A Nova Volturi

14. Os Traidores


Capítulo 14

Os Traidores


Eu e Jane descemos até o subterrâneo. Era um lugar frio, escuro e úmido. Havia um corredor, com duas portas. Uma porta dava para uma sala ampla, cheia de equipamentos de tortura e castigo. Essa é a Sala de Tortura.

Na outra porta, em frente à Sala de Tortura, existia uma sala menor, com má iluminação e várias cadeiras ao redor da sala, e uma apenas no centro. Essa é a Sala de Interrogatório.

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Paramos em frente à porta da sala de interrogatório e olhamos uma para a outra e entramos.

– Preparada? – ela me perguntou

– Sempre. – e entramos


A cena que viria a seguir poderia deixar o mais corajoso dos humanos com pesadelos.

Damen estava amarrado a uma cadeira de ferro, a cabeça pendida para o lado, mal reconstruída. Ele estava com os olhos abertos, sem foco algum, seu corpo exalava cheiro de combustível, estava sem o braço direito e sem o pé esquerdo, e seu cabelo negro tinha falhas por todos os lugares. Era difícil imaginar que um homem daquele estado já havia sido bonito

– Muito bem, vamos começar. Hey. Acorde! – eu disse, dando um empurrão na cabeça de Damen, fazendo seus olhos entrarem em foco.

– O que? – ele murmurou desorientado

– Ande. Fale tudo o que sabe. – eu disse, me abaixando elegantemente, adquirindo a atenção dele.

– Eu não sei de nada! – ele disse, entredentes, agora muito mais
acordado

– Ah, mas é claro que você não sabe, mas logo, logo vai saber. Jane... Tome a frente, querida. – eu disse, me levantando e me afastando e logo um sorrisinho macabro tomou conta de seu rosto

– Dor – ela disse e ele começou a gritar e a se contorcer.


Esperei alguns minutos, até que ele implorasse por piedade. Até que ele implorou pela morte. Confesso que fiquei bastante satisfeita.


– Pode parar, Jane. Já está bom. Por enquanto. – eu disse, e ela se
afastou dele. Cheguei mais perto dele de novo, tomando minha posição inicial.

– Agora sabe de alguma coisa?

– Eles estão se preparando para a batalha. Fizeram-me espião de vocês. Eles estão montando as estratégias desde quando você entrou para os Volturi. Eles estão reunindo os Filhos da Lua, os poucos que restaram e criando um exército de recém-criados. – ele disse, arfando.

– Eles quem? – eu pressionei

– Uma tal de Maria, uma vampira ruiva, que está comandando os exércitos, e os Romenos.- ele disse, rápido.

– Maria, Victória, Vladimir e Stefan. – eu falei baixo, pensativa. – Eu deveria saber.

– Eles estão reunindo os Filhos da Lua, Bella. – Jane falou, preocupada. Esta guerra estava levando a caminhos muito sangrentos, caminhos que eu não queria tomar.

– Eu sei, Jane. Estou pensando. – eu disse – Tem algo mais? – eu
perguntei ao prisioneiro

– Eles sabem de seus treinamentos, seus poderes e suas fraquezas. Sabem de suas técnicas, e estão usando suas visões contra você.

– Como estão usando minhas visões?

– Eles estão manipulando elas, uma pessoa muda de opinião toda hora para lhe confundir. E sempre que uma decisão é tomada, é uma decisão falsa, então sua visão é falsa. Isso é tudo o que sei. – ele disse, e eu soube que era verdade, pois estava usando o dom de saber quando alguém está mentindo.

– Matem-no – disse e saí da sala, com Jane logo atrás de mim.


Entrei na Sala de Tortura e encontrei Katharine amordaçada, com os dois braços quase sendo arrancados, juntamente com as pernas.

Parei na frente dela, que levantou a cabeça e deu um sorriso cínico. Mas logo se desmanchou.

Porque eu lhe dei um tapa bem forte em seu rosto.

– Sua vadia. Como ousa ainda me dar esse sorriso cínico? Eu lhe julgava ser minha amiga. – eu disse, normalmente, com desprezo na voz. – Guardas, não tenho tempo para torturas, então, âhh, arranquem os membros dela, apenas deixem a cabeça e o tronco, depois taquem fogo nos braços e nas pernas, âhh, e também arranquem os fios de cabelo de sua cabeça um por um. Depois feito isso, “brinquem” um pouco com ela, e depois a matem. Acha que é o suficiente, Jane?

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– Devido às circunstâncias, acho que basta. – ela disse e eu assenti.


Saímos da sala com a sinfonia dos gritos de tortura de Katharine.

Liguei meus sentimentos de volta e voltamos para cima.


– Reúna o conselho, Jane. Temos muitas coisas a resolver. – eu disse e ela saiu.

Fui para meu quarto, encontrando Alec lá.


– Pensei que iria voltar mais tarde – ele disse, levantando-se.

– Precisamos reunir o conselho – eu disse, séria.

– O Conselho? Mas nós nunca... O que você descobriu, Bella?

– Vamos, Alec, não temos tempo. Estamos correndo perigo. Precisamos falar com Caius.

O Conselho era um seleto grupo, que continha os membros mais poderosos de nossa Guarda, os Mestres, as Esposas e o melhor estrategista de guerra. Ele era reunido no Salão Secreto, porém, quase nunca o reuníamos.

Eu e Alec saímos de nosso quarto, indo em direção a Ala de Reuniões. Quando chegamos, fomos para o Salão Principal, que contem uma passagem secreta. Fomos até o fundo do salão, atrás dos tronos, e passamos a mão nos dizeres "Eius mors est Vita”, que significava “Sua Morte é a Minha Vida”. A parede dividiu-se em duas, dando a passagem para uma porta dupla de mogno, com uma placa em ouro com os dizeres “Salão Secreto”.

Entramos e todos já estavam lá. Havia nove pessoas reunidas na grande mesa oval. Na ponta estavam Aro, Caius e Marcus, seguidos pelas esposas, frente a frente, após as esposas, estavam Chelsea e Renata, frente a frente, e por fim, estavam Demetri e Jane, frente a frente também, e o meu lugar e o de Alec, no outro lado extremo da mesa. Sentei-me e disse:

– Muito bem, vamos começar. Decidi abrir este conselho porque eu e Jane descobrimos coisas um tanto... peculiares, sobre a guerra que está por vir.

– O que vocês descobriram, Isabella? – perguntou Aro

– Algo muito perigoso para nós, Mestre. Os causadores desse ataque são as vampiras Maria e Victoria, e o clã dos Romenos – eu disse e Caius rosnou.

– Ainda não vejo motivo para a abertura desse conselho, Isabella, nem o que deveria ser perigoso para nós. – retrucou Aro, ele estava sério comigo, sabia que havia atrapalhado seus assuntos.

– Isso não importa, Mestre. O que importa é o que eles estão fazendo. Eles estão reunindo os Filhos da Lua. – eu falei, e todos arregalaram os olhos, e Caius ficou mais branco do que já é.

– Os Filhos da Lua? Isso é impossível! – sibilou Caius

– Não parece, Mestre Caius, já que eles estão os reunindo. Tramam isto desde que eu entrei para os Volturi. Eles estão construindo um exercito de recém-criados. – eu disse.

– Meus Deuses. – Alec sussurrou ao meu lado.

– E não é apenas isso. Conte o resto, Bella – Jane falou, até então
quieta.

– Eles estão manipulando as minhas visões, Mestres. Todas as visões que eu tive sobre esta batalha são falsas. Por isso não previ o que aconteceu hoje. – eu disse e murmúrios ocorreram.

– Silencio! Mais alguma coisa, Isabella? – perguntou Aro, dando para
sentir a tensão em sua voz.

– Não, Mestre. Apenas isso. – eu disse

– O Conselho está dispensado. Podem ir. – Aro disse, e quando todos estavam saindo, ele disse: - Menos vocês três, Isabella, Alec e Jane.

Nós voltamos e os Mestres estavam sentados no mesmo lugar, Aro com as mãos em cima da de Caius e Marcus, lendo seus pensamentos.

– O que iremos fazer, Mestre?

– Não sei, jovem Bella. Caius, você já enfrentou estes monstros. Como podemos matá-los?

– Apenas com o fogo ou arrancando o coração. Mas não é apenas isso, Aro. O veneno deles nos paralisa. Se formos mordidos, ficamos em uma espécie de coma, é pior do que a morte.