A Busca Pelo Irmão - Livro Um

Capitulo 21° - Luto Contra um amigo possuído.


21° Capitulo

Luto Contra um amigo possuído.

Danilo L.

Ouve uma explosão ao norte de mim, e um ataque ao oeste, Erlan estava minha frente, bem diferente de quando nos encontramos na floresta amazônica, totalmente diferente, iniciou o ataque ao acampamento, mas não sabia o por que.

–Pare com isso! – Gritei.

–Hahaha! Como se fosse te obedecer. – Sua voz estava áspera, como metal sendo riscado contra o concreto.

Ele começou a andar como se me ignorasse, uma fúria consumiu meu corpo, então avancei para cima dele, brandi a espada em direção ao seu peito, ele interviu retardando meu ataque com a sua espada de bronze celestial, criando faíscas, em seguida me desarmou com a mão esquerda então em chutou. A força do chute foi imensa, voei mais de dez metros e cai dentro do refeitório, o que foi um voou entanto, Mayra levantou em um sobressalto e foi me ajudar, mas cai por causa da sua perna caiu no chão. Mislayne não soube bem quem ajudar. Sangue escorria de minha cabeça, meu rosto estava cortado, parecia ter saido de uma batalha dura, mas era o impacto contra o telhado.

–Dan. – Falou Mislayne.

–Ajude Mayra. – Falei sem olhar para ela, mas pelo canto do olho pude ver sua expressão de angustia, seus olhos arregalados e lagrimas pré-produzidas.

Levantei-me com dificuldade, levei a mão ao bolso, lá estava minha espada, girei o anel que conectava o chaveiro a chave, e a espada surgiu reluzente, corri em disparada até o Erlan.

As batalhas começavam a sessar, me senti confiante, virei na esquina perto do chalé de Héstia, e avistei Erlan no centro do pátio onde os Chalés se reunião. Olhava fixamente para a Árvore dos Pensamentos.

–Erlan! – Gritei.

Ele não deu nenhuma atenção para mim.

–Você não pode simplesmente sair explodindo tudo e sair impune disso.

–Mas e claro que ele pode.

Senti um frio na espinha, o cabelo nos meus braços se erriçaram todos, reconheci a voz, no alto do morro, lá estava parado, Cratos.

–Quem vai impedir ele? – Ele parecia mais como um holograma, tremeluzia no ar.

–Cratos, desconfiei que estivesse por trás disso.

Olhei para o lado, lá estava Chester, um pouco ferido, mas nada grave colocou a mão sobre meu ombro e sorriu para mim. A espada estava em punho, de bronze celestial e com a base em branco azulado.

–Chester, filhinho de Poseidon. – Debochou Cratos. – Bom ver você também.

–Deixe Erlan em paz, e suma daqui, se não.

–Se não o que? O que fará? – Interrompeu Cratos.

–Prometo pelo Rio Estige que eu mesmo descerei essa lamina pela tua garganta.

–Hahaha! Não me faça rir Chester, sei bem da sua historia. Mas isso e passado agora.

Erlan soltou uma rachada de chamas em nossa direção, ela atingiu com tudo o chão.

–Podemos ver que nosso garoto está com pressa. – Falou Cratos com as mãos levantadas.

Minha vontade era de levantar e acabar com Erlan, mas não tinha a menor chance, Erlan era um ótimo esgrimista, e, além disso, era meu amigo, tinha que pensar em algo.

–Irmão, pare. – Falou Davi.

Meu Irmão vai embora do acampamento.

Davi Ismael N.

Sentia os golpes de Erlan ainda, minha visão não estava totalmente recuperada, mas conseguir sair do chão e ir até ele.

–Pare agora!

–Hahaha! Você acha mesmo que vai conseguir-me pa- A voz parou, Erlan paralisou e ficou com o olhar fixo para o chão, sua pupila dilatou.

Cratos franziu o cenho.

–Ei, por que parou, destruía eles. – Gritou.

–Me-Me... – Os olhos de Erlan voltaram para o puro azul de antes. – Ir-irmão, m-me... – Ele falava com dificuldade, para ser sincero, não entendia nada do que ele falava.

Cratos grunhiu, em seguida estralou os dedos, Erlan começou a se contorcer, até ficar de joelhos, então em seguida se desintegrou.

–O que você fez? – Gritei.

–Nada demais, só mandei o ele para outro lugar, ele será muito útil para mim, mas por enquanto, ficará escondido. – Cratos sorria. – Agora me retirarei, até mais, semideuses. – Cratos desapareceu no ar.

Danilo correu ao meu encontro.

–Ei! Você está bem?

–Estou sim. – Disse com um pouco de dificuldade.

–E agora Chester, Erlan está perdido de novo. – Falou Danilo.

Chester estava com um olhar perdido direcionado para o local onde Cratos estava.

–No momento não faremos nada, estamos “perdidos” nessa situação, qualquer movimento que fizermos pode ser ruim.

–Como é? – Falei.

Chester direcionou o olhar para nós.

–Se fizermos algo como, ir atrás do Erlan, pode ser ruim. No momento, o certo a fazer, e ver os estragos que há no acampamento... E se há alguns feridos. Obrigado a vocês, agora Danilo, leve o Davi a enfermaria, por favor.

–Sim senhor.

Chester ficou parado olhando para o local onde Cratos estava com as mãos para trás.

–Sinto muito pelo seu irmão. – Disse ajudando Davi a se levantar, colocou seu braço envolto no meu pescoço.

–Tudo bem, e obrigado pela ajuda, você fez o que pode.

–Certo, agora não fale, te levarei a enfermaria.

O fim do ataque.

Mislayne Winchester.

O ataque deixou alguns feridos, e belas destruições, claro, com um filho de Poseidon atirador de bolhas de fogos da morte, iam deixar um rastro bem grande de destruição. A enfermaria estava repleta de escombros, pedaços de pedregulhos espalhados pelas camas, e algumas camas destruídas, ainda sim alguns campistas foram trazidos. Ajudei alguns a se deitarem, filhas de Demeter e filhos de Apolo ficaram para tratar os feridos.

–Vou ficar bem, você pode ir. – Mayra estava deitada na cama com a perna enfaixada.

–Você tem certeza?

Ela assentiu.

–Os filhos de Apolo são bons em cura, pode ficar tranquila, encontre Danilo, eu estou preocupado com ele.

–Certo.

Antes mesmo de eu me virar para sair da enfermaria, Danilo entrou carregando Davi e colocando-o na cama mais próxima, ao lado de Mayra.

–Davi! O que aconteceu? – Perguntei aterrorizada, ele estava repleto de machucados pelo corpo, ainda mais de quando chegou ao acampamento, do cabelo saia sangue e desciam pelo seu rosto, os óculos estava nas mãos, só que não inteiros, mesmo assim esboçava um sorriso.

–Nada demais, só uma discursão em família.

Danilo ajeitou o travesseiro do amigo.

–Que resultaram pequenos ferimentos. – Danilo estava com o cabelo todos bagunçado, sua camiseta branca estava rasgada e suja, havia alguns ferimentos em seu rosto e braços, mas ainda sim sorria.

–Como conseguem sorrir em uma situação como essa?

Os dois se olharam e sorriram. Em seguida uma enfermeira chegou para colocar curativos em Danilo que estava menos ferido. Ela olhava de canto de olho para mim, e sorria.

–Não gosto de ficar todo enfaixado. – Disse Danilo.

–E para o seu bem bobo. – Finalmente consegui sorrir, nós retiramos da enfermaria, e seguimos para a entrada do acampamento.

Danilo parou e se virou voltando para o acampamento. Percorri todo o acampamento com o olhar, por incrível que pareça, não estava tão prejudicado, nada que uma pequena reforma não resolva, mil coisas começaram a vir em minha cabeça, novas construções que poderia fazer. Um refeitório mais amplo, uma enfermaria maior e com belas vigas de mármore, fiquei entusiasmada.

–Que brilho no olhar e esse moça? – Sorriu Danilo.

–Nada demais, sentindo falta da família?

Danilo olhou para o horizonte.

–É como... Mas, eu estou em família já.

Ele me envolveu com o braço, mas por um instante súbito seu olhar ficou triste.

–O que foi?

–Toda vez que venho para este lugar, me lembro da promessa que fiz, e como não pude ajudar meus amigos, a ficar, você sabe... Vivos.

–Não se sinta assim, você fez o que pode você e um herói, tire um pouco do peso de suas costas, acho que isso e uma característica dos filhos de Zeus, sempre quererem que tudo seja sua culpa.

Ele soltou um riso, o que me aliviou. Ouvimos uma cantoria ao fundo.

–O que será?

–Vamos descobrir. – Sugeriu Danilo.

Corremos para a Casa Grande, em frente dela, alguns filhos de Apolo e Hermes tocavam lira, outros tocavam violão, e faziam um ritmo animado e dançante, alguns sátiros tocavam a flauta e dançavam uma dança estranha que batiam os cascos. Os campistas batiam palmas no ritmo da música, Danilo e eu nos juntamos a eles. Enfim encontramos um pouco de felicidade no meio de tanta tristeza.

Momentos felizes existem na vida de um semideus.

Danilo L.

Mayra se encontrava no quarto dormindo, a noite já pairava no acampamento, fazendo tudo ficar em silencio, Sr. Chester deixou alguns campistas de guarda ficando em alerta caso ocorresse algum outro ataque. Tentei dormir, mas cada vez que tentava me frustrava ainda mais, decidi ir para minha árvore, pensar em algo, ou melhor, em tudo.

Peguei o edredom azul celeste no qual dormia, e segui para lá, já ia me sentando, quando algo em interviu.

–Eii! . –Gritei assustado. – O que está faz... - Reconheci a pessoa que estava sentada. – Desculpe, não vi que era você.

Mislayne esboçou um leve sorriso.

–Desculpe se roubei seu lugar, não consegui dormir.

–Tudo bem. – Me sentei ao lado dela, a noite estava fria, mesmo assim ela não estava com cobertor, estava com um pijama branco com as mangas azuis e uma coruja no meio, meias grandes e listradas e pantufas azuis.

–Gostei do look. – Sorri.

–Não era para você me ver assim. – Suas bochechas coraram.

–Você não quer que eu te veja assim, e vem para o local do qual mais gosto?

Ela sorriu.

–Na hora que vim, pensei que já estivesse dormindo.

Fintamos os campos que contornavam o acampamento, o rio serpenteando os vales, e a lua iluminando as planícies.

Uma ideia louca veio à mente. Peguei Mislayne pela cintura, e invoquei os ventos para erguer nos dois para a copa da árvore.

–Eii! O que você está fazendo? – Gritou Mislayen fintando o chão.

–Pronto. – Sorri para ela.

Aterrissamos na copa da árvore, um pouso suave, a copa era repleta de folhas, que aguentou o nosso peso perfeitamente.

–Há! A vista daqui de cima e ainda mais bonita do que a de baixo. – Disse.

Mislayne soltou um riso, em seguida a envolvi com meu braço apertando o edredom, ela recostou sua cabeça em meu ombro, foi o primeiro momento realmente bom, no acampamento, e queria que durasse para sempre.

Fim do Capitulo.

Livro Dois – O Filho de Roma.

Tinha se passado dois meses desde que Danilo tinha voltado do acampamento, depois da batalha contra Erlan e Cratos, decidiu voltar para casa, terminar o ano letivo e ver a família, todos o receberam muito bem, mas Danilo não tirava a vontade de voltar do acampamento da cabeça, e agora faltava um dia para retornar para lá.

Danilo não conteve a curiosidade de ler o pergaminho que recebi de Cratos, nele havia uma profecia, sobre ele, sobre sua família, os Lerman’s. Mas decidiu não pensar nisso, só de voltar para o acampamento o deixava feliz, lá tinha se tornado seu novo lar, no qual seus amigos estavam, decidirá que ao chegar ao acampamento, falaria com Chester sobre o pergaminho.

Bruno, Mayra e Davi tinham ficado no acampamento, Bruno não estava preparado para voltar para casa, e dar a noticia da perda do irmão, Mayra conseguiu ligar para a mãe, ela estava de viagem com o irmão, então Mayra decidiu ficar no acampamento. Davi disse que ajudaria no acampamento, e pediu para Danilo falar para a mãe e irmã dele que estava tudo bem, o recado foi dado.

Os poucos meses que passou foram tranquilos, Danilo conseguiu se concentrar-nos estudos, e passar no segundo colegial, mas a ideia de se formar sempre se distanciava quando lembrava que era um semideuses, simplesmente ria dessa situação.

Mislayne e Victor o chamaram para ir ao cinema, comemorar o termino dos estudos, logo aceitou.

Era noite de dezembro, Danilo retornava para casa depois de ter ido ao mercado, estava fazendo frio, a touca e o cachecol não pareciam resolver. Ele queria estar no acampamento, que muito raramente fazia frio, por causa da magia protetora da barreira que protegia todos dos monstros. A cada passo que dava no asfalto frio, sentia que estava sendo observado, se sentia paranoico, mas ouvia passos, e uma voz ofegante de fundo.

Quando virou na esquina a duas quadras de sua casa, viu uma garota correndo, mas ao olhar atentamente, Danilo piscou, e viu que ela estava correndo de uma fúria, a garota gritava por socorro, mas os mortais não davam atenção, Danilo tentou imaginar a cena que eles deviam estar vendo, uma garotinha correndo, gritando por socorro, eles deviam achar que era alguma brincadeira.

Correu para ajuda-la, já estava pegando sua espada, quando se deteve, lembrou que a espada poderia chamar a atenção dos mortais, teria que esperar o momento certo, que veio quando a garota entrou em um beco sem saída. Estava recostada em um muro de madeira, estava chorando, a fúria já mostrava seus dentes pra a garota.

Danilo já se esgueirava por trás de uma árvore pronto para girar sua chave, quando foi interrompido por uma gigante criatura, que cortou a fúria em pedaços. Danilo não acreditou quando viu, um Centauro de dois metros estava parado em frente da garota, pegou ela no colo, ela adormeceu, devia ter ficado em choque ao ver o Centauro, que estava com uma armadura, mas não era grega, era diferente, lembrou Danilo de armaduras romanas, por baixo uma camiseta azul.

Ele começou a trotar para fora do beco.

–Ei! Senhor! Senhor Centauro. – Disse Danilo saindo de trás da árvore.

Ele franziu o cenho e olhou com duvida para Danilo.

–Quem é você?

Danilo se aproximou.

–Sou Danilo Lerman, filho de Zeus. O que uma fúria fazia aqui?

Ele soltou um soluço, seus olhos se arregalaram.

–Você... Você e Danilo Lerman? Filho de Júpiter?

Danilo olhou com dúvida e deu um passo para trás.

–Júpiter? Não, Zeus, sou filho de Zeus, da mitologia grega.

Centauro se aproximou ainda mais de Danilo.

–Não acredito, preciso constatar o Acampamento Vênus.

–Acampamento Vênus, como assim?

Ele colocou a garota no seu lombo, e colocou a mãos no ombro de Danilo.

–Garoto, enfim te encontrei Danilo Lerman, filho de Júpiter, Filho de Roma.

Autor da História: Danilo Silva.

Editora da Ortografia: Mayra Bellini.

Redator: Erlan Carvalho.

Capa: Davi Ismael Amorim.

Baseado na história de Rick Rordan: Percy Jackson e os Olimpianos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.