A Filha de Severo Snape

Bônus: A vida de Alex Pettyfer e avisos...


Bônus – A vida de Alex Pettyfer

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1997

Um garoto de 11 anos, com cabelo loiro cacheado, olhos azuis bem profundos, e traços angelicais, andava por Hogwarts enquanto memórias que a muito tempo tentava esquecer, pareciam lhe invadir com ainda mais força do que o normal.

Aquilo devia ser um sinal. Podia significar duas coisas: ou sua vida mudaria para melhor e aquelas lembranças seriam para sempre esquecidas, ou elas o perturbariam ainda mais pelo resto de sua vida. Mas, lhe custava a acreditar na primeira opção de pois de tudo pelo que tinha passado.

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Flash Back

“Um garotinho de aproximadamente 9 anos corria floresta adentro em meio a chuva buscando desesperado por refugio.

Durante toda a sua vida foi discriminado. Todos o julgavam pelo que seus pais eram, sempre o viam só como filho de comensais da morte foragidos.

Parou abruptamente, se viu em um lugar desconhecido, uma clareira e estava cercado de pessoas desconhecidas. Algumas dessas pessoas riam e apontavam o ridicularizando, outros demonstravam temor a cada pronuncia de seu sobrenome, de seus pais, mas ainda assim, murmuravam ofensas quase inaudíveis.

- Não, não. - murmurou aterrorizado. - NÃO! - gritou a plenos pulmões não agüentando mais tudo que o rodeava.

Aquilo não podia ser real, só podia ser um pesadelo... Aquilo era um pesadelo.

Acordou sobressaltado, suando frio, seus batimentos cardíacos estavam acelerados. Olhou para os lados procurando alguém que lhe confortasse, alguém que lhe dissesse que tudo estava bem. Mas viu apenas paredes imundas, cheias de buracos e rabiscos, e ao seu lado crianças deitadas sobre finos colchonetes, e cobertas por finos e rasurados lençóis. Todas se remexiam inquietas devido ao imenso frio que fazia naquela madrugada. Algumas dessas crianças rezavam, outras chamavam pelos seus pais, mesmo sem ter esperança de um dia revê-los. Todas órfãs.

Outro pesadelo? Não. Dessa vez era real. Apesar de que aquilo podia ser muito bem chamado de pesadelo. Toda a sua vida não passava de um pesadelo.

Fechou os olhos tentando voltar a dormir. Já estava acostumado com todo aquele desconforto, havia sido obrigado a isso, e logo voltou ao mundo dos sonhos, ou no seu caso, pesadelos.

Viu todos aqueles que mais amava sendo mortos, viu seus pais correndo e tentando se esconder daquele que não deve ser nomeado. E por ultimo se viu em frente uma garotinha loira, e em seguida um jato de luz verde vindo em sua direção, ou na direção daquele que parecia ser ele, mas, mais velho. (?)

Acordou novamente, dessa vez não tão assustado quanto antes. Pois a muito tempo tinha aqueles mesmo “sonhos”.

Desistiu de tentar dormir. Olhou para o teto, e começou a lembrar das duas únicas coisas que ainda o conseguiam fazer sorrir, os seus pais, e de um linda garotinha.

Ficou por horas, não se sabe quantas, lembrando dos seus pais e de sua amiguinha, sua única amiga verdadeira, com um sorriso no rosto e um brilho distinto, embora pequeno, no olhar.

Sentiu o sol tocar-lhe a face, havia amanhecido. Era um novo dia, com novas tristezas, angústias, e pesadelos.”

Já não lembrava mais apenas das coisas ruins de sua vida, pois se concentrou no rosto daquela que havia sido seu único conforto, e apesar de ter sido por pouco tempo, para ele era como se tivesse sido por anos.

“Uma garotinha de 9 anos corria livremente por um campo de margaridas, seus cabelos castanhos cacheados que iam até a cintura esvoaçavam com o vento, suas mãos finas e delicadas seguravam seu vestido florido que ameaçava ‘voar’ e apesar de um pouco sujo e velho era lindo. Em seu rosto angelical, brotava um sorriso doce e meigo.

- Venha Alê! Brinque comigo! - ela o chamava alegremente com sua voz que lhe parecia um coro de anjos.

Seria aquele o paraíso?”

A cena mudou, dessa vez para uma angustiante...

“Era a mesma garotinha, mas dessa vez ela gritava de dor e agonia...

Seus braços e pernas haviam sido presos por grossas e enferrujadas corrente, possuíam profundos ferimentos, e uma poça de sangue a cercava, o seu sangue.

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Sua face antes sorridente e exalando felicidade e energia, era contorcida em dor e sofrimento.

Tentava se libertar da correntes ‘jogando’ seus braços e pernas de um lado para outro, mas aquilo apenas a machucava ainda mais.

Aos poucos foi perdendo todas as suas forças, seus braços que antes se debatiam tentando a todo custo se libertar das correntes cederam ao cansaço, suas pernas fraquejaram. Com muito esforço vagarosamente ergueu a cabeça, olhando uma ultima vez para o amigo, e enquanto lágrimas desciam pela sua face, falou com a voz fraca, falha, mas mesmo assim ainda doce e infantil:

- Não, se esqueça... Você nunca, estará sozinho, Alê... E... Eu te amo!

Após falar isso seus olhos se fecharam lentamente, sua cabeça pendeu para frente e segundos depois, ela já não estava mais nesse mundo.”

Mesmo com pouca idade, Alex já sabia o que era o amor, pois aquela menininho fora seu primeiro amor, e seu rosto sempre estaria em suas lembranças mais felizes, assim como sua morte seria o motivo de muitos de seus pesadelos.

Outra lembrança lhe invadiu com tudo... Uma de suas melhores lembranças...

“Ele e a garotinha estavam deitados sobre a relva macia, e um silêncio incomodo pairava no ar, até que a pequena resolveu quebrá-lo:

- Ale! Você acredita em amor?

- Ah! Eu... Eu não sei. Por que da pergunta Angie? - perguntou curioso.

- É que... Eu acho que eu amo você Ale! - respondeu vermelha e abaixou a cabeça.

- Sério? - perguntou pasmo com um sorriso bobo no canto da boca, e ao ver a amiga assentir, falou: - Eu... Eu também acho que te amo anjinha. - a pequena levantou o rosto sorrindo levemente.

- Posso... Fazer uma coisa? - a pequena pediu levantando e se aproximando.

- Hum... Ta. - respondeu meio incerto. - Mas, o que?

- Isso... - respondeu colando os lábios nos seus e seus olhos se fecharam involuntariamente aproveitando aquele momento.”

Balançou a cabeça tentando afastar todas aquelas lembranças, mas lhe parecia algo impossível.

Começou a andar na direção do Salão Principal prestando a atenção em cada mínimo detalhe dos quadros procurando inutilmente se distrair.

Após alguns passos, se viu cercado por um grupo de sonserinos.

- Ora, ora. Se não é o pequeno traidor de sangue? Como vão seus pais? Se eles ainda estiverem vivos, é claro. - uma garota morena falou o olhando com nojo,

- Deixe-o Pansy. - um loiro mandou e por uma questão de segundos o olhou com pena de modo quase imperceptível.

- Por que Draquinho? Conviver com aquela mestiça da Snape afetou o seu cérebro? - a garota perguntou.

- É claro que não. Apenas acho que temos coisas mais importantes para fazer do que ficar aqui com esse pirralho. - respondeu friamente.

- Acho que você tem razão. Não vamos desperdiçar nosso tempo aqui. - a garota falou e saiu do local com os amigos.

Voltou a caminhar na direção do salão principal e quando chegou ao mesmo não viu ninguém na sua mesma. Mas que diferença faria se ele se sentaria sozinho como sempre de um modo ou de outro?

“Melhor assim...” pensou.

Podia ser considerado por muitos, anti-social. Mas ele apenas tinha medo da rejeição, coisa que sempre fora muito freqüente em sua vida. Não sabia por que havia sido colocado na Grifinória, e chegou até a questionar diversas vezes a escolha do chapéu.

Minutos depois ouviu a porta do salão ser aberta, deu uma rápida espiada, e se voltou para a comida que estava a sua frente.

Uma garota de cabelos e olhos pretos que havia visto acabar de entrar sentou-se ao seu lado.

- Oi! Eu sou a Samy! - ela falou sorrindo. Se sentiu confuso! Ela estava mesmo falando com ele? Bem, é o que parecia já que ele era o único na mesa da Grifinória.

- Er... Oi! Eu sou o Alex! - respondeu como num sussurro e com a face um pouco avermelhada.

- Prazer! – falou lhe sorrindo docemente.

- Er... Igualmente. – ele respondeu ainda mais vermelho, se é que isso é possível

- Sabia que você é muito fofo? – ela falou continuando sorrindo.

- Hum... Er.. O-obrigado!- Alex gaguejou envergonhado.

- Pode ficar tranqüilo eu não sou nenhuma pedófila, nem tarada. Não precisa gaguejar. Ta com medo? Sou feia demais? Tudo bem, eu me afasto! – brincou com falsa magoa.

- Não, não é isso! E você não é feia, pelo contrário. – ele falou apressadamente ainda vermelho. – Que maravilha Alex! Você já tem muitos amigos, e ainda faz isso! – murmurou irônico para si mesmo fazendo a garota a sua frente rir.

- Sabe, acho que conversar com si mesmo, não faz muito bem para a saúde, pelo menos a mental. Meu caso é ate mais grave que o seu, eu conversa, vulgo, discuto com a minha consciência. Então você pode se considerar normal, pelo menos mais do que eu.

Ele riu baixinho, mas logo se desculpou.

- Não precisa pedir desculpas, e nem ser tão envergonhadinho, apesar de que , isso é o que te deixa tão fofo, fora os cachinhos loiros, parece até um anjinho. É! É isso! Você vai ser meu amigo e eu vou te chamar de anjinho. Mas, só eu vou poder te chamar de anjinho, e se alguma garota te chamar de anjo, anjinho, e, ou, derivados sem a minha permissão só por você ser lindinho e fofinho, eu brigo com ela. Ai eu ganho um novo amigo, vulgo, mais alguém pra eu perturbar, e você ganha uma amiga linda, demais, e modesta, vulgo, eu. Feito? – a garota lhe perguntou.

- Ah! Er... Ta! – respondeu meio encabulado.

- Então ta, mas agora eu vou dar uma volta por ai. Até mais anjinho! – lheu deu um beijo estalado na bochecha e saiu cantarolando.

Anjinho? Como aquele nome lhe trazia lembranças... Mas, ele não se parecia com um anjo! Parecia? Pelo menos ele achava que não...

Um tempo depois, quando o salão já estava cheio, viu sua nova... Amiga entrando no mesmo e indo na direção de umas pessoas que estavam sentadas ao seu lado.

Não prestou muita atenção na conversa, estava perdido em pensamentos, lembranças. Apenas começou a prestar a atenção quando ouviu o seu nome...

. – Esse é o Alex... E... Você não me falou seu sobrenome anjinho. – a garota falou ao novo amigo.

- É-é Pettyfer. - gaguejou e preferiu não olhar no rosto de ninguém.

“É agora que sou rejeitado” pensou triste.

- Pettyfer? – uma garota ruiva perguntou.

- Si-sim. – respondeu abaixando a cabeça.

Levantou um pouco a cabeça e viu que a ruiva falava algo a sua nova ‘amiga’.

Levantou-se e dirigiu a saída do salão principal.

- HEY BAIXINHO! Espera ai! - ouviu a com certeza ex-nova amiga lhe chamar, mas fingiu não escutar. Ele já havia sido muito rejeitado, não agüentaria mais uma vez.

- Alex! Alex! ALEX! Que amiguinho que eu fui arrumar. Pior do que os outros! E eu que achava impossível. – a ouviu resmungar.

- Acho que sua amiga já falou de quem sou filho, então... Se vai falar que não quer mais ser minha amiga, tudo bem, já estou ate acostumado. – falou de costas e tentando esconder a tristeza em sua voz.

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- Você acha que eu quero deixar de ser sua amiga pelo que os seus pais são? Vai sonhando! Por acaso conhece meu currículo? Se conhecesse, você é que ia querer se afastar de mim acredite. – ela riu.

- Como? – perguntou confuso.

- Deixa a tia Samy te contar umas coisinhas... Mais, é segredo! Não acabe com a minha reputação espalhando. – brincou. – Pra começar, sou filha de Severo Snape, e de uma trouxa que pelo que ouvi falar é uma “bruxa”, quer dizer, tipo, bruxa de contos de fadas trouxas, ruim, e com verrugas na cara. Segundo, tem as minhas amizades, o trio de ouro, uma ruiva maluca, uma loira com o apelido Di-lua, Neville Longbotton e Fred e Jorge Weasley. Terceiro, já namorei com Draco Malfoy, e to com Fred Weasley. Então se considere sortudo por só ter pais procurados, meu bem. Não é fácil ser eu, por que alem disso tudo, ainda sou linda e querida, quer dizer, na verdade me acham é doida, mas, é a vida. Não se pode ter tudo. – terminei com um sorriso maroto.

- Você ainda fala que eu sou sortudo? – perguntou incrédulo se virando.

- É claro que é! Você tem a mim como amiga, ta querendo mais o que? - brincou.

- Você deve ser doida mesmo, por que está falando que é minha amiga.

- Ah! Sou doida por querer ter um amigo loirinho, fofinho e que da vontade de apertar? Poxa! Você me magoou, sabia? – se fez de ofendida. – Agora voltando pro salão principal, por que pela segunda vez hoje você não me deixou comer em paz, rum! - falou e saiu “arrastando” o garoto.

Pelo menos, ele tinha conseguido uma nova amiga. Ela com certeza não conseguiria preencher por completo o vazio que sentia. Mas, ele sabia que não estaria sozinho. E ia lutar para um dia conseguir ser feliz, conseguir trancar em um baú todas as lembranças ruins, e sumir com a chave. Não se pode ter tudo, como sua mais nova amiga havia dito, mas ele não desistiria, assim como nunca desistiu de sonhar... E essa é A vida de Alex Pettyfer!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.