A Seita

Capítulo 24- O natal de Draco Malfoy


Capítulo 24- O natal de Draco Malfoy

Ao ver que todos o olhavam Draco apertou a mão de Hermione e esta retribuiu fazendo com que o garoto se acalmasse um pouco. Eles se aproximaram da grande tenda branca no quintal da casa da família Weasley. Draco olhou em tudo a sua volta, admirado. Ele nunca entendeu o porque da família Weasley ser tão feliz com o tão pouco que tinham, mas assim que colocou os pés para dentro do portão não restava dúvidas em sua mente. O lugar era acolhedor e representava muito bem o significado das palavras ‘casa e família’. Era ali que eles comemoravam suas alegrias, e que choravam perdas. Era naquele quintal que eles se reuniam para o almoço de natal, ano novo e que realizavam casamentos... Havia muita história por dentro daqueles portões por qual ele havia acabado de passar.

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–Olá. –cumprimentaram o sr. e a sra. Granger a família Weasley, mas a tensão era tangível a tal ponto que ninguém os respondeu.

–Mione o que você esta fazendo com ele? –perguntou Rony confuso.

–Eu... –Hermione suspirou. –Temos que conversar.

–Com certeza que sim. –disse Rony.

–Draco eu já volto. –disse a castanha largando a mão do namorado que a olhou desesperado. –Você vai ficar bem, Harry e Rony vamos? –ela apontou para dentro da casa.

A essa altura todos os convidados estavam no quintal olhando em direção a Draco Malfoy. O três entraram na casa e foram para a cozinha, sentando-se nas cadeiras. Um silêncio perturbador preencheu o local, mas todos ali sabiam quem devia começar a falar.

–Eu sei que pode parecer estranho... –disse Hermione. –Mas ele realmente se mostrou ser uma pessoa totalmente diferente do que pensávamos ser. –disse a garota. –Todos nós aqui sabemos que ele não é aquele que parecia... Eu gosto muito dele e a opinião de vocês dois ainda conta muito pra mim, então, por favor, não me condenem.

–Ninguém aqui esta te condenado Mione. –disse Harry. –Eu só não entendo o porque de você não ter falado antes. Desde quando vocês estão juntos?

–Há alguns meses. –disse ela olhando em direção a Rony que permanecera calado o tempo todo, ela estranhou. Ela esperava uma reação totalmente contraria a aquela, uma explosão de fúria, xingamentos e maldições, mas não o silencio. –Rony...

–Eu acho que eu já desconfiava. –disse ele sorrindo de canto. –Por isso você nunca retribuía aos meus sentimentos, você sabia que eu só fiquei com a Lilá para chamar a sua atenção?

Eu desconfiava, mas... –ela foi interrompida.

Me deixa terminar. –pediu Rony e Hermione se calou. –Você nunca olhou para cara nenhum como olhava para ele, eu devia saber que por trás de todo aquele ódio que havia algo mais profundo. Eu só não queria acreditar.

–Então você não vai ser contra? –perguntou a castanha com um assomo de felicidade.

–Não, mas com uma condição.

“Estava bom de mais para ser verdade” –pensou Hermione.

–Qual?

–Se ele te fazer sofrer, um pouco que seja... Eu não vou poder me controlar, eu mato ele... Afinal você ainda é a minha melhor amiga. –disse Rony e a castanha se jogou nos braços dele em lágrimas, puxando Harry para junto de um abraço coletivo.

–Eu sabia que poderia contar com vocês. –disse ela fungando ao se afastar.

–Agora nós dois queremos conversar com ele. –disse Harry e Hermione se assustou.

Sabe como é: só algumas ameaças, nada demais. –disse Rony brincalhão.

–Eu... Ah tudo bem, eu vou chamá-lo então. –Hermione saiu para fora da cozinha indo em direção à tenda para chamar Draco.

–Então como foi? –perguntou Draco sorrindo um pouco, todo mundo já havia vindo cumprimentá-lo e lhe desejado um feliz natal, e ninguém havia sequer sido desagradável com o garoto.

–Eles querem conversar com você. –disse a castanha e Draco arregalou os olhos. –Ah vai logo, eles não vão te matar! –disse ela puxando-o pelo braço e rindo da cara dele. –Eles estão na cozinha.

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Ela ficou parada olhando para Draco que ia em direção as portas do fundo da casa. Ele parecia andar mais devagar do que o normal.

–Eles aceitaram bem? –perguntou Gina quando Draco sumiu pela porta.

–Eu quase nem pude acreditar... –e Hermione contou a reação dos garotos para Gina. –O que me deixou mais confusa é que o Rony não foi nem um pouco hostil como anda sendo.

–Ele voltou ao normal desde que voltamos para casa. –disse Gina. –Eu também estranhei no começo, mas ao que parece a fama não pode subir a cabeça dele aqui em casa né? –disse Gina piscando.

–Estranho isso. –resmungou Hermione. Havia algo errado ali e ela sabia, só não conseguia captar o que era, mas logo ela descobriria.

Minutos depois, Harry, Rony e Draco vinham em direção à tenda.

–Ti Arry... –gritou o pequeno Ted Tonks afilhado de Harry.

–E aí garoto. –disse ele pegando o garoto no colo. O garoto estava agora com os cabelos verdes limão, e com a pele mais escura. A toda hora ele mudava de aparência, revelando ser muito mais parecido com a mãe do que com o pai, apesar de com menos de um ano de idade já ter todos os dentes crescidos e de ter adquirido, muito cedo, um gosto por carne vermelha e mal passada.

–Como foi? –perguntou Hermione a Draco, enquanto ainda olhava para o pequeno Ted que agora mudava a cor dos cabelos para vermelho.

–Tranqüilo. –disse Draco.

–Como assim tranqüilo? –perguntou à castanha se virando para ele.

–Eles não me atacaram nem nada. –disse ele.

–O que eles falaram?

–Não posso falar. –disse Draco.

–E por que não? –perguntou a garota indignada.

–Eles me pediram, gentilmente devo ressaltar, de que eu não comentasse com você sobre o que falamos. –explicou Draco.

–Esse gentilmente aí... Você quer dizer: “Eles me pediram, apontando as varinhas para a minha cara” não é? –perguntou Hermione se segurando para não rir.

–Por esse caminho aí mesmo. –disse Draco ficando vermelho.

–Mas você não vai me contar nada não é?

–Não.

–Tudo bem então. –e Hermione saiu de perto do garoto deixando-o sozinho ao lado da tia Muriel que o encarava de canto de olho.

–Você é o garoto dos Malfoy não é? –perguntou ela se virando para ele.

–Sou. –respondeu ele.

–Os Comensais da Morte?

–Sim e que estão pagando por seus erros. –disse Draco.

–Ah eu sei disso... Eu li no Profeta Diário, Rita Skeeter está a cada dia mais humilde aquela mulher, gosto dela... Sem papas na língua, me identifico sabe?

–É eu percebi isso. –disse Draco e a tia Muriel se calou. Jorge que ouvia a conversa deu palmadinhas nas costas de Draco e disse:

–É assim que se faz cara! –disse ele e saiu indo em direção a Angelina Johnson, sua namorada.

Foi nessa tranqüilidade e nesse clima de família que Draco passou seu natal junto aos Weasley e seus amigos. Ele reconheceu ali tudo o que ele desejava ter tido, mãe, pai, irmãos, primos, amigos... Mas que agora ele sentia que podia fazer parte de uma pequena parcela daquilo tudo graças a Hermione, a garota que durante anos ele amou em segredo, mas que agora sem medo algum ele podia amá-la livremente, sem medo de que as pessoas o julgassem precipitadamente, afinal todo o esforço que ele havia tendo durante toda a sua vida valeu a pena e com isso ele ganhou recompensas, claro que ele não pediu nada disso, mas ele ganhou. Amigos, família e a pessoa amada. Draco Malfoy sem duvida nenhuma agora era um cara feliz.

Mas ele sentia bem no fundo, que algo apareceria para atrapalhar a sua felicidade e ele desejava ardentemente que isso fosse apenas coisa de sua cabeça.