Alugamos um carro para visitar o tal Enzo, que por sinal morava em Bristol, então a viagem durou um pouco mais do que o esperado. No caminho Rebeca me explicou melhor tudo que tinha descoberto e depois ficou perguntando onde ela já tinha ouvido “Bristol” antes.

–Lembrei de onde conheço esse lugar! É onde se passa Skins! – disse Rebeca.

–Não. Se passava em...

–Tô falando do Skins original! – interrompeu-me.

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–Ah...

–Chegamos. – ela disse, conferindo o endereço no papel.

Estacionei.

–Então... Preparada? – perguntei.

Ela apenas me olhou nos olhos, fazendo-me a mesma pergunta com o olhar.

Segurei sua mão.

Ela tocou o interfone.

–Oi? – alguém atendeu.

–Olá. Eu sou Rebeca Cortez e esse é meu amigo, James Stevens, precisamos falar com Enzo, poderia me deixar subir?

–Só um minuto. – esperamos – Você se importa de olhar para a câmera no canto do portão?

Olhamos pra câmera.

Mais um minuto de silêncio. O portão fez “bip”.

–Podem subir. – disse a mulher.

Entramos no prédio e pegamos o elevador, chegamos no cobertura e paramos em frente ao apartamento de Enzo. Toquei a campainha. Uma garota de cabelos azuis abriu a porta.

–Quando foi que entramos num anime? – perguntei.

A garota revirou os olhos.

–Me desculpe por ele. – disse Rebeca.

–Não, tudo bem. – disse a garota dando de ombros – O Sr. Brown os espera em seu quarto. Sigam-me.

A garota nos levou até o quarto do cara.

–Eles estão aqui. – ela disse, saindo em seguida.

Um velho caquético estava deitado na cama com um notebook no colo.

–Ah, olá. – ele disse.

–Não era pra você ser imortal, tio? – perguntou Rebeca.

–Vai ver ele parou de matar gente. – falei.

Enzo riu.

–Vocês acham que eu sou um Killster? – perguntou entre risos.

–Achávamos... – começou ela.

–Mas não achamos mais. – completei.

Ele sorriu.

–O que os fez achar que eu era um deles?

–Digamos que tudo indicava que você era. – falei, tentando entender o porquê dele ter ajudado os caras na matança se ele não era um deles – Porque você nos deixou entrar?

–Deixei vocês entrarem porque vi a estrela no seu pescoço, garoto. E no pulso dessa jovem. Sim, eu me juntei aos da sua espécie por um tempo, mas tudo que eu fazia era ajudá-los, eu não era um deles. Ajudei-os e em troca eles me deixaram viver. Mas vocês já sabem disso. Sei que você nunca confiou no Pablo, mas ele não me tornou um de vocês, Katherine.

–Cazzo! – gritou Rebeca – Por que caralhos todo mundo acha que eu sou essa merda de Katherine?!

Nossa, eu nunca tinha percebido como a Rebeca ficava sexy quando estava revoltada.

–Você não é a...

–NÃO!!!

–Desculpe, então... – disse o velho.

–O que é “cazzo”? – perguntei.

–Caralho em italiano. – explicou Beca – Bem, vamos ao que interessa. – ela se sentou em uma cadeira próxima a cama – Anda logo, velho, não acho que nós temos muito tempo. Abre a boca e começa a dizer tudo que você sabe sobre nós.