Capítulo 11

Era a terceira gargalhada que Ichigo soltava, fazendo que quase todas a olhassem. Minato maldizia a irmã em pensamento, pois a cada momento, parecia que ela iria revelar o seu segredo.

Se ele estivesse na situação da irmã, provavelmente ele também iria rir muito. Mas não em um momento tão perigoso... Afinal, se suspeitassem que ele fosse homem – o que era com muito orgulho – ele com certeza, no mínimo seria espancado.

- Já chega! – Kushina levantou-se de onde estava sentada, caminhando a passos decididos até Ichigo. – Se você não falar do que está rindo, eu juro que monto um colar com os seus dentes!

- Eu estava pensando... – Ichigo suspirou, antes de assumir um ar malicioso. – que nunca vi um cara tão bonitinho como você? – Ichigo falou, batendo os cílios.

Todas as pessoas que estavam no quarto começaram a olhar para as duas, que encaravam-se seriamente. Kushina limpou a garganta, antes de torcer a boca e responder, com uma voz mais masculina.

- Cara bonitinho? Nanica, você está falando comigo?

- Com quem mais estaria falando, gato? E meu nome não é Nanica, é Ichigo Namikaze.

- Você é parente do Minato Galinha Namikaze de Konoha?

- Como é que é? – Minato levantou-se indignado. Ichigo riu.

- Ele é meu irmão. – Ichigo olhou para o irmão e piscou. – E você, gatinho como se chama?

- Uzumaki. E prefiro ir para cama com um belo homem, como diz o meu primo. – Kushina piscou o olho para Ichigo, antes de virar-se e com a cabeça bem erguida, ir sentar-se onde estava antes.

Quando a Uzumaki sentou, com exceção de Minato, todas as mulheres presentes caíram na gargalhada. Minato tinha a cara como se tivesse levado uma frigideira na cara. Então, depois de uns bons minutos, Kushina olhava para a loira, muito sorridente.

- Essa foi a nossa primeira conversa, não foi, Ichigo?

- A nossa primeira conversar você diz, mas se me lembro bem 15 minutos depois nos estávamos destruindo metade da vila do Chá porque você voltou a me chamar de nanica, peste.

- E eu tenho culpa de você era... é... de menor?

- Olha só quem fala, naquela epoca você também era de menor, ruiva barraqueira.

- Mas era só na idade...

- Só na idade o caramba você era 0.45cm maior que eu, você fica se achando só porque esse seu imenso cabelo ruivo te dava a vantagem.

- Que eu lembre, naquela época, eu tinha que usar o cabelo preso, porque o Touya detesta cabelo na cara.

- E era justamente por isso que você tinha a vantagem com esse monte de tufo amarrado para cima num rabo de cavalo alto, quando eu te vi pela primeira vez até te confundi com o Kenshin Himura.

- Shh. – Kushina colocou um dedo nos lábios olhando em volta. – Diga isso perto do Touya e você vai ter uma briga daquelas! Você sabe que o meu irmão odeia esse cara!

- Eu não consigo entender o por que. – Mulan suspirou. – o senhor Himura é um cavalheiro!

Kushina olhou-a enviesado. Os olhos sonhadores de Mulan para qualquer pessoa com um mínimo de cérebro, perceberia que Touya morria de ciúmes do outro ruivo...

- Eu não tenho culpa se quando eu conheci Touya ele se fazia passar por você, Kushina!

- Ele só fez isso porque quando chegou nosso pelotão estava fora. – Kushina falou, fazendo beiço.

- E você estava se fazendo passar por ele.

- Eu tinha uma excelente justificativa, não tinha?

- Touya teve muita sorte, isso ninguém pode negar. – Ichigo falou. – afinal, não é qualquer um que mora durante meses no quarto próximo ao da hime e fica com as joias da família...

- Himura? Você diz o Hitokiri Battousai, o ultimo mestre do Hiten Mitsurugi? Desde quando você conhece ele Ichigo? - Minato questionou tentando muito manter a voz o mais feminina possível considerando o nível de stress subindo de maneira acelerada.

- Desde que ele acompanhou hime Mulan, fazendo a segurança dela... E que ele quase virou noivo da mesma... – Ichigo retrucou ao irmão, fazendo Mulan prestar atenção a conversa.

- Só porque Touya estava se fingindo de mulher, não quer dizer que eu não me apaixonei por ele, daquela forma. - Mulan protestou fazendo com que todas se virasem para ela, a levando a corar. – E o senhor Himura, que kami me perdoe, teria sido um mero substituto para o afeto que eu sentia por Touya...

- Por favor, me diga que vocês não fizeram indecências, com Touya usando o MEU nome! - Kushina pediu indignada, a hime só corou ainda mais.

- Acho q isso responde a sua pergunta. - Ichigo falou, uma expressão maliciosa no rosto.

- Certo... Tudo o que não fizeram com o meu irmão quando descobriram que ele era homem e não mulher... EU VOU FAZER QUANDO EU PEGAR ESSE SAFADO PERVERTIDO! – Kushina berrou um punho no ar.

Levou um minuto antes dos olhos de Minato se arregalarem, imaginando as mais variadas e impossíveis punições que poderiam ter aplicado ao difamado ruivo, porem entes que sua imaginação fosse muito longe ele se forçou a lembrar que o mesmo ruivo ainda era noivo da hime por isso era pouco provável que a punição fosse muito ruim.

- Maninho... quer dizer maninha... você imagina qual a punição que estamos falando? – Ichigo virou-se para Minato, que parecia confuso.

- Não. – Minato falou, ajeitando-se na cadeira. A tentação de cobrir as suas joias da família era enorme. Aumentou quando Kushina ainda de pé virou-se para ele.

- A gente só faz o pervertido engolir as joias da família. – a ruiva falou, um brilho satânico no olhar.

- Como? – ele sentiu-se um idiota por so conseguir gaguejar aquilo.

- As joias da família, balangandãs, coisas inúteis... aquelas coisas que fazem os homens pensarem que por terem o aparelho reprodutor para fora, que são mais que as mulheres.

- UHM certo. Mas se ele perder as joias da família... a família real não vai ficar assim, meio que sem herdeiro? – Minato questionou forçando uma falca voz bem humorada, mais já começando suas próprias orações.

- Ele pensasse nisso antes de se enfiar no meu quimono rosa! – Kushina retrucou ainda zangada.

- Ah vamos lá Kushina você tem que admitir, seu irmão ficou uma graça no quimono azul com Nadeshikos arroxeadas.

Kushina fechou os olhos e tentou aparentar estar irritada por mais alguns segundos, antes de suspirar.

- Eu não consigo perdoar... porque ele ficou mais feminino que eu!