e ela também não gosta muito da loira. Não trabalho para Drago nem para ninguém. Apenas estou fazendo um serviço e vou receber em troca a vingança que sempre quis. Depois disso, estou livre para fazer o que eu quiser, onde eu quiser e com quem eu quiser. - fez uma pausa - Podem avisar a todos sobre isso quando eu os soltar, não me importo, já terei partido. Vocês são simplesmente as peças para tirar a concentração de Astrid, abalá-la. - riu, sem humor.

Ruan murmurou algo, xingando-a, mas a morena ignorou.

–Ah, não se esqueçam de meu nome. - abriu um sorriso de assustar qualquer criança.

–E qual seria? - Ágda indagou, ainda brava.

–Catherine. Catherine Balzer.