Cap 16 - O Escritório de Dumbledore

– Monitores, é com vocês. – Disse Mcgonagall e em um instante os primeiranistas já estavam ouvindo grito de uma mulher com vestes da Grifinória:

– Alunos novos, me sigam por favor! Alunos novos! Por aqui!

Todos eles seguiram a monitora que abria caminho rapidamente na multidão.

– O que você tem, Lily? Até parece que ficou triste de ter ficado na Grifinória... – Perguntou Dorcas.

– Ah, não é nada...

– É aquele menino do cabelo lambido né? Ele foi parar na Sonserina... – Disse Lene delicada como sempre.

– O Severo é meu único amigo há um bom tempo, gente... Agora estamos em casas diferentes.

Lene e Dorcas se penduraram nos ombros de Lily e disseram juntas:

– Agora você tem outras duas amigas Lily. Nem se preocupe. – Deram um sorriso e Dorcas completou – E acho que o menino do cabelo lambido vai continuar sendo seu amigo.

– Anota essa Sirius: “menino do cabelo lambido”. – Disse James quando alcançou Lily.

– Pode deixar, agora temos: “menino do cabelo lambido” e “ranhoso”.

– Deixem o Severo em paz. – Lily disse muito alto e saiu andando em direção a monitora que começou a dizer:

– Chegamos às escadas. Nós vamos subir alguns andares e vocês prestem atenção no caminho, pois é muito fácil se perder. Também tomem cuidado com as escadas porque elas gostam de mudar...

– An? Meu pai não me falou disso... – Disse James para Sirius.

De repente, enquanto todos os novos grifinórios subiam as escadas, uma delas mudou de posição justo quando Pedro Pettigrew a atravessava e ficou pendurado na beirada.

– Cadê Pedro? – James perguntou para Sirius até que eles olharam para trás e viram o menino quase soltando suas mãos.

– PEDRO! SEGURA!

James e Sirius foram correndo até Pedro começaram a puxá-lo pelos braços.

– Nossa Pedro, você é pesado! – Disse Sirius.

– Fala menos e puxa mais, Sirius! – Gritou James.

– Eu acho que você poderia ser um pouco mais gentil, James. – Disse Sirius calmamente.

– ESSE NÃO É O MOMENTO! – Gritou Pedro.

Depois de muito tempo puxando o menino para cima das escadas eles finalmente conseguiram e subiram correndo atrás dos outros primeiranistas.

– Cadê o Remo? Ele podia ter ajudado a gente... – Disse James notando a ausência de Remo pela primeira vez.

– Já deve ter subido, vamos lá atrás dele.

– Ele largou a gente? – Perguntou James – Isso merece uma vingança, caro Sirius. – Sirius deu um largo sorriso. – E você, Pedro? Está dentro? – Pedro apenas acenou com a cabeça. – Ótimo – Deu um sorriso maquiavélico.

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Enquanto isso Remo ainda estava sentado na mesa da Grifinória esperando Mcgonagall.

– Vamos, Sr. Lupin?

– Ok.

Mcgonagall levou Remo por entre os corredores de Hogwarts até que eles chegaram numa estatua de águia e a professora disse:

– Lasagna.

Então a estatua começou a se mexer dando lugar a uma escada. A professora mandou Remo subir, ele obedeceu e bateu na porta.

– Entre. – Remo e Mcgonagall entraram – Ah, Remo. Eu estava justamente discutindo com o Professora Flitwick sobre sua seleção. – Remo notou uma professora meio gorda e dois professores, um alto e gordo e um baixinho e magro que começou a falar:

– De fato, Senhor Lupin. O chapéu seletor demorou quase 5 minutos para decidir sua casa. – Apontou para o chapéu que estava em cima de uma estante. De repente o chapéu disse:

– Quase o coloquei em sua casa, Filio. Mas ele ficará melhor na Grifinória. – O chapéu murchou novamente e Mcgonagall disse:

– É raro uma pessoa demorar para ser sorteada, Sr. Lupin. Os poucos que demoram mais de 5 minutos são chamados de “Hatstall”... E você está olhando para 3 Hatstall agora. – Deu um sorriso.

– Wow... Isso é bom então? Pensei que fosse ruim...

– Ah, pode ser interpretado de varias maneiras, Sr. Lupin. Mas temo que agora temos de tratar sobre outro assunto. – Disse Dumbledore.

– Ah... Isso...

– Sim, Remo. Temos de resolver como será sua estadia mensal em Hogwarts. Minerva, poderia...?

– Claro, diretor. – E se dirigiu a Remo. – Durante a lua cheia alguém do corpo docente o levará até o salgueiro lutador que fica na frente da Floresta Proibida. Você sabe o que é um salgueiro lutador, Remo?

– Uma árvore grande que revida toda vez que alguma coisa bate nela... Ou chega perto demais.

– Muito bem, Sr. Lupin! Um primeiranista nunca sabe esse tipo de coisa, afinal isso é matéria do 4º ano. Minerva, ele merece 5 pontos. – Lupin sorriu.

– Essa é a professora Sprout, Remo e acho que esse foi um recorde. – Dumbledore disse e deu uma risada. – Nunca vi um aluno ganhar pontos tão rápido. Continue Minerva...

– Então, o professor vai lançar um feitiço na árvore que vai paralisá-la...

– Apenar por alguns segundos. Aquela belezinha é forte! – Disse a professora Sprout.

– E você vai entrar num buraco em baixo desta árvore que o levará até uma casa em Hogsmeade. Ela fica longe do povoado então você pode se transformar lá e não haverá problema...

– Entendi...

– Você ficará lá durante a noite... e se precisar durante o dia... No fim da semana volta para Hogwarts pelo mesmo túnel debaixo do salgueiro lutador...

– Mas ele não vai me atacar quando eu sair? Vocês vão me ensinar o feitiço...?

– Ah, Sr. Lupin. Esse feitiço é difícil até o 6º ano. – Disse o Professor Flitwich.

– Você vai puxar um galho em baixo da arvore que ela fica parada durante alguns segundos, Remo. Então você sai.

– Ah, sim...

–Bom, isso é tudo, Sr. Lupin. Pode ir para a sala comunal da Grifinória. – Disse Dumbledore dando um sorriso e se dirigindo a Mcgonagall – Minerva, ele não sabe o caminho nem a senha. Será que poderia levá-lo?

– Claro, Professor Dumbledore. Vamos, Remo.

Depois de algum tempo andando, Minerva disse a Remo:

– Ainda acha que será expulso sem nem mesmo ter começado o ano letivo, Sr. Lupin?

– Ah, acho que não. – Remo sorriu.

– Certamente. – Minerva esboçou um sorriso. – E acho que a professora Sprout já descobriu seu aluno primeiranista preferido.

– Eu... Err... Só sabia porque gosto de ler, professora.

– Ótimo, Sr. Lupin. Espero que goste de ler sobre transfiguração também.

– Ah, também gosto...

– Excelente! Outra coisa, acho que não seria pertinente se os outros estudantes soubessem do seu... probleminha peludo.

– Tudo bem, professora.

Remo seguiu a professora, em silencio, até um quadro com uma mulher gorda que abriu quando a professora disse “Bafo de Dragão”.

– Essa é a senha dessa semana, Remo. Não a informe a ninguém de outra casa. A cada semana ela muda, normalmente aos Domingos, mas existem exceções. Bom, boa noite.

Ela se virou e foi embora enquanto Remo entrava na sala comunal.