A Marca

Pablo (Marie)


Londres, Inglaterra:

Ela bateu em uma porta repetidas vezes. Um casal de idosos do quarto em frente saiu para ver o que estava acontecendo.

–Ih... Mais duas... – disse a mulher, entrando de novo no quarto.

–Esses jovens de hoje em dia tem uma disposição... – disse o homem, seguindo-a para dentro do quarto e fechando a porta. Pisquei duas vezes, estranhando a situação.

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–Que foi, porra? – perguntou um cara, abrindo a porta.

–Ela também tem a mar... – antes que ela pudesse terminar de falar, o cara colocou um pano em sua boca e a empurrou para longe da porta, fechando-a.

Ela tirou o pano da boca.

–Eca, eca, eca!!! – falou, cuspindo no chão. Eu ri.

De repente a porta do quarto do cara foi aberta novamente.

–Tchau, James... – disse uma voz feminina, num tom um tanto pervertido.

–Tchau, Pamela. – disse o tal James, no mesmo tom de perversão. A garota foi até os elevadores e James nos puxou para dentro do quarto e fechou a porta.

–Ah, James, pelo amor de Deus, vista uma calça pelo menos! – exclamou a garota com a marca no pulso. Ele estava só de cueca.

–Calvin Klein... – murmurei.

–O que você quer aqui e quem é essa com você? – perguntou ele.

–Sou Marie Isabelle Deville. Francesa. – me apresentei, estendendo a ele minha mão, ele a beijou levemente.

–James Stevens. Americano. – disse.

–Impressionante! É só aparecer garota bonita que o cavalheirismo surge do além.

James olhou para a garota e riu um pouco, antes de repetir.

–O que você quer aqui?

–Duas coisas. – respondeu – Vim te apresentar a Marie, pois ela também tem a marca. E quero ver seu progresso na pesquisa pelo Pablo.

–Ah, bem... Sobre isso...

–Não precisa dizer, eu sei. Você estava ocupado demais dando outra de cowboy para pesquisar alguma coisa.

Ele revirou os olhos e pegou sua calça de moletom, vestindo-a.

–Pablo? Pablo Dogars? – perguntei.

–Ahn... Não sei, talvez. – disse ela.

James olhou para mim e disse:

–Sendo ele ou não, vale a pena tentar.

Então fomos até Pablo Dogars, um antigo amigo do meu, infelizmente, pai.

Bati na porta, quando ele abriu, a garota marcada no pulso disse:

–Você conhece essa marca? – e mostrou sua marca.

James arregalou os olhos.

–Quem é você? – perguntou Pablo.

–A garota de 16 anos com a marca. – respondeu.

–Ah, sei quem você é. – falou ele – Entrem.

Entramos e nos sentamos em um sofá. Ao olhar para mim, Pablo finalmente me reconheceu e, confuso, perguntou:

–Vocês se conhecem? – ele referia-se a mim e a outra garota.

–Na verdade... Nos conhecemos recentemente. Temos algo em comum. – eu disse. Então mostramos nossas marcas, a garota mostrou seu pulso, James virou o pescoço e eu coloquei o pé na mesinha de centro e tirei minha bota, mostrando-o meu tornozelo.

Pablo pareceu surpreso. Ele pegou um pedaço de papel e anotou alguma coisa.

–Me encontrem nesse endereço amanhã. – ele disse. Seu telefone tocou e ele saiu para atender.