O quarteto bem que tentou utilizar a bússola, mas depois de um tempo ela mudou de direção constantemente como se estivesse quebrada, algo improvável já que tinha sido construída com itens novos.

Lucy segurava a bússola na mão enquanto guiava o grupo pela cidade, o resultado foi estranho já que voltaram exatamente para frente do restaurante onde antes estavam. Tentaram novamente e o resultado foi o mesmo, sair do lugar não parecia ser uma opção.

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— O que essa bússola está fazendo? Nós temos cara de quê? — Sting andava de um lado para o outro com as mãos na cabeça.

— Esse restaurante não parece ter nada de diferente, não é possível que acertamos o lugar sem querer — Lucy revirava a bússola para ver se ela mudava a direção.

— Eu acho que ela não quer nos mostrar o caminho certo de propósito... — disse Xadrez calmamente, ele era o único que não demonstrava desespero.

— Por que você acha isso?

— Pelo que percebi, vocês não tem tudo o que é preciso de acordo com a profecia?

— Como não? — Sting o olhou com dúvida.

— Cadê as pedras da vida e da morte?

— Estão... Espera, ele tem razão. O que temos são duas pedras transparentes sem nenhuma função.

— Eu não tinha pensado por esse lado. Por onde começamos a procurar as pedras? — perguntou a loira.

— Isso eu já não sei...

— Então vocês estão em busca das pedras da vida e morte, interessante. Encontrá-las é mais fácil do que vocês imaginam — uma moça de cabelos ruivos aproximou-se deles, ela vestia um simples vestido azul até os joelhos.

— Você conhece as pedras? — perguntou Lucy meio receosa.

— Claro, eu fui treinada minha vida inteira para poder construí-las.

— Construí-las? As pedras já não estão prontas?

— Não, essa história foi espalhada justamente para evitar que fossem encontradas facilmente. Vocês são aqueles que foram citados na profecia, certo?

— Todo mundo sabe dessa profecia, daqui a pouco anunciam em panfletos e espalham pela cidade — Sting sentia-se indignado.

— Realmente — a moça riu. — Todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente na profecia sabem dela, pelo menos foi isso o que minha mãe me contava. Aliás, meu nome é July.

— Nós somos... — Lector tentou falar.

— Lucy, Sting, Lector e Xadrez. Acho que não preciso dizer como sei isso... Muito bem, eu posso construir a pedra para vocês, mas antes preciso de algumas... coisinhas.

— Tipo?

— Isso — entregou uma pequena lista para eles. — Meu endereço está no verso da folha, venham me visitar quando conseguirem tudo — despediu-se e saiu andando, logo sumindo no meio das pessoas.

— E agora? — Lucy olhou para a lista de olhos arregalados.

— Vamos partir em uma aventura — Sting sorriu animado, começando a correr.

— STING! Esse apressado...

— Vamos logo, Fada-san.

— Vocês dois ainda vão nos meter em confusão...

—— // ——

— Eu não disse? O que vamos fazer para escapar dessas coisas? — Lucy corria o mais rápido que podia com Xadrez no colo.

— Loira, só corre — Sting ria da situação.

Depois que conseguiu alcançar Sting, Lucy leu o primeiro dos quatro itens que precisavam buscar. Na teoria parecia bem simples de conseguir, estava escrito que eles precisavam subir até a torre de um castelo abandonado ao leste da cidade, lá encontrariam flores brancas que brilhavam no escuro.

O castelo foi fácil de achar, afinal não era todo dia que viam uma estrutura enorme de pedra cinza no meio do nada. A torre que precisavam subir era a mais alta das cinco que ainda permaneciam em pé. Parte das paredes caídas revelavam o interior bem decorado, porém muito empoeirado. O portão para entrar praticamente não existia, apenas algumas tábuas restantes caídas no chão davam acesso ao pátio principal.

O quarteto não parou para admirar as decorações, seguiram direto para a torre principal e subiram. Grande erro.

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No momento em que chegaram no topo da escada, todos os degraus começaram a cair em ordem, impedindo que pudessem entrar na porta logo à frente, sendo assim acabaram descendo novamente, mas assim que abriram a porta para sair da torre, um enxame de abelhas começou a voar na direção deles.

Todos tentaram sair silenciosamente, mas os escombros e pedaços de madeira no chão não ajudaram. E foi assim que a correria começou.

Correram o máximo que puderam, procurando sempre um lago ou rio para entrarem, só assim se livrariam das abelhas. O plano parecia fácil, eles apenas não contavam que acabariam se separando no processo.

Enquanto Sting e os dois gatos foram para a direita, Lucy não prestou atenção no caminho e acabou indo para a esquerda e pior, estava sendo seguida por todas as abelhas.

A loira correu como nunca, desviando de árvores e empurrando galhos que por pouco não voltaram contra seu rosto. Pouco tempo depois o som de água caindo chamou sua atenção, ao olhar para o lado ela viu sua salvação: uma cachoeira. Entrou na água de bota e tudo, ficando atrás da água que caia. As abelhas passaram direto e ela respirou aliviada.

O lugar onde ela entrou não passava de um buraco atrás de uma cachoeira, mas uma pequena alavanca destacava-se na parede de pedras. Lucy deixou sua curiosidade no comando e puxou a pequena alavanca para baixo, fazendo o chão tremer e abrir, revelando uma escada para uma sala vazia e completamente preta.

O problema não estava em entrar e sim em sair, a escada voltou a subir, trancando a loira lá embaixo sem chance de escapatória. Desesperada, ela começou a tatear as paredes em busca de algo que ajudasse e encontrou algo redondo que girava, como uma maçaneta, usou toda sua força e puxou revelando o que estava escondido.

A nova sala era enorme, de onde estava Lucy não via o final. Para qualquer lugar que olhasse, plataformas desciam e subiram, fazendo curvas estranhas e se entrelaçando em algumas pontas. Todas as plataformas possuíam cercas de seguranças, mas isso não impediu o medo de crescer dentro de si.

As paredes brancas emitiam um pouco de luz, não o suficiente para cegar e sim só para iluminar. As plataformas tinham cores variadas, alternando entre tons de azul e verde.

Lucy olhou para baixo e logo arrependeu-se, a profundidade do lugar não podia ser medida e muito menos vista, olhou para cima e encontrou o mesmo cenário.

— Esse lugar é infinito? — perguntou para si mesma, começando a caminhar para frente, mantendo uma boa distância das cercas.

Andou, desceu, subiu, virou para a esquerda, virou para a direita, desceu de novo e nada de ver o final do caminho. Mesmo assim a sorte parecia estar do seu lado, pois as cercas permitiam que ela olhasse para baixo em segurança e visse quais os caminhos certos para seguir, portanto se perder não era uma alternativa.

Pouco tempo depois, algumas plataformas começaram a ficar vermelhas e Lucy descobriu da pior maneira o quão elas eram perigosas. Nenhuma dessas plataformas existiam de fato, ou seja, todas eram ilusões, por sorte invocou Áries antes que alcançasse a plataforma de baixo.

As próximas foram mais fáceis de passar, pelo menos em teoria, pois o perigo permanecia o mesmo. Para evitar passar pelas partes inexistentes, a loira subia nas cercas e se equilibrava até atravessar. Todas as vezes em que se equilibrou na beira do rio com certeza ajudaram para aquele momento, porém a chave de Áries não saiu de sua mão em nenhum momento.

O chão começou a ser visto depois da última parte vermelha, ele possuía a mesma cor das paredes. A maga correu animada para baixo, nem se importando se encontraria outra parte falsa disfarçada no meio do percurso. Assim que chegou no final, a única coisa que diferenciava-se era metade de uma porta preta na parede.

Lucy abriu a meia porta e agachou-se para entrar na nova sala e foi só aí que ela se deu conta de que o desafio estava apenas começando.