POV por Henrik

Seth não me deixou sair e pra não arranjar problemas, concordei em ficar. Chegamos a conclusão que Stefan deveria saber sobre isso, então ele foi ficar com Lina para que eu pudesse conversar com meu cunhado.

—Isso seria uma péssima vingança, querer que Lina seja humana para quê? Ela tem uma fortaleza que a protegeria, digo, se fosse humana. - Stefan ficou confuso com o que tinha acabado de falar, devido não termos protegidos Lina nos últimos dias.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Eu sei, mas o problema é que Camille está por trás disso e a única coisa que me vem a mente é isso.— Respirei fundo, Stefan não sabia sobre meu passado com ela.— Resumidamente, tempos atrás eu entreguei para ela um feitiço, e ela deu para a minha avó que a aperfeiçoou. Ou seja, ela queria usar contra Klaus, e nada melhor do que usar nos filhos dele para sua vingança. Ela é estrategista.

—Ficou mais claro agora. Mas por quê Lina rejeitaria se foi aperfeiçoado, ainda mais pela Esther?

Um ponto a ser pensado. Tudo bem que ela ficou sob um feitiço por 16 anos, mas agora seu corpo é diferente, ela é forte. Mas forte o suficiente pra rejeitar um feitiço como esse? Ela teria que canalizar uma grande força de magia. Mas se ela estava sozinha, canalizou de quê? Ao menos que...

Engoli seco e o fitei por alguns segundos, até que tio Elijah entrasse pela porta.

—Responda. — Meu tio disse interessado.

—Não sei...—Pensei na possibilidade dela ser poderosa o suficiente pra criar anticorpos e ela ser imune á um feitiço desse, ou algo mais poderoso que ela...

—O que exatamente? — Stefan perguntou e eu não sei se era hora de tocar nesse assunto e se era eu que devia dizer algo.

—Lina está te chamando.— Seth entrou de repente. Acenei e fui até ela sem pensar duas vezes, deixando eles para trás.

Ela estava sentada no sofá com um livro na mão e tinhas mais alguns sobre a mesa de centro, os reconheci quando o vi, era sobre os sonhos que ela havia me dado para ler na noite em que ela conheceu Camille.

—Você ao menos leu quando eu te pedi? — Ela disse sem olhar para mim. O livro que estava em suas mãos ela abriu em uma página e me entregou, falava sobre doenças psicóticas.- Quero minha memoria de volta Henrik.

—Você não é louca. —Larguei o livro rapidamente e segurei em suas mãos.

—Eu sei que não sou, mas de uma coisa eu sei, devo ter feito coisas muito ruins e eu tenho certeza que não parei por aqui.

Ela largou minhas mãos e se levantou me olhando com seus olhos transmitindo medo que eu nunca havia visto.

—Lina...

—Henrik!— Ela gritou me interrompendo e chorando.- No fundo você e eu sabemos que isso ia acontecer! Não quero machucar mais ninguém, não quero machucar a minha família como sabemos que vou fazer.

—Você não vai machucar ninguém Sweetheart, do que que estão falando? - Meu pai entrou confuso nos olhando. Lina olhou para ele limpando suas lágrimas e disposta a contar.

—Não é nada demais, ela está preocupada é apenas isso.—Tentei mudar o assunto.

—Não é só isso! Ele precisa saber a verdade.— Ela insistiu e eu a encarei.—A minha visão, os seus sonhos... Eles são reais! Eles estão acontecendo!

—E não é você!— Gritei com ela e ela se assustou. — Quero dizer, não pode ser você. Eu sei que não faria uma coisa dessas, pelo menos dessa vez eu vou te defender como eu deveria ter feito há muito tempo!

Meu pai ficou nos olhando ainda confuso tentando entender a nossa discussão.

—E você acha mesmo que seria você? Pelo amor, você não machucaria uma mosca Henrik! — Minha irmã disse.

—Por você sim! — Ela ficou me olhando intrigada. — Não sei, estou tão confuso quanto você, os últimos acontecimentos foram intrigantes...

—E tudo aponta para que seja eu! Eu ameacei Eva, sumi por dias! E eu mal consigo lembrar das coisas que fiz.

—Você não é a única que não lembra das coisas...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Você não machucou ninguém.

—E nem você.

—Eu vou machucar os dois se não me contar sobre o que estão falando agora mesmo. — Meu pai disse em um tom nada agradável quando ficou na nossa frente.

Lina ficou me olhando suplicando para contar, sei que isso a está ferindo por dentro, e eu não que minha irmã sofra mais. Eu não ia conseguir esconder por muito mais tempo então acenei, ela sorriu grata para mim e segurou nas mãos dele.

—Eu vou te mostrar pai.

Ela mostrou não só a visão dela como quando eu contei sobre o meu sonho para ela. Quando ela soltou ele, meu pai ficou nos olhando perplexo tentando assimilar o que viu.

—Ela teve essa visão quando tocou aquele quadro que eu pintei com você no estúdio.-Expliquei

—Eu te pedi pra expressar o que sentia e era isso? — Ele me olhou perplexo e um tanto assustado.

—Eu disse que precisava conversar com você naquele dia que Lina voltou.- Disse para ele e ele chegou perto de mim tocando no meu ombro.

—Meu filho, eu sou seu pai você sabe que pode conversar comigo sempre que quiser não sabe? — Acenei que sim—Então não me esconda uma coisa dessa outra vez. E nem você Lina, vocês não precisam carregar nada sozinhos! Não estão sozinhos, vocês têm á mim, sempre terão.

Lina abriu um sorriso. Fiquei aliviado de poder dizer a verdade pra ele, parte dela.

—Henrik têm tido blecautes desde que Esther tentou nos fazer mal. —Ergui a sobrancelha pra ela.- O que foi? Achei que fosse um momento sincero em família...

—Lina está falando a verdade pai..—Agora sim toda a verdade— E espera, você se lembra de muita coisa e não se lembra de onde estava nos últimos dias? — Ela fez que não com a cabeça, eu estava certo então.

—Um momento. — Meu pai pediu — Vocês dois estavam se questionando se era um de vocês esta coisa não é? - Acenamos que sim. - Henrik você ainda tem os laudos e as fotos das vitimas da nossa cidade? - Acenei novamente. -Vamos começar por aí.

Ele disse e estava indo em direção a biblioteca, Lina e eu nos entreolhamos confusos.

— Como assim começar o quê?- Dissemos juntos.

—Vamos tirar a dúvida de qual dois é, não era isso que queriam? Andem logo.- Meu pai falava como se fosse algo normal do dia-a-dia.

******************************

Contar a verdade para o meu pai foi um alivio, mas ver a reação dele em saber que os próprios filhos se acham uma besta foi bem esquisito. Diferente do meu tio Elijah, Seth e Stefan, que ficaram horrorizados.

Como se já não bastasse hibrida ser esquisita o suficiente, agora tá saindo da jaula a monstra?— Ele disse zoando com a cara da Lina .

Quando pensou em me contar isso Lina?-Stefan ficou chateado.

Nossa família é problemática ao nível extremo meu irmão.— Tio Elijah comentou e virou todo o seu copo de bourbon, ele estava bem preocupado.

Estávamos revendo os documentos sobre todos os assassinatos que houve na cidade, meu pai afastou tudo que estava sobre a mesa para colocarmos tudo, eu ainda não tinha entendido o que ele queria e o que arrumaria com isso, até que ele começou a montar uma linha do tempo com as fotos das vitimas. Lina estava olhando as fotos horrorizadas.

—Eu não posso ter feito uma coisa dessa.

Seth pegou das mãos dela as fotos.

—E não fez, olha as datas, você estava comigo.

—Ele tem razão.— Stefan disse.— Não estávamos aqui quando isso ocorreu Klaus.

Meu pai olhou pra mim esperando por uma resposta.

—O que? Eu não faria isso, eu acho, eu me lembraria se fizesse.— Respondi.

—Não se estivesse sobre feitiço —Seth disse— Apesar que você também é forte pra fazer como Lina e rejeitar, como você disse mesmo? Tipo anticorpos né?

Todos olharam pra mim sem entender. Seth e sua boca falante.

—Ok...Posso explicar. — Meu pai cruzou os braços e Lina me fitou.— Eu acho que você estava sob algum feitiço, por que quando chegou vomitou sangue, as vezes isso acontece, seu corpo pode ter rejeitado seja lá o que fizeram com você.

—Eu me lembro muito bem do que fiz quando cheguei, eu estava com raiva, mas me senti diferente, agora antes disso não me lembro. Se eu sou imune ao que fizeram comigo, isso é se fizeram alguma coisa. Por quê não consigo me lembrar? — Lina perguntou chateada.

—É algo complexo, não tenho essa resposta.—Respondi.

—Tudo bem, ao menos temos uma posição do que está havendo, se vocês não tivessem falado nada não teríamos da onde começar, e já que estamos aqui...

Meu pai voltou a analisar as fotos, tio Elijah voltou a ver os depoimentos, laudos e toda documentação policial do que houve. Verificamos se tinha algo fora do comum, claro que tinha por que foram feridas sobrenaturais, ditas como "acidente com animais ou algo do tipo". Eu mesmo pessoalmente juntei as documentações para chegar a alguma conclusão de quem seria o assassino e não consegui.

Lina pegou algumas fotos intrigada e mostrou para Seth, ele olhou para ela intrigado também.

—Vocês dois ai? O que é? — Meu pai indagou quando percebeu os dois de cochichos.

—Nada, é que...—Lina disse— Essas garotas, essas pessoas... Tem ligação comigo e Eva disse que não quando perguntei.

—E como ela saberia? — Seth disse —Essas garotas você transformou quando estava desligada, algumas eram turistas, outras nativas.

—Mesmo assim as datas não coincidem, você não estava aqui.— Stefan insistiu.

—Eu sei e eu não machucaria elas.

—Claro que não, mas quem está te caçando sim.— Tio Elijah disse e olhou para meu pai seriamente.— Acho que precisamos falar com Kol agora.

Meu pai ficou fitando ele bem sério.

—Tem razão.— Meu pai disse e os dois estavam saindo.— Vocês fiquem por aqui, Hayley pode chegar a qualquer momento com a bruxa pra ajudar com a memoria da Lina, protejam ela.

—Pai!— Eu disse — Onde você vai e por quê? Você também não precisa carregar nada sozinho, me fala o que está acontecendo! —Exigi.

—Filho, se seu tio Elijah e eu estivermos certos do que está havendo, estamos com grandes problemas.

—Que problemas? — Lina perguntou assustada.

Ele olhou para mim e minha irmã preocupado.

—Tudo vai ficar bem — Ele deu um pequeno sorriso e se virou para meu tio— Vamos Elijah ninguém vai machucar meus filhos.

E então saíram, nos deixando ali sem saber o que estava acontecendo.

—Ele é sinistro.— Seth comentou.

***************************

Ficamos mais um tempinho na biblioteca e como não sabíamos o que fazer, decidimos arejar a cabeça e ir para a sala. Caroline estava lá com a bebê e Peggy. Seth se juntou a elas. Lina e Stefan ficaram sentados no sofá conversando. Fiquei consertando a janela que foi quebrada hoje pela manhã por tio Kol, já posso pensar em investir nessa carreira.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

—Lina! Henrik!— Nossa mãe chegou nos procurando.

—Estamos aqui.— Lina disse.— Na sala!

Ela entrou e Katrina estava do seu lado. Ela olhou para mim e para Lina sorrindo.

—Katrina. — Cumprimentei de longe.

—Olá meus queridos, quanto tempo hein? Vamos começar?— Ela disse um tanto animada pro meu gosto.

Ergui a sobrancelha para minha mãe.

—Eu já expliquei tudo, ela sabe o que fazer.

Lina se levantou e foi em direção á bruxa. Alguma coisa me dizia que algo estava errado. Caroline se retirou com a bebê junto de Peggy. Stefan e Seth quiseram ficar lá, mas ela disse que precisava se concentrar e com eles ali não daria muito certo, ela só iria precisar da minha presença. Não questionei, pelo contrário eu não deixaria minha irmã sozinha com ela, minha mãe ficaria com os caras, e então pedi que Stefan a atualizasse sobre tudo o que houve na ausência dela.

Fiquei atento á tudo o que Katrina estava fazendo. Ela tinha alguns apetrechos estranhos que não foi usado com Melissa da última vez que eu vi ela fazendo isso. Lina se ajoelhou em um círculo que a bruxa fez no chão da sala, a ajudei a retirar os móveis a pedido da bruxa, estava achando tudo aquilo estranho.

—Katrina, isso tudo é realmente necessário?

—Fique calmo, vocês são híbridos é diferente.— Ela entregou uma faca mistica pra mim. — Aqui, preciso do seu sangue e de Lina também.

Lina me olhou e insistiu para que eu fizesse, ela queria acabar com aquilo o mais rápido possível que a impedia de pensar um pouco. Ou talvez eu esteja desconfiado de bobeira. Passei a faca nas minhas mãos e Katrina me deu algo para eu poder colocar, ela fez o mesmo com Lina em diferentes potes de barros e colocou outros restantes em pequeno tubos e guardou, desconfiei mas não houve tempo de perguntar alguma coisa. E então começou.

Fiquei ao seu lado, ela estava recitando alguma coisa e Lina fechou seus olhos.

Comecei a me sentir um pouco tonto e a sala parecia estar girando em diversas dimensões, me encostei na parede. Minha irmã começou a gritar, e eu tentei chamar por ela mas minha voz não saia. Eu mal enxergava o que estava acontecendo.

—Henrik!— Ouvi bem de longe minha mãe me chamar.

—Lina! — Ouvi Seth de longe também.— Anda logo Stefan tira ela daqui, eu dou um jeito neles.

—Henrik!— Minha mãe gritou mais uma vez comigo e eu sai do transe, quando olhei em volta estava uma confusão, Stefan havia pegado Lina desmaiada e a retirado da sala. Katrina estava deitada no chão apertando sua barriga que sangrava.— Vá com sua irmã, eu não sei quem são eles!

—Eles quem? —Perguntei ainda desnorteado e ouvi um tiro atravessar pela janela e pegar na perna da minha mãe, ela gritou de dor e eu a segurei.— Mas que merda é essa?

—Wolfsbane, pega o Seth e vai com sua irmã e o Stefan pra longe daqui. — Ela ordenou e estava indo em direção a quem estava atirando. Eu segurei no braço dela.

—Você ficou louca? Eu dou um jeito seja lá quem for. Caroline! — Antes mesmo que eu a chamasse ela estava ao meu lado.

—Estão cercando a casa. Não são muitos, mas estão bem armados, vão e avisem Klaus. —Ela disse, acenei e ela saiu em velocidade.

— Mãe, vai com a Lina eu dou um jeito.

—Não.— Ela respondeu e saiu atrás de Caroline.

Ouvi que Katrina ainda estava respirando, meu instinto é ir atrás delas, se algo acontecer meu pai e tio irão me matar. Mas como vou deixar Katrina desse jeito aqui? Me agachei e mordi meu pulso para dar meu sangue á ela, ela me impediu e segurou nas minhas mãos.

—Me perdoa...Eu estava tentando fazer o bem dessa vez...Leve o sangue de vocês até a Agnes ela saberá o que fazer...— Ela soltou minhas mãos e colocou no meu rosto — Você é um Mikaelson bom, seja forte e não se renda...não se rend...

E então ela fechou os olhos ouvi seu coração parar de bater. Não sei por que ela disse essas coisas para mim. Quem é Agnes? Fechei os olhos dela com minha mão, e me levantei deixando meus olhos sombrios, estava de saída quando outro tiro atravessou a janela e pegou no meu peito. Gritei com dor.

Atravessei a janela, mas dessa vez eu a abri e não quebrei, mesmo com isso Caroline estava na minha cabeça. Tinham homens devidamente uniformizados como se fossem da S.W.A.T ou algo assim, minha mãe e Caroline estava lutando contra eles. Eles eram muito bem treinados, mas eram humanos pelo cheiro. O primeiro que chegou perto de mim, teve seu coração arrancado. Seu parceiro não pareceu ficar com medo, por que posicionou a arma contra mim. Eu o encarei e ele atirou, pegou na minha perna. Segurei o grito. Mostrei meus caninos para ele, Caroline me olhou durante sua briga e sorriu. Essa briga estava longe de acabar.

***********************************

POV por Klaus

Impaciente, preocupado, assustado e irritado. Não sei ao certo como eu estava, depois do que ouvi e vi sobre os meus filhos hoje, parece que o meu passado irá me assombrar novamente.

— Abram a cela! — Gritei e abriram rapidamente, assim que entrei segurei no colarinho de Kol e dei um soco em seu rosto.— Acorda!

—Niklaus. —Elijah disse rígido atrás de mim.

—Elijah, vai ser do meu jeito e se não gostar, saia daqui.

Não precisei olhar, mas sei que meu irmão evirou os olhos.

—Como quiser.

—Kol!— Gritei novamente, e ele se assustou abrindo os olhos, ele tremeu todo o seu corpo olhando pra os lados assustados.— Olha para mim! Olha para mim! — Ele estava perturbado e me olhou.— Eu preciso da sua ajuda irmão.