A Babá

First Night


Maria abaixou a cabeça. Sentiu o vômito chegar a garganta e depois voltar para o seu estomago. E assim foi por três vezes. Ela estava quase agachada no meio da boate, enquanto as pessoas passavam despercebidas. Ela estava quase morrendo bem ali. Ok, exagero. Mas ela estava passando muito mal. Mal ao extremo.


– Maria? – Ouviu Justin. Era a voz dos céus, só podia – Está bem?

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– Me leve para um banheiro, pelo amor de Deus, estou te implorando – Ela passou as mãos pelos cabelos marrons – Ah caramba, vou vomitar – Ela praticamente gemia.

– Ok... – Ela sentiu os braços de Justin enrolarem a sua cintura. Mas sentiu outros braços enrolarem sua cintura também. Tinham duas pessoas á carregando.

– Ah Maria, qual é, eu não beijo tão mal...


Era aquela pessoa. Ah que maldição. Era Sarah.

Ela simplesmente não acreditava que tinha beijado sua ex melhor amiga. Não acreditava de qualquer jeito. Mas ela não estava enjoada por ser uma mulher. Ela estava enjoada por que era Sarah. Aquela maldita menina.

Maria estava com os olhos fechados até sentir uma claridade entrar através de suas pálpebras. A morena abriu os olhos lentamente e avistou paredes brancas, pias, e um espelho gigante. Acreditava que ali era o banheiro. Vazio. Totalmente vazio. Ela se largou dos dois e caminhou até a pia, abrindo-a. Olhou a água cair, e praticamente enfiou sua cabeça embaixo da pia. Queria estar sóbria. Não sentia seus pés direito, sua cabeça, nada.


– Ei, vai com calma – Ela ouviu Sarah praticamente á puxando para longe da pia – Vai se afogar desse jeito.

– Me... Me... – Maria tentou falar. Não conseguia. Ela nem conseguia ficar com os olhos abertos de tanta dor de cabeça. Talvez pela claridade. Sei lá.


Maria tentou abrir os olhos dessa vez direito. Ela avistou umas poltronas vermelhas do lado dos boxes do banheiro. Se arrastou até as poltronas e se sentou. Agora estava no céu. Ela se ajeitou em cima das poltronas e se deitou. Foda-se quem visse, iam prestar atenção em Justin primeiro, então...

– Você cuida dela Just? – Maria ouviu Sarah perguntar á Justin. Ele deu um suspiro.

– Acha melhor eu chamar Carol? – Ele perguntou.

– Não... Ah, sei lá. Cuide dela um pouco, ela vai sobreviver.

– Vai voltar para a festa? – Ele soltou um riso abafado.

– Cara, você viu a gata que eu tava pegando? Eu volto pra lá agora – Sarah riu alto e Maria ouviu a porta do banheiro se fechando.


Ficou um silêncio. Ela ouviu os passos de Justin se aproximando lentamente dela. Ela abriu os olhos lentamente, e viu primeiramente seus cabelos que estavam caídos sobre sua face. Mas logo atrás, as penas de Justin lá estavam. Ela respirou fundo, e passou a mão sobre a sua face para tirar os seus cabelos da sua face.


– Se eu fosse que nem você, ligaria agora para Jack para contar o que você fez – Ele falou pausadamente. Maria estava mal, mas entendeu perfeitamente o que Justin falava – Caramba Maria, como você é vadia!

– Cala a boca – Ela sussurrou. Ele deu um risinho, e se sentou no chão, ficando bem na frente dela.

– Não vou fazer isso – Ele falou. Sua expressão tão calma. Aquele maldito rosto maravilhoso parado bem na frente dela – Por que eu gosto de você. Infelizmente.


Maria sentiu a felicidade atingir seu corpo por inteiro. Aquilo era real? Ele estava realmente falando tudo aquilo depois de vários vacilos de Maria? Não... Ela estava realmente muito bêbada.


– Você... Ah... – Maria falou quase num fio.

– O que? – Ele franziu o cenho.

– Nada.


Silêncio de novo. Maria se sentou nas poltronas, ajeitando seus cabelos marrons. Justin se levantou do chão, e se sentou do lado dela na poltrona. Ela se afastou um pouco dele e coçou o pescoço. Ela o observou. Aquele rosto, corpo... Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.


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– Justin?

– Han?



Maria agarrou Justin pela jaqueta e se levantou bruscamente da poltrona. Ela o arrastou para dentro de um dos boxes do banheiro. O jogou dentro de um deles e trancou a porta. Justin não teve nem tempo para falar algo. A boca de Maria selou a dele rapidamente.

Um beijo de cinema, para descrever. Selvagem. Ela o segurava pela jaqueta enquanto ele apertava a cintura da morena com força. Os dois estavam consciente do que faziam. Isso era o bom da coisa. Ela gostava. E ele gostava. Estavam bem ali, se agarrando, arranhando um ao outro.

Mas ela não queria só aquilo. Queria descer o nível.

Maria desceu uma das suas mãos para o membro de Justin e passou a mão de leve ali. Aquilo foi o bastante para ele á encurralar na parede de granito, e segura-la com força. Na mente de Justin tinha um ‘repita, faça com força, de novo’.

E ela leu a mente dele. Passou a mão ali de novo, com força e delicadeza ao mesmo tempo. Ele estava ofegante. Justin queria mais, queria provar o que Maria tinha tanto para dar. Além de... Bem, er.


– É disso que você gosta né Maria? – Justin segurou a mão de Maria sobre o seu membro – O trate bem que vai ter tudo – Ele sussurrava no ouvido dela.


E ela o obedeceu. Mas antes, queria ouvi-lo gemer o seu nome. Pedir perdão por ter feito a morena esperar por tanto tempo. Por seu corpo, por sua mente.

Maria empurrou Justin contra a parede, e beijou seu pescoço o mordiscando. Arranhou as costas de Justin com força, e ela o ouviu grunhir de dor. Não ligou. Ela desceu pelo corpo dele, se agachando do lado do vaso do banheiro, desabotoando suas calças. Quando as abaixou, o Justin Júnior já estava completamente duro. Completamente cheio de tesão. E a morena já se sentiu toda molhada lá embaixo. Ela precisaria de tanto para te-lo dentro dela?

Maria beijava o membro de Justin sobre a sua cueca. Automaticamente, Justin pôs uma de suas mãos sobre a cabeça da morena, á estimulando.


– Vamos Maria, não é só isso – Justin falou praticamente num gemido. Ela riu.

– Apresaaaaaaaaaado – Ela ria.


Maria massageou o membro dele de novo. Justin jogou sua cabeça para trás, quase morrendo de tesão. Ela segurou a cueca do loiro e a abaixou lentamente como fez com a calça. O membro de Justin praticamente saltou da cueca de tão exitado que o loiro estava. Ela estava feliz, tinha feito um bom trabalho.

A morena acariciou as bolas e Justin, enquanto fazia movimentos no membro dele. Justin se contorcia, segurando com força os cabelos da morena. De repente, ela abocanhou o membro, continuando a fazer os movimentos de ‘vai e vem’. Meu Deus, ela era a chupadora das galáxias, só podia. Ela fazia direitinho, como ele pediu á Deus. Justin tinha certeza que se ele soubesse desses dons de Maria, ele já estaria casado com ela.

Maria passou um bom tempo, ali, apreciando o gosto de Justin.


– Maria, eu vou... – Justin gemia – Eu vou gozar, sério...


E ele não estava brincando. Ele gozou. Muito. E Maria engoliu tudo.

Mas de repente, algo que Maria não estava prevendo, aconteceu. Ela sentiu seu estomago embrulhar de novo. E dessa vez, era pra valer. Ela simplesmente se virou para o vaso, e levantou a sua tampa. Deixou todo seu café da manhã, almoço, jantar, e tequila, sair de dentro dela.

Ok, ela vomitou logo depois de ter chupado Justin. Estranho.

A morena passou uns três minutos ali, vomitando. Sentiu Justin segurar seus cabelos para não cair dentro do vaso. Ele estava á ajudando. Mas ela não queria ter estragado aquele momento. Era o momento que ela podia ter Justin só para ela. E... Droga, a bebida estragou tudo!

Ela limpou a boca com as costas da sua mão, e se apoiou ainda sentada na parede de granito do box. Que merda. Ela levantou o olhar, e olhou para o loiro que estava apoiado na parede do seu lado. Ele estava já com as calças vestidas, e ainda bonito mesmo suado. Do nada, no silencio do banheiro, ele deu um sorriso abafado para a morena. Ela não tinha expressão nenhuma. Só achava que estava suada e nojenta, provavelmente.


– Você lembra... – Ele começou a falar – De quando nos conhecemos?


Como Maria podia esquecer? Ele era o amor da vida dela, dã.


– Lembro – Maria sorriu meio tímida. O que ele queria com aquele assunto?

– Você começou a falar sobre o que queria fazer na faculdade... E do nada paramos no assunto de qual era a minha cor favorita – Riu.

– E o sabor do seu sorvete favorito – Maria soltou um risinho – Eu lembro sim... A minha conversa fluiu muito aquele dia.

– Nossa relação antes era muito boa. Eu falava muito com você. E você comigo... – Ele deu um pausa, passando as mãos sobre os seus cabelos. Deu um longo suspiro e olhou nos olhos de Maria – O que aconteceu com a gente? Éramos amigos. Eu gostava disso.


Essa pergunta ecoou na cabeça da morena. Foi mais ou menos um choque. Era isso que ela se perguntava á vários anos, e... Do nada Justin comentou. Num momento não tão propicio, mas dane-se. Já era algo.


– Eu... – Ela engoliu a seco. Percebeu que a sua garganta estava dolorida. Estava ficando sóbria novamente – Eu não sei Jus.


Ela o encarou. E eles ficaram se olhando um tempo, até ele se inclinar e selar os lábios de Maria. Foi apenas um selinho. Mas quando ele se afastou, Maria estava sorrindo que nem boba. Que nem uma idiota após o primeiro beijo. Estava tão feliz, que podia acontecer qualquer coisa ali, que desde que não saísse de perto de Justin estava tudo bem. Tudo ótimo.


– Vem – Justin se levantou do chão e estendeu a mão para Maria – Vamos voltar.

– Para a festa? – Maria fez uma cara feia.

– Sim – Ele riu da cara dela – E eu vou te pagar uma tequila. Melhor, duas pelo seu enorme trabalho – Sorriu maliciosamente para a morena.


Maria riu alto. Ela agarrou a mão de Justin, e ele á levantou. Maria saiu do box e viu algumas meninas á olhando. Na verdade, olhando Justin. Mas aquela boate era uma orgia, ninguém praticamente ligava. Ela apenas lavou a boca, e saiu do banheiro com Justin muito feliz. Afinal, ela era a chupadora das galáxias, ia ganhar duas garrafas de tequila, e ainda estava com o homem da sua vida.

Mas... E a surpresa de Jack?


X

Eles estavam na van, voltando para o hotel. Sarah estava completamente capotada no banco. Maria cochilava no ombro da prima, e Justin e Carol conversavam como se não fosse cinco horas da manhã. Uma coisa Maria estava ciente: estava segurando suas duas garrafas de tequila José Cuervo, simplesmente a melhor tequila do mundo, enquanto cochilava.


– Psiu, vocês duas, acordem – Ela ouviu a voz do amor da sua vida – Já chegamos no hotel.


Maria abriu os olhos lentamente. Ela esfregou os olhos com força se esquecendo que estava de rímel e sombra escura. Mas deu ombros. Logo ia estar capotada na sua propia cama. Aquecida. E acordando dez horas da manhã. Ah, maldita ‘turnê’.

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Eles se levantaram da van de Justin e caminharam pela garagem do hotel. Correram até o elevador, e perceberam que estava em concerto. Tinha uma plaquinha ‘Dirija-se até o térreo’ bem na frente. O grupo então foi praticamente se arrastando até as escadas. Subiram e perceberam que pararam bem no saguão do hotel.

Maria ainda segurava como se fosse seus bebês as tequilas. Na verdade, eram seus bebês. Seus amores. Sim, ela ainda estava um pouquinho bêbada. Ela abriu a tampinha da garrafa da tequila e deu uns quatro goles enquanto o grupo atravessava o saguão. Os recepcionistas á olharam e ela quase deu dedo para eles só pela cara que fizeram.


– Já deu né amiga? – Carol falou. Maria a olhou com uma cara de deboche e deu outro gole na tequila. AAAAAAAAAAAAAAAAAH, como uma coisa pode ser tão boa?!


Maria fez uma cara que tinha acabado de ter um orgasmo e jogou sua cabeça para trás respirando fundo. Sarah e Justin riram do quanto ela era boba. Ela não ligava. Ah, que madrugada maravilhosa que...

A morena simplesmente parou de pensar. Ela olhou para os sofás no meio do saguão do hotel. Tinham dois homens dormindo nós sofás. Estavam dormindo profundamente mas calmos. E ela percebeu o impossível: Um deles tinha os cabelos pretos de Jack, o corpo magro de Jack... Era muito parecido com Jack.

Maria atravessou o saguão com o queixo caído, olhando descaradamente o homem. Não, não era possível. Era que nem no café com Heechul. Não era ele.

Mas então, quando ela foi virar para o outro corredor, uma tragédia ocorreu: Ela esbarrou em alguém, que derrubou uma de suas garrafas de tequila no chão.


– NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO! – Maria berrou. Gemeu. Gritou. O que preferir. Só sei que ela acordou o hotel inteiro com aquele grito. Ela caiu no chão, olhando os cacos de vidro e a sua tequila derramada.


Maria olhou para o agressor. MALDIÇÃO, ERA MAIS UM ASIÁTICO. QUE PORRA, ASIÁTICOS. E NÃO ERA SÓ UM, ERAM TRES ASIÁTICOS.


– MORRAM VOCÊS, ASIÁTICOS DE MERDA – Ela gritava olhando – DERRUBADORES DE TEQUILA – Ela chorava.


Realmente, Maria estava bêbada. Aqueles goles que ela deu antes de sair da balada, e quando chegou no hotel, serviram para a deixar doida.

Justin segurou os ombros de Maria, á levantando do chão. Ela olhou para sua mão. Uma delas estava sangrando. Ela deve ter se apoiado em um dos cacos quando caiu no chão. Bosta, bosta, bosta!


– Maria sem me passar vergonha... – Justin falou a segurando pelos ombros. Ele olhou para a mão da morena – Ei, se machucou...

– ASIÁTICOS, ODEIO VOCÊS – Maria continuava berrando loucamente para os dois assustados.

– Maria?


Aquilo foi o ápice da madrugada de Maria. Foi o seu ponto para voltar ao seu estado normal. Ela ficou sóbria do nada. Apenas virou-se lentamente para o outro lado do corredor. E lá estava o homem com quem menos queria encontrar naquela viajem inteira.


– J-jack? – Ela gaguejou se largando de Justin.

– OI MEU AMOR – Ele correu até ela. Ele a puxou em um abraço de urso. Ela estava estática. Era realmente ele? Ou... Estava realmente muito bêbada? - Está bem? – Ele á largou, olhando fixamente para sua mão sangrando – Deus – Tossiu – Que cheiro de maconha e álcool – Ele falou.

– J-j-j-jack... – Ela sussurrava. Justin, Carol, Sarah e os asiáticos estavam bem atrás dela, chocados provavelmente.


E então, bem atrás de Jack surgiu o homem dos destinos de Maria. Heechul. Ela deixou seu queixo cair lentamente. Piscava freneticamente para Jack, enquanto ele á olhava estranhando. A cabeça da morena começou a girar. Ela segurou sua cabeça com as próprias mãos, e á balançou. Que porra era essa? Uma rebelião contra ela?

Do nada, uma música veio á sua cabeça. Uma música de 2009. Era uma música coreana, de uma banda chamada Super Junior. E ela viu a face de cada um dos coreanos que estavam ali, e a voz da sua prima soou bem atrás dela.


– SUPER JUNIOR! – Ela gritou, um tanto chocada.


Maria engoliu á seco. Sim, era esse o nome da banda. Ela lembrava, finalmente! Eram 13 meninos dançando e cantando em uma boy band coreana. E Heechul e todos aqueles asiáticos presentes faziam parte daquela maldita banda. E seu noivo era empresário deles. Ele era empresários de coreanos, as pessoas que ela mais odiava na face da terra.

POR QUE DIABOS ELA SÓ FOI DE TOCAR DISSO AGORA????

A morena se virou de costas para o próprio noivo e olhou para os amigos com uma cara estranha, mas que significava muita coisa. Ela olhou para Justin e deu um suspiro grande. O loiro mordeu o lábio e segurou a mão de Sarah.


– Vamos para a recepção. Deixe o Jack conversar com a noiva dele – Ele falou, puxando a loira que puxou Carol.

– Caramba, não acredito, é o Super Junior, me toquei agora – Carol saiu reclamando e sendo puxada por Sarah.


E então ficou Maria, seu noivo e os 4 coreanos alheios. Ela limpou o sangue na sua saia preta, se arrependendo logo depois. Ela deu um suspiro, e colocou a outra garrafa de tequila no chão.

Jack continuava ali, parado na frente dela com os coreanos bem atrás. Pareciam os guardas costas dele. Todos eles estavam com expressões fechadas, inclusive Heechul.

Do nada, uma mulher vestida com o uniforme do colégio apareceu no corredor dourado e fechado do hotel. Ela olhou para Maria sangrando, e os coreanos com a cara fechada e com expressão de assustados ao mesmo tempo, e deu um sorriso tentando ser simpática.


– Aconteceu algo senhores? – Ela perguntou em alemão. Jack e os outros fizeram uma expressão estranha.

– N-não... – Droga, nada de gaguejar! – Está tudo bem. Só chame alguém mais tarde para limpar isso, por favor? – Maria apontou para os cacos e a tequila jogada no chão.

– Sim senhora – Ela sorriu e desapareceu logo depois.

– É, vejo que minha surpresa não deu muito certo – Jack deu um risinho, logo depois que a mulher sumiu – Posso saber por que esse clima tenso entre... Vocês?


Maria franziu o cenho e depois olhou para o noivo.


– Ué, não pode falar em coreano comigo? – Ela falou em coreano. A expressão de Jack mudou totalmente.

– Pensei que preferia em inglês – Ele respondeu, dessa vez em coreano.

– Não. Você e seus amigos estão escondendo alguma coisa de mim? – Ela perguntou um pouco grossa, olhando fixamente para Heechul – Oi Chulla.

– Oi Maria – Ele deu um pequeno aceno para ela. Maria estranhou mais ainda.

– Se conhecem? – Jack franziu o cenho - Mas... Heechul você...



Ele parou de falar do nada. Ia falar algo que Maria não podia ouvir. Mas o que?



– O que está... – Maria ia perguntar algo, mas Jack á interrompeu.

– Sem interrogatórios Maria, por favor – Ele levantou a mão bem na cara dela. Maria bateu a mão na mão dele como um reflexo.

– Não faça esse gesto para mim, não sou uma vadia qualquer – Disse. Ela atraiu a atenção de todos os meninos ali.

– Bem esses são...

– Eu sei quem são – Ela interrompeu o noivo – Eu conheço eles. Mas só lembro o nome de dois.


Jack deu um sorriso para a noiva.


– Agora se lembra de Super Junior? Pelo que Carol falou...

– Eu tenho perda de memória – Comentou. Ela olhou para um homem de cabelos castanhos claros, que estava do lado de Heechul. Ele era um pouco mais baixo que ele, e tinha covinhas. Sorria que nem um bobo – Você é o Leeteuk, certo? É o líder.


Ele sorriu mais ainda. Caminhou até Maria com o sorriso bobo (na verdade, ele tinha covinhas lindas) e estendeu a mão para ela.


– Prazer Maria – Ele falou – Jack fala muito de você.

– Ah, sério? – Ela olhou para Jack com as sobrancelhas levantadas – Que coisa!

– Maria... – Jack a repreendeu sussurrando.

– E... Heechul – Maria acenou de novo para ele.

– Oi de novo – Heechul riu.

– Agora, os outros... – Maria se virou para os outros dois coreanos que restavam. Ela os observou do dedão do pé até o último fio de cabelo. Os dois eram extremamente maravilhosos. Como Jack pode ter escondido esses meninos por tanto tempo?

– Eu sou Donghae – Um deles se apresentou. Tinha a mesma cor do cabelo de Leeteuk, e era um pouquinho baixinho. Talvez 1.75. Caminhou até Maria e apertou a mão da morena.

– Oi Hae – Ela sorriu para ele.

– Eu sou Kyuhyun – O moreno se apresentou. Alto, magrelo, mas com um sorriso maravilhoso.

– Oi Kyu – Maria sorria simpaticamente. Ela até estranhava o quanto estava amável naquele momento.



E então ela olhou para Jack, deu um sorriso imenso e ficou nas pontas dos pés ainda com seu salto alto. Ela pôs os braços em volta do pescoço de Jack e deu um beijo leve em seus lábios. Jack nem tocou nela, mas retribuiu o beijo. Ela mordeu o lábio do noivo e o largou de repente.


– Fou fumar – Ela falou. Jack bufou alto revirando os olhos – Algum de vocês fuma e gostaria de vir comigo? – Sorriu, relevando o noivo.

– Eu vou – Donghae sorriu para ela – Não fumo desde que chegamos aqui na Alemanha...

– Puts... – Jack passou a mão nos cabelos – Só tome cuidado para nenhum papparazzi te pegar Donghae...

– Não se preocupe – Respondeu.


Maria puxou Donghae pelo braço e eles saíram praticamente correndo (tecnicamente foi Maria que arrastou Donghae para sair correndo) pelo outro lado do saguão. Ela tomou todo cuidado para que Justin, Carol e Sarah não a vissem com o coreano.

A morena foi para o gramado que tinha atrás do hotel. Ela subiu a blusa até a altura do sutiã, e Donghae franziu o cenho. Ela pouco se fudia, ele era coreano e protegido de Jack, nunca ia comentar nada com ele. Ela tirou de dentro da saia uma caixinha de Calton e um isqueiro. Deu a caixa para Hae. Ele tirou um cigarro e ela acendeu o dele, e logo depois o dela.


– E então... – Ela começou, mas antes dela começar uma conversa, Hae á interrompeu.

– Á quanto tempo gosta de Justin Bieber? – Ele perguntou, dando um sorrisinho para ela.


Maria arregalou os olhos. Ela deu uma grande tragada no cigarro e começou a rir nervosamente.


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– Han, er... Do que está falando? – Merda, ela estava muito nervosa.

– Ah, fala sério Maria – Ele riu alto – Dá para perceber que você gosta dele.

– Como assim, dá para perceber?

– Ué, simplesmente dá... – Ele gargalhou.

– Caralho, me respeita. Eu vou casar com teu empresário. Não gosto de Justin porra nenhuma, nem sei de onde você tirou isso...

– Tirei isso do jeito que você olha para ele.


Maria engoliu á seco. Era tão obvio assim?

Ela deu mais uma tragada no cigarro e o jogou em qualquer canto do jardim. Ela saiu andando de volta para o hotel e sentiu Donghae á seguindo.


– Maria! – Ele á chamou – Qual é, não queria te chatear...

– Ah, cale a boca... – Ela começou a sentir as lágrimas chegando – Você me conhece á dois minutos... Como tem coragem de falar algo assim para mim? Puta que pariu...


Ela soltou lágrimas do nada. Céus, ainda tinha álcool no seu sangue, só podia.


– D-desculpe... – Ele falou, ao perceber a reação da morena – Queria te enfrentar por que considero Jack um ótimo cara e...

– Ele não é para mim, entendi – Ela falou.

– Não! – Repreendeu – Não é isso e...


Maria nem ouviu o que Donghae tinha á falar. Saiu correndo de volta para o saguão. Os seu salto batia no chão freneticamente, e chamou a atenção do seu grupo de amigos quando passava correndo por atrás deles.


– MARIA! – Ela ouviu Carol á chamar – O que...


Maria não deu bola. Correu até Jack estava com os outros coreanos. Ela o olhou.

Seu noivo. O seu namorado á dois anos. Tão bonito, tão simpático, tão perfeito. E ela pertencia á outro homem. Não, Jack pertencia á outra pessoa. Ele não era dela. Ele nasceu para outra pessoa.


– Maria, o que houve? – Jack perguntou com um tom de desespero.


Ela não respondeu. De novo. Limpou as lágrimas do rosto e caminhou até ele.


– Podemos conversar mais tarde? Não estou me sentindo muito bem... Por favor – Maria pediu sussurro. Ele passou a sua língua sobre os lábios e assentiu.

– Eu também preciso conversar sobre um assunto sério com você – Ele falou – Podemos almoçar juntos?

– Acho que sim – Ela deu um leve sorriso, pondo uma mecha do seu cabelo para trás da orelha – Até.

– Até.


Ela se inclinou e deu um beijo na testa de Jack. Ele sorriu e olhou para trás. Maria seguiu o olhar do noivo. Lá trás, estava parado o seu grupo de amigos. Inclusive o seu amor. Ele á chamou com um gesto e ela saiu praticamente para o lado deles logo depois de agarrar sua garrafa de tequila.


– Oi Sarah – Jack cumprimentou a loira com um aceno.


Sarah estava morrendo de tão bêbada. Ela piscou os olhos várias vezes, e arregalou os olhos para Jack.


– Meu Deus, você está mais alto – Ela fez uma cara de desconcertada. Depois ela levou a mão para a boca – Deus, vou vomitaaaaaaaaaar – Ela gritou.


O grupo se olhou. Maria engoliu a seco e não olhou para trás, puxou a prima pelo pulso e saíram correndo até o elevador. Eles entraram e os olhares se voltaram para Maria. Ela suspirou, e passou a mão sobre os cabelos. Fez um rabo de cavalo no seu cabelo com uma chuchinha que ficava sempre presa no pulso.

Por mais estranho que era, eles estavam em silencio. Completo. Nem um pio.

O elevador apitou, dizendo que tinha chegado no oitavo andar do hotel. Os quatro saíram do elevador e suspiraram praticamente juntos. Todos estavam de ressaca, ou um pouco bêbados (como Maria e Sarah) e com cara de sono. Mas Maria... ela aparentava estar com sono, mas não estava. Jack surgindo, brotando, sei lá o que, do nada, foi o máximo nas férias inteiras.


– Bem, Maria – Carol quebrou o silencio – Eu vou dormir com Sarah.

– Por que? – Maria fez um bico.

– Olhe para ela Maria – Justin sussurrou. Sarah estava praticamente babando no ombro de Carol. Estava muito mal a pobre coitada.

– Ok – Maria sorriu – Er, eu vou entrar no meu quarto...


Carol abriu a sua bolsa marrom e tirou de dentro a chave do quarto de Maria e devolveu para a morena. Maria tinha pedido para a prima guardar a sua chave.


– Posso te acompanhar até o quarto? – Justin perguntou sorrindo para Maria.


Carol soltou uma risada e saiu sem se despedir carregando Sarah. Elas sumiram no corredor gigantesco e Justin e Maria saíram na direção dos seus respectivos quartos que ficavam na mesma direção.


– Aquele era Jack? – Justin perguntou sorrindo para a morena.


Ela parou de andar bem na frente do seu quarto. Ela olhou para o loiro com a testa franzida.


– Acredito que sim.

– Bem, eu imaginava ele de outra forma.

– Como você imaginava?

– Sei lá, um pouco mais baixo.

– Ele tem 1,89 – Riu.


E então ficou um silêncio. Eles se olharam. Maria então tomou a iniciativa e se inclinou. Deu um beijo de leve nos lábios de Justin. Ele segurou a cintura da morena, e retribuiu o beijo. Eles se separaram bruscamente, quando ouviram o maldito som do elevador.

De lá, saiu Jack e seus coreanos alheios. E eles saíram rindo, sorrindo, brincando. Até olharem para Maria e Justin na frente do quarto da morena.

Mas Jack não foi falar com a noiva. Preferiu ficar longe. Apenas deu as costas e saiu andando.


– Você acha que ele viu? – Justin perguntou meio que num sussurro.

– Não, a gente se separou antes – Maria falou estranhando, observando o noivo desaparecer no corredor longo – Vou entrar...

– Posso entrar com você? – Justin levantou as sombrancelhas, sorrindo maliciosamente. Maria deu uma gargalhada.

– Jus, estou cansanda.

– Entendo – Ele fez um bico muito fofo – Ok, até amanhã.

– Hoje na verdade – Ela sorriu – Até.


Justin acenou e saiu pelo outro lado do corredor. Maria abriu seu quarto, e entrou dentro dele. Correu até sua cama, tirou seus sapatos, e caiu bruscamente em cima de seu colchão.

Ela coçou os olhos. Aquilo era realmente real? No dia que ela finalmente conseguiu se dar ‘bem’ com Justin, e... Ok, tecnicamente com Sarah, ela acaba encontrando Jack.

Mas Jack era perfeito. Como homem, como qualquer outra coisa. Como ela não podia amar ele? Ia ser muito mais fácil não ia? Ah Deus...

Mas pela primeira vez, ela estava feliz com a sua escolha. Afinal, ela estava bem com Justin. Será que o destino reservava alguma coisa para ela no final das contas?

A morena tirou a saia, ficando apenas com a blusa. Ela suspirou, e se virou para o outro lado da cama.

Ei, calma.

Jack estava escondendo alguma coisa dela. Mas o que será? Ela tinha que descobrir. Mas uma coisa a morena tinha certeza: Era sobre ela. E provavelmente Justin.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.