A Devoradora de Sonhos

A multidão indiferente.


Quando acordei de meu devaneio ainda estava de tarde. Diversas pessoas andavam com olhares duros e impassíveis na rua sem nem sequer observar os arredores. O sol brilhava intensamente com a ausência das nuvens, parecia estar calor para se vestir daquela forma, mas eles não aparentavam sentir. Bom, não é como se eu pudesse.

Continuei vagando pelo lugar em busca de algo que chamasse minha atenção. Ainda faltava uma quantia de tempo considerável para o cair da noite e não tenho muitas outras opções.

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Uma das coisas que mais sinto falta é de sentir. Só existo para mim mesma e desconheço minha própria origem. Será que todos são assim? Se tornam seres etéreos e impotentes que só podem viver de devaneios e da própria imaginação?

Não estou reclamando. Prefiro isso a enfrentar o desconhecido. Minha situação atual não é ruim, mas... ah, o que diabos estou pensando? Eu não trocaria as experiências que tive para ir ao lugar que eu, talvez, deveria estar. Já estive em mais paraísos do que posso contar ou sequer lembrar. Pelo menos minhas memórias não são tiradas de mim quando o amanhecer vem junto dos despertares. Estou até mesmo começando a admoestar a mim mesma.