A Mãe Perfeita

O garotinho na perua


– Você me deixa louco.- ele murmurou, beijando meu pescoço.

Foram as primeiras palavras que ele falou desde aquele beijo incrível nas arcadas. Nesse momento, estávamos abraçados e encostados à porta da cabana, depois de uma viagem silenciosa e tensa.

– A sensação é mútua.- eu disse ofegando, enquanto ele passava as mãos por minhas pernas, subindo dos meus joelhos para as coxas e levantando a barra do meu vestido.

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– Eu já tinha imaginado!- ele apertou meu bumbum nu e respirou entrecortado.

– Imaginado quê?

– Que você já estava prontinha pra mim.- ele respondeu com a respiração curta, lambendo meu ouvido.- Será que não conhece roupa de baixo?

– Claro que sim. Se não estou usando nada, foi por sua culpa.

Ele gemeu.

– Minha culpa? Por Deus. Eu não pedi....

– Culpa sua, sim.- eu insistir.- Estava de meia calça quando você chegou lembra? Então, quando fui me trocar... bem, acho que me esqueci, para não faze-lo esperar.

– Esqueceu-se? Deus me ajude.

– Foi só um esquecimento...

– Pois não se esqueça mais, está bem? Acho que meu coração não aguenta, sem mencionar outra parte do meu corpo.

– Essa outra parte do seu corpo não parece estar sofrendo por minha causa. Na verdade.- eu lentamente meneei meus quadris, perguntando a mim mesma como de repente me tornei tão fisicamente ousada.- Ele parece estar ótimo. Exceto...

– Exceto o quê?

– Você estar vestido demais. Como sempre, aliás.

– Moça, hoje é a sua noite de sorte. Vou cuidar disso imediatamente.

Com gestos seguros e rápidos, ele afastou-se o suficiente para tirar os sapatos, desabotoando e descendo o zíper do jeans, para tira-lo juntamente com a cueca de seda. Vestido apenas com a camisa branca, Edward aproximou-se e me beijou os meus lábios sofregamente.

Eu retribui com igual intensidade. Entreabri os lábios, mordisquei o lábio inferior de Edward e inclinei a cabeça para aprofundar o beijo. E o tempo todo explorei com as mãos o corpo rijo e quente, acariciando-o nas costas, deslizando os dedos pelos quadris estreitos e ventre. Então, num gesto mais ousado, envolve a masculinidade dele em minha mão.

– Oh sim... está ficando... melhor.- eu murmurei.

Ele inspirou ruidosamente. Agarrando meus pulsos, pressionando minhas mãos contra seu peito.

– Você é um perigo. Com mais um pouco dessas suas carícias, não vou resistir muito tempo.

Ao sentir que Edward tremia, eu fui invadida por uma vontade ainda maior de toca-lo. Afastando as mãos de Edward de meus pulsos, acariciei –o por cima da camisa. A pele dele estava quente. Eu explorei cada musculo, cada detalhe desse corpo másculo.

Ele estremeceu.

– Bella...

Ele amoldou meus seios cobertos de renda em suas mãos, torturando os mamilos com a ponta dos dedos.

– São tão macios...

Eu arqueei o meu corpo, gemendo de vontade de tê-lo dentro de mim.

– Agora, Edward. Agora.

Ele não precisou mais de incentivo. Com um som gutural, Edward arrancou meu vestido e me envolveu em seus braços.

– Segure-se em meu pescoço.- ele começou a dizer, mas eu já havia me antecipado.

Ele me ergueu e, com uma investida poderosa, me penetrou.

Ambos gritamos ao nos sentirmos conectados.

– Como você é gostosa.- ele murmurou enquanto eu prendia minhas pernas ao redor de sua cintura. Lentamente ele ergueu os ombros e flexionou os quadris. Iniciando um ritmo poderoso que tirou minha respiração.

– Oh, Edward, assim... desse jeito.

Eu passei os dedos pelos cabelos dele, apoiando meus ombros na porta.

– Não pare. Não pare.

– Não dá mais para parar.

Eu queria, precisava vê-lo. Com os olhos abertos, me senti hipnotizada pela força da beleza daquele rosto masculino. Ele mantinha os dentes cerrados, enquanto aumentava o ritmo e a profundidade de cada investida.

Ao observar Edward à luz fraca, sua pele branquinha, seus dentes brancos, seus cabelos bronze, meu desejo se tornou quase insuportável. Era como um fluxo, como uma correnteza ganhando força. Me abandonei à sensação, me deixando engolfar onda após onda.

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E o tempo todo eu não deixei de olhar Edward. O observei crispar o rosto de desejo. Observei a transpiração brilhando em sua pele, e como aquelas feições elegantes tornaram-se repentinamente selvagens enquanto seu corpo forte estremecia ao atingir o clímax.

A visão foi tão avassaladora que o prazer de Edward tornou-se o meu próprio, a ponto de eu não saber mais onde ele terminava e onde eu comecei. O amor, o fogo e o desejo explodiram em meu ventre.

Quanto eu voltei à mim, Edward estava sentado no chão, com as costas na porta, e eu estava deitada sobre seu peito, sentindo as fortes pulsações em meu ouvido.

– Você está bem?- ele me perguntou, com a voz rouca, afagando ternamente meus cabelos.

Eu me senti no paraíso, e suspirei satisfeita.

– Estou ótima.

– Tem certeza?

Eu o beijei no pescoço. A camisa de Edward estava aberta. Que coisa mais curiosa, eu pensei. Não me lembro de tê-la desabotoado. Ao observar mais atentamente, percebi que todos os botões menos um que estava por fio, foram arrancados. Sorri.

– Quer ir até o zoológico amanhã?- ele perguntou repentinamente.

Eu ergue o rosto, surpresa.

– Isso é um convite ou a chamada de um guia turístico?

– É um convite. Esqueci de convidar antes. Amanhã terei que ir até o escritório para assinar alguns papéis. Vou levar somente alguns minutos, por isso pensei em aproveitar e levar os garotos.- ele se calou e olhou para mim com um riso malicioso.- No entanto, estou pensando se é sensato deixar uma criatura tão selvagem à solta em um zoológico.

Eu o fulminei com o olhar.

– Ei, calma! Eu só ia dizer que você é o que chamávamos de pantera na escola.

Eu comecei a rir.

– Pantera? Ok, Edward, que coisa mais gentil, mas... ninguém mais diz pantera. Hoje só se diz, maneiro, legal, animal... quando muito, gatinha.

Ele suspirou.

– Ok. Se é assim... ei, gatinha maneira e legal, quer ir ao zoológico ou não?

– Oh, meu bem. Como posso recusar quando você fala desse jaito?- e gargalhei gostosamente.

PV Edward

Eu respirei fundo, estava claro que eu não tinha escolha. Tenho que me sacrificar e ama-la novamente para faze-la parar de rir. Só que dessa vez irei cuidar para que cheguemos até a cama antes que tudo fuga do controle.

– Queria que você passasse a noite toda comigo.- disse Bella, bocejando e se aconchegando no meu ombro.

Eu estava deitado de costas, e ela deitada por cima. Era o máximo que podíamos fazer no sofá estreito, que foi aonde conseguimos chegar antes de fazermos amor pela segunda vez.

Com um suspiro satisfeito ela se acomodou-se mais confortavelmente no meu pescoço, brincando com os pelos de meu peito.

– Eu também.- eu concordei.- Eu também.

O surpreendente é que eu desejava isso do fundo do meu coração.

Eu estou cansado de dormi sozinho, de acordar sem tê-la em meus braços, de sempre fazermos amor no escuro, de eu não poder tê-la em minha cama à luz do dia... com a porta trancada, lógico.

Mas não é só isso. Estou cansado de viver sozinho. Droga, a quem estou tentando enganar? Por mais que o sexo com Bella seja a melhor coisa que já fiz na vida, sentia sua falta sempre que eu tinha que voltar para casa sem ela.

Sentia falta do riso dela, de conversar com ela a respeito dos meninos, sobre o trabalho e coisas simples. Sentia falta de vê-la com os garotos, de ver aqueles olhos castanhos arregalados sempre que algo a divertia.

Não havia mais como eu negar, eu pensei, abraçando-a ternamente. Além de ser a melhor amante que eu já tive, estava se tornando minha melhor amiga.

“ Então, o que diabos estar esperando? Por que não acaba com sua infelicidade, casando-se com ela?”

O casamento seria a solução perfeita para minha vida. Eu teria uma companheira sexy e independente que nunca me aborreceria. Os garotos ganhariam uma mãe. E Bella ganharia raízes, a vida em família de que tanto sentia falta enquanto era criança.

Eu saboreei a ideia. Eu vou ser um bom marido, prometi a mim mesmo. Eu não a amo, exatamente, mas gosto muito dela. Muito. Talvez poderemos até ter um bebê. Uma garotinha de olhos castanhos, com o sorriso maroto da mãe.

Eu farei o pedido amanhã, depois de voltarmos do zoológico. Talvez devêssemos esperar alguns dias até contar aos garotos. Seria o presente perfeito para o aniversário de Ben.

Repentinamente ansioso para voltar para casa e dormir para a manhã chegasse rápido, eu me ergue cuidadosamente, segurando Bella, para então acomoda-la na cama.

– Humm....- Bella abriu os olhos sonolentos.- Edward?

– Shhh!- eu sussurrei.- volte a dormir. Está tudo bem.

Está tudo perfeito.

PV Bella

Eu suspirei de prazer e me recostei no banco de couro macio do Mercedes. Sorri ou ouvir o trio ressonando no banco de trás, amontoados como uma ninhada, ainda usando o cinto de segurança.

Foi um dia longo. Andamos muitos quilômetros dentro do parque Zoológico de Woodland e adoramos tudo que vimos.

Para falar a verdade, meus pés doíam, meu nariz estava queimado do sol, minha camiseta manchada de mostarda. Mas isso não é nada comparado o quanto nos divertimos. Não consegui para de rir com Ben, Erik, Mike e Edward imitando os macacos. Na ala dos felinos, me impressionei ao ver como conseguiram reproduzir o ambiente de uma savana africana. Depois, todos passamos quase meia hora observando os hipopótamos nadar em sua piscina com movimentos surpreendentemente elegantes.

Os garotos estavam muito alegres e obedientes. Houve somente um momento tenso quando eu e Edward esquecemos de Mike na ala dos animais noturnos, mas conseguimos encontra-lo rapidamente, encantado com os gambás. Edward até mesmo trouxe a máquina fotográfica e, para o meu encanto, me fotografou com os garotos como se fossemos uma família.

Eu lancei um olhar intrigado na direção de Edward.

Ele desviou o olhar da estrada o suficiente para me fitar, erguendo uma sobrancelha.

– Algum problema?

– Eu só estava pensando que você é a única pessoa que conheço que faz um passeio desses com calça branca e um camisão azul-claro e termina o dia como se não tivesse feito nada.

Ele sorriu, levemente surpreso.

– Isso deixava Emmett maluco quando éramos crianças. Ele até hoje ainda diz que esse é um dos grandes mistérios da vida, como o Triângulo das Bermudas ou por que só os dedos ficam enrugados na água.

– Quanto ao Triângulo das Bermudas não sei, mas os dedos ficam enrugados porque têm uma camada extra de pele que o resto do corpo não tem.- eu disse casualmente.- Quando você fica muito tempo na água, o dedo absorve o líquido, que se expande, só que não há espaço para a pele se expandir, portanto ela enruga, entendeu?

Ele me fitou novamente surpreso.

– Está brincando! É assim tão simples? Você sabe coisas incríveis!

Eu ri, sentindo-me ridiculamente feliz. Nesse momento, em que ele estava relaxado e aberto, eu o amava mais do que nunca. Era como se algo tivesse mudado nas últimas vinte e quatro horas. Não consigo definir exatamente o que é. Ele estava com o mesmo ar de Ben, quando estava tramando algo. Mas, por precaução, achei melhor não perguntar.

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– Falando a respeito de Emmett, ele telefonou hoje cedo.- disse Edward.

Eu fiquei surpresa.

– Verdade?

– Sim.- ele olhou pelo retrovisor para se certificar de que todos os garotos ainda estavam dormindo. Prosseguiu com a voz baixa.- Ele virá para o aniversário de Ben. A ligação estava horrível, mas disse que está trazendo um presente especial, algo que Ben está querendo muito. E me pediu para dizer a você que está com saudades.

Algo no olhar de Edward sugeriu que Emmett disse mais do que isso, mas novamente eu preferi não investigar. Além do mais, agora tinha um problema pela frente.

– Ah, meu Deus! Então ele vai querer a cabana de volta.

Edward passou a mão em meu joelho.

– Não se preocupe. Ou ele fica na minha casa ou... você fica.

– Mas...

– Já estamos chegando?- era a voz sonolenta de Ben.- Estou com sede.

Eu me virei e o vi bocejar.

Também Erik piscou os olhos com cílios escuros.

– Eu também. Estou com fome. Muita fome. Podemos parar em algum lugar?

Edward balançou a cabeça.

– Como você pode estar com fome? Comeu duas panquecas no café da manhã. Depois foram dois cachorros quentes, um sorvete de casquinha, algodão doce, um saco de pipoca e dois refrigerantes no Zoológico.

– Não sei. Mas estou com fome.

Porem foi Mike que resolveu e questão.

– Papai?

– O que foi, meu filho?

– Eu tomei só um refrigerante.- argumentou o caçula.- Mas mesmo assim eu preciso... você sabe.

Sorrindo Edward consentiu.

– Está bem. Então vemos parar no Mini-Mart.

– Puxa!- Erik e Ben festejaram ao ver o luminoso alguns metros adiante.- Podemos tomar sorvete, papai? Por favor?

Edward concordou e diminuiu a marcha para entrar no pequeno estacionamento. Parou na frente da loja e acionou o breque de mão por causa da inclinação do terreno.

Todos os garotos já estavam fora do carro e correndo na direção da loja antes que Edward tirasse o cinto de segurança. Se voltou pra mim.

– Não vem junto?

Eu recostei minha cabeça no banco e fechei os olhos.

– Essa eu passo.

– Covarde.- ele brincou.

Eu sorri, ouvindo-o sair do carro. Depois de alguns segundos, abri os olhos para observa-lo de longe, levando sua tropinha ao toalete.

Eu bocejei e olhei ao redor.

O único carro no estacionamento, além do nosso, era uma velha perua estacionada à minha direita. Eu franzi o rosto. Não somente as janelas estavam abertas, como algum idiota deixou uma criança solta no banco de trás.

Para falar a verdade, o garotinho, que não teria mais do que três anos, estava preso com o sinto de segurança, mas... qualquer um poderia vir e leva-lo. Ou então o menino poderia soltar-se e queimar-se com o acendedor de cigarros. Eu olhei na direção da loja, tentada a entrar para descobrir quem era o responsável e alertar para o risco que a criança estava correndo.

Voltei a olhar para a criança, que tinha um halo de cabelos encaracolados e enormes olhos castanhos. A criança sorriu e acenou. Eu acenei de volta e novamente olhei para a loja, torcendo a boca em reprovação ao perceber uma adolescente mascando chiclete fazendo charme para o jovem balconista da loja.

Passaram-se dois minutos e eu ainda estava observando a garota na loja e o garotinho no carro, quando Edward e os meninos apareceram, estes correndo para a maquina de sorvete.

Ao vê-los, fiquei menos tensa. Talvez eu pudesse ficar sem passar um sermão na garota negligente. Afinal, nada de errado ocorreu.

Mas, naquele momento, percebe um movimento com o canto dos olhos. Era a perua que estava com o breque solto e começava a deslizar para baixo. Já sem o cinto de segurança, o menininho estava no volante, olhando assustado.

Eu não parei para pensar. Abri a porta e sai correndo em direção da perua.