"Homens, não tenham medo das mulheres quando elas estão nervosas. Tenham medo quando elas começarem a concordar com tudo que você diz."

– Ufa! – O coração de Alvo relaxou, sua expressão parecia mais do que aliviada, embora Minerva e Harry lhe mandassem olhares curiosos.

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– O que está pensando, Senhor Potter? Que isso não é grave? Tenho que convocar o Ministério, principalmente os Aurores, voluntários, gigantes, todos que eu conseguir encontrar e convencê-los a juntar-se a causa e o Senhor fica aliviado por isso? – Minerva parecia explodir a qualquer momento. Seu corpo tremia, sua expressão endurecia a cada segundo.

– Filho, porque o alívio? Não queria lhe repreender, mas a Diretora tem razão. Não podemos relaxar em nenhum momento. – Harry pronunciou-se.

– Você não entende? Ainda nos resta esperança. Anastasia está com o James e por mais que ele tenha lhe feito brincadeiras de mau gosto, ela não teria coragem de matá-lo, muito menos a Dominique. – Alvo era só sorrisos. – Na verdade, pai. A Anastasia não seria capaz de matar ninguém.

– Alvo, eu... – Harry não queria continuar com suas dúvidas, mas sabia que devia prosseguir com o que estava pensando. – Tem certeza que ela não matará ninguém? – Alvo balançou a cabeça positivamente. – Não há ninguém nesse mundo todo que irrite tão intensamente Anastasia ao ponto de ela ficar cega de ódio e lhe tirar a vida? Pense Alvo! Precisamos muito de uma resposta, isso determinará como iremos agir diante disso tudo. Alguém lhe vem à mente? – Harry calculava os mínimos passos em torno dessa circunstância. O Potter mais novo respirou firme e um grande filme sobre a vida de sua ex-namorada lhe veio à mente, se é que aquilo tudo era verdade, e então a ida a Mansão Malfoy atravessou seus pensamentos, e ele focou no modo frágil como Anastasia lidava com a perda de mãe, mas ai... Algo mais profundo lhe atingiu como uma facada. Sim, havia alguém com quem a garota compartilhava um ódio tão extremo.

– Pai! Precisamos correr... Agora! – Disse o garoto passando a mão em suas vestes com determinação. Ao alcançar sua varinha e tê-la na palma da mão, o garoto saiu correndo pela porta da Diretoria, rumo ás escadas. Minerva e Harry o seguiram. – Você estava certo, pai. Tem alguém que Anastasia mataria...

– Quem? – Perguntou Minerva cansada pela pequena corrida. As escadas se movimentavam giratoriamente os levando para baixo. Alvo lhe respondera com relutância:

– Lúcio Malfoy.

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As emoções preenchiam com força o coração da Riddle. A garota estava completamente perdida em um mar de angústias. Não conseguia parar de pensar e refletir sobre seus erros, em como tinha errado e em como continuava errando. James fizera o voto perpétuo para que ficasse seu prisioneiro até que ela encontrasse Harry e em troca disso, ela libertaria Dominique. Era claro que isso também a favoreceria, já que a Weasley avisaria ao Potter onde tudo deveria acabar. Mas quanto mais avançava em seu plano mais angustiada ficava, isso sem contar nas lembranças que envolviam Alvo, ele era seu ponto fraco e se fosse ele no lugar de James, não saberia se poderia continuar com isso.

– Vá Dominique! Ele ficará bem! – Disse tentando manter sua voz firme. Ela teria sua vingança, e tudo acabaria logo. Pelo menos era o que esperava, já que não sabia se conseguiria aguentar torturar ainda mais o coração de seus amigos.

– James, eu... – Dominique o abraçou e o garoto a envolveu em seus braços com profundo amor. Ambos não sabiam o que aconteceria á James naquela noite. Sim, já se tornara noite e Anastasia ficava cada segundo mais apreensiva. O tempo se passava e tudo iria acabar em breve.

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– VÁ! – Gritou a Riddle juntando todas as suas forças. Ignorando á loira, Dominique beijou o Potter á sua frente num sinal de despedida e antes de sair correndo pelo caminho estreito disse á ele um “eu te amo”. – Agora vamos ao que inter... – Antes que pudesse continuar, alguém a interrompeu.

– Ora veja só! – Lúcio tinha aquele frio olhar em seu rosto. Batendo levemente as mãos em palmas dramáticas ele se aproximou de James. – Conseguiu o filho, mas por onde anda o pai? – Ódio e raiva ardiam no coração da Riddle tirando-a da breve surpresa e fazendo-a avançar na direção do loiro. – Acalme-se! – Lúcio ergueu a varinha.

– Não tenho medo de como posso ser atingida por sua varinha estúpida, Lúcio. Eu vou matá-lo hoje e nada nem ninguém poderá me impedir. – Disse a garota parando rapidamente no meio do caminho e erguendo também sua varinha.

– Ah não?! E se eu fizer isso? – Lúcio apontou sua varinha para James enquanto erguia a cabeça do garoto com sua mão livre. – Aquela família é o seu fraco, pequena Ana. E você não irá fazer nada se eles se machucarem, porque você é fraca, garota. Foi assim com sua mãe, é assim quanto aos seus sentimentos por aquele garoto, e vai ser assim se eu matar esse aqui, agora! – Anastasia tremia de ódio, controlava sua raiva com esforço, mas não perderia dessa vez, não hoje.

– Anastasia, não! – James arregalara os olhos ao ver que a garota continuava com sua varinha erguida e apontada para Lúcio. O loiro ao seu lado puxava seus cabelos deixando sua cabeça firme para olhar para a Riddle, e James sabia que ele não pensaria duas vezes antes de fritar o seu cérebro. – Você não pertence á isso tudo, por favor, não faça nada de que possa se arrepender.

– Desculpe James, é como Lúcio disse, a família e amigos sempre foram o meu ponto fraco, e está na hora de mudar isso. – Anastasia enrijeceu seus músculos e com determinação lançou um feitiço. – Crucio. – O corpo de alguém começou a tremer e a imagem de seus familiares sendo torturados apareciam e enchiam sua mente a todo vapor, as mãos dele foram para a cabeça tentando bloquear as cenas mais fortes que já tinha visto em toda sua vida e... James se contorcia sem conseguir suportar. Anastasia avançou enquanto a surpresa de Lúcio tomava conta de seu corpo, o impedindo de se defender. Chegando perto dele ainda com a varinha apontada para James, Anastasia a agitou parando com o feitiço e a virando para o loiro. – Expelliarmus. – A varinha de Lúcio voou para longe e Anastasia ainda determinada e cheia de ódio continuou: - Incarcerous. – Uma corda prendeu o pescoço de Lúcio á árvore. Com um sorriso triunfante de vingança no rosto ela aproveitava o momento.

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O trio – dessa vez não eram Harry, Rony e Hermione - corria mais e mais rápido pelos corredores de Hogwarts, os alunos já estavam em suas camas, pois já passava do toque de recolher.

– Acho melhor nos separarmos, buscarmos ajuda. – Minerva sugeriu parando cansada no meio do corredor que levava aos Jardins.

– Faça isso Diretora. Continuaremos procurando e... – Disse Harry. De repente Dominique surge no gramado ao longe. “Ajuda” era o que ela gritava sem parar, quando viu que eram os três, forçou-se a correr, mas sua perna um pouco machucada não ajudava. – Dominique! O que... O que aconteceu?

– Ela... Ela atacou a mim e ao James. Ele está com ela... Na Floresta Negra. Rápido, não temos muito tempo. Ela quer você, Harry. Ela não é quem diz ser... – A garota falava mal se aguentando em pé, Alvo a ajudara a abraçando lateralmente. – Anastasia... Ela disse para eu te dizer algo... – Respirando firme Dominique prosseguiu. – Ela quer encontrá-lo no lugar de Hogwarts onde você derrotou parte de seu pai. Ela disse que você saberia onde era. O pai dela é... Voldemort... – A garota parecia não ter mais forças para se manter em pé.

– Diretora, leve a Dominique para a enfermaria. Alvo e eu cuidaremos disso. Chame ajuda, quantas pessoas conseguir, e nos encontre na Floresta Negra. – Ordenou Harry com pressa, Minerva pegou Dominique nos braços, caminhando ao lado dela com dificuldade. – Vamos Alvo, temos que detê-la. – E os dois correram em direção á Floresta Negra. Na entrada para a Floresta, Alvo parou atrás de Harry, ajoelhado sobre a grama, colocou a mão no rosto e começou a chorar. Ignorando a pressa em que estavam, Harry se ajoelhou na frente do filho, tomou suas mãos e o abraçou firme.

– Eu não consigo suportar isso pai, ela mentiu para todos nós. Ela nos traiu. – Alvo soluçava e Harry o encarou.

– Não. Existe uma grande diferença nisso tudo... Um dia, quando eu estava á procura do significado por trás do símbolo das relíquias da morte, um homem me ajudou. – Harry parecia mais vivo enquanto contava aquilo, Alvo parou de soluçar o olhando com curiosidade.

– Sim, Xenofílio Lovegood, o pai da Luna. O Senhor já me contou essa história. – Disse o garoto.

– Sim, ele armou uma emboscada para mim e meus amigos e eu acreditava que ele era de confiança por ser pai de uma garota que me ajudou profundamente. Mas ele se provou errado. Quando conseguimos nos livrar, Rony não entendeu logo de cara o porquê de Xenofílio ter armado para gente, mas eu compreendi. Ele queria proteger alguém que amava, e embora tenha feito isso, ele tinha se provado anteriormente uma ótima pessoa, e é até hoje uma ótima pessoa. O caso de Anastasia é sim bem diferente, mas se pararmos para refletir, ela está defendendo uma pessoa, seu pai... E embora Tom seja o vilão dessa história, ela o ama e vai fazer o que achar que deve fazer para protegê-lo, no caso, proteger sua honra. – Harry levantara e puxara o filho consigo. Alvo o fitara impressionado. Perguntava-se como um homem que havia sofrido nas mãos de um Lorde malvado pudesse ainda ter compaixão por Anastasia que aparentemente queria matá-lo em prol do mesmo Lorde. – Devemos ensiná-la, Alvo. Ensiná-la que ela está lutando pelo motivo errado, que não é assim que se protege a honra de seu pai, mesmo que o pai dela aparentemente abuse de coisas inescrupulosas como ela mesma para se reerguer.

– Tudo bem, pai. Obrigado! Vamos... Temos que salvar o James. – Alvo concordou com o pai e antes que os dois voltassem a correr para a Floresta, Harry disse:

– Não só ele, mas também Anastasia.

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– A sua maior fraqueza Lúcio, é acreditar na minha. – Anastasia colocou seu pé no peito dele enquanto o mesmo a olhava de olhos arregalados. – Você viu o que eu fiz ao James? Vou fazer muito pior com você. Não tenho mais fraquezas, Lúcio, não tenho mais família, isso tudo graças a você. Graças ao canalha estúpido que você se provou quando assassinou minha mãe, fez da minha vida um inferno e está vivendo até agora para contar a história e passar ela na minha cara. – O loiro sufocava com a corda presa ao seu pescoço. Anastasia foi atingida por uma sensação de alivio ao ver o corpo daquele homem ali á sua disposição esperando para ser abraçado pela morte que há muito tempo ele enganava. De repente nada daquele sentimento de raiva contra Harry Potter importava mais, o principal objetivo de sua vida era acabar com o sofrimento de Narcisa que era atingida de todas as formas por aquele perverso homem á cada dia de sua antiga vida, agora ela sabia. Sabia que fora destinada apenas á isso, e nada mais importava depois que o Malfoy morresse, poderia voltar a sua vida normal, soltaria James, viajaria para longe dos Potter, talvez algum dia conseguiria pedir desculpas para toda aquela família pelas coisas horríveis que havia feito á eles, principalmente aos irmãos. As mentiras que contara, os sentimentos que havia manipulado, a tortura que praticara com James e todo ódio que havia nutrido por eles. Faria tudo isso e muito mais depois que acabasse com Lúcio. – Toda vingança que planejei em minha vida foi mal direcionada, nada foi culpa de Harry Potter ou da família dele, tudo foi culpa sua e só sua. Todos os planos que você montou deram errado, Lúcio. Inclusive o plano da sua vida deu errado. Você tentou manipular a mim e a minha mãe e conseguiu, mas toda vingança que você planejou agora é direcionada a você. E é por isso que essa coisa toda acaba aqui. Adeus, pequeno Lúcio. Agora você pode ver que eu consigo queimar mais do que uma árvore. – A corda soltou-se de sua garganta, mas antes que o homem conseguisse pronunciar algo, seu corpo ficou em chamas, queimando-o completamente enquanto seu corpo tremia, com um sorriso malvado Anastasia fechou os olhos e pronunciou: - Avada Kedavra.

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– NÃÃÃÃÃÃOOOO! – Uma voz gritou ao longe na clareira, Anastasia virou-se para encarar quem gritava, mas já era tarde demais para Lúcio, pois uma luz verde saiu da varinha da garota atingido o corpo do loiro, extinguindo as chamas e acabando com sua vida por completo. Alvo correra na direção da garota, parando no meio do caminho e continuando a murmurar sem parar: - Não! Não! Não! O que foi que você fez, Anastasia? Não! Isso não pode acontecer. Pai? – Virando-se para o pai que tinha o medo tomando conta de sua expressão. Sem resposta, Alvo se aproximou da garota tocando seu rosto. – O que você fez? Meu Merlin, Annie!

– Isso me deu paz, Alvo. Tudo acabou... Vejo apenas paz. – Disse a garota ajoelhando-se no chão parecendo fraca. O garoto seguiu seu exemplo ainda assustado.

– Não, Annie. Tudo vai piorar. Você não podia ter feito isso! – Alvo acariciava o rosto da loira. Anastasia fechara os olhos, uma dor profunda atingia seu corpo como se alguém estivesse a espancando por dentro.

– Me desculpe Harry... E... Eu... Eu te amo, Alvo Severo Potter. – Disse caindo inconsciente no chão. Alvo empalidecera por completo, nunca tinha ouvido essas palavras e havia esperado tanto por elas, agora fora a única vez que ela dissera aquilo e provavelmente a última, pois o Potter fora jogado para longe com uma força surpreendente. Harry fora socorrê-lo, mas viu que o garoto parecia bem, apesar de tudo. Um vento forte eriçava os pêlos dos dois, os arrepiando por completo. Anastasia começara a se contorcer, tremendo no chão frio, Alvo tentara chegar mais próximo, mas Harry o segurou pelo braço, o impedindo. O mesmo reconhecia o que estava acontecendo, já passara por isso no Ministério quando fora possuído por Voldemort, mas ao contrário do que acontecera com ele, agora não era temporariamente, Anastasia em breve seria possuída por seu pai definitivamente. Dor queimava o peito da garota, ela viu passar um filme de sua vida e de todas as coisas ruins e boas que havia feito, o pensamento sobre a morte lhe atingiu, mas ela não temeu, já havia cumprido seu objetivo e poderia ser levada a qualquer momento, mas... Não fora isso que acontecera. Sua consciência estava mais do que acordada, porém, seu corpo não a pertencia, não conseguia controlá-lo como antes, e isso, era pior do que a morte. Depois de tanto se contorcer, Anastasia finalmente abriu os olhos, mas algo estranho estava acontecendo, a garota parecia à mesma, a diferença era o modo como ela agia. O modo como ela havia se levantado do chão, o modo como ela pareceu enxergar o mundo de um ponto mais alto, o modo como ela elevara o olhar frio para Harry, e por fim, o modo como ela falou diferente, com uma voz mais grossa, mas não fora do normal, e muito mais decidida. – Finalmente! – O coração dos Potter gelou, até James parecia ver as coisas diferentes agora, como se tivesse acordado nesse exato momento. – Harry Potter! – Ela sorrira malvada. – Adoraria acabar com as coisas aqui, mas... Não é o lugar apropriado, sabe onde me encontrar, vamos terminar com isso, Harry. De uma vez por todas. – E sem aviso, o corpo de Anastasia foi à direção de James, o pegando pelo pescoço e desaparecendo com ele em fumaça negra.

– JAAAMEEEES! Diga que não aconteceu? DIGA! – Alvo gritava para o pai.

– Infelizmente, Alvo. Só uma pessoa pode fazer esse truque. – Harry parecia cansado, e realmente estava. Depois de tantos anos pensara que adquiriria paz, mas no fim, fora uma mentira.

– O que vamos fazer agora, pai? – Perguntou Alvo desesperado.

– Vamos encontrá-lo, filho. Onde eu o desafiei, onde eu destruí uma de suas partes. – Harry falou decidido.

– Onde?

– Na Câmara Secreta. – Disse Harry pondo a mão em sua testa onde a cicatriz estava. Por todo esse tempo a paz reinava sobre aquela marca, mas hoje, a cicatriz voltara a doer.