A Bela e as Bestas

Consequências


P.O.V. Renesmee.

Eu matei mais da metade do Clã Volturi na noite passada. Imagino que isso não tenha deixado Aro muito feliz.

Mas, eu fiz a minha cama agora terei de deitar nela.

—Mestre Aro que falar com você.

—Imagino que sim.

Assim que cheguei á sala dos Tronos, ela não era mais sala dos Tronos. Havia apenas um Trono.

—Você deliberadamente assassinou meus irmãos e todas as suas crias e suas esposas. Você nega?

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—Não. Você deliberadamente convidou meus familiares e amigos para um baile e planejou aquele ataque. Você nega?

—Não.

Ele ficou surpreso com a resposta.

—Eu já sabia.

—Matou meus irmãos para manter sua promessa e por nenhum outro motivo?

—Não. O Caius eu matei por vingança, por justiça.

—Porque levar as proles deles com eles?

—Eu prometi que mataria todo o seu Clã se me traísse. E foi o que eu fiz.

—Porque se declara culpada?

—Porque eu respeito a verdade. Porque transformou Alec e Jane?

—Porque eles poderiam ser muito úteis para mim. Porque estou respondendo isso? Porque estou dizendo estas coisas?

—Porque, pela primeira vez pelo o que imagino que seja muito tempo, está dizendo a verdade. Sabia que minha tia Irina era inocente?

—Sabia.

—Então, por qual motivo deixou Caius matá-la?

—Para que vocês fizessem o primeiro movimento.

—Queria uma desculpa para nos matar e forçar o meu pai e a tia Alice a se juntar a você?

—Exatamente.

Ele tentava se refrear, mas o feitiço que eu lancei na sala o forçava a praticamente vomitar a verdade.

—Vai me condenar a morte?

—Não.

—Porque não?

—Minhas armas não funcionam contra você infelizmente.

P.O.V. Dimitre.

Interrogatório. Geralmente é algo monótono, porém desta vez é Aro quem está sendo interrogado. E a última pergunta pegou a todos de surpresa.

—Se Alec e Jane decidissem ir embora... os deixaria partir?

—Não.

—Os convenceria a ficar?

—Sim.

—Mas, e se não funcionasse? O que faria?

Era como se Aro quisesse não dizer, mas houvesse algo forçando-o.

—Arrumaria uma artimanha para prendê-los.

—Seria capaz de condená-los a morte?

Então... Blé.

—É claro.

Ela sorriu e falou:

—Finite encantatem. Finalmente a verdade.

—Enfeitiçou-me!

—Enfeiticei a sala, na verdade. Feitiço da verdade. Obrigado por ser honesto.

P.O.V. Alec.

Ouvir o Mestre Aro admitir em voz alta que faria qualquer coisa para nos manter aqui, inclusive nos matar... foi chocante.

Então, ela simplesmente começou a cantar e na música havia uma mensagem.

Já me perdi tentando me encontrar.

Já fui embora querendo nem voltar. Penso duas vezes antes de falar, porque a vida é louca, mano a vida é louca.

Sempre fiquei quieta, agora vou falar, se você tem boca aprende a usar. Sei do meu valor e a cotação é dólar.-IZA Dona de mim.

Acho que nunca havia escutado alguém cantar ou visto alguém dançar aqui dentro deste Castelo, dentro desta sala menos ainda. Mas, ela estava claramente dizendo que Aro não mandava nela.

Então, Jane começou a cantar com ela. E foi literalmente para o lado dela.

E foi chocante ouvir a minha irmã cantar aquilo e ela cantou para Aro.

Já não me importa a sua opinião, o seu conceito não altera minha visão. Foi tanto sim que agora digo não. Porque a vida é louca mano a vida é louca.

Quero saber só do que me faz bem, papo furado não me entretêm. Não me dê limite que eu quero ir além.

E cada vez mais vozes começaram a cantar. Logo, a acústica do Castelo amplificou cem vozes.

—Ai que lindo!

P.O.V. Aro.

Ela virou os membros da minha guarda contra mim.

—Eu não. Você virou fez os membros da sua guarda se voltarem contra você.

—Maldita bruxa!

—Te avisei que um dia, sua compulsão de consumir tudo e todos ao seu redor se voltaria contra você. Não avisei?

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—Ela avisou.

—Demitre?

—Não sou leal a quem é desleal.

Então, ouvi Alec dizer.

—E nem eu.

Tentei retrucar.

—Ela matou Caius e Marcus.

—Ela os matou para proteger aqueles com quem se importa. Avisou que se tentasse alguma coisa nos mataria a todos, não queria brigar, mas brigou.

—Aproveite a paz, mas esteja sempre preparado para a guerra.

Ela tentou sair da sala, mas eu não vou deixar. Avancei e nós lutamos, quando estava prestes a matá-la ela tirou algo do bolso.

P.O.V. Renesmee.

Tirei a granada do bolso, puxei o pino e taquei na cara dele. Então... Boom!

O Aro berrou.

—O que é isso?

Eu sai foi correndo. Não fiquei pra dar chance dele levar a melhor.

Mas, ouvi passos atrás de mim, então me escondi atrás duma das colunas. Puxei a faca e... ataquei.

—Me perdoe, pensei que estivesse em perigo.

—E desde quando você liga, Elijah? Já sei. Duplicata. Klaus quer o sangue pra fazer híbridos. É, eu sou uma fodida mesmo.

P.O.V. Elijah.

Meu Deus! Quão rápido ela presume o pior.

Ela apontou a lâmina para si mesma.

—Se chegar mais perto, vou estraçalhar a minha garganta e o meu sangue de duplicata vai jorrar e manchar o chão todo. Prefiro sangrar até a morte do que deixar aquele idiota usar o meu sangue pra fazer pessoas de escravas.

—Eu não vim por causa do seu sangue. Niklaus não me mandou.

—E porque veio então?

—Por você.

Ela tirou a faca do pescoço.

—Ah, mais que gentil. O que quer? Um feitiço? Um talismã? Uma premonição?

—Tenho necessariamente que querer alguma coisa?

—Sabe, Mikaelsons não salvam alguém pela bondade do seu coração. Sempre há um interesse envolvido. Então, desembucha oh, Al Capone. O que você quer?

—Você.

—Pensei que não quisesse o meu sangue. Que contraditório.

—Não quero o seu sangue. Eu quero você.

Então, ela fez uma cara.

—Eu ein! To fora. Todas as suas namoradas estão á sete palmos por sua causa. Até as imortais.

Ela respirou fundo.

—Olha, obrigado por ter tentado me salvar. Mas, não daria certo entre nós. O problema não sou eu, é você.

Aquela fala me pegou de surpresa.

—Não seria, ao contrário?

—Na verdade, não. Matei os Mestres e as proles deles. Admito que ter matado as proles deles pode ter sido um exagero, mas... pelo menos eles me ouviram. E eu tava com raiva. Muita raiva mesmo.

—Ouvi você dizer que Caius assassinou a sua tia. É verdade?

—É. Posso te mostrar se quiser.

—Me mostrar?

Ela tocou o meu rosto e eu vi o vampiro, Caius desmembrar e queimar a mulher. O sofrimento das irmãs, Jane atacando o pai de Renesmee. Não entendi direito o que aconteceu depois.

Então, voltei a ver o corredor do Castelo.

—É um escudo.

—O que?

—É mais fácil mostrar do que explicar.

Ela se concentrou e logo havia algo á minha volta, como uma barreira de energia. Tentei tocá-la, mas fracassei.

A barreira então sumiu.

—Seu escudo não funciona.

—Não é um escudo físico. É mental.

—Mental?

A duplicata tirou o colar, eu senti o cheiro da Verbena no colar.

—Vai lá. Faz o seu vodu de controle da mente.

—Porque está aqui?

A resposta dela não poderia ter me surpreendido mais.

—É só isso? Esse é o famoso controle mental dos vampiros Originais? To decepcionada.

—É imune a compulsão?

Ela olhou para mim e respondeu com um sorriso matreiro.

—Escudo, cara. Es-cu-do.

—Então, o escudo protege sua mente.

—Isso.

—Mas, nas imagens seu pai estava...

—A dor causada por Jane não é real. É uma manipulação mental, uma ilusão muito poderosa. Como a névoa do irmão dela ou as memórias que eu projetei na sua mente. A memória é real, mas a visão é... ilusão.

—Que interessante. E como conseguiu seu escudo?

—Eu nasci com ele. Os bebês híbridos, herdam as habilidades dos pais se eles possuírem alguma.

—Existem mais híbridos como você?

—Nahuel é o mais próximo que já encontraram. Mas, a mãe dele era humana. Não era aborto, não era bruxa, era humana.

—Abortos existem?

—Minha mãe. Ela é um aborto. Meus dois avós maternos eram bruxos, mas a minha mãe... não. Então, a magia que devia ter sido dela passou direto pra mim.

—A criança da lembrança...

—Era eu.

Notei então que ele tinha mais de um colar no pescoço. Dois na verdade e um deles era o colar que usava na lembrança.

—É a mesma joia.

—É um medalhão.

Ela o abriu e dentro, dum lado havia uma foto. Eram seus pais e do outro lado uma inscrição.

—Mais que a minha própria vida.

Disse ela.

—Eu sei. Falo francês.

A duplicata voltou a fechar o medalhão. E vi que havia uma flor de lis nele.

—A flor de lis significa nobreza. Era o símbolo duma família poderosa ou coisa assim.

—Gostaria de sair deste Castelo e caminhar pela cidade?

—Claro. Apesar de sempre vir pra cá, nunca sai do Castelo de São Marcus.

—Está ferida.

—Não mais. Já sarou. Mas, melhor trocar de roupa. Os humanos não são tão fãs de sangue quanto nós.

Caminhamos pela cidade de Volterra.

P.O.V. Renesmee.

Aquela cidade era como voltar no tempo, casas de pedra, ruas de pedra.

Becos. Se não fossem os carros na rua e a eletricidade nas lojas pensaria que estava em outro século.

—Gostaria de tomar um café?

—Claro, mas eu não posso tomar café.

—Porque não?

—Deixa o fogo azul descontrolado. O café tem... cafeína demais.

Ele riu.

—Posso desenhar você?

—Me desenhar?

—É. Tipo, um retrato.

—Claro. Porque não.

P.O.V. Elijah.

Nos sentamos numa mesa, num café. Fizemos os pedidos.

Ela pediu chocolate gelado com chantili e eu café.

—Você come? Tá, pergunta idiota. Claro que você come. O Damon come e ele veio de você então...

Renesmee continuava desenhando no caderno. Era impressionante como ela conseguia desenhar, falar e comer tudo ao mesmo tempo.

—Acabei. O que achou?

Perguntou me estendendo o caderno. Era impressionante, parecia uma fotografia em preto e branco.

—Obrigado. É que eu uso cem por cento da minha capacidade cerebral.

—O que?

—Oh, você não disse aquilo.

—Disse o que?

—Que o desenho é impressionante e parece uma fotografia.

Disse um tanto, tímida e envergonhada.

—Leu meus pensamentos?

—Desculpe. Foi sem querer.

—Faz isso com frequência?

—Minha telepatia tá meio desgovernada ultimamente. Ás vezes funciona, ás vezes não, ás vezes funciona demais.

—Então, pode invadir as mentes alheias porém ninguém pode entrar na sua?

—Basicamente. Mãe escudo e pai telepata.

—Mais alguma habilidade oculta?

—Magia. Vidência, empatia e a habilidade de copiar outras habilidades.

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—Sabe da verbena.

Ela assentiu com a cabeça.

—O que mais você sabe?

—Mata-lobos, a história da Hollow, a da sua família, da minha e do Clã Corvinos.

—Clã Corvinos?

—Meus pais, os Volturi... eles não vieram de você e nem de nenhum dos seus irmãos por isso são tão diferentes. São vampiros naturais, não são fruto de feitiço, magia, foi mutação. É um vírus, mas é totalmente natural. Por isso evoluiu ao longo dos séculos.

—Me permite?

—Claro. Não tem nada de especial ai.

Haviam alguns retratos, mas o que mais havia desenhado no caderno eram brasões.

Logo na primeira folha estava o brasão da família Cullen, então Petrova, Volturi e até mesmo o da minha.

—Esse é...

—O brasão da sua família. Eu sei. Tive aulas com o Senhor Saltzman, história da magia é a minha matéria favorita.

—Vai ao Instituto Salvatore?

—Sim. Eu fui por um tempo, mas quando o meu fenótipo de duplicata começou a aparecer, mamãe achou melhor eu parar.

—Por que razão?

—Ser duplicata é meio que uma sentença de morte. As pessoas, inclusive a sua família nos assassinam pelo nosso sangue. Seja para fazer uma âncora, ou feitiço de ligação ou criar um exército de híbridos escravos. Sangue de duplicata é um ingrediente valioso no mercado e como Tom e eu somos os últimos...é mais valioso ainda.

—Porque?

—Não sei porque cargas d'água o sangue do último par de duplicatas é sei lá, especial. Talvez seja mais potente ou algo assim.

—Interessante.

—Os viajantes estão com raiva de mim porque eu ajudei o Silas e a Amara a continuarem imortais e a ficarem juntos.

—Como?

—Roubei as memórias e a magia da Qetsiyah e dai eu fiz um feitiço de troca de âncora. Tyler mordeu a filha da Katherine sem querer e ela morreu, ai a Katherine se matou.

—Katerina se suicidou?

—Você não sabia?

—Porque ela se suicidaria?

—Acho que depois de quatrocentos e cinquenta anos fugindo, depois de encontrar toda sua família massacrada, ser largada por um babaca que ajudou a destruir a vida dela e ter que assistir a filha alucinar e suar e morrer... ela perdeu a esperança. E se estacou. Ela tava cansada de sobreviver.

—Como alguém cansa de sobreviver?

—Há uma diferença entre sobreviver e viver. Quando ela pensou que teria uma outra chance, isso foi tirado dela também. Katherine quis morrer pra ficar com a filha.