A Copa do Mundo dos Artistas

Capítulo 5 - Conhecendo Matt, Conhecendo Marcelo: parte 3


Alguns minutos depois, chamaram “Matt Medeiros de Silva”. O escritor terminou de se arrumar e subiu para o gramado.

O treinador colocou Matt numa posição semelhante a que ele gostava mais de jogar: atacante pela lateral. O time estava montado num esquema 4-5-1, isto é, quatro defensores, cinco jogadores de meio-campo e um atacante. Quando o time defendia, os dois meias pela direita auxiliavam na defesa. Mas quando o time atacava, eles se tornavam atacantes laterais e alimentavam o poder ofensivo do time, transformando o esquema num 4-3-3 prático e buscando passar a bola para o centroavante nos momentos mais oportunos. Os candidatos ao time de artistas estavam enfrentando a equipe de juniores recém-montada da equipe.

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Matt estava voando. A conversa com Marcelo o havia deixado alegre e descontraído, tal como o ator alecrinense previra. Em cada lance ele corria com disposição, como se fosse o último do jogo, e sempre que conseguia um drible, um bom passe ou um bom cruzamento, seu sorriso ficava estampado no rosto. Ele não conseguia se lembrar de uma partida em que estivera tão feliz como aquela.

Marcelo também não estava mal. Devido à sua altura, ele era ótimo no jogo aéreo; fazia muitos gols de cabeça ou mesmo desviando um cruzamento com um toque com a ponta do pé esquerdo. Havia começado o jogo-treino na lateral do ataque, mas o treinador resolveu deslocá-lo para centroavante devido ao seu faro de gol e porque nenhum jogador havia mostrado tal estabilidade na posição até o momento.

O time base aos poucos foi tomando forma. O goleiro chamava-se José Américo; era alto, magro, de cabelo em topete, olhos negros, pele branca e muito ágil, conseguindo defender chutes muito difíceis. Como ele estava agradando na posição, o treinador passou a colocar os demais candidatos a goleiro no gol do time adversário.

Na defesa havia dois irmãos: um era zagueiro, Betinho, que era gorducho, mas ótimo passador e que conseguia desarmar os atacantes mesmo quando já se encontravam na cara do gol. Era um pouco mais alto que Matt, parrudo, de cabelo com corte militar, olhos negros e pele afrodescendente. Seu irmão, Thiago, era o lateral direito: muito veloz, excelente passador e driblador, ótimo nos carrinhos limpos que desarmavam os jogadores de ataque sem cometer faltas. Era da mesma altura de Betinho, muito musculoso, cabelo curto e negro, pele morena como a do irmão, e olhos negros.

O outro zagueiro chamava-se André Felipe. Era muito rápido para um zagueiro, além de ótimo com passes e chutes de longa distância, e conseguia desarmar com singular maestria. Era mais alto que Marcelo, tinha um cabelo liso e castanho, olhos castanho-claros, pele morena e tronco forte. Por vezes se revezava com Thiago e partia pela lateral direita para apoiar o ataque, enquanto o outro cobria seu espaço na zaga.

O lateral esquerdo chamava-se Luan. Era alto, forte, musculoso, de braços longos, pele bronzeada, olhos castanhos miúdos e cabelo curto e liso. Tinha um chute muito forte de longa distância, e era ótimo nos cruzamentos para os atacantes. Em um determinado momento do treino, após arrancar da defesa em um contra-ataque, viu que Matt se aproximava livre da área, já que Marcelo tinha ficado para trás para auxiliar a defesa enquanto o outro time atacava. Luan não pensou duas vezes e cruzou rasteiro, e Matt só teve o trabalho de empurrar a bola com o pé direito, acertando o contra-pé do goleiro adversário, que havia pulado para o lado contrário ao que a bola tomara.

Com a defesa definida, o treinador passou a colocar os demais jogadores de defesa no time adversário.

O meio de campo era o setor que tinha mais atletas e, consequentemente, mais candidatos ao time. Os escolhidos como volantes, que eram os jogadores responsáveis pela marcação, foram dois rapazes: Ricardo Melo e Pierre Macedo.

Ricardo tinha um tronco exuberante, braços largos, olhos negros e cabelo espetado castanho, e uma pele caucasiana. Tinha uma ótima visão de jogo; desarmava os adversários com precisão e conseguia efetuar passes precisos em todas as direções possíveis. Conseguiu deixar Marcelo na cara do gol em muitas oportunidades, após aproveitar várias desatenções de marcação da zaga adversária, deixando o jovem ator muitas vezes livre em frente ao goleiro. E dificilmente Marcelo perdia um gol naquelas situações.

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Pierre era alto, magro, branco, de cabelo castanho claro e liso e olhos negros cintilantes; era o típico volante que gostava de conduzir a bola e sair para o ataque, auxiliando os meias e os atacantes. Também chutava com precisão de fora da área. E tinha um talento especial para dribles desconcertantes.

O meia armador do time era um jovem loiro, de olhos verdes, pele sardenta clarinha, cabelo liso e estatura mediana, chamado Pedro Macedo. Ele logo se colocou como o cérebro do time: driblava quantos jogadores fossem necessários até que ficasse cara a cara com o goleiro ou até que encontrasse um colega de time em posição privilegiada para o chute a gol. Dava ótimos passes em profundidade, que deixavam os marcadores atônitos sem conseguir alcançar a bola, que muitas vezes sobrava livre para Matt, Marcelo ou outro jogador que aparecesse de trás como elemento surpresa. E era um exímio cobrador de faltas, se revezando com Luan na função; enquanto o lateral executava as cobranças que fossem do lado direito da área, o meio-campista cobrava as faltas que fossem pelo lado esquerdo da meta adversária.