Os passos vindos da escada estavam cada vez mais próximos da porta do banheiro, segurei a mão de Rosemary e de Gina com força e eu as puxei, nós três saimos correndo em direção a escada que dava para o terceiro andar. Os passos começaram a ser mais sonoros e eles corriam atrás de nós três, não podiamos usar mágia, então optamos pela melhor opção. Usar o que tinhamos a nosso alcance. Eu empurrava móveis e espelhos tentanto fazer nosso seguidor desistir de nos perseguir, mas não tinhamos muito êxito. Chegamos ao terceiro andar e corremos em direção ao um quarto escuro, o tranquei mas coloquei vários móveis tentando impedir seja lá o que estava nos seguindo.

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– Gina, me ajude com isso.- Gina me ajudou a empurrar o último ármario e nós fomos andando para trás.

A porta começou a rachar e o ármario a desmoronar, eu estava com uma sensação horrivel como se eu fosse morrer ali e agora.

– Vamos ter que pular.

– O que?.- olhei para onde Rosemary estava e levei um susto. Rosemary estava sentada no parapeito da janela e Gina logo atrás dela.

– Tem certeza?.- pergunto.

– Eu prefiro me quebrar toda do que morrer aqui.- Rosemary responde e logo depois pula.

Eu e Gina escutamos um estrondo vindo do quintal da casa e quando olhamos Rosemary já estava de pé mas com a mão no joelho. Gina foi a segunda a pular e eu a terceira, antes de pular olhei para trás e uma figura encapuzada surgiu das sombras, no desespero me joguei da janela. Fechei meus olhos e coloquei minhas mãos sobre o rosto para não me machucar. Quando finalmente abri os olhos eu senti minha perna esquerda doendo.

– Susie você está bem?.- Gina pergunta me ajudando a levantar do pequeno arbusto que eu cai.

– Minha perna esquerda, doí.

– Temos que sair daqui.- ela diz pegando minha varinha do chão e me ajudando a ficar de pé e correr.

Corriamos o mais rápido que podiamos e quando olhei para trás dois seres encapuzados vinham em nossa direção, peguei minha varinha da mão de Gina e por mais que eu estivesse com medo não podia deixar aquilo continuar:

Obscuro.

As ruas iluminadas com os postes ficaram negros, toda as ruas em nossa volta estavam em plena escuridão, Gina, Rosemary e eu os despistamos e entramos dentro de um beco bem próximo a toca.

– Você enlouqueceu Susie? Se esqueceu o que aconteceu a Harry? Ele quase foi expulso.- Gina estava quase berrando.

– Escutem as duas, vocês vão correr para a toca, o feitiço só vai durar mais 5 minutos, vocês tem tempo o suficiente para irem, vou despista-los.

– Por que esta fazendo isso?.- pergunta Rosemary receosa.

– Não podemos deixar que eles saibam a localização da ordem, talvez essa fosse a armadilha.- olhei para Rosemary e Gina que agora entendiam.- Vamos logo, as duas, andem.

– Mas e você Susie?.- pergunta Rosemary.

– Eu sempre dou um jeito não dou?.- respondo dando um piscadela e tento parecer confiante.

Mas obvio que eu não estava.

As duas correram em direção a toca, não consegui ve-las metade do caminho, elas eram muito rápidas, quando decidi sair do beco escuro as figuras encapuzadas já não estavam lá, olhei para o lado direito onde estava a toca, eu queria sair correndo em direção a minha casa, em direção a Sirius, mas corri na direção oposta onde eu havia acabado de fugir. Mal sai do beco e as figuras apareceram, então fiz o melhor que pude para correr mais rápido, mas uma das figuras me lançou o feitiço obscuro e eu acabei caindo na escuridão.

O asfalto gelado não era nada comparado a escuridão sem fim, eu me debatia e gritava tentando sair do lugar, foi quando eu tomei o controle e sai rastejando mas uma pancada forte em meu rosto fez eu cair e abaixar a cabeça. Uma mão forte agarrou meu cabelo e me levantou o halito de recente de bebida me fez ter uma breve ânsia de vômito.

– Ora, ora, ora o peixe caiu na rede.- uma risada sinistra começou e eu estremessi, eu conhecia aquela risada.- Susie Black, a filhinha desentendida do Black filho de uma...

Cuspi na cara do sujeito antes dele completar a frase e mais uma onda de dor brotou no meu rosto e eu apenas gritei.

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– A Black sabe brincar, você é igualzinha a sua mãe, ela também adorava brincar.- ele começou uma gargalhada exagerada e eu tive vontade de bater nele, mas minhas mãos estavam ocupadas tentando faze-lo largar meu cabelo.

– Acho que nós deveriamos ir e...- o outro comensal, com uma voz mansa diz.

– NÃO, ESSE É MEU TRABALHO, ELE DISSE, EU MANDO AQUI.

Quando o feitiço saiu de meus olhos consegui enxerga o sujeito que estavam me torturando, ele era careca e seus olhos pulsavam de raiva, enquanto o outro era bem jovem mas eu não conseguia ver o rosto direito.

– Q-Quem são vocês?.- o comensal careca me dá mais um soco e eu cuspo sangue, mas desta vez não grito.

– Há, pensei que a Black fosse esperta, o que acha que nós somos?.

– Comensais da Morte.- respondo firme o encarando.

– E por que acha que estamos aqui?.

– Porque são iditoas.- meu cabelo foi puxado com força e jogado mais um pouco para trás e dessa vez eu gritei ainda mais sentindo alguns fios de cabelos sendo arrancados de minha nuca.

– Responda-me direito mocinha.

– V-Vocês mataram Dominique Mckinnon e usaram Rosemary para me capturarem e tentarem descobrir onde é a ordem.

– Nossa, você me subestimou Black, isso tudo é verdade, só faltou um pequeno detalhe, não queremos descobrir onde é a droga da Ordem, nós apenas queriamos você.

– Por que eu?.

– Porque Travers fez um acordo com nós dois antes de ir para Askaban, tentaríamos terminar o que ele começou e se não conseguirmos ele iria tentar fazer isso pessoalmente.

No exato momento me lembrei de Chester, eu não sabia o porque mas alguma coisa me dizia que ele não estava bem, e eu torcia para estar errada.

O homem careca, cujo o nome eu não queria saber, me jogou no asfalto gelado da rua um pouco escura, eu sentia gosto de sangue no canto da minha boca, eu gemia de dor enquanto ele me chutava, o outro comensal apenas olhava para os lados assustado procurando por algo. O home careca, depois de me enxotar, me pegou pelos cabelos novamente e apontou a varinha para meu rosto, eu fechei os olhos e pensei ''Caramba, esse é meu fim e eu nem pude ir há um jogo de quadribol com o meu pai''.

– Antes de morrer quero lhe contar uma coisa Black.- a voz do home agora era calma, mas ainda tinha um pouco de raiva.- Conheci sua mãe, realmente aquela era a mulher mais linda que conheci, tudo o que eu estou fazendo com você eu também fiz com ela, e mil vezes pior.- ele começou a rir e eu tive vontade de soca-lo.- Aquela pele macia e sedosa, como era boa de soca-la, aqueles olhos pedindo para parar, nossa que delicia.

Eu não sei como eu consegui fazer com que ele me soltasse mas quando me dei por mim eu estava dando socos e mais socos na cara do careca infeliz, se assim posso dizer. Eu o aranhava e gritava ao mesmo tempo.

– SEU DESGRAÇADO, COMO OUSA FALAR ASSIM DA MINHA MÃE, EU VOU TE MATAR.

Na hora em que gritei isso arranhei seu olho esquerdo com minhas unhas que o fez gritar de dor, o outro comensal me segurou pelos braços e eu me debatia, o careca se levantou com a mão nos olhos e pude ver o estrago que fiz em seus olhos castanhos quase negros, ele pegou sua varinha cambaleante do chão e a virou para mim, eu ainda me debatia nos braços do comensal com cabelos negros grisalhos.

– Agora você morre Black.- eu fechei os olhos e parei de me debater.- Avada...

Um estrondo tomou conta do meu ouvido e eu podia jurar que quando abri os olhos eu vi uma luz azul.

Expelliarmus.

– Vamos embora, nós não podemos...

– Vamos logo.- e depois os dois aparataram.

Eu estava deitada no chão da rua, olhando para o sangue que escorria pelo meu nariz, meus dedos estavam com pedaços de sangue que tirei da pele do sujeito careca. Escutei passos vindos em minha direção, eles estavam correndo, senti alguém me pegar no colo, feito um bebê, minha visão estava turva e eu só conseguia enxergar uma pessoa de óculos e um casaco escuro, até ouvir sua voz.

– Aguenta Susie, nós vamos chegar, você vai ficar bem.

– Harry.- foi a última coisa que eu disse antes de apagar.

(....)

– Você tem ideia de que sua filha poderia ter morrido?.

– Eu não acredito que isso esta acontecendo.

– Gina, a culpa é sua.

– Minha culpa? Susie foi salvar uma amiga mãe, nossa amiga.

– Minha mãe está morta, e eu fui usada para machucar a Susie, acha que eu estou feliz com isso Sra.Weasley?.

– É lógico que não mas se não fosse por Harry, Susie não estaria aqui.

– Nenhuma de nós estaria.

– Fiquem quietos por favor, ela esta acordando.

Meus olhos pesados e cansados não conseguiam abrir direito, mas eu conseguia ver que meu quarto estava completamente lotado. Harry, Gina, Rosemary, Rony, Hermione, Sra.Weasley, Sr.Weasley, Sirius, Lupin, Tonks, todos da Ordem estavam no meu quarto, me assustei com todos e quando fui me mover senti uma forte pontada em minha costela, Tonks se sentou ao meu lado e me ajudou.

– Não se mecha muito querida.- ela pediu calma.

– O que estão fazendo no meu quarto?.- pergunto e minha voz estava tão fraca que eu parecia que estava sussurrando.

– Viemos ter um breve debate do que aconteceu.- disse Lupin, com os braços cruzados.

– Susie, o que passou pela sua cabeça fugir de casa assim? No meio da noite, com perigos a solta, sua segurança em risco, você podia ter morrido.- diz Hermione.

– Eu queria ajudar, ajudar Rosemary, ela estava quase morrendo, eles mataram Dominique eles, aqueles...- me lembrei do homem careca e comecei a chorar. Tonks me abraçou pela cabeça e me beijou na testa, eu não conseguia tirar aquilo da cabeça.

– Susie, conte-me o que aconteceu.- Sirius se sentou na ponta da cama, respirei fundo e contei tudo.

– Recebi uma carta a uns dias, uma carta que eu achei que era de Rosemary me pedindo ajuda, eu bolei um plano e pedi ajuda a Gina, Fred e a Jorge que concordaram, eu fui até a casa de Rosemary a noite, eu decidi fugir para ajuda-lá, quando cheguei ela estava toda cheia de sangue eu e Gina a ajudamos e quando perguntei da carta ela disse que nunca mandou, foi então que eu percebi que era uma armadilhas, fugimos e...- Lupin me interrompeu.

– Você usou magia?.- respirei fundo, eu não podia mentir.

– Usei.- todos fizeram que não com a cabeça.

– Susie, você...- cortei Hermione.

– Eu sei, que não posso usar magia mas, nós iriamos morrer.

– Eu também usei magia.- Harry disse, acho que ele não queria que eu recebesse toda a culpa.

– HARRY, VOCÊ ACABOU DE SAIR DE UMA AUDIÊNCIA, PERDEU O JUÍZO?.- Sra.Weasley quase berra.

– Preferiam que matassem a Susie?.- depois que Harry disse todos se calaram.

– Como eu dizia, estavamos fugindo quando descobrimos que era uma armadilha, consegui despitá-los por alguns minutos e deixei que Rosemary e Gina seguissem para correr e ficarem seguras na toca para os Comensais não saberem a localização, mas eles não queriam a localização da toca, eles me queriam, queriam me matar.- paro para encarar a todos e Rony esta assustado.- Travers foi o assassino dos Mckinnon e antes de ir para Askaban deixou um trabalho sujo para outros comensais, deixou que eles terminassem o que ele começou e que se eles não terminasse ele iria terminar sozinho.

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Todos estão me olhando com pena e ao mesmo tempo surpresos, eu não queria que sentissem pena de mim, Sirius esta olhando para o chão, ele não me olhava como os outros. Harry estava de braços cruzados sério.

– Como soube que Susie estava em perigo Harry?.- pergunta Hermione finalmente curiosa.

– Recebi uma carta.

Silêncio novamente, eu não iria me atrever a perguntar de quem era a carta, na verdade ninguém se atreveu.

– Tudo bem, acho que precisamos que Susie descanse um pouco, foi uma longa madrugada, todos nós precisamos descansar.- diz Tonks.

– Tudo bem, já estou indo, boa noite Susie.

– Boa noite Rony.

Todos me deram boa noite, menos Rosemary que foi guiada por Lupin até um quarto próximo ao meu. Sirius continuava sentado em minha cama e quanto Tonks se foi ele se levantou e se virou calmamente para mim.

– Eu não estou aqui para lhe dar uma bronca, ou estou aqui porque sou seu pai e quero que saiba que eu te amo e ver você assim me faz imaginar o que Marlene deve ter passado.- quando olhei para os olhos de meu pai pude ver água em seus olhos, mas eu sabia que ele não iria chorar.

– Pai, eu fui ajudar uma amiga, você faria o mesmo pelos seus amigos.

– Sim eu faria.- ele diz com um sorriso torto. Sirius se aproximou de mim e me deu um beijo na testa, eu queria abraça-lo mas estava sem forças, então ele se dirigiu a porta e antes de rir disse sorrindo:

– Você realmente puxou meu gênio teimoso e de quebrar as regras, tenho medo disso mas, acho que também é uma coisa boa.- ele se vira e fecha a porta de meu quarto.

Eu não estava conseguindo dormir e ainda eram 4 da manhã, então me levantei e fui em direção ao banheiro do meu quarto, acendi a luz e lavei meu rosto e escovei meus dentes, quando fechei a porta onde ficava o espelho tomei um susto ao ver meu reflexo. Meu olho esquerdo estava roxo, meus lábios pareciam que estavam em carne viva, meus joelhos estavam ralados e todas as vezes que eu respirava minhas costelas doiam e eu fiquei pensando como todos que estavam em meu quarto conseguiam me encarar. Aquilo era torturante, lágrimas começaram a cair desesperadamente dos meus olhos e queria abafar meus soluços altos para que ninguém escutasse, mas a porta de meu quarto e em seguida a do banheiro se abriram e lá estava Harry me observando.

– Harry, por favor vá embora, não me veja desta maneira.- eu pedia ainda aos soluços.

Harry se abaixou e se sentou ao meu lado, me surpreendi com seu ato e me virei para ele, ficamos sentados lado a lado no banheiro, uma cena bem esquisita se assim posso dizer.

– Só queria saber como você estava, sabe, foi sorte você não ter morrido.

– É, o Comensal gostava de torturar as pessoas com suas próprias mãos, ele queria se divertir vendo meu sangue escorrer com suas mãos, me matar de bandeja seria fácil demais para ele.- voltei a chorar com minhas palavras e Harry ainda me olhava com uma pontada de pena.- Ele disse que, ele fez a mesma coisa que com a minha mãe, Travers não agiu sozinho, eles torturaram minha família Harry e agora a mãe de Rosemary esta morta, somos as últimas dos Mckinnon.

– Rosemary está arrasada, Gina esta dormindo no quarto junto com ela, Rose não para de chorar um minuto, ela se culpa pelo que aconteceu com você.

– Ela não tem que se culpar.

– Enfim..- Harry suspira e se volta para mim novamente.- Fiquei realmente preocupado com você Susie, eu acordei com Edwiges bicando minha cabeça com uma carta, eu não sei de onde ela veio e nem sei como ele conseguiu me mandar aquela mensagem pela minha coruja sendo que eu nunca me dirigi a ele uma única vez e...

– Harry, de quem você está falando?.

– Do seu amigo da Sonserina, Chester Motclair.