A Pianista

Capítulo 23


Depois de receber o teste com a devida nota, eu errei tudo. Upa lelê... Guardei minha prova e enfiei minha cara na mesa.

– Ay-chan! Como foi no teste? –disse Naomi.

– Mal... BEM mal.

– Posso ver?

Eu entreguei minha prova e ela deu um gritinho.

– Eu sinto muito Ay-chan, eu...

– Não foi sua culpa - a interrompi. - É minha culpa.

– Como foram nos testes? – disse o Hayato se aproximando de nós.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Horrível – disse eu com uma cara de morta.

– Bem... – disse a Naomi baixinho.

Tatsuo se aproximou de nós e sentou-se na cadeira à minha frente. Pegou minha prova e a analisou. Pegou a aprova do Hayato e analisou também.

– Hoje vamos estudar para a recuperação.

– O quê?! – disse eu e o Hayato em coral.

– Isso! Ótima ideia! É mais divertido estudar com os amigos - comentou Naomi.

O Tatsuo era bom em matemática? Nossa, isso me surpreendeu. Fiquei feliz por ele ter dado essa iniciativa tanto para mim quanto para o Hayato-kun. Ele disse que nossas dificuldades são parecidas. Então, se estudarmos juntos, é melhor. Depois da aula, em vez de ir para a Sala de Música, fomos para a Biblioteca. Perguntamos para a bibliotecária se nós poderíamos ficar ali por um tempo para estudar, e ela assentiu. Sentamo-nos na mesa e abrimos os livros. Em minha frente estava Tatsuo, do meu lado direito a Naomi e em frente à Naomi estava o Hayato.

Era incrível as técnicas que o Tatsuo utilizava para nos ensinar.

– Tat-tan... Não entendo essa parte - disse Kazumi.

Então, com muita calma do mundo, ele explicou novamente para ele. O tempo foi passando e nós continuamos a estudar. Como sempre, Naomi se preocupava com o horário e disse que era melhor para ela ir em bora enquanto havia a luz do sol. Continuei estudando com os garotos, mas não demorou muito para que o Hayato pegasse no sono e virasse uma fábrica de baba.

– Ayumi... - disse ele.

– S-sim?

– Conte comigo.

– Hã? - disse tirando minha atenção dos livros e olhando fixamente para ele. - Tipo... 1, 2, 3...?

– Não, boba. Conte comigo para tudo. Se você não entender, pergunte-me.

– Tatsuo... Você... Você gosta de ajudar?

Ele olhou para o lado e depois de um tempo ele mudou de assunto.

– Continuaremos.

– O-okay!

Acho que me esforcei demais, pois quando fui dar conta, estava dormindo em cima da mesa. O Tatsuo não estava na mesa, ele foi embora? Mas... O casaco que estava em minhas costas era dele. Levantei-me e fui à sua procura. Ele estava no final da biblioteca sentado no chão dormindo. Tirei o seu casaco das minhas costas e o cobri.

– Você se esforçou demais... -disse ajeitando-o.

____

No dia seguinte, agradeci ao Tatsuo por ter me ajudado na matéria e ele sorriu. Na hora do intervalo, a Naomi me chamou.

– Ay-chan, você está bem?

– Mas claro. Por que não estaria?

– Porque esses dias vocês ficou tão quieta... O que aconteceu? Está brava com alguém?

– Não. Na verdade... Acho que sim. É minha mãe. Ela irá se casar com meu vizinho.

– O inglês?

– Isso... Se não me engano, o casamento está marcado para mês que vem. Mesmo que eu goste dele um pouco, não acho que seja a ser uma paixão de "pai". Mas eu estou feliz que mamãe finalmente está mais feliz.

– Fica tranquila... Você vai perceber que ele é mais legal do que aqueles seus joguinhos.

– Ei! Não são "joguinhos". Tenha respeito u.u

– Foi mal... - disse ela sorrindo e eu sorri também.

– E aí garotas! Querem um companheiro? - disse Hayato.

Ele com certeza disse isso na brincadeira, mas era tarde demais, fazendo a Naomi dar um tapa em sua cara, deixando sua pequena mão marcada em seu rosto.

– Nossa! Era brincadeirinha! - disse esfregando sua bochecha.

– Oh, me desculpe. Você me pegou desprevenida.

– Tudo bem - ele sorriu para ela.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Vamos estudar novamente hoje depois da aula? - disse Hayato.

– Eu não sei - respondi. - Eu tenho umas coisinhas para resolver em casa.

– Eu também não posso, Kazumi-kun. Hoje eu tenho aula de hipismo. Desculpe-me - disse a Naomi.

– Ahh... Então terei que estudar sozinho...

Ele depois de terminar essa frase foi falar com o Tatsuo. Estou vendo que vai ficar "sozinho", mas o Tatsuo perguntou alguma coisa para ele que não escutei. Hayato fez um sinal negativo para ele e o Tatsuo acabou colocando a mão atrás da cabeça falando alguma coisa também para o Kazumi, fazendo-o ficar triste. Ele voltou onde eu e a Naomi estávamos e disse:

– Ah droga... Tatsuo também não poderá ficar...

Depois da aula, nos despedimos um dos outros e acabamos indo para casa. Ao chegar em casa, subi para meu quarto, joguei minha mochila na cama e tirei minha saia e minha blusa, ficando assim só com a roupa de baixo. Fui até o banheiro para tomar banho. Para ir até o banheiro eu passo em frente do quarto de visitas e no da mamãe. Quando estava caminhando no corredor, eu esbarro com quem?! Com quem eu não queria ver! Com o Sr. Jonson. Mas claro que eu dei um grito.

– Ay-Ayumi-chan! S-sinto muito! - disse vermelho colocando a mão nos olhos e se virando, se encolhendo no chão - Por favor, perdoe-me, juro que não foi de propósito! Ficarei aqui nessa posição até a senhorita ir ao cômodo desejado.

Voltei para meu quarto e peguei meu roupão. Vesti e fui falar com o Sr. Jonson. Vermelha de vergonha? Não... eu estava é roxa!

– Érr... Eu já estou vestida. Eu que sinto muito. Tenho que parar com essa mania de sair pelada pela casa - dei uma risadinha. - Ainda mais quando o senhor se mudará para cá logo logo né...?

Ele se virou para mim surpreso. Acho que ele não sabia que eu sabia do casamento '-' Então disse à ele que mamãe já havia me contado tudo. Ele se levantou e sorriu.

– Será com grande honra poder cuidar de você! Ou você cuidar de mim.

Eu sorri e fui para o banho. Por que ele estava aqui em casa? E por que estava no quarto da mamãe? Não me diga que eu terei um ser humano pequeno dentro de casa que me chamará de "onee-chan" no futuro assim que esse ser começar a falar. Isso está indo rápido demais! Tomei meu banho rapidamente onde o shampoo caiu em meus olhos. Ô coisa que arde. Não tem coisa que mais arde do que shampoo nos olhos. Tateei o cabideiro até achar a toalha, mas acabei batendo no saboneteiro fazendo cair no chão, onde eu escorreguei no sabonete e cai com tudo no chão. Hoje definitivamente não era o meu dia de sorte.

– Ayumi?! Ayumi?! Está tudo bem aí?! - disse mamãe preocupada subindo as escadas.

– Ah, sim, está! Só.. derrubei o frasco de creme no chão. Está tudo bem...

Peguei a toalha e sequei meus olhos. Jorrei bastante água até o ardor diminuir. Depois terminei de me secar e me vesti. Eu estava com olhos iguais ao de um usuário de drogas. Coloquei um óculos escuro de sol e desci as escadas encontrando com o Sr. Jonson e a mamãe almoçando.

– Sente-se, querida - disse mamãe. - Para que esse óculos?

– É moda - disse rapidamente. Fiquei orgulhosa por não ter hesitado.

– Esses jovens de hoje em dia... - disse o Sr. Jonson.

– Então, mãe... o que o Sr. Jonson faz aqui? - disse sem olhar para os dois, colocando arroz em minha tigelinha.

– Ele veio para poder discutirmos sobre o casamento. Olha, Ay, sei que está sendo muito estranho e rápido... Mas provavelmente daqui um tempo você terá um irmãozinho...

– Ou irmãzinha - completou o Sr. Jonson.

OH DROGA! Então eles realmente fizeram "AQUILO"! Levantei-me rapidamente batendo as mãos na mesa.

– Não! Como?! Mesmo que eu ache muito fofo um bebê, não quero que ele venha agora! Não quero escutar agora um onee-chan!

– Calma querida! Não estou grávida - disse mamãe rindo. - Ainda vamos conversar sobre isso.

Ai meu coração... Momento para achar a alma pela casa e colocar novamente em meu corpo... Já não basta meu cérebro estar explodindo, agora ter que aturar um bebê dentro de casa? O que eu fiz para ter uma vida assim? Terminei minha refeição pela metade, agradeci e disse que ia dar uma volta. Peguei meu celular, minha bicicleta e lá fui eu. Parei em um parquinho desativado e, logo em seguida, recebo uma ligação. Pego meu telefone e vejo o nome: Tatsuo Nagashima. O que será que ele quer? Atendi.

– Ayumi... Hã... Você não quer jogar algum jogo de vídeo-game comigo?

– J-Jogar? Érr...

– Bom, não tem problema se você não puder! É que você me convidou para ir em sua casa jogar tantas vezes, então gostaria de retribuir o favor.

– Ah! C-Claro. E-eu adoraria.

Ele me passou seu endereço via SMS e, com minha velha bicicleta, fui até ele.