A Bastarda

Capítulo XVIII


Maxon tapa o rosto com as mãos numa mistura de impaciência e vergonha, enquanto o tio blasfema e o chama atenção da forma mais dura. Ele imaginou que não conseguiria esconder algo assim por tanto tempo, afinal, desde o momento que entrou naquele bordel sentiu um enorme peso nos ombros. Não imaginou que seria entregue tão rápido, ele havia feito de tudo para ter cautela.

— Será possível Maxon? – o tio ainda grita com ele. – Lhe falei tantas e tantas vezes o quanto isso é errado e de como iria te deixar atormentado e arrependido. Se a sua esposa descobrir, vai dar um escândalo! Vai perde-la!!

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— Tio, por favor! – Maxon suplica, pois já está farto de ouvir tantos sermões.

— O que vai fazer se America descobrir? Desmentir? Fingir que nada aconteceu?

Maxon dá um soco na mesa e fica de pé.

— Já chega! – ele grita. – É fácil pra você dizer. Eu estou a dias tentando algo, mas ela não quer. Eu gosto de viver, sentir prazer e o calor de uma mulher. America nunca me dá isso. Não sei do que ela teme, somos casados, o que importa agora? – ele vira de costas. – Querendo ou não algum momento isso terá de acontecer, pois vou precisar de um herdeiro, meu pai não para me encher a paciência. Mas são três meses e eu tô cansado de esperar. Não posso ter o que quero em casa, mas tem muitas a minha disposição lá fora!

Maxon finaliza se sentando em seguida, retornando a cobrir o rosto com as mãos. Ele está ofegante e com os ombros tensos, mal sabe como pedir desculpas pelo o que acabara de dizer. Shalom senta numa cadeira a sua frente e o encara.

— Filho, eu te entendo, mas precisa raciocinar. Quanto mais fizer isso, mais óbvio ficará para sua esposa. Não que a sociedade ligue para isso, todos fazem isso pelo menos uma vez na vida, mas se perder America, vai se sentir mal pelo resto da sua vida, isso eu lhe garanto.

Maxon encosta-se na poltrona e respira fundo.

— Foi um momento de fraqueza. – murmura.

— Nós homens somos mais fracos do que pensamos. – Shalom sorri e toca seu ombro.

Por um momento Maxon se sente mais tranquilo, ao contrário de Clarckson, seu tio abre seus olhos e ao mesmo tempo o conforta, de uma forma que não o faça se sentir um monstro. Maxon fica mais algumas horas. Celeste soube de sua presença e insistiu que ficasse para o jantar, e com isso pode falar de negócios com Shalom.

Já estava de noite quando foi embora. Foi rápido até chegar em sua casa, e por um momento viu a sombra de America passar pela janela com as luzes acesas. Ficou um momento parado do lado de fora pensando em sua conversa com o tio, voltando a sentir aquela maldita culpa. Mas ele decidiu não dizer nada. Iria esconder isso de Meri, se possível, para sempre.

Deixou seu cavalo no estábulo e entrou. Haviam poucos criados caminhando pela casa, Clarckson estava fumando um charuto e bebendo whisky enquanto lia e assinava uma pilha de papéis.

— Imagino que sei de onde vem? – Clarckson comentou enquanto Maxon subia os degrais.

Ele parou.

— É. – ele se vira para encarar o pai. – Devia visitar Shalom algumas vezes, ele tem muitas coisas para tratar com você. Está bem mais disposto para visita-lo.

Clarckson riu.

— Não me refiro a este lugar. – diz não desviando seu olhar da pilha de papéis com um sorrisinho formando em seu rosto. – Quem foi a dama dessa noite? Uma virgem, ou uma prostituta experiente?

Maxon respirou fundo para não gritar e partir para cima do pai.

— Não! – respondeu ríspido. – Fui para a casa do meu tio. Boa noite!

— Acho bom ser mais cauteloso. America está começando a desconfiar, e está ficando insuportável, ficou o dia todo tocando músicas de enterro no seu maldito piano.

Maxon o ignorou e subiu as escadas de dois em dois degraus. Enquanto caminhava pelos corredores se acovardava. Sentia insegurança de abrir aquela porta e encarar Meri. Ficou parado na porta por vinte segundos, até que entrou.

Ela estava sentada numa poltrona perto da janela, olhando de forma atenciosa. Sentiu seu coração falhar por um instante, pois sabia que era porque ela estava esperando-o. Ao perceber a presença de Maxon levantou-se rapidamente com as bochechas coradas. Meri não queria deixar claro sua preocupação.

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— Oi. – ela disse. Parecia estar ofegante.

Maxon fechou a porta controlando a tremedeira de suas mãos.

— Oi. – respondeu com naturalidade.

America olhou para os lados parecendo nervosa.

— Onde estava?

— Na casa de Shalom. – verdade. – Me mandou uma carta. Ele queria conversar sobre negócios. – meia verdade.

America acenou com a cabeça.

— Ah, claro. – ela sorriu sem graça e caminhou até o outro lado do quarto.

Maxon estava incomodado com seu nervosismo e se questionou se Clarckson havia aberto a boca.

— O que tem Meri?

— Eu? Nada. – ela entrelaçou as mãos. – Hã... eu só... fiquei preocupada. Não avisou que iria sair.

Maxon sentiu seu coração bater mais forte com suas palavras. Ela se importava. Ela sorriu e se aproximou.

— Preocupa-se comigo?

Meri sentiu as bochechas arderem, abaixou a cabeça e não respondeu. Maxon se aproximou mais, e a olhou nos olhos, beijando-a em seguida. Sentiu todos os seus nervos florirem de uma só vez, como uma bolha de cores explodindo. Eles se separaram encarando-se nos olhos.

Maxon tocou-lhe levemente os cabelos, fazendo deslizar as madeixas ruivas entre os dedos e murmurando suavemente palavras doces. Meri não compreendia exatamente, estava nervosa de mais, mas havia calor nelas, uma ternura que nunca esperava daquele homem.

Pôs um dedo sob seu queixo e ergueu-lhe a cabeça, para que ela o olhasse nos olhos. Maxon beijou-a novamente, pegando-a agilmente no colo e carregando-a até a cama. Depois, sentou-se diante dela, com os rostos de ambos no mesmo nível.

Ficaram um momento em silêncio, encarando-se olho a olho. America inclinou-se para a frente e suas mãos tocaram os cabelos de Maxon, seu polegar passou pelos seus lábios e desceram pelos seus ombros, até chegarem em seu peito. Os dedos finos de America desabotoaram a camisa de Maxon, enquanto ela espalhava beijos, cada vez que tirava um botão.

Depois foi a vez dele. Começou a despi-la.

Seus dedos eram hábeis e estranhamente ternos. Removeu-lhe as sedas, uma por uma, com cuidado, enquanto Meri permanecia sentada, imóvel, silenciosa, a olha-lo nos olhos. Quando desnudou seus pequenos seios, não conseguiu evitar. Desviou o olhar e cobriu-se com as mãos. Maxon balançou a cabeça em negativa dando um sorriso e puxou-lhe as mãos para longe dos seios, com gentileza, mas firmemente, e depois ergueu-lhe de novo o rosto para fazer com que o olhasse.

— Você é linda. – sussurrou beijando na área entre seus seios.

Ela nada disse.

Então ele removeu a última de suas sedas. Por mais que o quarto estivesse fechado, America sentiu o ar frio noturno na pele completamente nua. Estremeceu, e um arrepio cobriu-lhe os braços e as pernas. Temia o que vinha a seguir, mas durante algum tempo nada aconteceu, Maxon apenas livrou-se do resto dos tecidos que lhe cobriam e ficou como America. Exposto.

Maxon ficou sentado, olhando-a, bebendo-lhe o corpo com os olhos.

Um pouco depois começou a toca-la. A princípio ligeiramente, depois com mais força. Ela sentia o feroz poder de suas mãos, mas ele nunca chegou a machuca-la. Segurou uma mão na dele e afagou-lhe os dedos, um a um. Correu-lhe a mão suavemente pela perna, afagou-lhe o rosto, delineando a curva de suas orelhas, percorrendo a sua boca gentilmente com os dedos. Virou-a de costas, massageou-lhe os ombros, delizou o nó do dedo ao longo da coluna, fazendo-a estremecer.

Pareceu que se passaram horas até que as mãos dele se dirigissem por fim aos seus seios. Afagou suavemente a pele da base até deixa-la num topor, espalhando beijos em seu pescoço. America gemeu. Maxon rodeou os mamilos com os polegares, beliscou-os entre o polegar e o indicador, depois começou a puxá-los, muito levemente a princípio, depois com mais insistência, até que enrijeceram e começaram a doer.

Então parou e agarrou suas coxas, puxando-a para seu colo. America estava corada e sem fôlego, com o coração a palpitar no peito a todo momento. Ele envolveu seu rosto nas mãos enormes e ela o olhou nos olhos.

— Tem certeza? – perguntou ele.

America aproximou a umidade entre as coxas.

— Sim. – sussurrou ao introduzir o membro dele dentro de si.