A Filha de Cronos

Capítulo 9 - Os Sonhos


No Capítulo Anterior...

"[...]- Boa noite. - falei dando um beijo em sua testa.

– Boa noite. - ele disse de olhos fechados."

Capítulo 9 - Os Sonhos

POV Apolo

– Boa noite - disse a ela e peguei no sono.

Meus sonhos nunca são ruins, sempre são sonhos proféticos. O que eu tive também foi profético, mas foi um sonho ruim.

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Eu estava em um campo, e estava sendo atacado por monstros. Não era exatamente eu, era como se existisse dois Apolos. Um no campo e um no ar, vendo tudo de cima.

Aghata estava matando alguns monstros.

Um pouco afastada do centro, Samantha estava gritando algo parecido com 'Apolo isso já passou dos limites. Já chega. A lealdade de Aghata já foi testada o suficiente. Saiam daí antes que aconteça algo.'

Só foi ela falar isso, que eu fui atacado por um monstro e não consegui me defender. Aghata o atacou por trás fazendo com que ele se dissolve-se em pó.

Mas já era tarde o monstro já tinha me cortado, e do ferimento, jorrava icor, o sangue dos deuses.

Samantha entrou no meio, e disse algo em uma língua mais antiga que o grego, fazendo com que todos os monstros se dissipassem do lugar.

Logo depois, eu me vi desmaiando.



Acordei assustado.

Acho que será isso que acontecerá na prova que darei para Aghata depois de amanhã. – pensei abalado.

Olhei para a cama ao lado, e Samantha estava dormindo tranquilamente.

Eu sabia que não conseguiria dormir novamente. Me levantei e fiquei andando pelo quarto. Não sei quanto tempo se passou, até que eu não aguentei e fui até a cama dela.

Me sentei na beirada e comecei a acariciar seu rosto com o dorso da mão. Fiquei alguns minutos ali e me levantei novamente quando ela começou a se mexer. Recomecei a andar pelo quarto, mas voltei novamente para onde estava antes.

Mal encostei em seu rosto e ela me surpreendeu segurando minha mão.

– Eu não queria te acordar. - falei me desculpando.

– Não acordou. - ela falou. - Estava acordada já faz três minutos.

– Hummm... - resmunguei me afastando, mas ela ainda segurava minha mão. - Volte a dormir.

– A quanto tempo você está acordado? - ela perguntou ignorando o que eu disse.

– Não sei. Mas já faz um bom tempo. - respondi indiferente.

– O que houve? Você nunca acorda no meio da noite. - ela perguntou preocupada e estranhando.

– Foi só um sonho que não foi muito agradável. - disse me levantando.

– Quer contar? - ela perguntou se sentando.

– Acho melhor não. - disse andando novamente pelo quarto.

Ela se levantou e segurou meu braço de uma forma carinhosa.

– Se acalme. - ela disse. - Vem deita aqui comigo. - ela falou e foi me puxando na direção da sua cama.

Ela se deitou e me puxou, para que eu deitasse ao seu lado.

Eu me deitei e automaticamente ia abraçá-la, mas parei no meio do caminho. A observei com a pergunta nos olhos. Ela entendeu e assentiu. A abracei puxando-a para mim. Ela se aconchegou melhor em meus braços e perguntou.

– O que houve Apolo? - ela perguntou se virando para me encarar, ficando o nariz quase encostado no meu.

– Nada demais. Como eu disse, foi só um sonho ruim. - respondi, sustentando seu olhar.

Ela desvencilhou-se dos meus braços e segurou meu rosto entre suas mãos com ternura.

– Sobre? - ela pressionou.

– Sobre a prova de lealdade que eu darei para Aghata. - respondi sabendo que não adiantaria esconder dela.

– O que acontecia? - ela perguntou já conhecendo esse tipo de sonhos que eu tinha.

– A Aghata se sai bem. Mas eu que não me dou muito bem. - respondi desviando o rosto e dando um meio sorriso, querendo despreocupá-la.

– Como assim? - ela ainda insistiu.

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– Você não desiste nunca? - perguntei sorrindo.

Ela sorriu amarelo e eu já sabia a resposta.

Suspirei e contei como era meu sonho. Disse como o monstro me atacava e Aghata o matava.

– Você acha que vai acontecer isso? - ela me perguntou.

– Não sei ainda. - disse a abraçando novamente. - Pode ser que sim, pode ser que não. - disse pensativo.

– Você conhecia o lugar? - ela perguntou receosa.

– Sim. A arena secreta no Mundo Inferior. - respondi, e senti ela se arrepiar.

– A arena secreta? Hades deixou você ir lá? - ela me perguntou.

– Hades liberou a arena para testarmos a Aghata lá. - respondi.

– Por que eu não fiquei sabendo? - ela perguntou acusadoramente.

– Porque Hades disse que não era necesário você saber, porque você nunca iria testar sua filha lá. - expliquei.

– Ele tinha razão. Eu não testaria ela lá. Mas eu poderia ter sido pelo menos avisada. - ela resmungou.

– Ei, para com isso. Está parecendo um bebê. - eu ri dela.

– Pelo menos eu consegui um sorriso sincero de você. - ela falou sorrindo. - Tente dormir. - falou e começou acariciar meu rosto.

Logo estava dormindo. Pela segunda vez desde que fizemos a aposta estava dormindo com ela.



POV Samantha

Apolo dormiu, e logo eu também estava dormindo.

...

Acordei e percebi que ele ainda estava dormindo e me abraçando. Tentei sair de seus braços sem acordá-lo, mas foi sem sucesso.

– Bom dia. - ele falou se esticando.

– Bom dia. - falei. - Desculpa por ter te acordado.

Ele riu e se levantou.

– Desculpa por ontem a noite. - ele falou de costas para mim.

– Tudo bem. - falei. - Vai mudar o lugar? - perguntei.

– Não. Eu teria que pensar em tudo. - ele me disse.

– Vai mesmo correr o risco? - perguntei preocupada com ele.

– Vou. Seja o que Zeus quiser. - ele disse.

– É melhor você ir avisar a Aghata. - falei.

– Eu já estou indo. - ele falou já com outra roupa e saiu do quarto.

– Afrodite, Afrodite... O que você está aprontando para mim. - perguntei para o nada, mas sabendo que ela escutaria.

– Você está sozinha já faz muito tempo. - ela respondeu atrás de mim.

– Quer me matar?? - gritei. - Da próxima vez entre pela porta. - falei rindo.

– Tudo bem. - ela resmungou.

– Mas o que você quer dizer com 'Você está sozinha já faz muito tempo'? - perguntei imitando sua voz.

– Apenas aguarde... - ela disse saindo saltitando do meu quarto.

Já sabia que coisa boa provavelmente não iria acontecer.

Saí do meu quarto e encontrei Aghata e Apolo conversando na sala.

– Bom dia Aghata. - disse.

– Bom dia mãe. - ela respondeu. - Apolo me disse que você irá supervisionar a minha prova. - ela falou. Eu apenas assenti.

– Apolo, quero falar com você mais tarde. - disse e saí indo para o Acampamento.

...

Fiquei lá o dia inteiro, só voltei para o Olimpo quando os campistas já estavam dormindo. Fui para o palácio dele, sabendo que ele estaria lá.

– O que você queria falar comigo? - ele perguntou atrás de mim, quando eu ia abrir a porta.

– Apolo! Que susto. - gritei com ele.

– Desculpa. - ele falou.

– Só quero saber o tipo de monstro que vai te atacar, e a Aghata vai matar. - perguntei.

– Eu não sei. Hades que vai tirar do Tártaro. - ele respondeu. - Nem tenho idéia de que monstros será.

– Mas você não viu no seu sonho? - eu perguntei.

– Não. Eu sei que era um monstro, mas não sei o que é. - ele respondeu me deixando preocupada.

– Tá bom. Obrigada. - respondi. - É melhor você ir descansar.

– Onde você estava? - ele me perguntou, ignorando o que eu disse.

– No acampamento. - respondi. - Agora Apolo, por favor vá dormir. É melhor você descansar bem. - disse o empurrando escada acima.

– Tá bom mamãe. - ele disse rindo.

– Bobo. Eu estou apenas preocupada. - disse entrando no quarto e me jogando na cama.

– Boa noite. - falei com o rosto no travesseiro.

Em meu sonho acontecia o que Apolo disse que aconteceria, mas sob o meu ponto de vista.



Ele e Aghata estavam sendo atacados por vários monstros. Aghata tinha que se defender, e defender Apolo também.

Eu tentava ver e descobrir qual era o monstro mas parecia que a névoa estava me afetando em meu sonho.

Eu gritei para Apolo:

– Apolo, isso já passou dos limites. Já chega. A lealdade de Aghata já foi testada o suficiente. Saiam daí antes que aconteça algo.

Logo que eu gritei, pude ver ele sendo atacado e não conseguindo se defender. Aghata atacou o monstro por trás o fazendo dissolver-se em pó.

Eu entrei correndo no campo e gritei:

– Καταστρέψτε τον εαυτό σας.

Logo só havia pó ao meu redor, e Apolo estava sangrando icor.

Coloquei minha mão sobre o ferimento e murmurei:

– Θεραπεία - O sangramento parou, mas ele já estava desmaiado.



Acordei assustada e percebi que os primeiros raios de sol já apareciam no horizonte.

– Lyra... - murmurei olhando para o céu.

Virei para o outro lado e fiquei observando Apolo dormir calmamente.

Depois de um tempo, me levantei, tomei um banho e me troquei. Coloquei um vestido, que ia um palmo acima do joelho, preto. E esperei mais um pouco para chamar Apolo.

Comecei ler um livro qualquer, e depois de cinco horas mais ou menos o acordei.

– Apolo.. Apolo.. Acorda. - disse me sentando ao seu lado.

De repente ele se sentou assustado.

– Que horas são? - ele me perguntou de olhos arregalados.

– 10:00. - respondi. - Se acalme.

– Desde quando você está acordada? - ele me perguntou percebendo que eu já estava pronta.

– Umas 2 horas mais ou menos. - menti. - Agora vá se arrumar. Estarei te esperando em meu palácio, com Aghata. - disse dando um beijo em seu rosto. Percebi que ao meu toque ele relaxou um pouco.

Saí de seu palácio e fui para o meu.

Aghata estava com uma calça jeans escura e um blusa preta.

– Bom dia mãe. - ela disse ao me ver.

– Bom dia. - respondi.

– Onde está o Apolo? - ela me perguntou.

– Ele já está vindo. - respondi.

Passou-se 5 minutos e ele estava ali. Com uma calça jeans claro, e uma blusa azul.

– Vamos? - ele perguntou.

– Estavámos esperando você. - respondi.

Nos transportei pelas sombras que era mais fácil para chegar no Mundo Inferior.

E uma das fúrias disse que os monstros e a arena já estavam prontos.

– Boa sorte. - disse para Aghata.

– Obrigada mãe. - ela respondeu, entrando na arena.

– Apolo. Posso falar com você antes? - perguntei.