A Saga da Nova Geração

Capitulo 41 – Perdas e Sacrifícios.


O sol estava nascendo quando as dezenas de ninjas reuniram-se no vale, atrás deles uma vila sendo evacuada com centenas de habitantes sendo escoltados para longe de onde seria a terrível batalha.

- Mas no quê esses idiotas estavam pensando quando soltaram esses bichos!? – reclamou Tenten olhando pelo binóculo – só sendo muito burro para achar que da pra controlar essas aberrações!

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O que ela via eram os filhotes do nanabi que se aproximavam rastejando, as criaturas pareciam lagartas gigantes com feições horrendas, por onde passavam deixavam um rastro de destruição e uma trilha de acido abrindo valas corrosivas.

- General Tenten! Como está a situação aqui? – gritou Mizura que chegava com os reforços.

- Mizura-kun, graças a deus você chegou! Ontem eliminamos uma dessas coisas mas ainda restam seis! – relatou ela pulando pra perto dele – a vila da cachoeira perdeu o controle sobre essas lagartas bizarras e caíram fora da batalha!

- Eles soltam os bichos e não ficam pra consertar a cagada? Ao menos eles disseram como se para essas coisas? – perguntou Saggi.

- Não pareciam muitos dispostos a colaborar, eles ainda vêem nisso uma oportunidade de tomar o país – respondeu ela – nós usamos um ataque maciço e conseguimos explodir um deles, mas ai os outros o comeram e ficaram maiores! Eles comem tudo que encontram pela frente com exceção de terra ou pedra!

- Esse não é o maior problema, segundo as informações do meu clã se eles comerem o equivalente ao dobro do próprio peso irão se transmutar numa forma mais parecida com o bijuu real – explicou Shino como um especialista – se eles chegarem a ganhar a capacidade de voar sabe deus o que eles poderão destruir nos próximos dias de vida que lhes restam!

- Então só temos que destruí-los o mais rápido possível antes que comam demais não é? – perguntou Mayuri estralando os dedos – pois segurem eles um pouco que darei algo que não poderão comer!

- Apenas fogo fere essas coisas, o resto provavelmente não lhes causará dano suficiente, tomem cuidado com o acido – avisou Tenten – eu e os outros vamos formar uma linha de defesa!

Os ninjas se organizaram em equipes e correram na direção dos alvos, os seis mini-bijuus avançavam sem se importar com nada devorando arvores e casas no caminho, assim que chegaram ao alcance os ninjas passaram a atacar com kunais explosivas e ninjutsus para atrasá-los.

- Uau!! Essa coisa é mais feia vista de perto! – comentou Saggi fascinado pelo monstro.

- Concentre-se, quero acabar com isso e voltar para meu filho logo! – disse Mayuri concentrando o chakra.

Mizura também concentrou o chakra na sua katana enquanto Saggi abria 5 dos 8 portões liberando uma quantidade enorme de força dentro de si, quando Mizura atacou foi o sinal para o ataque em conjunto deles.

- Kenjutsu Ougi - Tenken (técnica de espada secreta – espada celestial) – desembainhando sua espada uma onda de luz branca em forma de lamina atingiu a carapaça da criatura rachando-a.

- Taijutsu Ougi - Shinbatsu no Souen (técnica de combate secreta – fúria dos céus) – saltando com o máximo de sua força Saggi alcançou a cabeça da criatura golpeando-a com um chute que chegou a explodir toda a carapaça do monstro.

- Muryou Saikyou Ryuu: Rekka Shirohane (estilo da destruição final: explosão da asa branca) – liberando chamas brancas Mayuri com um movimento do braço liberou uma onda de chamas que se assemelhava a uma pássaro de luz.

A estratégia e a execução foram perfeita, Mizura abriu uma fenda na carapaça da lagarta, Saggi a destruiu completamente desprotegendo a boca da criatura e Mayuri usou o seu mais poderoso katon para exterminá-lo de dentro para fora após jogar as chamas brancas boca adentro.

- Pronto, rápido, fácil e limpo – brincou Saggi vendo a criatura explodir em chamas brancas.

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- Fale só por você, esse jutsu é rank SS, custou 1/5 do meu chakra e muita dor de cabeça – reclamou Mayuri recuperando o fôlego – posso fazê-lo mais uma ou duas vezes apenas.

- Não vai precisar mais, os reforços chegaram – disse Mizura sentindo a aproximação de mais gente.

Eles olharam pra trás e viram uma comitiva de ninjas do som, ao todo eram 20 deles e pareciam bem fortes.

- Meu nome é Juugo – apresentou-se o que liderava os outros – Sasame-sama nós enviou para exterminar-mos essas pragas.

- Ela enviou todos os usuários do selo amaldiçoado? Vai ser de grande ajuda contra essas coisas! – comentou Mizura.

- Não só isso, ela enviou o quarteto do som para a fronteira leste para ajudar os ninjas que ficaram por lá – continuou Juugo – espero apenas que eles cheguem a tempo.

Ouvir isso deixou Mizura novamente animado, provavelmente Naruto enviara uma mensagem para Sasame contando sobre a situação por lá e ela enviou seus 4 melhores ninjas para resgatar a equipe que lutava sozinha contra o avanço da vila da grama.

- Agüente firme irmãzinha, você vai voltar pra casa! – disse ele em prece.

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- Isso é tudo o que posso fazer por você aqui, espero que não seja tão ruim quanto penso que é – disse Shida guardando seus instrumentos.

- Pelo menos a dor passou, obrigada Shida-san – agradeceu Yukie sorrindo.

A médica não compartilhava do otimismo dela, Yukie machucara o olho direito na ultima batalha e agora estava com metade do rosto enfaixado, ela não pôde fazer muita coisa pois não sabia como tratar um doujutsu, por isso Yukie teria que esperar até voltar pra casa e receber tratamento dos médicos do clã.

- Mais alguém sente dores fortes? – perguntou ela olhando pros outros.

Kouta estava com o braço esquerdo enfaixado e Mikoto com o peito enfeixado por baixo das roupas devido a forte pancada que recebeu nas costelas, Konoe e Sora estavam bem mas Hantei estava mancando da perna direita, e isso porque já haviam recebido tratamento com ninjutsus médicos pois o estado deles era bem pior antes.

- Perdemos a vantagem da escuridão e gastamos a maior parte do nosso chakra – não passaremos da próxima investida deles – analisou Shikaku – mas pelo menos podemos dizer que botamos eles pra correr a noite inteira.

Por algum motivo aquilo sôo engraçado para todos, na ultima batalha eles enfrentaram 79 ninjas da grama e conseguiram eliminar 20 deles, o restante recuou devido aos ferimentos e a situação inesperada em que se encontravam, depois Benkei conseguiu atacar o acampamento deles causando mais destruição que atrasou o contra-ataque, considerando a situação poderia se dizer que eles estavam vencendo a guerra sozinhos.

- Ainda vou matar mais uma dezena deles antes de cair nesse chão! – disse Benkei que montava guarda.

- Por falar nisso o senhor está bem? Eu os vi te atingindo algumas vezes – perguntou Shida preocupada.

- Armas comuns me ferem mas não matam, e posso agüentar muito mais que vocês – respondeu ele sem encara-la – guarde seu chakra pros outros.

- Será que as pessoas das vilas conseguiram fugir? – perguntou Ichiro preocupado.

- Atrasamos o ataque deles em no mínimo 8 horas, além do trabalho que vão ter pra passar pelas armadilhas lá atrás eles também estarão com o ritmo bem afetado pelas lutas – respondeu Shikaku – o mais provável é que eles não vão procurar mais lutas depois daqui ou vão esperar seus reforços pra atacar amanhã, em todo caso se eles seguirem a lógica vão se reagrupar e esperar umas 6 horas.

- Então é missão cumprida não é? Nós conseguimos salvar os vilarejos! – disse Ichiro contente.

- Ainda não Ichiro-san, mesmo que as pessoas tenham escapados eles tomarão as vilas, de lá eles escolherão outros alvos pra atacar enquanto avançam até o oeste – explicou Shida – isso significa que apenas atrasaremos a morte de outras pessoas pelo caminho.

- Para vencermos temos que fazê-los recuar de vez, vamos dar tanta dor de cabeça a eles que a vitória vai parecer amarga quando caímos – disse Benkei como se gostasse da idéia – quando eles passarem por essa floresta vão olhar pra trás e sentirem falta de casa, e melhor do que isso vão sentir medo em voltar!

Foi inevitável que todos caíssem na gargalhada com a narrativa dele, alguns sentiram animo em lutar e outros apenas uma alegria mórbida pela situação.

- Isso é bem a cara de um demônio – comentou Shikaku apoiando-se numa arvore.

- Faça seus planos se quiser, não me importo de lutar pelos seus métodos, mas saiba que a partir de agora é uma luta pela sobrevivência e pela destruição do inimigo, se alguém achar que não está pronto pra lutar assim pode voltar pra casa pois já fez o suficiente.

Ninguém esboçou alguma reação para fugir, eles sabiam que já tinham ido além do dever e feito mais do que se poderia imaginar que fariam, mesmo assim abandonar a luta parecia tão errado quanto não tê-la começado.

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O acampamento estava num estado lastimável, ninjas corriam de um lado para o outro pra salvar o que podia ser salvo, os feridos eram atendidos pelos poucos médicos trazidos e os outros se organizavam pra lutar mais uma vez.

- Estamos prontos nidaime-sama – avisou o jounin para seu líder.

O homem em questão observava a floresta a frente dele como se procurasse nas sombras algum monstro que estivesse esperando para ataca-lo, sorriu com a idéia sobre temores infantis e ajeitou a armadura que usava, era muito parecida com a que os antigos hokages usavam nos tempos de guerra, em seu peitoral trazia o símbolo da vila da grama, no que era considerado seu auge aos 40 anos ele liderava a sua pequena vila fundada por seu pai a 60 anos.

- Diga aos homens para contornar a floresta, quero ver todos do outro lado até o meio-dia – ordenou ele.

- Mas senhor, contornar a floresta levará horas a mais, podemos atravessá-la dessa vez – insistiu o jounin.

- Mas a que preço? 20 homens a menos como da ultima vez? Nossas tropas já estão desmoralizadas pela surra que tomamos de garotos – respondeu ele – percebe o que significa isso? 6 garotos que não devem ter mais que 15 anos e outros 4 jounins da folha estão conseguindo fazer a vila da grama tremer de medo pra atravessar uma simples floresta! Nós deveríamos ter a vantagem lá e não eles!

Era terrivelmente vergonhoso, não que eles fossem tão fracos assim mas a cada vez que um deles era emboscado em seu próprio terreno favorito os outros cometiam erros bobos e cediam ao desespero e a desorganização, era verdade que estavam evitando lutar com todas as forças para evitar perdas desnecessárias mas isso se tornou um erro terrível.

- Atenção! Nidaime-sama ordenou que contornássemos a floresta! – o jounin repassou as ordens – os feridos ficarão no acampamento esperando nossos reforços, os outros seguirão as ordens!

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Parecia que os ninjas da grama ficaram aliviados com a ordem, obviamente não estavam interessados em enfrentar o que tinha na floresta e o líder da vila percebeu isso e decidiu tomar uma atitude.

- 4 de vocês virão comigo, vamos entrar na floresta e eliminar de uma vez por todas nossos inimigos – disse ele com determinação – as mortes e humilhações serão pagas com o sangue deles!

Os soldados comemoraram a decisão do seu líder e lhes desejaram boa sorte, então 3 chuunins e um jounin juntaram-se a ele enquanto ele ajeitava nas costas algo que parecia ser uma grande espada.

- Agora vamos acabar com eles!

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Os ninjas da folha terminavam sua rápida refeição matinal quando koudaku latiu em alerta, ele avisava que os ninjas inimigos estavam se deslocando por outra direção fora da floresta.

- Eles decidiram contornar a floresta, embora eu tivesse considerado essa possibilidade não achei que eles realmente o fariam – disse Shikaku nervoso.

- Então o que vamos fazer Shikaku-san? – perguntou Ichiro.

- Vamos chegar antes deles do outro lado e ataca-los, depois vamos atraí-los para as armadilhas e esperar que elas funcionem.

- Esqueçam isso, temos problemas maiores pra lidar agora – avisou Benkei estralando os dedos.

- Algum problema sensei? O senhor parece nervoso – perguntou Mikoto.

- Ele está vindo, reconheço esse chakra detestável em qualquer lugar a qualquer hora – ao invés de nervoso ele parecia empolgado – agora sim vamos ter uma luta de verdade!

Quando ele disse isso um vento gélido soprou pelo acampamento deles, as arvores se agitaram e suas folham começaram a voar como se fossem shurikens lançadas pelas arvores, Yukie tomou a dianteira do grupo e os protegeu usando o kaiten para bloquear as shurikens de folhas.

- Um grande talento para uma garota tão jovem, os Hyuugas são formidáveis – elogiou o nidaime.

- Finalmente decidiu lutar não é Senju Kishirama? Estava com receio de enfrentar seus conterrâneos? – perguntou Shikaku.

- Pra começar eu não nasci em Konoha, meu pai pode ter deixado a vila durante a guerra mas foi com permissão do Nidaime Hokage – respondeu ele – logo nós cortamos qualquer laço que nos uniam como um clã só.

- Mas foi somente depois que seu pai desafiou o Shodaime Hokage e perdeu não foi? Desde então vocês se esforçaram pra construir uma vila própria – comentou Benkei – não parece que fizeram algo digno do nome que carrega, embora você continue sendo um ninja de alto nível a vila em si não é grande coisa.

Aparentemente Kishirama ficou contrariado por ouvir falarem mal de sua vila, sacando sua espada das costas ele revelou o seu trunfo.

- Cuidado com aquilo, é a Kokushin Bakutou (espada de madeira do deus negro), um artefato criado pelo próprio shodaime Hokage – avisou Shikaku – o pai dele a levou quando deixou Konoha e permite usar o mokuton quase tão bem quanto o próprio Hashirama!

- Vejo que conhecem a Kokushin Bakutou, então deixe-me mostrar o que ela pode fazer!

Kishirama enterrou a espada no chão e raízes começaram a brotar violentamente do chão, os ninjas se espalharam para evitar serem pegos pela técnica e agora estavam separados, os outros ninjas da grama foram lutar contra os jovens chuunins.

- Finalmente vamos fazê-los pagar por terem matado nossos companheiros! – reclamou um deles.

- O que o faz pensar que tem direito a vingança? Sua gente estava indo massacrar civis inocentes e tomar seus lares! Acha que vocês são os injustiçados aqui!? – gritou Hantei nervoso.

Os ninjas da grama não deram ouvidos e atacaram assim mesmo, os chuunins de Konoha já estavam exaustos pelas batalhas da madrugada e não estavam conseguindo revida adequadamente, do outro lado da muralha de raízes que se formou os jounins teriam que encarar o líder da vila da grama.

- Apesar de tudo devo parabenizá-los por conseguirem atrasar tanto nossa operação – elogiou ele – provavelmente nossos planos estão arruinados e não conseguiremos mais tomar esse país, ainda assim vamos até o fim por isso.

- Você prefere sacrificar todos os seus homens numa luta perdida do que aceitar a derrota, não parece algo racional – disse Shida.

- Acima de tudo eu vou eliminar vocês de qualquer jeito, por isso preparem-se!

Cravando a espada no chão mais uma vez ele fez as grandes raízes se agitarem feito tentáculos de polvo, os jounins começaram a saltar por cima deles para evitar serem agarrados e tentavam revida como podiam. Mas infelizmente a técnica também era defensiva quando as raízes bloqueavam os ataques, porém Benkei foi o primeiro a chegar até ele.

- Você sabe usar o mesmo jutsu do seu pai? Aquele que me invocou para enfrentar Hashirama? – perguntou após cruzarem espadas.

- Então é você aquele demônio? Fiquei me perguntando o que tinha acontecido a você – comentou Kishirama.

- Devo supor que não sabe, logo não pode me mandar de volta.

- Vou mandá-lo pro inferno quando eu corta-lo em dois com essa espada, sei que ela pode lhe ferir!

- Pois pode tentar se for capaz!

Os dois trocaram golpes e logo Benkei percebeu estar em desvantagem pois a Kokushin tinha um grande poder, recuando ele usou um katon para atacar Kishirama mas foi inútil contra a barreira que ele produziu.

- Você ganhou muita experiência enfrentando Hashirama, deveria agradecer a minha família.

- Me tornar um ninja foi a única vantagem de ficar preso aqui no mundo terreno.

Kishirama sentiu seu corpo endurecer quando percebeu estar preso no kage mane no jutsu do Shikaku, mas usando a Bakutou ele conseguiu romper a ligação quando as raízes atacaram Shikaku.

- Parece que aquela coisa responde ao chakra dele – observou o Nara.

Ichiro e Shida atacaram também, enquanto Ichiro usava kunais carregadas com raiton Shida atacava com suas garras já transformada no nível 2 do selo amaldiçoado.

- Nossa! Vocês têm até uma coisa dessas! – comentou ele bloqueando o ataque dela.

Com um movimento rápido Kishirama cortou o estomago de Shida que caiu no chão bolando pela dor, Ichiro lhe deu cobertura atacando com um raiton enquanto Shikaku a tirava de perto do ninja da grama.

- Fique aqui e estanque esse sangramento – ordenou ele – nós vamos manter aquele cara ocupado.

Ela começou a tratar a si mesma com seus jutsus médicos enquanto Shikaku voltava para a luta, só que a situação deles não era nada boa quando todos foram capturados pelas raízes gigantes.

- Eu acabarei com isso rapidamente!

Quando Kishirama foi desferir o golpe de misericórdia alguém o atacou por trás, ele desviou por pouco do golpe de espada curta desferido por Konoe e ela ainda conseguiu tirar um filete de sangue do rosto dele, Kouta e koudaku usaram o gatsuuga para libertar os outros que estavam presos nas raízes, Sora e Yukie tratavam de afastar Kishirama pros outros terem tempo de se recuperarem.

- Ai estão os jovens que tanto deram trabalho pra minha vila – comentou Kishirama em meio a luta – vejo que meus homens não exageraram sobre a habilidade de vocês, e suponho que isso seja só uma parte já que estão cansados não é?

- Pare de atacar o país do arroz! As pessoas daqui estão sofrendo! – gritou Sora.

- As pessoas do meu país também sofrem sabiam? Não temos terras o suficiente e nosso povo cresce além da conta, dentro de alguns anos não teremos comida para todos – justificou ele – por outro lado esse país tem terras mais que suficientes mas é o povo que está em decadência, acha isso justo?

Nenhum deles tinham palavras para isso, até pouco tempo atrás eles não sabiam os motivos da guerra, achavam que era só uma rivalidade entre duas vilas.

- Eu não os culpo por não saberem, jovens como vocês ainda estão longe das sujeiras desse mundo, por isso não os odeio por lutarem contra nós, mas eu vou eliminá-los para mostrar que estamos prontos pra ir até as ultimas conseqüências!

Dessa vez ele atacou os jovens, estes já estavam fracos e não conseguiam se defender direito, a experiência em batalhas do Kishirama superava de longe as habilidades deles e pouco a pouco todos caíram, os jounins correram pra ajudá-los mas não conseguiram a tempo.

- Mokuton! Ju-ou-ben (velho chicote de arvore) – da terra inúmeros chicotes de raízes emergiram atacando e amarrando os ninjas da folha.

Estavam todos presos e indefesos, ninguém mais tinha forças para algo e Kishirama poderia acabar com eles como quisesse.

- Serei misericordioso e eliminarei todos de uma vez.

De sua espada galhos surgiram, os galhos se transformaram em lanças e se projetaram rapidamente na direção deles, mas um vulto veloz conseguiu corta-los antes que atingissem alguém, era Benkei que se mostrava o único livre.

- Entendi, aquele é um bunshin – observou Kishirama ao ver o aprisionado desaparecer – pretende me derrotar sozinho?

- Não pense que sou mole como eles, hoje você conhecerá o inferno!

A espada de Benkei se inflamou em chamas azuis sobrenaturais, logo os dois estavam trocando golpes de espadas onde eles pareciam empatar em habilidade e força.

- Katon! Kaengiri! (corte flamejante) – Benkei atacou com sua espada em chamas.

- Suiton! Suibouheki (escudo de água) – Kishirama defendeu-se com uma parede de água.

Os jutsus se chocaram mas Benkei ficou em desvantagem e foi jogado para trás Kishirama não perdeu a oportunidade e cravou a espada em seu estomago, o demônio gritou de dor pela primeira vez desde que assumiu o comando das crianças que assistiam horrorizadas.

- Eu esperava mais daquele que meu pai invocou para enfrentar o shodaime Hokage – disse Kishirama – esse é o nível daqueles que habitam o inferno?

- Você ainda não viu o inferno para saber como eu posso ser – respondeu Benkei rindo – mas já faz décadas desde que fiz isso pela ultima vez!

Benkei segurou o braço de Kishirama que tentava retirar a espada, o demônio foi se levantando mesmo quando a lamina de madeira rasgava mais de sua carne, então chamas verdes cobriram o corpo de Benkei que mudou de forma para algo terrível, todos observavam impressionado ele se convertendo num demônio com garras afiadas e uma bocarra com dentes salientes, sua cabeça tinha chifres curvos apontados pra trás, quando Kishirama se recompôs do susto ele fez mais laminas brotarem da bakutou e todas elas perfuraram o corpo de Benkei.

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- SENSEI!! – gritaram seus alunos juntos.

- Ele é mesmo um demônio, achei que isso fosse exagero das historias! – comentou Shikaku.

Os outros espectadores nada diziam, apenas assistiam aquilo demonstrando medo por verem um demônio de verdade ali, o próprio Kishirama não acreditava em quanto aquele monstro suportava de ferimentos.

- Não tenho forças sobrando pra acabar com sua raça, mas pelo menos esse braço eu levo comigo! – a voz de Benkei era cavernosa e assustadora.

Enfiando as garras no braço de Kishirama ele o puxou para si arrancando carne e ossos, o líder da grama gritou em agonia quando finalmente separou-se do seu braço direito, Benkei caiu no chão com a espada ainda enfiada na barriga e revertendo a forma humana onde seu rosto monstruoso se transformava novamente numa mascara inerte.

- SEU MONSTRO DESGRAÇADO! – gritou Kishirama.

- Venha aqui pegar seu braço de volta se tiver coragem! – desafiou Benkei.

Claro que Kishirama não arriscou aproximar-se dele, temia que ele se transformasse novamente e levasse seu outro braço ou pior.

- Não importa, ainda tenho a habilidade de controlar vegetação, posso destruir os outros de uma vez.

Ele estendeu seu braço na direção dos outros que continuavam presos nas raízes, todos se debatiam tentando se libertarem quando sentiram as raízes apertando, seria o fim deles se uma onda de estacas de cristal não destruíssem todas as raízes libertando-os.

- Parece que chegamos a tempo – disse Guren tomando a frente do grupo.

- Yukie-sama, você está bem? – perguntou Neji indo até ela.

- Ajude o sensei! Ele ta morrendo! – pediu ela tentando correr até seu mestre.

Neji não deixou que ela fosse, a menina estava ferida e fraca, os outros dois também tentaram ir até seu mestre mas Shida e Shikaku não permitiram, os outros membros do quarteto do som se colocaram a frente deles.

- Por ordens da Otokage nós viemos conter a rebelião da grama, você pode escolher se render e voltar pra casa ou lutar aqui mesmo – disse Joumaru – embora no seu estado duvido que possa lutar.

- De qualquer forma é um desperdício, a vila da cachoeira recuou mas seus homens vão encontrar os nossos ninjas, acha que vale a pena perder tudo? – perguntou Enya.

Kishirama ainda pensou em lutar, mas no seu estado seria morte certa contra todos eles, e no momento reagrupar seus ninjas era mais importante, então pacificamente ele deixou o campo de batalha, somente quando era seguro os jounins permitiram aos garotos correrem até seu mestre.

- Eu vou curá-lo Benkei-san – avisou Shida se abaixando até ele.

- Não perca seu tempo, ninjutsus médicos não funcionam em mim – avisou ele – mais importante que isso é manter uma certa distancia, não é saudável ficar perto de mim assim.

- se-sensei, você não vai morrer não é? – perguntou Kouta receoso.

- Idiota, eu não vou morrer, só não vou mais existir nesse mundo!

- Isso é mesmo que morrer! Não queremos que se vá sensei! – disse Mikoto contendo as lagrimas.

Os outros ninjas presentes se retiraram pra dar esse momento a eles, apenas o time 5 permaneceu olhando seus amigos sentido quase o mesmo que eles.

- Escutem aqui moleques, eu não tenho muito tempo e por isso ouçam bem – disse ele.

Os três sentaram-se a sua frente, Benkei não parecia demonstrar qualquer dor embora seu corpo estivesse mutilado, ele arrancou a espada que ainda estava cravada em sua barriga e se ajeitou encostado a uma arvore.

- Eu já fui humano a muitos séculos atrás, vivi na miséria enquanto o mundo se acabava em conflitos, quando eu estava perto de morrer eu me consumi em ódio pela vida que levava e isso me arrastou para o inferno – revelou ele – no inferno eu sofri mil vezes mais até que meu ódio me transformou no que sou hoje, eu quase me esqueci que já fui humano, mas querem saber o que é o pior de tudo?

Os três continuaram ouvindo, a essa altura já derramavam lagrimas e isso irritava Benkei.

- Depois que me tornei um demônio eu percebi que a vida na terra era muito pior que no inferno, pois no inferno não há como mudar ou piorar – continuou ele – mas aqui na terra você ainda tem oportunidade de mudar mas o sofrimento é muito pior, vocês viram como as pessoas desse país vivem não é?

- Essa guerra se tornou o inferno deles – respondeu Mikoto.

- Vocês vão passar por coisa muito pior daqui pra frente, vocês viverão um inferno na terra e podem se quebrar, mas se vocês puderem vencer isso vocês serão o oposto do que sou.

- Eu prometo que vou fazer o meu melhor sensei – disse Yukie fazendo força pra não chorar.

- Nós também! – disseram Kouta e Mikoto juntos.

- Se eu voltar pro inferno vou ficar de olho, se falharem arrasto vocês pra lá – avisou ele.

- Não quer ficar sozinho não é? – brincou Yukie.

- Já me acostumei a vocês, mas isso não significa que gosto de vocês – disse ele – mas se quiserem me agradar não falhem, um dia eu posso voltar e vocês não vão gostar de me ver furioso.

Shikaku voltou até eles e mandou que os jovens se reunissem com os outros, eles sabiam que a intenção dele era impedi-los de ver o fim do seu mestre, Hantei, Sora e Konoe acompanharam os outros tentando consola-los.

- Você finalmente se parece com um ninja de Konoha – comentou Shikaku – pena que demorou tanto.

- Não me importo com isso, apenas cuide dos meus moleques, no fim das contas não são tão ruins.

- O Naruto escolheu bem quem iria cuidar deles, mas ele fez isso para ajudar a você sabia?

- Aquele intrometido! Mas é bem do feitio dele.

Benkei entregou a espada para Shikaku afim de que ela retornasse a Konoha, quando sua mascara rachou ele percebeu que seu tempo acabava.

- Diga aos pirralhos para não ficarem com frescura por causa disso, eu não quero ninguém chorando por minha causa.

- Eu direi sim, pode ficar tranqüilo, mas creio que não precise dizer isso já que eles sabem o que você prefere.

Quando terminaram de falar o corpo de Benkei incendiou-se até que em poucos segundos só sobrou cinzas onde ele estava, os seus alunos imediatamente sentiram um aperto no coração mas lutavam contra a dor para evitar ofender seu mestre, no outro lado do país a batalha contra os filhotes do nanabi terminava com a vitória dos ninjas, enquanto alguns comemorava o possível fim da guerra outros sofriam com suas perdas pessoais.

Continua.