A Oitava Cullen

Capítulo 13


Carlisle Pov

- Como ela não está? São 23:00 horas! Como vocês deixam uma criança sair nesse horário? E a hospedam aqui? – Rosalie disse quase berrando pro recepcionista.
- Não creio que estamos falando da mesma pessoa então. – ele disse sério.

Puxei Rosalie para o canto e falei calmamente.

- Esqueceu o presente do Jasper? – indaguei.
- Droga! Tinha esquecido!Por isso então que ela atravessou o país tão facilmente! – ela disse pensativa.
- Ela disse que horas voltaria? – Esme perguntou calmamente.
- Não senhora, mas creio que só amanhã! – ele disse sorrindo.
- Só amanhã?! – Rosalie gritou novamente.
- Rose calma! – a recriminei.
- Sim – ele disse calmamente - A senhorita Jackeline sai todas as noites e só volta no dia seguinte, acho melhor vocês descansarem um pouco, três quartos? – ele sorriu.
- Não...não precisa, iremos esperar no Hall– disse calmamente.
- Irei caçá-la! - Rose disse do meu lado.
- Não precisa, iremos esperá-la, não vamos assustá-la. Melhor que temos que fazer agora é esperar! – falei autoritário.

Ficamos sentados no sofá da recepção esperando. Esme ficou do meu lado e não parava um segundo sequer de mexer nas pernas, Rosalie ficou em pé indo de um lado pro outro, cada hora que passava parecia uma eternidade. Já passava das 4 horas da manhã quando finalmente a vi entrando no hotel.
Ela estava completamente diferente, estava mais magra, pálida, olhos profundos e sem foco, cortou o cabelo bem curto e estava meio que azul a cor do cabelo. Ela fechou os olhos, tive a impressão que a claridade das luzes do hotel fez os olhos dela doerem. Ela colocou a mão no bolso da jaqueta tirou um óculos escuro e colocou. Caminhou lentamente até o elevador e o acionou.

- Jackie!? Aqui! – Esme gritou do meu lado. Mas ela não olhou.
- Jackie?! – Rose a chamou também, mas ela continuou sem olhar.
- Vamos! – disse indo na direção dela.

Vi que o elevador tinha chegado e ia fechar, fiz um sinal pra duas e entramos correndo no elevador.

- Jackie porque não respondeu? – Esme perguntou colocando a mão no ombro dela.
- Porque você fugiu mocinha! O que tem nessa cabeça? – Rose ralhou.

Fiquei olhando pra ela atentamente e vi que tinha algo errado. Ela fez um movimento e apertou o botão do andar de seu quarto, nos ignorando, notei que ela ficou alguns segundos nos encarando e sorriu. Tirei os óculos da cara dela e vi seus olhos sem foco algum e completamente vermelhos.

- Você esta drogada?! – olhei assustado pra ela.
- O que? – Rose gritou.
- Como? – Esme perguntou assustada também.
- Jackie! Você está drogada! Olhe pra mim filha! Filha! – a sacudi, mas nesse momento ela perdeu a consciência.
- Como isso é possível? Não esperava isso dela – Rosalie disse a observando.
- Ela deve estar confusa, vamos esperar ela acordar – Esme disse acariciando o rosto dela,.
- Ela está bem Carlisle? – ela perguntou aflita.
- Deve estar com overdose! – Rose sibilou.
- Ela está bem, vamos para casa –respondi seco.

Jackeline Pov

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Acordei me sentindo um lixo, nunca tinha misturado tantas coisas assim. Minha visão ainda estava turva e eu estava completamente confusa, em algum momento senti meu corpo flutuando, ouvia vozes e quando abria os olhos só via borrões e luzes fortes.

“acho que dessa vez fiquei chapadona mesmo”.

Não sabia e nem lembrava como tinha chegado ao quarto. Fui até o banheiro e tomei um banho bem demorado, fui até o espelho e me olhei, estava horrível, meus olhos estavam vermelhos, olheiras maiores e eu estava bem pálida. Fui até o closet e me vesti, fui até a cama e sentei olhando para os lados e reconheci o local.

- Espera ai! – olhei novamente, pisquei duas vezes e dei um pulo da cama.

“estava no meu quarto em Forks?”

- MERDA! MERDA! MERDA! COMO VIM PARAR AQUI?! – olhei pro lado procurando minha mochila e nada – DROGA!

Abri a porta e saí correndo, desci as escadas o mais rápido que podia, ia em direção a saída quando algo gelado me segura pela cintura.

- Você não vai a lugar algum! – Carlisle me segurava pela cintura.
- ME SOLTA, SER DESPRESÍVEL! – disse tentando me soltar das mãos dele.
- Não chame seu pai assim – Esme ralhou do meu lado.
-Ele não é meu pai! E nem você é minha mãe! Agora me solte!- disse socando a mão dele. Senti sendo carregada e olhei em volta, foi quando vi todos na sala me olhando seriamente, então, retribui o olhar.
- ME SOLTA! - disse socando novamente a mão dele.
- Pare senão irá acabar quebrando sua mão – Carlisle disse, fazendo-me sentar no sofá.
- Que se dane! – disse levantando, mas ele com um simples toque no meu ombro me fez sentar novamente.
- Agora! Você pode me explicar o que é isso aqui? – ele disse me mostrando um pacote.
- Não devo nenhuma explicação pra você e nem pra nenhum dessa sala. Dá licença – disse levantando, mas novamente alguém me fez sentar, dessa vez foi Esme.
- Você deve explicações sim! – Carlisle disse sério.
- Me explica o que é isso aqui? – ele disse jogando o pacote em cima de mim - Achei na sua mochila! Depois que lhe encontrei completamente drogada! – ele disse quase aos berros.
- Estou espantada que você ainda não saiba! Depois se diz um ser culto! – disse debochando.
- E tem mais, você, aliás vocês não tem nada haver com o que eu faço ou deixo de fazer – disse irritada.
- Eu sei que você está magoada comigo, mas não precisa tentar se matar não acha? – ele disse olhando seriamente pra mim.
- Eu não estou tentando me matar, estou curtindo! – disse sorrindo.
- Curtindo?! – Edward rosnou.
- Curtindo? Jackie isso é heroína! Como você teve coragem, conversamos tanto sobre isso! Não aprendeu nada não?! – Edward disse segurando meu rosto e forçando eu olhar pra ele.
- Se sabem o que é, porque o interrogatório? Agora me deixem ir embora que o peso sai das costas de vocês! – disse fechando os olhos.
- Você não é um peso pra nós, eu amo você filha! – Carlisle disse sentando do meu lado e me abraçando. Empurrei-o e levantei.
- Você não é meu pai, então pare de me chamar de filha – olhei pra todos e estiquei a mão – devolvam minhas coisas, partirei hoje mesmo! Vocês não tem o direito nenhum de me trazer pra cá!
- Temos sim! – Esme ralhou atrás de mim.
- Somos sua família, você é minha filha, e ficará aqui. Nunca mais irei me distanciar de você, esse mês foi uma tortura pra mim – ela disse me fazendo sentar novamente.
- Escute o que temos pra lhe dizer – ela completou.
- Eu não tenho que escutar nada! Não sou mais uma Cullen, agora se a senhora me permitir, tenho que ir embora, não fico aqui nem mais um segundo sequer! – disse levantando novamente, mas dessa vez Carlisle que segurou meu braço.
- Escolhe, fique aqui conosco e tem sua vida de volta ou irá para uma clinica de reabilitação para pessoas com dependência química – ele disse num tom sério que me deu medo.
- O que? Tá me chamando de drogada é?! – olhei incrédula pra ele.
- Não! Estou confirmando! Ainda tem heroína correndo no seu sangue, sinto o cheiro! – ele disse sério.
- O senhor não pode me internar não é nada meu! – retruquei.
- Sou seu pai! – ele disse levantando e ficando na minha frente.
- Tens meu nome e sou pai. Posso fazer o que quiser com você! Você ainda é menor de idade! ,Não se esqueça disso! – ele disse autoritário.
- Então, agora virou chantagista? Além de ser um ser desprezível? – zombei.

Notei-o fechando os olhos e suspirando fundo, sorri sarcasticamente pra a cena.

- Nunca confie em seres como vocês, foi o que aprendi! – disse rispidamente - Vocês me dão nojo! – disse quase chorando.

Nesse momento senti meus pés saindo do chão e um par de mãos estava me levantando pelo pescoço. Olhei assustada e vi Rosalie apertando meu pescoço, estava começando a ficar sem ar.

- Retire o que você disse agora mesmo! – ela disse entre os dentes.
- SOLTE-A! – Carlisle gritou.
- AGORA – Edward me puxava pra si.
- ROSE, CONTROLE-SE – Emmett tentava puxá-la.
- ROSE POR DEUS, PARE! – Esme implorou.

Quando ia desmaiando ela me solta, Edward já tinha me puxado pra perto dele e andou uns metros longe de Rosalie.

- Como? Como você pode dizer isso? Depois de tudo que fizemos por você? Você não entende que a amamos? Se não amássemos a deixaríamos se matar com as drogas! Sua ingrata! – Rose disse olhando pra mim.

Coloquei minhas mãos na garganta e puxei o ar novamente.

- Legal! Depois de me abandonarem querem me matar! ÓTIMO! – disse olhando pra ela, se Edward não tivesse me segurando ia pular em cima dela.
- Chega Jackie, chega! – Edward disse quase aos sussurros pra mim.
- Chega! – então ele me abraçou e beijou minha testa.

Ele ficou algum segundo me abraçando, fechei os olhos e retribui o abraço, ao menos ele não estava lá, dele não tinha que ter raiva e não iria ter. Comecei a sentir uma forte vontade de chorar, meu corpo ficou mole, a vontade de sentir adrenalina no meu corpo voltou, queria ter a sensação de volta, meu corpo pedia.

“preciso da adrenalina novamente”

- Você não precisa disso – Abri os olhos e o vi olhando sério pra mim.
- Agora me escute. Sei que está magoada com todos, sei que erramos com você, mas olhe ao seu redor, não vê que você está magoando todos, veja! – ele disse apontando.
- Você está magoando Esme, deixando Carlisle arrasado e ainda fez Rose lhe atacar ao invés de Jasper! – ele disse sério.
- Onde está Alice? – olhei a procurando.
- Está com Bella, mas não fuja da conversa! – ele continuava sério.
- Jackie! Minha querida irmã! Não vê? Não vê que todos estão tentando se desculpar com você? Foram até Miami pra lhe trazer de volta e quando chegam lá, o que encontram? – ele disse olhando seriamente pra mim - Você completamente dominada pela drogas! Olhe pra você, está horrível e você só tem 15 anos! – ele disse tudo isso num tom calmo.

Observei todos por uns minutos e suspirei.

- Vocês me abandonaram – disse abaixando a cabeça.
- Eu sei, mas foi necessário filha – Carlisle disse levantando meu rosto.,,,
- Pensamos que teríamos que ir visitar os Volturi e não queríamos que eles fizessem alguma coisa com você, entenda, foi pro seu bem – Carlisle disse calmamente.
- Lembra que prometemos lhe transformar o quanto antes? Eles acham que já é uma de nós, não ia permitir eles fazerem algo com você minha filha, entenda, lhe amamos – ele disse olhando fixamente pro meus olhos.

Comecei a sentir meu corpo tremer e ficar fraco, pisquei várias vezes e novamente só via borrões.

- Porque você não volta para seu quarto e quando estiver melhor conversamos? Você ainda está sobe efeito das drogas – Carlisle disse ao meu lado.
- Não estou sobre efeito de droga alguma! Estou bem! – disse entre os dentes.
- Não? Então me diz de um a dez em alemão – Edward perguntou.

Fechei os olhos e respirei fundo.

- Cadê minhas coisas? Porque me trouxeram para cá? E não me levaram para Cornell? – disse de olhos fechados.
- Porque voltamos a morar aqui, e o seu lugar é do nosso lado – Carlisle disse calmamente.
- Minha moto? – olhei pra ele.
- Confiscada! – Edward disse.
- Vocês foram atrás de mim para me torturarem é? Porque não me deixam viver em paz?Estava muito bem sem vocês – disse irritada.
- Estava! Que mais uma semana se mataria! – Edward disse debochando.
- Eu preciso sair! – disse indo na direção na porta, mas Edward me segura.
- Você irá pro seu quarto – ele sussurrou.
- Me solta, por favor, preciso de ar puro, preciso! – supliquei.
- Se precisa, você irá sair comigo e não sozinha – ele disse me carregando até o carro dele e partimos.

Fiquei o tempo inteiro olhando pra janela, a passagem escurecida por causa da chuva, eu realmente ainda estava sobe efeito da droga, porque tudo que via era em 3D.

- Tinha esquecido como isso aqui é um tédio! – disse sussurrando.
- Perdoa nossos pais vai – ele disse tocando meu ombro.
- Preciso de Êxtase! – disse fechando os olhos. Escutei um rosnado no meu lado.
- Pare com isso senão Carlisle e eu iremos lhe internar! – ele sibilou.
- Interne assim me livro de vocês! – disse olhando pra ele.
- Você não escutou nada que dizemos na sala? Eles fizeram isso para lhe proteger – ele disse sério.
- Porque não me contaram a verdade então? Evitaria muitas coisas – disse cansada.
- Eu não sei. Mas sei que todos adoram você, você devia ter visto como eles ficaram sem você por perto, Esme, Carlisle, Alice....Rose estava indo de Estado em Estado lhe procurando sabia? – ele sorriu.
- Quantos dias estou aqui? – disse me encostando no banco.
- Dois – ele disse sério.
- Para onde está me levando? – indaguei.
- Você não disse que queria ar puro? Então, estou lhe levando para o ar mais puro que conheço – ele sorriu.
- Me desculpe Ed!! – disse mais sinceramente possível.
- Você não tem que se desculpar comigo e sim com nossos pais – disse tranquilamente.
- Irei pensar – disse fechando os olhos, estava me sentindo deprimida e com muito sono.
- Irá se desculpar sim – escutei antes de adormecer novamente.

Acordei suando frio, meu corpo tremia, olhei para os lados e estava em minha cama. Tentei levantar, mas minhas pernas estavam bambas e acabei caindo no chão, tentei me apoiar no criado mudo, mas não consegui, quando percebi estava tudo caindo em cima de mim.

- Droga! – sibilei.
- FILHA! – Esme disse me carregando e colocando novamente na cama.
- Você está bem? – ela disse olhando pra mim preocupada.
- Eu estou ótima – disse entre os dentes.
- Carlisle – ela chamou.
- Não precisa chamar ninguém – disse tentando me levantar, mas meu corpo tremia, sentei na cama colocando as mãos na cabeça e fechando os olhos, respirava profundamente.

“preciso só de uma pílula pra me sentir melhor”

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Senti uma mão fria tocar na minha testa e depois me deitou novamente na cama.

- Filha, acho que terei que lhe internar, seu organismo está dependente das drogas ele quer mais – Carlisle disse calmamente.
- Não sou drogada! – disse ríspida.
- Carlisle, acho que não é necessário, podemos cuidar dela aqui – Esme disse passando a mão na minha testa.
- Se vocês me deixassem ir embora, não estaria causando esse peso pra vocês – disse emburrada.
- Dá para você parar com isso? Não irei deixar você sair de perto de mim nunca mais – Esme disse aborrecida.
- Não acredito mais em vocês – disse tentando me levantar, mas minha cabeça girava. Senti novamente sendo empurrada para ficar deitada.
- Você deveria ser mais gentil com sua mãe, filha – Carlisle disse arregalando meus olhos.
- Dá para vocês me deixarem em paz?! – disse batendo na mão dele.
- Não – os dois responderam ao mesmo tempo.
- Mas que droga, quero sair daqui – disse ríspida.
- Você não irá sair das minhas vistas, até está recuperada – Calisle disse calmamente.
- Eu odeio vocês! – disse raivosa.

Passei o dia inteiro mal, meu corpo tremia, minha cabeça parecia que ia explodir, em algum momento tive alucinações, em vários momentos até gritava de tanta dor, mas sempre Esme e Carlisle estavam do meu lado tentando me controlar, dormia e acordava várias vezes, as dores vinham e iam embora do nada, meu corpo realmente estava pedindo alguma coisa e eu sabia exatamente o que era e eu também queria.

Abri os olhos acho que pela milésima vez, mas dessa vez não vi ninguém e meu quarto estava completamente escuro. Levantei e fui tomar um banho bem demorado. Estava debaixo no chuveiro de cabeça baixa pensativa.

- Como irei fazer pra conseguir alguma coisa aqui, eles não irão me dar um segundo só! E Forks? – analisei - Se tiver alguma coisa aqui, deve ser algumas folhas medicinais vindo da reserva dos lobos. Droga, realmente eu estava me transformando numa viciada! – Levantei a cabeça, fechei os olhos deixando a água bater no meu rosto.
- Eu não sou uma viciada, só preciso de adrenalina no corpo! Preciso...

As lembranças das horas ou dias atrás veio em minha mente, estava completamente fora de sintonia, não sabia que horas e dia eram, mas as lembranças de Esme e Carlisle do meu lado me controlando quando meu corpo implorava por mais heroína me dominaram. Comecei a chorar compulsivamente.

- O que eu estava fazendo?

Saí do banho, vesti qualquer roupa e desci as escadas correndo. Olhei pra sala e vi Alice e Jasper.

- Vai tentar fugir de novo? – Alice disse sério.
- Onde esta Carlisle? – retribui o olhar.
- No escritório – ela disse curiosa.

Corri o mais rápido que podia, entrei no escritório sem bater e o vi sentado na poltrona dele segurando um livro sobre desintoxicação.

- Algum problema filha? – ele disse largando o livro e levantando.
- Sim – respondi indo em sua direção e o abracei com força.
- Desculpa!Desculpa!Desculpa – foi tudo que conseguir dizer enquanto o abraçava e chorava.

Senti ele retribuindo o abraço e beijando minha cabeça.

- Tudo bem, está tudo bem, acalme-se – ele disse esfregando minhas costas.
- Também peço desculpas, não deveria ter agido e falado como falei com você naquele dia, tenho que dar mais créditos a sua mãe, ela sabe exatamente como é seu temperamento – ele sussurrava.
- E como é? – disse largando ele.
- Instável – ele riu e beijou minha testa.- Tenho uma filha adolescentes que muda de temperamento como muda de roupa! - Ele sorriu e me abraçou novamente – mas mesmo assim, eu amo essa adolescente complicada.
- Não é bem assim Carlisle, ela só tem um temperamento forte – Esme disse entrando no escritório sorrindo.
- Mãe! – lhe dei um abraço também.
-Desculpe-me mãe – disse soluçando.
- Como você está se sentindo? – Esme perguntou preocupada.
- Um pouco fraca – disse sincera.
- É normal, você não come há três dias – Carlisle disse me guiando pra cozinha.
- Três dias? – indaguei.
- Sim – ele sorriu.
- Quantos dias estou aqui? – perguntei curiosa.
- Indo para o quarto dia - nesse momento Esme coloca na minha frente um copo de leite e um prato com torradas.
- Obrigada mãe – sorri e peguei uma torrada – e desculpe por tudo, desculpe por ter fugido.
- Está tudo bem filha, só não faça mais isso, quase me matou de preocupação – ela olhou pra mim e sorriu.
- E eu quase de remorso – Carlisle fez um cafuné em mim – sabia que você é o único ser da face da terra que ia matar dois vampiros – ele sorriu.
- Desculpe, prometo não fazer mais isso – disse sincera.
- Mas eu queria pedir uma coisa pra vocês! – disse sem olhar pra eles.
- Diga - Carlisle perguntou calmamente.
- Devolvam minha moto, por favor – supliquei.
- Não – Carlisle respondeu seco.
- Nem pensar – Esme no mesmo tom.
- Mas eu preciso dela, eu preciso! – disse olhando pra eles.
- Não precisa, irá andar com Edward, Rosalie, Alice, comigo, você tem sete motoristas – ele disse sério.
- Pai, não é disso que estou me referindo. Eu preciso dela, preciso sentir a adrenalina correndo nas minhas veias novamente, eu preciso! – supliquei.
- Não e ponto! – ele disse firme.
- Então o senhor me dá uma injeção de adrenalina na veia! – disse ríspida.
- Jackeline CULLEN! - ele esbravejou.
- O QUE MEU PAI! O QUE?! TUDO QUE PEÇO É MINHA MOTO! NÃO IREI FUGIR NÃO, TEM MINHA PALAVRA! – disse levantando.
- Olhe esse tom de voz comigo mocinha! E sente-se – ele disse indicando pra cadeira.
- Escute, aqui todos sabem que tem 15 anos, sua carteira falsa não dará certo aqui – ele disse sério ainda.
- Pai – suspirei - eu preciso de dose de adrenalina todo dia e a moto faz isso comigo, eu preciso! Prometo que ninguém irá me pegar se pegar eu entrego a moto e não falo disso até ir pra faculdade! – disse calmamente.- Pai a velocidade é a minha heroína! Eu necessito dela! – completei
- Eu irei lhe internar! – ele disse andando de um lado pro outro.
- Não precisa querido! – Esme disse parando-o.
- É não precisa! Estou controlada, só quero minha moto de volta! – disse séria .
- Se pedir mais uma vez, irei lhe levar agora mesmo! – ele disse sério.
- Alice, ligue para os outros, quero uma reunião agora mesmo – ele disse olhando pra mim.
- Pra que meu pai? – disse encarando-o.
- Iremos decidir se lhe interno ou não! – ele disse firme.
- Não precisa internar, me mande pra Cornell ai não terá mais que se preocupar comigo! Aliás como o senhor mesmo disse, minha família está lá! – disse levantando e indo pro meu quarto.
- Isso vai ser mais complicado do que esperava – escutei antes de me trancar no quarto.

A estúpida reunião entre família aconteceu e mais uma vez não tive voz de voto. Decidiram que só ia ter a moto de volta quando completasse 16 anos, também decidiram que não ia ser internada, mas tinha que voltar às aulas.

Aulas? Em maio? O que eles queriam?! E tem mais, querem que recupere o tempo perdido. Também me obrigaram a ligar para a senhora Winter e pedir desculpas, a contra gosto fiz. Não estou falando com ninguém, ignorando todos e para falar a verdade estava de saco cheio de ser vigiada 24 horas por todos.

Voltei à escola como pediram, estava estudando na mesma escola que Edward e os outros, os outros que estou dizendo é a chata da Bella e Alice. E logo no primeiro dia tive uma grande decepção.

Sempre mantive contato com Albert e Rebeca, mas eles nunca me contaram que Albert estava namorando outra menina. E como ultimamente eu estou de pavio curto Alice me controlava o tempo todo.

- Eu lhe avisei não avisei? – ela disse me puxando pra outro caminho evitando a namorada do Albert.
- Cala a boca Alice! – disse ríspida.

Sentei-me à mesa onde estavam Bella e Edward almoçando.

- Coma! - Alice disse jogando uma bandeja na minha frente.
- Come você! - a desafiei.
- Edward dá um jeito nessa menina! – Alice disse emburrada.
- Não comece também Edward e nem você Isabella – disse olhando pra ela.
- Mas não ia dizer nada – ela olhou com a cara mais inocente do mundo.
- Mas pensou! – disse cruzando os braços e fechando a cara ao vê-los entrando no refeitório de mãos dadas.
- Pensei que fosse eu que lia mentes aqui e não você – Edward disse rindo e eu fechando a cara.

Como eu queria dar um murro na cara daquele menino, não porque ele estava namorando, mas ter me feito de besta por não ter contato, o que custava contar?!

- Isso tudo é por causa de vocês dois – disse apontando pra Bella e Edward.
- Nós? – Edward olhou confuso.
- Sim! Se você não fosse tão desastrada e você não fosse tão teimoso e chato nunca teríamos saído daqui! – disse levantando.
- Para onde você vai? – Edward olhou fechando a cara.

“Fumar um baseado quer?”

- Pare de brincadeira menina!
- Irei dar uma volta seu chato! – disse indo na direção do pátio da escola.

Estava chovendo quando saí para o pátio. O vento estava contra o refeitório, olhei para os lados e respirei fundo, fechei os olhos e levantei o rosto pro céu deixando água bater no meu rosto, senti o vento bagunçar meus cabelos e escutei um sussurro “vem”.

Abri os olhos e olhei para os lados e não vi nada, olhei pra trás e nada, novamente o vento sopra e com ele uma voz suave, doce e encantadora “vem, floresta”.

Olhei para a floresta e vi um par de olhos encantadores, um par de olhos que conhecia, eu tenho certeza era ela. A adrenalina correu no meu organismo novamente, a sensação de ter poder novamente me tomou “vem”, escutei novamente. Olhei pra trás certificando se Edward ou Alice não estavam atrás de mim, mas como aprendi a bloqueá-los, nesse exato momento estava fazendo isso. Iria correr esse risco. Para a minha sorte a chuva nesse exato momento ficou mais forte e ouve um trovão, com isso corri para a floresta atrás daqueles olhos encantadores.

Estava correndo floresta adentro. Aquela voz e aqueles olhos estavam me chamando, tinha que ir mais rápido que podia, sabia que a qualquer momento Alice ia me ver e tanto ela quanto Edward viria atrás de mim. Foi quando a vi parada atrás de uma árvore sorrindo sarcasticamente pra mim, parei imediatamente e a fitei.

- Diga! Porque me guiou até aqui?! - ela moveu-se tão rapidamente que num piscar de olho ela estava me segurando pela garganta.
- Eu sabia que você era uma humana! – ela disse sussurrando no meu ouvido.
- Mas não sabia que era tão fácil fazer você vim me encontrar sozinha! – ela sorriu.
- Como você disse, sou humana! – disse quase sem voz.
- Será que eles irão lhe trocar pela preciosa Bella? - ela disse cheirando meu pescoço.
- Creio que não! Eles estão malucos pra se livrar de mim! Agora a senhora pode largar meu pescoço, não consigo respirar – disse séria.
- E se eu for mesmo a isca, morta não servirei de nada! – ela olhou pra mim sorriu e me largou. Respirei fundo e sorri.
- Não pretendo lhe matar, não agora!
- Sou mais útil viva do que morta! – disse olhando pra ela.
- O que você está dizendo pirralha?! – indagou.
- Posso lhe dar informações úteis – disse rindo.
- Mas quero algo em troca – disse rindo mais ainda.
- Você não está em condições nenhuma de fazer algum acordo comigo – ela disse apertando novamente meu pescoço.
- Isso, me mate que nunca encostará um dedo na Isabella e ainda será devorada por lobos! – disse sarcasticamente.

Nesse momento senti meu corpo voar a bati forte no chão, senti uma forte dor nas costas, mas levantei rindo.

- O que está esperando? Mate-me logo, nunca chegará nem a 100 Km da Isabella, mas eu sei muito bem como você pode chegar perto dela – disse olhando sorrindo pra ela.
- E tudo que peço são umas trocas! Victória! – disse com meu melhor sorriso.
- Trocas? Não faço acordo com humanos e muito menos pirralha – ela disse caminhando lentamente em minha direção.
- Haa que pena! Mas antes de me matar diga-me, porque você acha que Edward não está aqui? – disse dando um passo na direção dela. Mas ela parou de caminhar e me olhou analisando.
- Exato Victória, porque eu sei como bloqueá-lo! Isso não seria ótimo eu lhe ensinar? Ou me diga mais outra coisa, porque você não consegue chegar perto de Bella? Sempre estamos um passo na frente de você né? Como você acha que meu irmão conseguiu matar James? Como ele sabia né? Humm! Pense Victória, pense! – disse parando e a encarando.
- O que você quer pirralha? – ela disse segurando novamente meu pescoço.
- Primeiro respirar!! – ela me largou.
- Bom, muito bom isso – disse colocando a mão no pescoço.
- Diga! – ela disse entre os dentes.
- Bom que tal um trato? – disse seriamente.
- Trato? Com você? Você é muito engraçada – debochou.
- Faz umas coisas pra mim que lhe conto como ter uma brecha nas visões da Alice – disse rindo.
- Então diga como é! – sibilou.
- Nananinanao. Primeiro cumpra o que eu quero que lhe ensinarei depois, assim você irá provar que posso confiar em você! – disse rindo.
- Não sei se é muito estúpida ou burra de falar comigo assim. Não sabe o que eu posso fazer com você, não sabe? – ela disse parando na minha frente e rindo – Posso fazer você me dizer isso agora mesmo e coisas piores.
- Matar?E daí??– disse dando os ombros.
- E já me cansei disso, você tem exatamente dois minutos para decidir se irá me matar ou não, porque meus irmãos estão chegando – disso rindo.
- Você está blefando pirralha!
- Eu? Não são vocês que têm um super faro? Fareje e sinta o cheiro deles – disse rindo.

Ela quebra um pouco a cabeça pro lado e respira fundo, olha pra mim arregalando os olhos e em seguida levanta a mão para me dar uma tapa. Coloquei os braços na frente no instinto de me proteger, mas foi em vão, com o tapa eu cai longe e bati com força numa árvore, tentei levantar, mas estava tonta. Olhei em volta e ela tinha desaparecido, sorri pra mim mesma.

“será divertido enganar essa vampira otária, se é desse jeito que terei minha adrenalina irei me arriscar e brincar um pouco”

- Há encontrei Edward aqui! – Alice disse do meu lado.
- Jackie? Você está bem? Ah não Jackie você está sangrando! – foi tudo que consegui escutar antes de desmaiar.

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