Não foi preciso muito tempo para Isabella se sentar junto com Harry, Hermione e Ronald. Os três logo perceberam que os boatos horripilantes sobre a garota não eram verdadeiros. Tão pouco os relacionados com Harry. Todos estavam reunidos para ter uma aula sobre como se defender com o professor Snape e o professor Lockhart. Os acontecimentos recentes levaram a decisão geral de que os alunos teriam que se defender. Então teriam que treinar.

Isabella começou uma luta com uma garota enjoada de sua mesma casa. E Harry lutava com Malfoy. E Rony junto de Hermione.

-Feitiços somente para desarmar – avisou Lockhart pela vigésima vez aos inúmeros bruxos que balançavam suas varinhas animados. Foi quando tudo saiu do controle. Draco atiçou uma cobra contra Harry usando de um feitiço conhecido e Isabella petrificada lembrou-se de uma cena.

Flash Back On:

Estavam em um passeio da escola na praia de La Push quando as duas amigas foram paradas por uma cobra. Algo dizia a Isabella que a cobra era perigosa. Vendo a amiga petrificada disse:

-Ah vamos cobrinha... Não faça isto. Eu gosto de cobras, são tão corajosas... Mas às vezes devemos parar de ser tão orgulhosas e ceder ao que você considera inimigo. Por que este inimigo pode se tornar um verdadeiro amigo. Não vou lhe fazer mal cobra – começou a dizer a bruxinha que na época tinha nove anos somente.

Então a cobra subitamente parou e voltou para aos emaranhados da floresta local. Se não fosse apenas uma garotinha teria questionado o fato de um animal ter ouvido claramente o que ela lhe tinha falado.

Flash Back Off:

-Vamos cobra. Pare com isto – eu ordenei a ela e ela parou me ouvindo.

-Isto mesmo escute a Tia Bella, cobrinha – ironizou Harry. A bruxa socou seu ombro de brincadeira enquanto fitava a cobra que parecia ter plena consciência de nossas palavras. Deveria ser uma coisa comum de bruxos falarem com as cobras. Imaginou a garota. Ela não sabia o quanto estava errada.

Realmente todos olhavam espantados para os dois que nem imaginavam que falavam uma língua desconhecida. O professor Snape com um gesto fez a cobra desaparecer e dispensou a todos. A grande maioria saiu tremendo lançando olhares para os dois bruxos.

-Bells. Harry – disse Hermione nos olhando assustada e Rony fazia o mesmo. Os dois ofidioglotas se entreolharam confusos. Não entendiam o motivo de tanta agitação e comentários por onde passavam. E agora os amigos pareciam brancos como se tivessem visto fantasmas e ansiosas por alguma resposta.

-O que foi Mione? – disse Bells se sentando ao lado da amiga. Esta a olhou nervosa antes de finalmente começar a falar.

-O que foi aquilo? – a amiga perguntou arfando.

-Do que você está falando? – agora era Isabella que perguntava confusa. Harry também estava, mas permaneceu quieto.

-Vocês falando com as cobras numa língua esquisita – disse Rony irritado.

-Não entendo. Pensei que falar com cobras fosse algo natural para bruxos. E não estávamos falando nenhuma língua esquisita. Não que eu tenha percebido – falou Harry rapidamente.

-Muito menos eu. Esta história esta muito estranha e também não entendo porque tanto alvoroço! – completou Bella.

-Escutem aqui vocês dois – disse Hermione que já sentia sua mão suar frio – Salazar Sonserina era O oflidioglota. Ele podia falar com as cobras. Muitos dos seguidores de Voldemort...

-Você sabe quem... – retrucou Rony.

-Dumbledore nos disse que o medo de um nome só aumenta o medo da própria coisa. Como dizia... Muitos dos seguidores de Voldemort eram da Sonserina e uns... Raros. Mas uns podiam falar a língua das cobras também. Nunca se perguntaram o porquê do símbolo da Sonserina ser uma cobra?

Bella e Harry estavam chocados com as informações recebidas. O que isto queria dizer? Que metade da escola achava que eles eram herdeiros de Salazar? Não. Não faria o menor sentido.

-Isto nos volta à hipótese que levantamos na biblioteca... Agora não há como negar. Seus pais não são Renée e Charlie – continuou Hermione.

-Mas quem são? E se o passado deles é tão sombrio assim porque Snape está envolvido nesta como padrinho? - questionou Harry.

-Sabemos do presente de Snape não de seu passado – disse Rony emburrado.

-Não. Não acho que tem haver com a genética. Nenhum dos antecessores de Harry chegaram a colocar os pés na Sonserina – concluiu Isabella.

Depois disto seguiram para sua próxima aula. O assunto era falado frequentemente pelos amigos e Hermione junto com sua nova companheira para leituras tentavam procurar informações sobre a tal da Câmera Secreta que alguns alunos falaram. Estava tudo relacionado e não foi tão difícil de perceber isto. A Câmera Secreta seria aberta diziam boatos. Boatos. Nada confirmado. Boatos poderiam ser bem mentirosos. Mas algo dizia para as garotas que eles estavam certos naquele momento.

-Professor Snape... Padrinho... Hey – tentava chamar Bella uma vez enquanto o via passar pelo corredor. Ele parecia concentrado em fingir não notar sua presença. Porém decidida em fazê-lo parar ela segurou-o pela capa.

-Srta. Swan? – falou ele por fim rabugento.

-Preciso falar com o senhor – disse formalmente a garota.

-Creio que não seja possível estou muito ocupado com minhas obrigações acadêmicas – respondeu com cara de poucos amigos.

-É sobre a nossa família – declarou por fim tentando o fazer parar de andar. E funcionou. Ele parou impaciente e se virou fitando-a intensamente – Bem... Meus pais não são Renée e Charlie, não? Veja bem... Não tem lógica alguma. Caso contrário eu não estaria na Sonserina e muito menos vocês conheceria meus pais. Não é muito comum amizade entre trouxas e bruxos se me permite dizer.

-Ótima dedução e posso afirmar que está certa sobre tudo que disse – começou Snape impressionado.

-Então... Você vai dizer?

-Não.

-Mas...

-Um elogio não significa que você irá ter uma resposta. Não me entenda mal. É um assunto delicado e além do mais você não está pronta para saber da verdade por hora – finalizou Snape antes de sair andando o mais rápido possível para a sala dos professores.

Se desejava obter mais uma resposta de nada conseguirá. A não ser pistas sem sentido e mais questões martelando em sua cabeça. Ao menos tinha certeza da verdade. Bufou. Disto ela já sabia faz algum tempo porém não queria admitir. Quando chegou novamente a biblioteca Hermione riu dizendo:

-Poderia ser pior... Acredite, conheço Snape.

A menina deu de ombros continuando a olhar diversos livros espalhados em cima da mesa. Horas depois resolveu se deitar exausta. Se ela esperava um sono tranquilo deveria parar de ter falas ilusões porque o que teve foi bem longe disto.

-Por favor, Bella. Ajuda – gritou agonizada uma garota ruiva. Ela olhava suplicante na direção de Isabella.

-Não se esqueça de que estaremos aqui com você – disseram seus amigos de Hogwarts. Foi quando viu seus pais.

-Vocês mentiram para mim – acusou a morena.

-Você preferia a verdade? Você quer a verdade querida, mas você consegue conviver com ela? Eu acho que não.

Um trem chegou e todos embarcaram. Todos menos Isabella. Ela ficou parada ali a chuva molhando suas vestes e seu cabelo soluçando muito. A Isabella do sonho tinha muito medo. Não de monstros ou criaturas místicas. A Isabella do sonho tinha medo de si mesma.