Acho que adormeci nos braços de Lucas, pois não me lembrava de como cheguei até o meu quarto e eu ainda estava com a roupa do dia anterior. Acordei bem cedo. Aproveitei o tempo extra para tomar um bom banho e pensar em qual surpresa eu faria hoje a tarde para o Giovanni.

Assim que já tinha tomado banho e estava com a roupa da faculdade, desci até a cozinha para tomar café. Minha mãe e Lucas já estavam tomando café também.

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– Bom dia! - eu disse sorrindo.

– Bom dia, flor do dia! - minha mãe respondeu.

Lucas não disse nada, apenas tocou a minha mão quando eu me sentei na mesa e sorriu. Eu sorri de volta.

– Vou procurar emprego hoje! - disse Lucas.

– Ah, que legal! - respondi - E eu vou procurar o Giovanni.

Minha mãe não pareceu gostar muito da ideia.

– Mari, será que é certo você procurar ele? Quem errou não foi você.

– Olha, mãe, se eu não correr atrás do meu amor, quem correrá?

Ela não respondeu.

O dia na faculdade foi tranquilo. Tive aula de Química Inorgânica, Química Orgânica e Físico-Química, três matérias que eu adoro. Sei que muita gente me acha maluca por estudar química, mas eu gosto e acho muito interessante.

Assim que eu cheguei em casa, o almoço estava pronto. Após comer, fui até o meu quarto escolher a minha roupa. Decidi colocar uma blusa branca, uma calça jeans e sapatilhas pretas. Antes de sair, fui até o quarto do Lucas e bati na porta.

– Entre - ele disse lá de dentro.

Abri a porta e o vi sentado em sua cama, mexendo em seu notebook.

– Oi, Mari! - ele disse, levantando-se, abraçando-me e dando-me um grande beijo na bochecha.

– Oi Lucas! - respondi - E aí, conseguiu emprego?

– Ainda não, mas o supermercado da rua de trás ficou interessado em mim! Mas e você, vai falar com o Giovanni?

– Sim. Só vim aqui te dar tchau.

– Então tchau - ele me abraçou - E, Mari, fique sabendo que eu te desejo toda sorte do mundo!

– Obrigada! - respondi.

Me despedi da minha mãe e saí de casa, chegando no meu destino em menos de cinco minutos. A casa de seu Edson parecia muito silenciosa. Ele com certeza estava trabalhando, e Giovanni devia estar sozinho em seu quarto.

Fui até a parte de trás da casa e pulei o muro. Como sempre, a porta da frente estava destrancada. Abri silenciosamente e subi as escadas em direção ao quarto de Giovanni. Nenhum barulho.

Assim que achei seu quarto, eu abri a porta com força e iria gritar "surpresa!" mas minha voz não saiu. Eu não estava acreditando no que estava vendo. Giovanni estava aos beijos com Luiza.

– Mari! - Giovanni disse em um salto.

– Já arrumou outra, Giovanni? - eu disse, e uma lágrima desceu pelo meu rosto - Nós terminamos ontem.

– Queridinha - Luiza estava rindo - estamos juntos há duas semanas!

– O que? - eu disse - Giovanni, você me traiu?

– Mari, desculpa, era que você estava tão ocupada com a faculdade, e eu me senti solitário, e a Luiza estava disponível, e aí deu no que deu.

– Ou seja - Luiza beijou o pescoço de Giovanni - Você tem chifres!

– Cala essa boca imunda sua vadia! - dei um tapa na cara de Luiza.

– Mari, fica calma! - Giovanni disse.

– Cala a boca você também! Giovanni, eu fiquei muito mal quando você achou que eu te trairia com o Lucas, chorei muito, e você estava aqui, com essa vagabunda!

– Calma, Mari, não é isso...

– Como não é isso? Você não vale nada!

Nesse momento, abri a porta do seu quarto e saí correndo, para voltar para casa pelo mesmo caminho que eu tinha feito.