A Maldição Dos Malfoy - Dramione

O Desenvolvimento do Plano


Para meu pouco estoque de paciência, meu plano não ocorreu como planejado.

Logo na primeira tentativa, a Olivia foi estúpida e eu não consegui seguir com o meu plano.

Eu acabara de jantar, e vi Olivia saindo da mesa da Corvinal. Resolvi cumprimentá-la. Olhei para o lado, e todos os garotos estavam encarando-a, boquiabertos. Talvez até eu estivesse assim, mas asseguro que não sou assim 24 horas por dia. Sorri para ela, que parou e sorriu de volta.

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- Oi, Liv! Como vai? - Então, usei um dos meus segredos de sedução: passar a mão pelos cabelos. Mas, ela não estava olhando para mim. Estava olhando para algum ponto atrás de mim. Virei-me curioso com o que faria uma garota a não resistir aos meus encantos, e ela estava acenando para Potter. Estúpida. Pensei. Não sabe o que está perdendo.
Deixei a garota ali, e fui para o meu dormitório. Quando sentei na minha cama, vi um pequeno bilhete. "Reunião urgente na sala dos Monitores- Chefes amanhã depois do almoço" . Um bilhete idiota da sangue-ruim. Amassei o pequeno papel. Eu não estava com a mínima vontade de comparecer à uma reunião. Não quando não estava beijando Olivia.

No outro dia, depois do almoço, fui à biblioteca procurar um livro sobre a Revolta dos Duendes. Estava bufando irritado, por não ter achado dados trinta minutos, quando sinto um cutucão nas costas. Viro-me para fuzilar a pessoa, e a pessoa, para minha surpresa, é Olivia Slughorn.

Sorrio o meu sorriso mais lindo, e ela ergue uma sombrancelha. Levantou um livro na minha frente.

- Estava procurando isso? - Ela disse, dando uma risadinha divertida. Eu peguei o livro de suas mãos.

- Onde achou? - Ela não respondeu. Mordeu o lábio e olhou para baixo. Senti meu estômago revirar-se. Merlin, como é linda. - Ei, desde quando se interessa por duendes?

- Desde sempre! A revolta dos duendes é o acontecimento mais emocionante que eu já ouvi falar! - Algo me dizia que ela estava mentindo, mas eu apenas sorri.

- Então, você quer ir ao primeiro feriado de Hogsmeade comigo? - Fui bem direto, e ela percebeu. Sorriu debochada e disse:

- Não está sendo meio apressadinho, Draquinho? - Eu a fuzilei com o olhar. Ninguém nunca me chama de Draquinho. Porque sempre acorda morto no outro dia. Ela não deixou eu ameaçá-la e sumiu de vista.

Eu estava voltando para o meu dormitório, zangado, quando me lembrei da reunião idiota da sangue-ruim, e corri para a Sala Precisa. Entrei e me deparei com uma sala muito bonita. Algumas estantes de livros e uma lareira decoravam as paredes, e uma grande mesa de mogno estava no centro da sala. Granger estava sentada em uma das cadeiras, lendo um livro com a grossura de um dicionário norueguês, e nem desviou o olhar quando disse:

- Quando vai aprender a ser pontual, Draquinho?

- Ei, vai se arrepender por isso, Granger!

- Por quê? Ameaçou a Liv também, ou vocês estão namorando, e apenas suas namoradas podem te chamar de Draquinho?

- Vejo que está com ciúmes, Granger. - Eu disse, abrindo um sorriso cheio de malícia. Granger podia ser sangue-ruim, mas que era bonita, não posso negar. Ela, me surpreendeu jogando o seu dicionário norueguês em mim. Eu gemi de dor e urrei para ela, mais do que zangado:

- Quem você pensa que é? Um atirador de pesos das Olimpíadas?

- Quem você pensa que é para tentar enganar Olivia? Ela não vai cair na sua lábia, Malfoy, eu vou ter certeza disso! - Ela disse, parecendo estar tão irritada quanto eu.

- Eu não estou enganando ela, Granger! Você que está com ciúmes e fica inventando alucinações para Olivia não se aproximar de mim!

- Quem? Eu? Eu não ligo para o que você faz com aquelas pobres garotas, Malfoy. Mas de uma coisa eu sei, você não vai se aproximar da Olivia! Eu não quero que quebre o coração dela! - Ela se aproximou e apontou o indicador na minha cara. Eu o afastei com um tapa, e me inclinei, meu nariz quase tocando o dela.

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- Você. Não. Manda. Em. Mim. - Eu não estava mais aguentando aquela sujeitinha de sangue-ruim falando o que eu devia ou não fazer. - Agora, cala a boca, já tá me irritando faz tempo!

- Sério? - Ela disse desafiando-me, porém seu tom estava meio trêmulo, assustado. - Então vem calar. - Ela ergueu uma sombrancelha.

Ah é? Ela que pediu.
Então, eu a beijei.