Epílogo

Epílogo

Em Godric Hollows existiam três famílias muito amigas. A família Potter, Weasley e a família Malfoy. Todos ali diziam que eles eram pessoas estranhas, já que ninguém os via indo um para a casa do outro, mas sempre os via saindo. As crianças do vilarejo se incumbiram da missão de descobrir o que acontecia nas casas das três famílias, mas nada conseguiram. Hoje era um dia normal para o vilarejo, mas não para essas famílias.

Era dia primeiro de setembro e esses corriam de um lado para o outro em suas casas.

–Tiago pare de assustar o seu irmão! –gritou uma mulher ruiva.

–Eu não fiz nada mãe. –disse um garoto de cabelos negros e desordenados, correndo escada abaixo com uma gaiola contendo uma coruja branca e com uma capa por cima dos ombros.

–Nem tente me enganar, vá ajudar seu irmão com o malão. –disse a ruiva.

–Mamãe, também quero ir para Hogwarts. –uma garotinha de cabelos avermelhados descia as escadas com os olhos, muito verdes, vermelhos e o rosto cheio de lágrimas.

–No próximo ano querida. –disse a ruiva carinhosamente e a garotinha recomeçou a chorar.

–Mas eu quero hoje. –e abriu o berreiro.

–Por Merlin. –disse a ruiva. –Harry Potter não pense que pode se esconder venha até aqui agora! –um homem alto de cabelos negros, olhos extremamente verdes usando uns óculos redondos e com uma estranha cicatriz de raio na testa apareceu na soleira da porta enquanto sua mulher o fulminava com o olhar.

–Oi amor... –disse ele sorrindo de lado e pegando a garotinha de lindos olhos verdes no colo.

Enquanto isso na casa vizinha à desordem não era tanta.

–Rose você vai adorar Hogwarts. –disse uma voz sonhadora. –Lá está abarrotado de animais fantásticos... Bufadores de chifre enrrugado, Estilantes Bufadores...

–Então eles realmente existem? –perguntou a garotinha ruiva, com um ar sonhador.

–Claro que existem. –disse a mãe.

–Luna pare de colocar caraminholas na cabeça da garota. –disse um homem alto e ruivo descendo as escadas ao lado de um garoto loiro avermelhado.

–Papai um dia vou ser um jogador de quadribol igual ao senhor. –disse o garoto que aparentava ter seus doze anos de idade.

–É claro que sim, e você vai ser melhor do que eu. –disse o homem rindo.

–Só não seja tão ‘humilde’ quanto seu pai querido. –disse ironicamente a mulher loira.

–Mas eu ‘sou’ humilde. –disse o ruivo.

–Eu por acaso disse que não era... Oh... Grande e poderoso Ronald Weasley! –zombou a loira.

–Dilua Lovegood. –disse o ruivo.

–Cabeça de fósforo. –retrucou ela.

–Eles já vão começar? –perguntou a garotinha chamada Rose.

–Vamos esperar sentados lá na escadinha da porta. –disse o garotinho pegando na mão de sua irmã.

Na outra casa a desordem era bem menor ainda.

–Papai e se eu não entrar para a Sonserina ou para a Grifinória? –perguntou um garotinho loiro, tão loiro quanto o pai.

–Não importa a casa em que você vai entrar, o importante é que Hogwarts está recebendo um grande aluno. –disse o pai acalmando o garoto.

No andar de cima uma garotinha loira ajudava sua mãe com o malão de viajem.

–Qual será a casa que eu ou Scorpius entraremos mãe? –perguntou a garotinha de cabelos claros.

–Não importa querida. –disse uma mulher castanha.

–Mas eu quero entrar para a Grifinória. –disse ela baixinho. –Mas não conta para o papai tá!

–Ele não faz tanta questão de que você e seu irmão entrem para a Sonserina. –disse a mãe apontando a varinha e fechando o malão.

–Ainda bem, porque ontem eu e o Alvo estávamos conversando e eu não gostei nada sobre o que ele falou da Sonserina. –disse a garotinha contendo um arrepio.

–E o que ele te disse? –perguntou a mãe.

–Que só futuros bruxos das trevas entram lá. –disse ela.

–E de onde ele tirou isso?

–O Tiago contou pra ele. –disse a garotinha.

–Não de atenção ao que o Tiago diz Scarlet. –disse a castanha. –Seu pai foi da Sonserina é um dos melhores bruxos que eu conheço.

–Mas você diz isso por que é apaixonada por ele mãe! –disse a garotinha falando em um tom de que entende muito sobre o assunto.

–Sou mesmo. –disse a mulher. –Mas não estou mentindo e você sabe, seu pai é um grande bruxo e que já fez grandes coisas pelo bem do nosso mundo.

–Eu sei disse só queria que você dissesse que ama o papai. –e a garotinha caiu na gargalhada.

–Você é igualzinha a sua avó! –disse a castanha resmungando.

As duas desceram as escadas indo de encontro com os dois rapazes que estavam esperando-as.

Scarlet se juntou ao lado de seu irmão gêmeo, Scorpius. Enquanto sua mãe ia para o lado de seu pai.

–Vocês demoraram Mione. –disse o homem alto e loiro.

–Eu e a Scarlet estávamos conversando Draco! –disse a castanha. –Ah vou sentir tanta falta de vocês dois! –disse ela indo abraçar seus filhos.

–Mãe você esta nos sufocando. –disse o garoto enquanto a mãe os sufocava em um abraço de mãe-urso.

–É claro que você diz isso, você vai passar o ano inteiro em Hogwarts não é Scorpius Malfoy? –perguntou ela. –Aposto que não sentirá minha falta e...

–Mione eu vou estar aqui com você. –disse Draco interrompendo sua esposa e a abraçando para em seguida beija-la.

–Vem maninha vamos esperar lá fora. –disse Scorpius quando percebeu que seus pais começariam a se beijar.

Eles esperavam seus pais em frente a grande casa quando seus amigos se juntaram a eles.

–Alô Al.– disse Scarlet.

–Olá Scar. –disse ele parando ao lado dela.

–Tiago minha mãe disse pra gente não acreditar nas coisas que você disser pra gente. –disse Scarlet.

–E por que isso? Estou ofendido! –disse ele fingindo.

–Cara você é muito mal. –disse Rose, dando um tapa no braço de seu primo.

–Rose você é uma garota, tem que ser mais delicada sabia. –disse Tiago.

–Deixa que eu te defendo desse bobão Rose. –disse Scorpius.

–A Rose não precisa ser defendida por ninguém. –disse Hugo. –Vocês deviam ver o que ela fez com meus brinquedos só porque quebrei a boneca dela sem querer.

–Sem querer nada, você fez de propósito! –disse Rose e ela começou a bater no irmão.

–Isso Rose mete pancada nele. –disse Scarlet incentivando sua melhor amiga a continuar enquanto os garotos tentavam separa-los.

–Mas o que está acontecendo aqui? –perguntou uma mulher alta e ruiva.

–Nada não tia. –disse Rose arrumando seus cabelos.

–A Rose bateu no Hugo de novo? –perguntou uma garotinha de cabelos avermelhados ao lado da mulher ruiva.

–Sim, Lili. –disse Tiago rindo.

–Rose não pode bater no Hugo! –ralhou ela.

–Ai que lindo... –disse Tiago com a voz fingindo emoção. –Hugo arrumou uma namorada para defendê-lo!

–Eu não sou namorada do Hugo! –disse Lílian corando de vergonha e se escondendo atrás do corpo de sua mãe.

–Luna eu já falei... Os trouxas não podem ver coisas voando pelo nosso quintal! –disse Rony com sua mulher ao lado que trazia dois malões levitando.

–Ah deixa de ser chato Rony! –disse a loira.

–Mulheres, ruim com elas pior sem elas! –disse Rony.

–Papai eu quero ir para Hogwarts também! –disse Lílian correndo em direção ao colo de seu pai e abrindo o berreiro.

–Só no ano que vem querida! –disse Harry Potter consolando sua filha. –Oi Draco, oi Mione. –disse ele cumprimentando o casal que acabava de chegar ao grupo.

–Oi. –disseram os dois juntos. E então eles seguiram em direção aos seus carros de trouxa para irem até a estação de King Cross.

A rotina dessas famílias era assim. Conturbada, mas sempre com muito amor e carinho.

Os filhos de Harry Potter, Hermione Granger Malfoy e Ronald Weasley freqüentaram Hogwarts, e lá enfrentaram muitas coisas, mas sempre foram unidos como uma família deveria ser. Muito mais unidos como qualquer outra família para falar a verdade, já que alguns deles se casaram formando um laço ainda mais forte de amor entre eles... E assim foi com seus filhos, netos, bisnetos...