A Marriage?

Capítulo 2 - Something I wouldn't want to know.


Batidas na minha porta. Falei um “entre” e logo em seguida vi Afrodite – de novo?! – entrar saltitando no meu quarto. O cheiro de seu perfume era tão forte que não consegui reprimir a vontade de espirrar.

- Ateninhaaaaa! Minha irmãzinha, você vai ficar maravilhosa no seu casamento! – Lancei um olhar mortal para ela, que apenas o ignorou.

- Afrodite, pelo amor de Zeus, por que você não me deixar resolver as coisas do meu casamento?

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- Por que você tem que ficar linda com seu vestido branco que já vai ser feito! – Ela deu um rodopio e se jogou na minha cama, bagunçando-a. Bufei.

- Quem disse que vou casar de branco? De preto está bem melhor, já que não quero me casar.

Pelo reflexo do meu espelho vi a cara horrorizada que ela lançou para mim. Ela se levantou em um salto e veio correndo até a mim tentando se equilibrar nas suas plataformas do tamanho dos saltos da Lady GaGa.

- Como assim? Seu noivo deve merecer o melhor. Você deveria estar feliz, porque além de ser um gato ele é muito cavalheiro.

Peraê. Ela conhece o meu noivo? Virei rapidamente para ela, fazendo-a perceber que falou algo que não devia, levando as mãos à boca.

- Você conhece o meu noivo? Afrodite! Quem é? – Me levantei e a segurei pelos braços.

- Não Atena, você não pode saber! É contra o acordo!

- Acordo? Mas que acordo? – Afrodite arregalou os olhos. Está falando demais. Está ótimo.

- Droga Atena! Me deixa em paz! Você não vê o que está fazendo? Daqui a pouco eu vou soltar o nome do seu noivo e papai me mata. E olha que ele já está com vontade.

- Você sabe de tudo, não é? Porque não me diz? Porque não me tira do escuro?

- Minha irmã, é para o seu próprio bem. Você vai ser feliz, eu tenho certeza. Seu noivo te ama, e muito. E eu tenho certeza que você também gosta dele.

E com isso sumiu numa névoa rosa bebê.

Olhei para a minha janela e vi meu pai conversando, aliás, brigando com outro homem. Não sabia quem era, por isso decidi ver de perto.

Materializei-me atrás de uma pilastra grega, onde eu não podia vê-los, mas os escutava muito bem.

- Oras, você quer me dizer que a culpa é minha? Que fui eu quem tirou o juramento de minha filha?

- Zeus, você sabe muito bem que essa é a verdade. Você negociou comigo, com medo de sua mulher descobrir que você teve um casinho com várias náiades do meu reino e com várias ninfas! Você que tirou o juramento para que eu me casasse com sua filha e que não cortasse você em picadinhos por invadir o meu reino e abusar de meu povo. Esse foi o acordo! A culpa não é minha se você é um mulherengo que não consegue sequer ficar um tempo com sua esposa!

Um barulho de um tapa foi ouvido. O silêncio ficou dominando aquela área junto com a tensão, eu não conseguia nem enxergar nada, mas aquela voz era estranhamente familiar para mim.

- Nunca, mas nunca mais fale isso para mim. Sou o deus dos deuses. Você não tem esse direito e eu já paguei o que eu devia além de tirar o juramento da minha filha. Eu não quero ir para o Tártaro.

- Claro, senão, quem ficaria no seu lugar, hein? – Ele disse sarcástico. – Você tem medo de perder seu poder Zeus. Você é egoísta. Tirou o juramento da sua filha apenas porque estava com medo de perder o seu poder, o seu trono.

- Vá. Embora. – Meu pai disse de dentes serrados. Eu não estava acreditando. Será que era verdade mesmo? Não era possível.

- Eu vou sim. Não agüento mais a sua companhia suja.

Percebi que o visitante havia ido embora, me deixando com meu pai, que logo em seguida sumiu em fumaça cinza. Era só eu e a pilastra grega que me escondeu em um momento importante.

Não dava para acreditar. Meu pai, a pessoa que eu mais respeitei em toda a minha vida, pôde fazer isso comigo só porque não queria ser punido por suas atitudes nojentas. Quase caí no chão de tão tonta eu estava com as informações.

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Meio hesitante, consegui chegar a um banco qualquer que ficava de frente para um chafariz. Apoiei minha cabeça entre as minhas mãos. Suspirei exasperada, tentando achar uma explicação para tudo que estava acontecendo.

Mas não vinha nada, nem um sinal. Minha vida era ótima até ontem e eu nem sabia! É, agora ela desaba em minha frente, como se fosse uma montanha de açúcar. Oh, mas que ela é não é doce, eu já sabia.

A água caía tão lindamente pelo chafariz que eu me acalmei por um momento, mas acabei travando. Como posso me acalmar com algo que o representa? Aquele pescador repugnante!

Fiz um som como se estivesse vomitando, num gesto infantil, enquanto fazia uma careta azeda. Nunca iria gostar de Poseidon, ele é aquele tipo de cara que só tenta levar uma mulher no papo para levar ela para a cama e depois nunca mais a ver.

Levantei um pouco melhor. Não sei o porquê, mas toda vez que o insulto, mesmo sendo para mim mesma, meu ego vai para as alturas.

- Aahh! Me sinto um pouquinho mais leve... - Me espreguicei e em seguida bati nas minhas roupas como se eu estivesse tirando uma possível poeira delas. - A biblioteca me fará pensar.

E assim foi. Materializei-me na biblioteca e passei o dia todo lendo um livro. Não chorei nem lamentei nada. Os livros para mim eram como remédio, eles "curavam" quase todo tipo de sofrimento meu.

Quanto mais eu lia, mais a pilha aumentava ao meu lado. E o engraçado é que quando eu estava no meio do quarto livro do Diário da Princesa, percebi que todos os livros que eu estava lendo eram romances, principalmente aqueles que adolescentes lêem. Ri comigo mesma, pensando que se Afrodite entrasse aqui neste momento teria um surto de felicidade e diria que eu estou apaixonada. Bobagem.

Parei de repente, enquanto uma ideia surgia na minha cabeça. Uma vingança. Isso! Perfeito para eu mostrar a todos que dou a volta por cima. Irei fazer exatamente como planejei e isso será na próxima vez em que todos os deuses estiverem reunidos, isto é, ou num almoço qualquer ou em um Conselho Olimpiano.

As batidas na porta me atrapalharam e quando virei minha cabeça em sua direção percebi que Hermes só estava com a cabeça para dentro da biblioteca, junto com seu caduceu em que se enroscavam as suas cobras, Martha e George.

- Atena, já está na hora do jantar. - Olhei para a janela assustada e vi que o céu já estava todo negro e a lua brilhava alta no céu. Sorri internamente. A tarde tinha sido proveitosa. Até demais.

Sorri para Hermes e o segui até o salão de refeições, com meu rosto mostrando uma frieza típica, como se eu não tivesse descoberto nada sobre meu pai ser um canalha nojento hoje mais cedo.

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OiOi gente!

Nem vou perguntar quem estava conversando com Zeus, né? Mais do que óbvio x.x

Mas alguém tem algum chute para a vingaça da nossa querida Atena? Tchan, tchan, tchan, tchaaan!

Quem quiser pode dar um chute ;)

Enfim. Adoro a Afrodite, o mundo dela é tão diferente, tão cor de rosa. Literalmente.

Só isso mesmo ^^

Até o próximo capítulo :D

Bjs