A Babá

Capítulo 11


Capítulo 11.

-Nossa! –exclamei.

O quarto dele era totalmente diferente do que eu imaginei que seria. Ao invés da bagunça que geralmente se encontrava no quarto de garotos, o dele estava totalmente arrumado, havia rosas por todo o lugar e velas acesas. Aturdida, eu olhei para ele e murmurei:

-Pensei que fosse desarrumado...

Então ele coçou a nuca, constrangido, antes de responder:

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

-Na verdade, eu arrumei, porque tenho algo para falar para você...

Curiosa eu olhei para ele, ansiosa por saber o que estava para acontecer. Eu estava com medo de juntar as peças. Mas por que eu deveria ter medo? Se ele fosse fazer o que eu estava achando que ele vai... Eu deveria ficar muito feliz! Ou não? Não, com certeza eu devo ficar, afinal, ele é lindo, e muito lega.

“Pare de criar expectativas, ele pode muito bem não falar nada do que você esta imaginando” contestou uma vizinha em minha cabeça.

“Não destrói com as minhas esperanças. Ou melhor, as nossas, já que você sou eu” respondeu uma outra voz em minha cabeça.

“Não, não. Você quer uma coisa e eu quero outra. Você quer esse brutamontes, e eu quero Edward!”

“Como assim você quer Edward? E, por que Edward?” a outra voz parecia indignada.

“Ora, você já viu aqueles olhos? Aquela boca? Aquele cabelo? Aquele corpo? Acorda” respondeu.

“Você fala como se Emmett não fosse TUDO ISSO”

“Ele pode até ser, mas, ele não tem aquela personalidade forte do Ed”

“Ed? Que intimidade com o Cullen!”

“Você deveria parar com isso, pois lá no fundo, você gosta dele!”

-AAH. Cala a boca! –eu disse, baixo para mim mesma.

-Como? –Emmett me olhou assustado.

-AAAH, nada, me desculpa, continua –respondi extremamente envergonhada, eu podia sentir minhas bochechas queimando.

-É, tudo bem... bom... eu sei que é meio cedo para dizer isso... mas... –ele parou, suspirou, e olhos nos meus olhos –Eu queria tentar alguma coisa com você –eu tentava desviar meu olhos, mas, não conseguia.

--O que você quer dizer com “Tentar alguma coisa” –fiz aspas.

-Bom... na verdade eu queria dizer “Ter um relacionamento com você” –fez aspas –Mas, eu acho que está cedo para isso. Então eu pensei que nós poderíamos tentar –suspirou e desviou seu olhar.

-Bom... eu... –eu não sabia o que dizer, eu nem sabia se esperava por isso.

-Você não precisa me responder nada agora, alem do que, você está “trabalhando” –fez aspas –mas, antes de qualquer coisa, eu queria te dar uma coisa –ele se virou e fio em direção ao seu criado-mudo. Abril a gaveta e retirou uma caixa longa de veludo preto e veio em minha direção, parando em minha frente –Eu comprei isso para você, espero que goste –ele abriu a caixa, e me revelou uma linda pulseira com um pingente rosa em formato de um circulo.

-É muito bonito Emmett, mas, eu não posso aceitar.

-Por que não? –perguntou, meio cabisbaixo.

-Alem de ter sido muito caro, eu não posso aceitar um presente seu. Mas, e vou pensar no que você me disse. –assim que eu terminei de falar, eu abri a porta, e fui descer as escadas. Quando eu estava nos últimos degraus da ultima escada, eu tropecei. Eu fechei meus olhos, esperando pela queda, mas ela não aconteceu, ao invés disso, eu senti dois braços me envolvendo. Quando eu abri meus olhos, vi que os braços eram de Edward.

Ele ficou olhando dentro dos meus olhos por alguns segundos, sem fazer menção alguma em me soltar.

Você pode me soltar agora –disse, assim que eu sai do meu “transe”

-AH, é, desculpa –ele me soltou, meio envergonhado.

-Espera, você pediu desculpas? –perguntei, impressionada.

-É... isso não é o certo a se fazer Srta. Espertinha? –debochou. O resquício de preocupação e uma outra coisa que eu não conseguia identificar naqueles olhos verdes, havia desaparecido e seus olhos haviam voltado a transparecer ser incessíveis e debochados, mas, no fundo ainda havia aquela coisa que eu não conseguia ver o que era.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

-Você é ridículo Cullen –disse e passei por ele.

Eu às vezes não conseguia entender ele. Uma hora ele é bom, simpático, mas em outra ele é ridículo, idiota, incessível...

Fui tirada de meus devaneios por Alice, que estava na minha frente, me olhando.

-O que foi Alice? –perguntei.

-Nada, eu só estava vendo o quanto você está diferente –deu se ombros.

-Como assim, diferente?

-Ora, você está vestindo roupas melhore –olhei para ela com uma sobrancelha arqueada –sem ofensa , claro –se redimiu –E, não sei, parece que você está mais confiante também.

-Nossa, eu na percebi nada disso.

-Geralmente as outras pessoas que percebem. Mas, vamos deixar isso de lado, e vamos conversar sobre a minha festa de aniversário –ela sorriu e me puxou para sentar no sofá.

-Ok. Como está indo o andamento da sua festa? –perguntei.

-Está ótimo. Logo tudo vai ficar pronto, agora só me falta arrumar o príncipe –sorriu meio forçada.

-Deve ser difícil não é? Você deve estar cheia de garotos pedindo para ser seu par na sai festa. –ri.

-Bom... é, mas... –ela começou, mas parou logo de imediato.

-Mas o que?

-É que eu gostaria que uma certa pessoa fosse o meu par –seu rosto ficou vermelho assim que ela terminou de falar.

-Então o convide.

-Bem que eu queria, mas, ele é o garoto mais lindo de toda a escola. Eu duvido muito que algum dia ele olhou para mim. Ale, do que, sempre que eu chego perto dele, eu nunca falo coisa com coisa.

-Bom, eu não sou a melhor pessoa para dizer isso, pois eu não conheço ninguém que gosta de mim ou algo do gênero, mas, tente sentar do lado dele ou algo assim, que o assunto vai vir naturalmente. E, sobre o fato dele nunca ter olhado para você, eu não acredito muito nisso, pois você é linda. Eu aposto que quando você o convidar, ele vai aceitar na hora.

-Bom, eu não acredito muito nisso, mas, eu não tenho nada a perder mesmo. –ela sorriu e se levantou –AAH, Bella, isso o que você falou, que não conhece ninguém que goste de você... você está muito enganada, pois eu conheço dois –ela começou a ir em direção as escadas.

-E quais são esses dois? –perguntei, rindo.

-Ora Bella, o Emm e o... –quando ela ia terminar de alar, Edward apareceu do nada, e tampou sua boca com a mão.

-Irmãzinha, nós temos uma coisa para conversar –ele tirou sua mão da boca dela, e a puxou escada à cima pela mão.

-Por que a cada dia que passa, ele parece ser ainda mais maluco? –perguntei para mim mesma.

[...]

-Correu tudo bem Bella? –Esme perguntou, assim que eu estava indo embora. Eu já havia me despedido de todos.

-Sim, correu tudo bem sim. Eles já jantaram, e, não se preocupe, não foi nada gorduroso ou coisa do gênero. –respondi.

-Ora, você não precisava fazer o jantar. –ela disse, doce.

-Eu sei que não, mas, eu gosto de cozinhar. –sorri.

-Bom, você é quem sabe. Amanha nós combinaremos a sua carga horária e o seu pagamento.

-Você não precisa me pagar Esme.

-Não. Eu preciso sim. Por favor, vai ser uma desfeita para mim se você não aceitar –insistiu.

-Bom, já que você insiste, tudo bem. –sorri.

-Então nos vemos amanha. E, para facilitar, venha com Edward amanha. Eu vou esperar vocês aqui, e logo depois vou ir trabalhar. –ela sorriu, animada.

-Ok –respondo. Eu ia dizer que não, mas, seu ar de animação me impediu.

-Então até amanha.

-Até –sorri e sai da casa, mas logo me lembrei que eu estava sem carro, e que eu não sabia sair daquela floresta. Então eu voltei e bati na porta. Edward a atendeu.

-Você esqueceu alguma coisa? –perguntou ele, gentilmente.

-Bom, sim... –disse cuidadosamente –Eu me esqueci que eu havia vindo de carona –dei um pequeno sorriso envergonhado.

-Ah sim, bom, eu vou avisar minha mãe que eu vou te levar, espera só um minuto aqui fora, eu já volto –dito isso, ele fechou a porta.

-Que ótimo, ele nem me deixou esperar do lado de dentro –eu mau terminei a frase, e a porta se abriu novamente, me assustando.

-Vamos? –perguntou.

-Ah, vamos... –respondi. Como ele havia sido rápido. E, ele voltou com a jaqueta, mas, a jaqueta não estava perto da porta e o quarto dele era no terceiro andar... “Será que é uma boa mesmo ir com o Cullen, sozinha, em um caro fechado e passar por uma floresta escura onde ninguém pode ouvir meus gritos?” Eu sabia eu não devia, mas, eu ainda não havia desistido da possibilidade dos Cullen serem vampiros. Bom, não todos os cullen, mas, Edward talvez... “Para de pensar besteira!” disse uma voz na minha cabeça. Provavelmente era a louca que tinha uma “queda” pelo Cullen.

Como eu estava perdida em meus pensamentos, eu nem havia percebido que nós já estávamos em frente ao carro e que o Cullen estava segurando a porta aberta para mim, me olhando meio estranho.

-É, obrigada –respondi. Eu não sabia a quanto tempo ele estava segurando a porta aberta. Ele deve estar achando que eu sou uma idiota. Depois que eu entrei no carro, ele deu a volta e fez o mesmo.

-É melhor você se segurar. –ele disse.

-Por que eu deveria... –mas, antes que eu pudesse terminar a frase, ele arrancou com o carro, e começou a dirigir em alta velocidade. –Para o carro, ou anda mais devagar, eu não quero morrer hoje. –ele não respondeu nada, apenas riu e continuou aumentando a velocidade. Menos de cinco minutos depois, nós já estávamos na metade da estrada de Forks.

-Espero que você esteja se divertindo, pois eu estou muito!

-Espera, nós já passamos da minha casa... Espera, de novo, nós estamos saindo dos limites da cidade. Pra onde você está me levando? –perguntei, aturdida. Eu sabia que eu não deveria ter ido sozinha com o Cullen, onde eu estava com a cabeça? Ele é um vampiro que está tentando me levar para um lugar longe para beber meu sangue. Eu devo ser a cantante dele como dizia no livro.

Com medo, eu fechei meus olhos, esperando pelo quer que fosse acontecer.

-Você não precisa ter medo. Eu não vou chupar seu sangue ou algo do tipo. Eu não sou um vampiro igual ao da Saga Crepúsculo –ele riu. Então eu abri meus olhos, e percebi que nós havíamos parado.

-Eu não estava pensando isso. E, onde nós estamos? –perguntei, olhando em volta.

-Nós estamos no meu segundo lugar favorito –ele respondeu, aparentemente entretido com algo que eu não conseguia ver.

-Ta, e por que você veio para cá?

-Por que me deu vontade de vir –deu de ombros.

-E você não podia ter matado essa vontade, depois de ter me levado para casa?

-Poderia, mas, ai vem a parte meio estranha... –ele suspirou –Me deu vontade de vir aqui com você.

Eu não sabia o que falar. Era tudo estranho e lindo ao mesmo tempo. Depois de alguns minutos, eu resolvi quebrar o silêncio que se instalou no lugar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

-É... que lugar esse? –perguntei, coçando minha nuca.

-Aqui é uma espécie de penhasco. Daqui é possível ver toda a cidade de Seattle –ele sorriu.

-Bom, eu não estou conseguindo ver nada. –ele não me respondeu nada, ele apensas saiu do carro, deu a volta e abriu a porta do carro para mim.

-Bom, de dentro do carro não dá para se ver nada, mas, do lado de fora –ele sorriu e me seu a mão para me ajudar a sair do carro. Então eu segurei sua mão e sai.

-Nossa, aqui é lindo, muito lindo –eu disse, maravilhada –Nossa, eu nunca pensei que você seria capaz de gostar de um lugar assim – comentei, sem querer.

-Obrigada pela parte que me toca. E, é, eu tenho a capacidade de gostar de um lugar assim. Eu vinha aqui com meu pai, nos fins de semana em que ele não trabalhava para ver o por do sol –ele sorriu.

-E, vocês não fazem mais isso? –a pergunta escapou sem querer por minha boca.

-Não. Ele ficou ainda mais ocupado e não pode mais. Minha mãe se ofereceu quando eu estava com 10 anos, mas, não era a mesma coisa. –ele respondeu.

-Eu não sei o que dizer. Não, na verdade eu sei sim, eu tenho que ir embora. eu não sei se você se lembra, mas amanha ainda é terça-feira, e nós temos aula. –eu fui em direção a porta do carona e entrei., logo em seguida, Edward entrou também. –Antes de você ligar o carro, você não precisa correr igual a um louco está bem?

-Tudo bem. Eu vou dirigir no limite de velocidade. –dito isso, ele ligou o carro e começou a dirigir.

Até que não havia sido tão ruim. Quando nós estávamos indo para minha casa nós ficamos conversando. Até que Edward não era uma pessoa tão ruim assim. A nossa conversa estava tão interessante, que eu mal havia percebido que nós havíamos parado em frente a minha casa.

-Bom, eu vou entrar.

-Tudo bem.

Nós ficamos em silêncio por algum tempo. Eu não queria entrar, e isso era muito estranho.

-É, você quer entrar? –perguntei, bom, na verdade a pergunta fugiu da minha boca.

-Claro –ele então saiu do carro e eu o imitei. Quando nós estávamos chegando na porta da minha casa, eu me virei, dando de cara com ele. Seu rosto havia ficado a centímetro do meu e parecia que estava se aproximando ainda mais.

-Bom, eu acho melhor você ir para casa, está tarde –ele não disse nada, apenas me deu um beijo na testa, e voltou para o carro. Ele entrou, ligou o carro e desapareceu na escuridão da estrada.