Dream Land - o Jardim

Capítulo 11 - Aiie, Elliot


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[Nar.Anne]

Acordei, na verdade me acordaram. Deve ser umas 9h ta manhã. Lavei o meu rosto com a água que trouxemos, e peguei uns pães, o Trevor fez o mesmo. Fiquei um tanto sem graça por estar reparando tanto nas orelhas de cachorro...ou de raposa dele.

Ele riu da minha expressão.

-Posso pegar? – Eu perguntei olhando para as orelhas. Ele deveria me achar estranha, mas quem mandou nascer com orelhas de raposa?

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-Uh...ta.

Rimos juntos.

-Você se transforma em uma raposa?

-É...por ai.

-Você tem quantos anos?

-35.

-Hã? – Eu perguntei pasma. 35 anos? Como?

-Tanto os druidas como os elfos vivem muito mais tempo. Mas a idade de amadurecimento é diferente, acho que eu tenho a mentalidade de um garoto humano com 15 anos no máximo.

-Vamos voltar à viagem? – Gritou o Elliot enquanto subia no dragão.

-Ah, sim. Até esqueci disso. Vamos. – Eu disse.

Eu me levantei e o Trevor segurou a minha mão.

-Anne... – Ele disse.

-O que?

-Só tome...cuidado com os vermelhos.

Acho que toda vez que eles falam ‘’vermelhos’’ significa ‘’tome cuidado com o Elliot’’.

Fiz que sim com a cabeça, afinal, o que mais eu poderia dizer?

Como Elliot já não estava mais ‘’no chão’’ (ou seja, no ar), eu fui com o Trevor. Pois as gêmeas são mesmo inseparáveis.

Estávamos em pleno vôo. E Elliot olhava frequentemente para baixo, e eu me perguntava o por que.

Uma hora ele do nada voou para baixo.

-Elliot, para aonde está indo? – Perguntou a Amy.

Como ele não nos respondia nós o seguimos.

-Vocês vão ver. – Ele respondeu.

Percebi que onde o Elliot havia pousado, a poucos metros havia uma cabana que parecia um tanto abandonada.

-Elliot, o que...? – Eu disse.

-Ramon? - Disse o Elliot. – Sai daí.

As gêmeas fizeram uma cara de ‘’você está doido?’’ as orelhas do Trevor se empinaram derrepende, como de quem ouviu algo.

Momento surpresa, uma flecha passou por nós e acertou a parede da cabana.

-Ah, Aiie, Elliot. – Disse uma figura de um menino alto com cabelos loiros cumpridos.

As orelhas...ele também é um elfo. – Pensei.

-Arroye gai nile hayüe to arru bahmn . – Ele retornou a falar em uma língua que eu não conhecia. – Arro tue arruega?

Percebi o sotaque engraçado que ele tinha. Era parecido com o do Elliot, puxando o ‘’R’’, e arrastando um pouco a vogal, sem pausa entre elas.

-Lily no Amy, Anne, ra canketä, tue… Trevor, ra transforhyo.

Ele nos olhou com uma expressão cansada, e fez um gesto para entrarmos.

-O que foi aquilo? – Perguntei para o Elliot em voz baixa.

-Língua Élfica

Sentamos no sofá, as gêmeas com aquele ar de desconfiança de sempre, e o Trevor com uma expressão de dúvida.

Ramon se sentou no sofá á nossa frente, e o Elliot disse:

-Posso te pedir um favor?

-O que? – Confesso que fiquei surpresa ao ver que ele estava falando nossa língua.

-Me empresta a Junkun?

-Junkun... – Ele coçou a cabeça. – É uma viagem tão perigosa assim para eu emprestar o meu bebê?

-Estamos procurando pela chave, sabe.

-E o meu pai. – Eu me intrometi.

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-É, e o seu pai.

Ele fez uma cara de surpresa.

-Hum...entendo. – Ramon retornou a falar.

-Podem entrar, vou procurar pela Junkun. – Ele disse abrindo a porta da cabana.

-Elliot, o que viemos fazer exatamente aqui? Não é hora de visitar parentes ou amigos, Elliot. – Disse a Lily.

-Visitar? Quem falou em visitar? Quero só pegar a Junkun e dar o pé. – Disse o Elliot se sentando em um sofá.

-Elliot, o que seria exatamente Junkun? – Eu perguntei.

Ele pegou um arco e flecha da mochila que carregava.

-Ramon foi o meu amigo de infância, pensa que só pelo fato de eu não ter pais significa que não posso ter amigos? – Ele deu um riso triste. – Ele brincava comigo e tal, eu, ao contrário dele, não era muito bom com arco e flecha.

Ele fez uma pausa e olhou para mim, acho que ele estava se referindo no dia que ele quase me matou com uma flecha, o dia que eu o conheci.

Ele continuou:

-Mais um motivo para não ganhar a confiança da família Vanyar. Ele me ensinou tudo que eu sei, Ramon se tornou um grande paladino, ganhou a confiança de todos...então ganhou um arco galês, como recompensa por matar um Basilisco que havia invadido Dream Land á uns 20 anos atrás...o nome do arco é Junkun, foi feito com os ossos do próprio Basilisco, dizem que as flechas são inacabáveis.

-Que história interessante. – Disse a Amy.

-E o que você acha, Trevor? – Eu perguntei.

-Acho melhor ficarmos mais fortes possíveis, o que nós estaremos á enfrentar não é um sonho comum.

O Ramon entrou na sala carregando um arco e flecha.

-Tome cuidado com o meu bebê.

-Pode deixar. – Disse o Elliot rindo.

Ele deixou com o Ramon o arco e flecha que foi substituído pela Junkun.

-Aiio, Elliot. – Disse o Ramon.

Voltamos para a nossa viagem de vôo.

* * * * * * *

Passou-se 1h e meia, conseguimos atravessar o jardim, finalmente.

-Quanto tempo agora?

-Para chegar a Nightmare Land demoraria...acho que umas 5 ou 4 horas.- Disse a Lily.

Desabei nesse momento. Fala sério, mais de 8 horas de viagem?

-O lado ruim é que já estamos nas florestas do outro mundo, é melhor irmos por terra antes de arrumarmos confusão. - Disse a Amy.