A Mais Nova Geração

Eu tenho algo pra contar para vocês


P.O.V. Luiza

Por onde começo? Ah claro! Vocês provavelmente estão louco pra saber o que aconteceu quando eu e Lysander acordarmos no chalé, não é mesmo? Bom, não é nada muito emocionante, mas acho que eu devo uma pequena explicação à vocês né? Vamos lá então!

Flashback On

Minha cabeça doía e eu sentia meu braço dolorido, ou melhor dizendo, eu sentia meu corpo inteiro dolorido, como se eu tivesse sido pisoteada por uns 20 elefantes de uma vez só, acho que pra alguém na minha situação isso é bem normal, considerando o Goyle, meus avós e o... Não. Não, não, não, não! Santo texuginho o que foi que eu fiz?!

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Eu acho, só acho, que o pulo que eu dei pra levantar da cama não ajudou na minha dor de cabeça, mas sinceramente isso não importava, o que importava era a confusão em que eu tinha me metido. Ele parecia dormir tão tranquilo na cama, seu rosto estava relaxado e ele dormia encolhido como se na posição fetal, ele até parecia um anjo, mas se eu não conhecesse o meu... quer dizer! Se eu não conhecesse o Texuguinho como eu conheço, diria que ela poderia realmente ser um anjo.

Ótimo, agora chegou o ponto em que eu não sei mais o que fazer. Eu corro? Eu acordo ele? Eu me escondo? Me finjo de morta talvez? Ou será que eu simplesmente me envolvo num canto e torço pra tudo ser um sonho? É, realmente uma escolha difícil, mas olha a parte boa, eu nem precisei decidir! Adivinha só, pra melhorar minha sorte, nesse momento exato em que eu não sei que droga fazer da minha vida, o Texuguinho começa a se mexer dando indícios de estar acordando! E agora seria a hora em que eu diria que eu me escondo em um lugar incrível e ele simplesmente não em achou ou algo parecido, mas como eu sou uma baita de uma sortuda, eu me desesperei e tentei correr pra outra única porta do quarto que levava ao banheiro, mas meu pé prendeu nos lençóis da cama e eu tropecei caindo de costas no chão fazendo um baque gigante. Fechei meu olhos na tentativa falha de amenizar a dor que eu estava sentindo, minhas costas estavam tortas em uma posição bem desconfortável e agora minha cabeça, que antes já doía, agora parecia latejar, tentei puxar meu pé, mas ele ainda se encontrava enroscado no desgraçado do lençol.

- Luiza?- Abro meus olhos devagar com um pouco de receio, mas mesmo com o pouco que eles tinham sido abertos, eu já conseguia distinguir perfeitamente a imagem que se encontrava acima de mim.

Lysander Scamander estava deitado na cama de barriga para baixo apenas com a cabeça para fora da borda, que se encontrava bem acima do meu rosto. Sua expressão estava um pouco confusa, mas seu olhar também mostrava, mesmo que quase em quantidade mínima, preocupação. Seu cabelo estava bagunçado de um jeito um tanto charmoso e sua bochecha esquerda estava um pouco vermelha devido ao fato de ter dormido a noite inteira em só uma posição. Agora eu lhes pergunto, que merda que eu fiz?!

- O-Oi...- Respondi enquanto tentava tirar meu pé daquele lençol maldito que não largava- Eu... É... Nós... Ahn...

- É...- Acho que ele percebeu que eu não conseguiria formular uma frase sem gaguejar umas trocentas vezes, mas ele também não conseguia então parou por aí. Até que seus olhos pararam no meu pé preso- Ahn! Deixa eu tentar...

Ele botou os braços pra fora da cama, mas seu corpo continuava deitado de barriga pra baixo. Ele começou a mexer no lençol envolto no meu pé na tentativa de tirar ele de lá, mas é claro que não saiu de primeira, o Texuguinho escorregou um pouco mais pra fora da cama chegando os braços mais perto do nó que meu pé tinha se tornado. Eu comecei a tentar puxar meu pé enquanto ele tentava desmanchar o nó, eu puxava e ele também, cada um de uma lado, ele foi mais um pouco pra frente e agora mais da metade da barriga dele estava pra fora, mas o meu pé continuava bem preso naquela lençol maldito.

Se vocês ainda não adivinharam qual foi o resultado disso tudo, bom, eu digo pra vocês agora. Enquanto eu puxava de um lado e o Texuguinho de outro, eu acabei chutando uma cômoda e com o susto dei um “pulo" pra trás, só que com a sorte incrível que eu tenho, o Texuguinho, que na hora estava segurando meu pé, caiu da cama, mas ao invés de cair em no chão, ele caiu em cima de mim e nos fomos rolando no chão até o lençol estar preso envolta de nós dois. E tem mais! Nenhum de nós conseguia se mover, ele tentava tirar os braços de dentro do lençol enquanto minhas mãos estavam apoiadas nos ombros dele, mas também estavam imóveis considerando que estavam entre mim e ele. Ah! Eu comentei que eu estava em cima dele e nossos rostos estavam bem próximos?! Não?! Bom, agora eu já comentei!

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Ficamos nos encarando por uns instantes, ambos tentando sair do aperto, mas claro, nós dois falhamos miseravelmente. Enquanto eu já havia desistido ele ainda tentava sair, praguejando algumas coisas estranhas como zonzóbulos ou abóboras roxas, é, definitivamente ele é louco. Scamander finalmente desistiu de tentar se soltar daqueles lençóis, ele olhou pra mim por um momento com aqueles olhos azuis claros, droga! Eu tenho um fraco por olhos azuis!

- Argh!- Ele jogou a cabeça pra trás e fechou os olhos dizendo coisas inaudíveis, mas as vezes eu consegui a pegar algumas palavras-... Que merda... Porque?!... Tinha que ser ela?!... O que eu vou dizer...

- Ninguém precisa ficar sabendo- Eu disse e assim ele parou quase imediatamente de resmungar, abriu um dos olhos e olhou pra mim- Vai ser melhor pra todos que ninguém saiba, vamos inventar uma desculpa e pronto, isso nunca aconteceu!

- Está bem!- Ele disse, agora com os dois olhos já abertos- Mas ninguém pode saber, nem mesmo meu irmão ou a Sophie!

- Sim- Concordei e então olhei para baixo na esperança de ver algum ponto onde poderíamos nos soltar dessa maçaroca, adivinhem, não achei- Hmm... Como nós vamos sair disso aqui?

Ele olhou pra baixo, depois olhou pra um lado e depois pra outro, tentando achar aquele mesmo ponto que eu. Ele da um suspiro frustrado assim se não acha nada e inclina novamente a cabeça pra trás.

- Não faço a mínima ideia de como sair daqui.

- Nem eu- Suspirei frustrada, mas então uma ideia surgiu na minha mente, meio idiota, meio ruim, provavelmente vai dar errado, mas não acho que temos muita escolha né- Bom, podemos tentar ficar nos enchendo até que o lençol se rasgue ou então se solte o suficiente pra nós dois sairmos.

- Eu não tenho ideia melhor então...

Nós dois começamos a tentar puxar o lençol pra um lado e depois pra outra enchendo os braços e as pernas incansavelmente. Mas então quase como se o universo estivesse rindo de nós, eu fui pra um lado e ele pro mesmo, o que resultou eu uma troca de posições onde minhas costas saíram machucadas.

- Há!- Ele fala aliviado, com essa troca de lado seus braços conseguiram sair do aperto do lençol, não que a situação estivesse muito boa porque agora nós dois estavam os com os braços soltos, mas, bom, ainda estavam os pesos, só que agora ele estava em cima de mim e eu embaixo.

- Não comemore ainda não, nós ainda estamos presos aqui.

- Não precisava me lembrar disso- Ele me encarou e agora estava com as mãos apoiando o corpo em cima do meu, ele analisou um pouco a situação é depois olhou pra mim de novo- Vamos fazer assim, eu levanto o máximo que conseguir e você tenta achar uma brecha pra nós tirar daqui.

- Certo.

Ele esticou os braços o máximo que pode e pairou acima de mim mais ou menos uns 10 centímetros, eu então botei as minhas mãos pra dentro de volta do lençol e comecei a tentar achar uma ponta que pudesse nos soltar. Eu achei uma ponta solta no lado esquerdo e puxei, mas ela fez o efeito inverso e nos apertou ainda mais, fazendo com que o Scamander me olhasse repreender, em resposta eu dei um sorrisinho sem graça, mas então eu achei outra ponta na direita e a puxei, essa nos libertou do aperto, então se nós puxássemos cada um pro lado nós estaríamos livres.

- Pronto- Disse por fim.

- É, estamos livres- Um silêncio pairou sobre nós enquanto nos encarávamos- Bom, é...

Ele começou a se impulsionar mais pra cima de modo que conseguisse sair, mas então (Não me pergunte! Nem eu sei o que deu em mim!) eu puxei ele pela cintura de modo que ele caiu de volta em cima de mim, nossos lábios se encontraram novamente de um jeito rápido que nossos dentes se bateram no meio do caminho. Por incrível que pareça, com o consentimento dos dois, nós começamos mais um beijo, só que dessa vez um pouquinho mais intenso. Nenhum de nós parecia querer parar aquele beijo, mas o ar estava ficando necessitado, então em sincronia nós dois paramos o beijo, não nos encaramos novamente, pelo menos eu desviei o olhar sinceramente, se eu olhasse pra ele, eu não sei o que diria.

- Ninguém precisa saber- Ele disse o que me fez olhar pra ele, seu rosto ainda pairava sobre o meu- Certo?

- Sim- Tá, talvez eu estivesse um pouco triste com isso, mas bem pouquinho.

- Ótimo!- Ele levantou e saiu de cima de mim, se ajeitou um pouco batendo na roupa com as mãos e depois me estendeu a mão pra mim levantar- E eles também não precisam saber disso.

Antes que eu pudesse raciocinar alguma coisa, senti novamente os lábios dele nos meus e nós voltamos a nos beijar. E bom, pode-se dizer que não paramos por um longo tempo, mas claro, ninguém precisa saber disso.

FlashBack Off

Tá, eu sei, isso não devia ter acontecido, mas agora já foi, nesse instante o meu problema é outro. A gigantesca festa do meu primo já tinha acabado e agora eu estou em casa no meu quarto ainda vestindo o meu vestido verde com algo tipo um tule nas mangas com algumas flores. Bom, vocês já devem saber o que está pra acontecer, meu prazo chegou ao fim e eu preciso contar aos meus avós, de um jeito ou de outro. Se eu posso contar mais tarde? Posso, mas até lá eu morro de medo e ansiedade misturados, quanto mais cedo melhor. Ou não, talvez eu devesse ficar sentada aqui e nunca mais sair, assim eu não precisaria ver meus avós ou então ir pra Hogwarts, nada! Só ficaria aqui sentada e... Tá, não rola, eu tenho que contar e osso vai ser agora! Que saber, vou esperar mais um pouco, não vai fazer mal nenhum né?!

Vamos rever o plano, vou reunir toda família na sala de estar e contar pros meus avós. É um plano simples, mas isso não faz eu ficar com menos medo, ainda bem que meus pais já chegaram de viajem, não acho que eu teria muita coragem sem eles, não que eu tenha agora mas tudo bem. Certo, é agora ou nunca.

Desci as escadas devagar, não estava com pressa pelo que estava por vir, ainda não tinha trocado o meu vestido e agora ele balançava enquanto eu descia, meu coração parecia um acrobata fazendo o que quer que acrobatas fazem, ele berrava pro meu cérebro pra ele parar e voltar correndo, mas meu cérebro, meio anta do jeito que é, ignorava e seguia em frente planejando o discurso que eu falaria. Assim que eu cheguei no final da escada encarei a grande porta da frente sentido um leve enjoo, atravessei o salão de entrada, que eu minha opinião é um grande desperdício de espaço, e fui na direção da porta que levava pra sala. A porta escura de madeira estava aberta e uma das janelas estava aberta fazendo entrar uma leve corrente de ar, toda a minha família estava envolta da lareira, mas meus olhos foram parar onde meus avós estavam sentados, não eram bem meus avós, quer dizer, ele não era bem meu avô, minha vó casou muitas vezes, muitas vezes mesmo, mas teve uma hora que os maridos dela pararam de “morrer” e ela ficou casada com Abelfort Fidelcort, mas isso do antes de eu nascer, então ele sempre do meu “avô”. Como o sobrenome dele não era muito conhecido em Londres (já que ele era da Bulgária), ele mudou o nome para Zabini também, mas não se deixe enganar, ele age como se ele já tivesse nascido com esse sobrenome e leva bem a sério o legado que vamos deixar, isso que me assusta. Enquanto estava perdida em meus pensamentos meus pés andaram por conta própria e eu agora já estava bem próxima do centro de todas as atenções, ou seja, a frente da lareira.

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Certo, inspira, expira, relaxa e fala.

- Vô, vó, eu tenho algo pra contar para vocês.

Bom, eu não vou ficar falando como foi que aconteceu detalhadamente, já que essa parte sinceramente e um borrão. Tudo que eu lembro é do meu vô levantando bravo falando que eu não tinha direito de ser uma Zabini, do meu pai levantando em minha defesa e falando que ele não tinha direito nenhum de falar isso, da minha vó falando que eu era uma desonra, da minha mãe xingando a minha vó é do meu irmão me puxando pra fora da sala.

Talvez eu tenha esbarrando em alguns vasos e alguns tapetes, perdido um das minhas sapatilhas e desfeito totalmente o meu penteado, lembro de estar na frente da lareira dos fundos pra emergências e do meu irmão me entregando pó de Flu e dizendo pra eu sair dali e ir pra um lugar seguro. Joguei o pó de Flu aos meus pés, não pensei em nenhum lugar específico, só em um lugar seguro e reconfortante e assim as chamas me engoliram. Minha visão estava turva, mas consegui identificar uns dois sofás, cada um de uma cor vibrante que não consegui ver direito, mas me parecia uma amarelo e outro laranja, tinha um tapete de outra cor que talvez fosse roxo ou preto, minha visão estava muito confusa, olhei envolta vendo coisas estranhas que eu não sabia se eram assim por conta da minha visão ou se eram assim mesmo, então eu vi um vulto, me parecia alguém, pelo visto não havia reparado em mim porque passou direto, mas apenas alguém segundos depois esse vulto voltou a aparecer bem atrás do sofá maior, não consegui reparar em nada, apenas que parecia a silhueta de um menino.

- Luiza?- O vulto perguntou, infelizmente, eu não consegui identificar a voz.

E isso, foi a última coisa que eu vi, e ouvi, antes de apagar completamente.