As 8:30, eu e Paul estávamos na frente do cinema esperando Cee Cee e Adam.

– Eles estão atrasados, a gente vai perder o filme desse jeito. – Disse Paul.

– Relaxa, falta 10 minutos pra começar o filme ainda. – Eu disse, pegando o celular de dentro de uma bolsinha de lado que eu usava. – Eu vou ligar pra ela, espera só um minutinho.

– Oi. – Eu disse após o telefone chamar vezes e alguém atende-lo do outro lado da linha.

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– Oi Suze, desculpe mais eu não vou poder ir ao cinema com você. – Disse Cee Cee, com um tom de preocupação na voz.

– E você vem me dizer isso logo agora! – Eu disse um pouco nervosa.

Eu não queria ficar numa sala escura, com o Paul do meu lado.

– Foi mal, mais eu não posso ir, ok? Amanhã nos encontramos. Beijos, tchau.

E antes que eu pudesse falar alguma coisa, ela desligou o telefone, e eu fiquei ouvindo só: Tú-Tú-Tú...

– Ela desligou. – Eu disse para Paul.

– Ela vem ou não? – Perguntou Paul, com um bocado de impaciência na voz.

– Não. – Eu disse sem graça.

– É melhor entrarmos então, néh? – Paul disse, apontando para a entrada do cinema.

Assim que eu me virei para me direcionar a entrada do cinema, eu vejo quem eu menos queria ver; Jesse e sua “namoradinha” Ruiva, parados na fila do cinema.

Paul seguiu meu olhar, e ficou com uma cara muito séria e se virou pra mim e disse:

– Você quer que ele veja que você esta sofrendo, ou você quer que ele saiba que você não se importa mais com ele?

– Eu quero que ele saiba que eu não me importo mais com ele. – Eu disse, firme e forte.

– Então quando ele olhar eu vou fazer uma coisa que eu quero fazer desde quando eu cheguei na tua casa, e você tem que interagir comigo, ok? – Ele disse, com um risinho se formando no canto direito da boca.

– Mais o que... – E então quando eu menos esperava, a boca de Paul já estava na minha, e então eu me deixei levar pelo momento.

Eu juntei toda a raiva que eu estava sentindo pelo Jesse, e transformei em amor pelo Paul, mesmo que sendo temporariamente.

Conforme a respiração ia acabando, o beijo ia ficando mais calmo, até que por fim, terminamos. Paul me olhou e disse:

– Até que não foi tão ruim néh?

– Você esta dizendo que eu beijava mal? – Eu perguntei com um tom de sarcasmo na voz.

– Claro que não, seu beijo é ótimo. – disse ele rindo. – Eu estou me referindo ao fato de nós nos beijarmos, na frente de seu precioso Jesse.

– Hmm, é verdade. – Eu disse. – Você viu se ele viu o nosso beijo? – Eu perguntei curiosa.

– Claro que vi. – disse ele. – E ele ficou com uma cara tipo assim: - AI Paul fez uma cara de raiva, como se estivesse saindo fumaça pelas orelhas, de tana raiva.

– Sério? Mais pra quem me trocou por uma qualquer, ele até que ficou com ciúmes. – Eu disse.

– Uma qualquer coisa nenhuma, aquela mulher era A mulher. Que coisa em. – Disse Paul, com um sorriso cínico.

– Nunca mais diga uma coisa dessa na minha frente. – Eu disso, dando um tapa no braço do Paul. – Ouviu bem?

– Sim senhora. – Disse Paul esfregando o braço em que eu havia lhe dado o tapa.

– Então vamos, que o filme já começou.

Eu sai andando na frente, e fui direto para a direção da moça que recebia os ingressos.

– Olá, vocês estão 6 minutos atrasados. – Disse a mulher com uma voz gentil.

– Sabemos. – Eu disse, entregando o meu ingresso e o do Paul, para ela.

– Ainda bem que não compramos o ingresso da Cee Cee e do Adam. – Disse Paul, chegando do meu lado.

– É. – Eu escolhi dois lugares bem no fundão, para poder enxergar melhor a tela do cinema.

– Olha só quem esta à duas 3 fileiras na nossa frente. – Disse Paul apontando para uns bancos a nossa frente.

Eu me endireitei no banco para poder enxergar melhor os bancos à nossa frente, e então tive uma vontade enorme de pegar o copo de refrigerante da pessoa que estava do meu lado esquerdo e atirar na cabeça deles.

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– Paul, Eu vou ali fora comprar um copo de refrigerante, você quer um? – Eu disse para Paul.

– Só se você não for atirar o copo na cabeça deles. – Disse Paul adivinhando meus pensamentos.

– Por qual motivo eu atiraria um copo de refrigerante na cabeça do Jesse e daquela biscate. – Eu disse.

– Não tenho a mínima ideia, do motivo. – Disse Paul, com um sorriso debochado no rosto.

– Ta. Eu não vou atirar refrigerante nela e nem nele. – Eu disse, com a mão no coração, como se estivesse fazendo um juramento.

– E nem pipoca. – Disse Paul.

– Aff, então me diz o que eu posso atirar neles? – Eu disse com raiva.

– Fale mais baixo, as pessoas estão assistindo filme. – Disse Paul para mim. – E você não vai atirar nada neles.

– Ta bom. – Eu disse num sussurro.

Eu sai da sala do cinema e fui comprar refri.

Cinco minutos depois eu já estava de volta com os refrigerantes.

– Você prefere coca normal ou coca diet? – Eu perguntei para Paul.

– Normal. – disse ele.

– Então vai la comprar, porque eu só trouxe coca diet. – Ele riu, e pegou a coca diet, que eu trouxe pra ele.

Assim que terminei de tomar minha coca, eu abri a tampa do copo, e agarrei duas pedras de gelo, e atirei na cabeça da ruiva biscate.

– Na mosca. – Eu disse, num gritinho que mais parecia um sussurro.

Ela passou a mão na cabeça, e começou a olhar para trás, para saber da onde tinha vindo. Na mesma hora em que ela olhou na minha direção, eu me inclinei para trás no banco e fingi que estava tomando refrigerante e olhando para o filme.

– Você atirou gelo nela? – Paul me perguntou.

– Você falou que eu não podia atirar refri e pipoca nela, então eu atirei gelo. – Simples assim, ué.

– Você não tem jeito mesmo. – Disse ele.