A Irmã De Renesmee

Ha um intruso entre nós


Pov. Renesmee

—O que você pensa que está fazendo? – Perguntou meu pai, tentando se aproximar de nos.

Meus tios Emmett e jazz que estavam com ele, correram para segura-lo.

Meu Deus, que situação mais constrangedora.

—Er... Eu... Calma pai. – Disse levantando as mãos.

Mas ele começou a gritar e eu estava em choque.

—Que calma o que. Você é apenas uma criança Renesmee!

—Eu não sou, para de exagerar... – Tentei dizer, mas ele se debateu nos braços dos meus tios, que o seguravam com toda a força.

—Você é sim! Vamos para casa agora! – Gritou.

—Mas pai...

—Mas nada Nessie, eu disse agora! – Ele estava furioso e eu não ia piorar. Depois ele tirou sua atenção de mim, descarregando sua raiva em Jacob. – E você seu cachorro, o que pensa que estava fazendo?

—Edward, eu... – Jake também tentou se explicar, mas não conseguiu.

—Não fale mais nada seu pulguento, eu mato você depois. – Disse se soltando dos meus tios.

Eu estava tão envergonhada e com raiva, que larguei eles lá e corri para casa querendo fugir. Mudar de nome.

Como ele pode pensar que eu sou uma criança? Ele não tem direito de me fazer passar por essa vergonha. Eu não estava transando com ele no meio da floresta.

Que exagero.

Ao chegar em casa abri a porta e na sala estavam minha mãe, Liza e minhas tias. Eu as ignorei e corri para o meu quarto batendo a porta com toda força sem falar com ninguém.

[...]

Pov. Bella

—O que deu nela? – Rosalie perguntou depois de Nessie chegar em casa parecendo um furacão.

—Alice tem alguma ideia do que possa ter acontecido? – Perguntei.

—Não consigo ver o passado Bella, só o futuro. Mas adianto que Edward está chegando aí e não está no melhor dos humores. - Disse folheando uma revista.

—O que quer que tenha acontecido se preparem – avisou Liza com um balde de pipoca vendo TV sem parecer se importar muito. – Ele está assassinamente furioso. Consigo sentir daqui, e ele ainda está longe.

Eu me levantei preocupada. Edward era até calmo demais com a Nessie, não imaginava o que poderia ter acontecido para deixa-la chateada e ele furioso desse jeito.

Eu fui até o quarto dela e bati na porta várias vezes, mas ela não quis abrir.

—Eu quero ficar sozinha. – Disse chorando.

Mas o que tinha acontecido?

—O que houve filha? Você está chorando. – Perguntei desesperada.

—Pergunte ao seu marido. – Disse fungando.

—O que seu pai fez? – Temi muito a resposta.

—Abra a porta e conversa com a mamãe. Por favor?

Ela abriu a porta, mas quando ela fez isso, foi Edward quem surgiu de repente passando na minha frente e entrando no quarto.

Suas feições não eram nada boas o que já estava me deixando em pânico.

—Edward o que está acontecendo? – Perguntei entrando no quarto também.

—Ah sua filha não te contou? – Perguntou cruzando os braços – É tudo muito simples, eu estava caçando com jazz e Emmett, quando encontrei Renesmee e Jacob se beijando.

Eu e Ness trocamos olhares e eu respirei fundo antes de falar.

—Todo esse alvoroço só por isso?

—Como assim só isso? – Perguntou me olhando incrédulo – Isabella qual seu problema?

Eu sabia que ele estava bravo quando me chamava de Isabella. Edward era tão dramático as vezes.

—Edward, o que queria que eu dissesse?

—Esquece. – Disse voltando sua atenção para Renesmee – Você está de castigo por um mês.

—Um mês? – Perguntou incrédula enquanto eu o fitava surpresa.

O que deu nesse homem?

—Isso mesmo, um mês – repetiu nervoso.

—TUDO ISSO POR CAUSA DE UM BEIJO? – Ela gritando e ele se surpreendeu.

Normalmente Elizabeth é quem levanta a voz para ele, não ela.

—Se gritar comigo de novo serão 3 meses. Você ainda é uma criança, entenda isso. – Falou saindo pela porta.

Renesmee se jogou na cama e começou a chorar como se a vida dela tivesse acabado. Dramática como o pai.

Olha, vida de mãe não é nada fácil.

—Vou falar com ele.

Sai do seu quarto e fui falar com Edward em nossa suíte. Ele estava encarando a janela irritado.

—O que deu em você? – Perguntei e ele olhou para mim com ódio.

—A sua filha fica de amassos com um vira-lata e você me pergunta o que deu em mim Isabella? – Disse bravo.

Eu tive que contar até 10, para não me estressar com ele e brigarmos.

—Edward, nós sabíamos que isso ia acontecer um dia. Você tem que se conformar. – Disse tentando faze-lo entender.

—Nunca.

É assim? Então ta.

—Escuta bem, enquanto você não tirar Renesmee do castigo, eu vou ficar de greve por tempo indeterminado. – Falei decidida.

Ele me olhou sem acreditar no que eu dizia.

—Ah não. – Disse desesperado quando entendeu ao que eu me referia.

—Ah sim - falei saindo e batendo a porta do quarto.

[...]

Pov. Aro

—Ele já está a caminho – avisou Jane.

Hoje era um dia importante. Iriamos conhecer o novo membro do clã Volturi. Membro esse, que seria responsável por trazer Elizabeth Cullen para mim.

Ele irá vigia-la de perto para nós e passaria todas as informações sobre a garota.

Os outros membros do nosso clã que se esforçaram em acha-lo para essa missão, me disseram que ele era perfeito, então quero ver com meus próprios olhos.

Eu sei que lidar com os Cullens é lidar com o perigo e essa hibrida meio humana, meia vampira com dons, é algo novo demais para mim.

Um desafio na verdade. Mas um desafio excitante e que estou disposto a correr o risco. Sinto que vai valer muito a pena.

Depois de esperar ansioso, apareceu um rapaz trazido por Alec, no salão onde estávamos reunidos a sua espera. Ele tinha uma aparência de mais ou menos 18 anos.

—Meu nome é Josh Brandoom – Se apresentou antes que eu dissesse algo. Ele fez reverência se curvando a nós e eu sorri com isso. - Estou honrado em participar do seu clã, Aro.

—É um prazer tê-lo entre nos Josh Brandoom – disse o olhando curioso - Quantos anos você tem?

—Aparentemente 18. Mas tenho 86 anos.

—Diga-me um pouco mais sobre os seus dons - disse curioso.

—Eu tenho o poder de influenciar as pessoas. Posso entrar na mente delas e fazer o que quiser. Posso mandar e desmandar. Como um tipo de hipnotismo. A melhor parte é que a pessoa nem se lembra o que aconteceu, acha que as atitudes que tomou partiram dela mesma.

—Isso é perfeito – Caius disse em êxtase e eu compartilhava da sua empolgação.

—É? – Perguntou o rapaz confuso.

—Ah, Josh. – disse me levantando e indo em direção dele. O rapaz parecia confuso. – Temos uma missão importante para você. E o seu Don não poderia ser melhor.

—Que missão? – Perguntou.

—Já ouviu falar do clã dos Cullen? – Caius perguntou.

—E quem não, no mundo dos vampiros todos conhecem o clã de Carlisle Cullen. – Disse ele - Eles são estranhamente uma família unida e com vampiros únicos. Não a um vampiro nessa terra que não tenha ouvido falar deles. – O garoto disse com brilho nos olhos.

Isso me irritou, não vou negar.

Eu não sabia que os Cullen tinham uma fama. Nos Volturi é quem temos uma fama, somos a realeza e a justiça do nosso mundo.

—Queremos que vá a Forks. – Disse voltando minha atenção ao que interessava. – Os Cullen estão morando lá de novo. E eles têm algo que eu quero. Uma garota na verdade, você vai trazê-la para mim.

—Quer que eu trague alguém do clã dos Cullen para vocês? – Ele perguntou abrindo a boca em choque – Eu vou morrer lá.

—Não, não vai. – Disse o rodeando. – Não confia no seu Don? Para ser um Volturi tem que ter confiança.

Ele me encarou ainda com a expressão assustada.

— Por que quer tanto essa garota? – Perguntou.

—Ela tem um Don muito especial e eu nunca tive alguém como ela. – Disse voltando a me sentar – Fora que Carlisle está ganhando de mim na contagem de vampiros especiais e não gosto nada disso. Já não basta Alice e Edward me rejeitando por décadas...

—É uma missão suicida - ele concluiu, mas sorriu logo depois de um jeito malicioso. - Pelo menos se trata de uma garota, isso deixa as coisas menos piores.

—Não se anime. – Caius disse enciumado – Você irá executar seu trabalho da maneira mais rápida possível. Entendeu?

—Perfeitamente – disse se enchendo de confiança – Quando partirei?

—Hoje, mas antes é preciso saber de algumas coisas.

Fiquei horas falando sobre coisas importantes, como os dons dos Cullens que podem estragar tudo e principalmente Elizabeth.

Se ela ou alguém daquela família descobrir, definitivamente teremos outra guerra em nosso caminho com o nosso maior clã concorrente.

[...]

Pov. Josh

Já era de manhã e eu havia acabado de chegar a Washington e estava me hospedando em um apartamento pequeno no centro de Forks. Essa cidade era sombria e fria, não era atoa que um dos maiores clãs de vampiros moravam aqui.

Estava me arrumando para encontrar com Elizabeth na escola, e a ansiedade não cabia em mim. Eu vou provar ao Aro que mereço ser um Volturi, e que posso ser precioso para ele assim como essa tal garota era.

E ela é a minha chave para isso.

Entrei no carro e fui ansioso pelas estradas de Forks. Logo cheguei a escola. Esperei cerca de alguns minutos encostado no meu carro, até ver o tão esperado clã dos Cullens aparecer.

Chegaram dois carros e logo atrás uma moto.

Elizabeth desceu daquela moto e meu Deus, se tivessem me pedido a alguns minutos atrás para descrever um ser humano perfeito, eu teria descrito exatamente a sua aparência em cada detalhe.

Cabelos compridos um tom mais claro que os da mãe. Eles batiam quase em sua cintura, com leves cachos nas pontas, que formavam cascatas conforme ela se movia. Seus olhos eram cor de mel, que te prendiam se olhasse demais. Um rosto suave e pálido e um corpo, bom, perfeito demais para uma garota de 15 anos.

O engraçado é que sua irmã que a propósito era gêmea, não se parecia tanto com ela a ponto de ser idêntica.

Quer dizer, ninguém diria que elas eram gêmeas, dava para perceber que tinham traços parecidos. Como o mesmo formato do rosto, o nariz era igual, a mesma cor da pele e elas tinham a mesma altura. Dava para dizer que possivelmente eram irmãs, mas não gêmeas.

Renesmee tinha cabelos castanhos dourados como os do pai, quase loiro. Olhos cor de chocolate igual da mãe, um cabelo extremamente liso e impecável, e sim, ela também era bonita. Mas, não sei.

Elizabeth era algo inexplicável só de olhar.

Voltei minha atenção para ela e percebi que ela estava me encarando fixamente com aqueles olhos penetrantes. Ótimo, ela é sensitiva, já sabe que você é um vampiro.

A tia vidente dela, sussurrou algo bem baixo no seu ouvido que nem eu consegui ouvir, depois saiu andando. Ela desviou o olhar de mim e agora estava sozinha guardando o capacete na moto.

Aquela foi a minha deixa.

Caminhei tentando parecer tranquilo, fui tentar puxar assunto.

—Olá. – Ela me encarou na mesma hora e sua pupila dilatou como um instinto. Ela ficou rígida. - Desculpe incomodar, é que sou novo aqui e queria saber se poderia me mostrar onde fica a diretoria. Preciso pegar o meu horário.

Ela ainda estava me encarando desconfiada. Ouvi seu coração bater acelerado e isso era estranho. Você via a força brutal no seu rosto, mas o coração entregava o quão mortal ela podia ser.

—Eu levo você até lá. – Ela disse.

Ela era hipnotizante. Sua voz saiu suave, porém firme.

—Obrigado, meu nome é Josh Brandom. – Disse estendendo a mão a ela.

Ela me encarou por meros segundos e depois apertou minha mão de volta. Sua mão era quente e macia, era esquisito imaginar que aquelas mãos poderiam me matar.

—Elizabeth Cullen. – Se apresentou.

—Eu sei. – Disse automaticamente.

—Sabe?

Droga. Burro.

— Eu ouvi falar no seu... Sobrenome – falei sem jeito.

—Seria indelicadeza minha perguntar, como? – Perguntou.

—De maneira alguma. – Tentei sorrir amigavelmente. - Quando vim fazer minha matrícula e conversar com a diretora, apenas ouvi falarem de uma família que tinha uma beleza incomparável. Não é difícil olhar para você e associar o comentário.

Ela ficou vermelha, mas não mudou a postura.

—Sei. – Respondeu de um jeito estranho e fechou a cara para mim jogando a mochila no ombro. – É melhor irmos, vai tocar o sinal.

Pelo jeito, ela deveria ser difícil. Do tipo que não se convence fácil. Eu gosto de mulheres difíceis, é um jogo viciante.

Ela me levou para a diretoria e eu agradeci novamente, ela me deus as costas e nem respondeu ao meu obrigado.

Peguei a droga do horário e fui para aula de filosofia.

Era a mesma aula que a dela. Fiquei a observando praticamente a aula toda, era difícil não olhar para ela. Ela parecia entediada e saber de tudo que a professora falava.

Vez ou outra ela me olhava de volta com a cara fechada, e desviava o olhar com desdém.

No que será que ela estava pensando?

No intervalo ela foi até seu armário colocar seus materiais, sem perder tempo a segui tentando puxar papo de novo.

—Essa escola é um labirinto – falei sorrindo e me encostei no seu armário.

—Eles te dão um mapa quando você é aluno novo. – Respondeu com indiferença sem nem olhar para mim.

—É, eu acho que perdi o meu.

—Que pena. – Falou seca.

Ela bateu o armário com força e me encarou erguendo as sobrancelhas como quem dizia "quer mais alguma coisa"?

—Pode parecer estranho, mas eu venho de outro estado. Estou um pouco perdido nessa cidade, será que rola de você me apresentar o lugar, em um tour sabe? - Perguntei - Tipo, se você quiser...

—Tudo bem. - Respondeu me interrompendo.

Fiquei surpreso com sua resposta e sorri empolgado.

—Ótimo, te vejo na praça depois da aula? – Perguntei e ela assentiu dando um sorriso e saiu para o refeitório.

Acho que foi a primeira vez que a vi sorrir, e mesmo que tenha sido por educação, foi aquele sorriso.

Está tudo sendo muito mais fácil do que eu pensava, em poucos dias essa garota vai estar na mão dos Volturi por vontade própria. E eu serei o preferido de Aro, claro sempre garantindo o meu futuro.

O dia passou rápido e lá estava eu sentado no banco da praça quando acabaram as aulas, há espera de Elizabeth.

Ela apareceu um tempo depois.

—Demorei? – Perguntou sorrindo.

—Não.

—Que tal, irmos dar uma volta na floresta? – Sugeriu animada e eu estranhei.

Ela me tratou com tanto desdém hoje, que não esperava vê-la comunicativa agora.

—Na floresta? – Perguntei confuso.

—É. Vai ser legal, vem. – Disse me puxando sem esperar que eu respondesse.

Sem contrariar eu a segui. Ela começou a me guiar pelo local e andamos um longo tempo na floresta até ela começar a puxar assunto.

Eu já nem fazia ideia de onde nós estávamos, só tinha muito mato, terra e muitas árvores em volta.

—Aqui é mais reservado, não acha? – Perguntou com uma cara maliciosa.

—Depende para que - disse estranhando e ela riu. Não parecia uma risada adorável ou fofinha, parecia mais macabra e sarcástica.

—Certo - ela disse depois de respirar fundo - Por que não para com esse papo e diz logo o que quer? – Cruzou os braços me encarando.

Ok. Não esperava por isso.

—Como?

—Eu pareço ser idiota? – Disse e de repente sua face estava tomada por uma fúria inexplicável. Numa fração de segundos ela avançou em mim me prensando contra uma árvore com uma força bruta que deu para ouvir meu tórax rachando. Para uma meia vampira até que a desgraçada era forte. Quem diria que aquelas mãozinhas faziam um estrago desses. – O que quer comigo?

—Não sei do que.... Está falando. – Disse com dificuldade, pois suas mãos estavam esmagando meu pescoço.

Então ela me deu um golpe batendo minha cabeça em outra árvore e eu cai sentado no chão, sentindo minhas costas ganharem outra rachadura com a força.

O mundo deu algumas voltas com a pancada que levei.

—Faz um favor para mim. – Disse andando tranquilamente na minha direção - Entra em um avião com rumo à Itália, quando chegar a Volterra manda o Aro ir a merda.

Eu arregalei os olhos quando ela disse isso.

Como ela sabia? Poxa assim ela me desanima. Eu estava crente que ela estava caindo na minha quando na verdade eu que cai no teatrinho dela.

Levantei do chão com seu olhar assassino ainda preso em mim. Eu queria socar o rostinho perfeito dessa maldita.

— Você é mais esperta do que eu pensava. – Disse rindo - Gatinha, eu não posso voltar para Volterra agora. Porque quando eu voltar, você irá comigo.

Ela soltou outro riso debochado.

—Cara você é corajoso viu. – falou convencida apontando o dedo para mim. - Vai ter um grande trabalho em me fazer ir a qualquer merda de lugar com você.

Aproximei-me dela cansado dessa palhaçada. Essa garotinha infeliz estava me tirando do sério, mas já deu.

Tudo deu errado hoje, preciso refazer meus planos e pensar em formas melhores de enlouquecer essa menina.

Olhei dentro dos olhos dela e comecei a minha mágica.

Você vai esquecer o que aconteceu agora. Você está aqui no meio da floresta porque veio caçar. Esqueça que falou comigo hoje. — Suas pupilas dilataram na mesma hora enquanto seu cérebro absorvia, seus lábios sem controle repetiram tudo que eu dissera a ela.

Eu tinha somente alguns segundos até ela acordar do transe, então eu corri para me refugiar e refazer meus planos.

[...]

Pov. Liza

Porque raios eu estava parada feito uma estátua no meio da floresta sozinha?

Hum, vim caçar? Estranho, porque não me sinto nenhum pouco saciada.

Ok, agora dei para ficar louca. Sem entender mais nada passei as mãos no cabelo tentando espantar pensamentos incertos. Frustrada fui para casa descansar.

Não parava de pensar naquele vampiro que apareceu hoje na escola.

O cara passou todas as aulas olhando para mim, se ele tivesse noção de como eu odeio isso, ele não faria. Sério eu tenho aversão a pessoas que ficam me encarando. É tão deselegante.

Hoje o dia amanheceu ensolarado o que significava que não iriamos a escola. Ta, eu sei que não brilho na luz do sol por que, afinal de contas sou humana, mas, uso qualquer desculpa para não ir aquele pandemônio.

O clima em casa estava bem tenso, mamãe colocou papai de castigo por colocar Renesmee de castigo. Como eu bem conheço o senhor Edward, ele vai ficar de castigo por um bom tempo já que ele é orgulhoso.

O que posso dizer, herdei isso dele.

Passei o dia todo na mansão e quando voltei para casa, fui para o meu quarto e senti um cheiro esquisito por ele todo, mas não me era um cheiro estranho, era de alguém conhecido.

Minha janela estava aberta. Na verdade escancarada.

Fui até ela e tentei ver se via algo ou alguém, mas não vi absolutamente nada.

Coisas estranhas tinham que começar a acontecer agora?

[...]

No dia seguinte estávamos todos na escola, aquele típico dia tediante que me fazia querer morrer.

—Não quero vocês falando com esse novo vampiro. – Dizia meu pai olhando para ele, que me encarava quase mortalmente. Eu podia sentir que ele tinha sentimentos fortes em relação a mim e meu pai percebeu isso também. – Principalmente você Liza.

—Por que principalmente eu? – Perguntei.

—Você sabe do que eu estou falando – ele disse inclinando a cabeça lentamente na direção dele.

O cara estava olhando diretamente para mim, sem nem disfarçar.

—Alguém aqui arrumou um admirador nada discreto – Rose disse brincando e eu nem precisei responder, por que meu pai fez isso por mim.

—Nem brinca com isso Rosalie – ele quase rosnou - Não sabemos quem ele é, ou que quer em Forks. Não podemos arriscar a segurança de vocês.

—Tudo bem - disse Nessie.

[...]

Pov. Josh

Como ir diretamente à Elizabeth não estava dando certo, decidi mudar o meu alvo, e usar sua família para afeta-la, o que eu acho que seria muito melhor já o que plano inicial era enlouquece-la.

Depois do intervalo vi Renesmee no corredor e fui tentar me aproximar dela.

—Olá – disse surgindo ao seu lado.

Ela me fitou e não me respondeu.

Até imagino o porquê. A peguei por trás tapando sua boca, e entrei no banheiro feminino com ela e tranquei a porta.

—O que quer? – Perguntou assim que tirei minha mão da sua boca. - Eu vou gritar...

—É que sua irmãzinha não está colaborando muito comigo. - disse ainda irritado por ontem.

—Elizabeth? O que você quer com ela? – Perguntou.

Respirei fundo. Não tinha tempo para falatórios.

Olhei dentro dos seus olhos e antes que ela gritasse comecei a mágica que eu tento amava fazer.

Você vai forjar uma briga com sua irmã e deixá-la bem encrencada. E não esqueça, essa conversa nunca aconteceu - conforme eu falava seus lábios repetiam as mesmas palavras que eu dizia, enquanto seu cérebro processava a nova ordem.

Sai do banheiro a deixando imersa em seu transe e fui esperar pelo efeito que isso ia causar.

[...]

Pov. Liza

Depois da escola fui caçar. Demorei um pouquinho até voltar para casa, eu estava meio devagar hoje. Estava pensativa e gostava de andar para pensar sozinha.

Logo que cheguei em casa vi Renesmee toda rasgada e em prantos, ela estava mais vermelha que um pimentão. Em volta dela estava toda família a consolando.

O clima estava macabro.

—Perdi alguma coisa? – Disse entrando.

—A vergonha na cara. – Minha mãe se aproximou irada. – Como tem coragem de chegar assim depois do que fez com sua irmã?

Eu olhei em volta e todos me encaravam com olhares julgadores. E sentimentos também.

Não entendi nada.

—Não sei do que você está falando.

—Ah, por favor, não se faça de burra – Nessie gritou fungando, enquanto era abraçada por tia Rose.

—Por que bateu na sua irmã? – Perguntou meu pai.

—Que? Eu não bati nela – afirmei.

—Não é o que está parecendo – disse minha mãe – Olha para sua irmã, olha o estado dela Elizabeth.

—Isabella calma – Disse meu avô a puxando pelo braço.

Renesmee estava fazendo uma cena digna de Oscar, toda rasgada, machucada e com hematomas, enquanto chorava escandalosamente.

—Quem está mentindo não sou eu, é a Renesmee. - Ótimo eu estava me exaltando. Eu não tinha batido nela, mas agora estava com vontade de descer o braço. – Por que está fazendo isso?

—Eu disse para ela que não ia mentir de novo mamãe – falou entre soluços - Falei para ela que não podia fugir para fora do país outra vez, mas ela já vem querendo me bater e quase me matou. – Gritou a última frase e voltou a chorar.

Eu a olhei pasma. Que droga ela estava falando?

Fugir do país? Pelo amor de Deus, o que deu nela?

—Do que você está falando? Quem disse que eu ia fugir do país?

—Mentirosa. –Minha mãe disse com a voz embargada me acusando – Olha o estado da sua irmã...

Eu não sabia o que estava acontecendo, sinceramente. Eram muitas vozes falando ao meu redor, me acusando ao mesmo tempo, muitos sentimentos injustos contra mim me atingindo numa fração de segundos.

Eu sentia que ia explodir.

Senti-me pela primeira vez insegura, com raiva e triste, mas muita raiva mesmo. Eram tantas as sensações que eu já não conseguia controlar e minha cabeça doía.

Eu queria bater de verdade na Renesmee agora, eu queria gritar para todo mundo que estava me acusando de algo que eu não fiz. Eu estava com tanta raiva e com tanto ódio. Eu só fiquei parada ouvindo todo mundo falar merda para mim sem esboçar reação alguma.

Meu corpo começou a ficar quente, muito quente, cada vez que eu respirava me sentia como se estivesse fervendo por dentro, meu sangue pareceu circular mais rápido, me deixando desconfortável, era uma sensação esquisita.

Parecia que tinha algo dentro de mim querendo sair para fora.

Ofegante e parada no meio da sala, não ouvia ninguém falar mais nada.

O silêncio se fez e todos olhavam para mim. Até Renesmee parou de chorar e estava me olhando.

—Liza – Carlisle se aproximou de mim assustado - Os seus olhos.

Eu estava tremendo de ódio e mesmo me segurando para calcular cada movimento meu, porque eu sentia que ia explodir a qualquer momento, eu fui até o espelho do corredor e me encarei.

Meus olhos, meus lindos olhos cor de âmbar, estavam completamente vermelhos, a íris do meu olho estava dominada pela cor vermelha.

Mas o que é isso?

Sentindo-me muito mal, disparei para fora de casa e comecei a correr pela floresta, quanto mais eu corria mais nervosa eu ficava e meu corpo ficava quente.

Ok, o que está acontecendo comigo?