Um Estudo em Carmim

Capítulo 9 - Explicações


_Gina, que surpresa agradável! Como vai? – Hermione estava feliz pela visita de sua amiga.

_Estou bem. Mas e você? Eu soube que Draco viajou. – Gina parecia preocupada.

Hermione sorriu de leve, abaixando os olhos um pouco:

_Estou bem, tentando sobreviver a distância. Mas por favor, entre. Tenho algo para lhe mostrar.

Ambas dirigiram-se até o local onde a urna estava depositada.

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_Veja, Gina. Encontrei entre as minhas coisas, é um artefato muito poderoso.

_É linda, Mione. Mas que artefato é esse?

_É conhecida como Urna da Morte. Diz a lenda que ela faz parte de um conjunto de 14 urnas que conteriam 14 maldições.

_Mas porque 14 urnas?

_Pelo que descobri, são as urnas egípcias em que foram guardados os restos mortais de Osíris quando este foi morto por seu irmão Seth. De acordo com a lenda, Seth matou seu irmão e o esquartejou em 14 partes colocando em 14 urnas. Ísis, esposa de Osíris recuperou as urnas, reuniu as partes do corpo e com a ajuda de outro deus ressuscitou seu marido. Essa é a lenda que os trouxas conhecem. Agora vem a parte que desconhecem: Seth teria enfeitiçado as urnas para que fossem chamadas pelas partes do corpo de Osíris, de modo que ele nunca pudesse voltar. Então Ísis temendo que as urnas exigissem o corpo de seu marido novamente, colocou dentro de cada urna um objeto que com o tempo se tornou amaldiçoado. Aqueles que encontram essas urnas e utiliza-se desses objetos acaba vitima da urna, que lhe toma o equivalente a parte do corpo do deus.

_Mas porque uma pessoa seria burra o suficiente para tomar esse objeto para si?

_Porque mesmo amaldiçoado é um objeto mágico de grande poder, Gina. Para alguns bruxos, principalmente aqueles amantes das artes das trevas, mesmo que fosse exigido algo em troca, deter este poder seria a glória. Esses objetos possuem o poder dos deuses.

_E você sabe o que contém nesta urna?

_Ainda não, mas desconfio que seja a urna equivalente ao coração de Osíris. Por isso o nome “Urna da Morte”, já que o coração é o órgão da vida. Se ele fosse tomado, seria a morte. E sabe o que é mais incrível? É a última urna existente. As outras 13 foram destruídas.

_Mas como descobriu tudo isso, MI? Não é possível que haja essa lenda nos livros de Hogwarts.

_E não descobri lá. Vítor me deu um contato que me explicou algumas coisas, outras eu deduzi.

_Vítor? Mas o que ele tem a ver com as urnas? Melhor como ele sabia sobre elas?

_Parece que as urnas foram enviadas juntas para a região aonde hoje é a Hungria pela própria Ísis, a fim de ficar longe das terras do Egito. Lá que nasceu a Lenda das 14 Urnas da Maldição. Essa é a Urna da Maldição da Morte.

_Nossa, é tudo incrível, Mi. Mas o que você pretende com essa urna afinal?

_Quero saber o que há dentro dela e depois destruí-la.

_Mas... mas... – Gina estava assustada. – Não é perigoso abrir, afinal o objeto pode tomar-lhe o coração.

_Não há perigo. Você precisa querer tomar o objeto e seu poder para si. De outra forma a maldição não pode te atingir.

Hermione alisava a urna com certo carinho. Sentia-se fascinada com mistérios assim. Depois de algum silêncio decidiram ir para a sala conversar sobre outras coisas e esqueceram-se da urna.

Ao mesmo tempo em que as amigas trocavam confidências, uma pessoa rondava a rua onde ficava a casa de Hermione, procurando por ela. Permaneceu ali por longas horas até que viu uma ruiva aparecer do nada em meio algumas casas. Sorriu satisfeito, sabia que era ali, agora era só esperar.

Com a saída de Gina, Hermione dirigiu-se a urna e a abriu, revelando um anel incrustado com um rubi. Ficou observando a jóia sem tocá-la até que de repente, a pedra do anel começou a lançar uma luz sobre a mulher e ela pode ouvir uma voz:

_Sei o que se passa em seu coração. Sei que sofres por alguém. Eu posso te ajudar, posso curar seu coração e nunca mais sofrerá. É só me pegar para você. Vamos... Coloque-me em seu dedo. Darei a você o maior desejo de seu coração.

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A voz era sedutora e lhe falava a mente. Hermione sentia-se tentada em tocar o objeto, estava hipnotizada por aquele brilho e poder emanado pelo anel. Quanto mais olhava para ele, maior se tornava a atração. Imagens surgiram em seus pensamentos, coisas que ela poderia fazer se o usasse, o futuro feliz e completo que teria se possuísse o anel. Levantou sua mão devagar e quase o tocava quando seu pingente reagiu, lançando uma luz verde que parecia combater aquele brilho do rubi. Aos poucos outra voz se fez ouvir em sua mente, uma voz forte que lhe pedia para resistir a tentação. Era como uma batalha aonde Hermione apenas assistia a luta entre aquelas duas presenças. A nova voz começou a recitar um feitiço em uma língua incompreensível para a castanha, logo as inscrições de seu pingente tomaram forma, envolvendo-a em espirais de magia. Conforme a voz que parecia vir do pingente recitava o feitiço mais rapidamente, mais as espirais giravam e cresciam, diminuindo o poder de persuassão do anel. A sua mão foi afastando-se e foi tomando consciência de seu próprio corpo. Quando recuperou o suficiente, correu e fechou a caixa. Caiu ao chão ofegante, como se sua energia houvesse sido drenada naquela batalha que se deflagrou em sua mente. Não agüentando o esforço, desmaiou.

No Caribe, Draco sentiu seu pingente queimar sua pele por alguns instantes, num processo doloroso e cansativo. Quando a dor passou, respirou aliviado e cansado, como se houvesse lançado diversos feitiços simultaneamente. Chamou Cratus mais uma vez:

_Cratus, quais as notícias da Granger?

O elfo havia sido posto para seguir a castanha:

_Ela está em casa, senhor. Mas está com um objeto perigoso, senhor. Cratus ouviu quando aquele que o senhor não gosta avisou para a Granger que deveria se livrar daquilo porque era perigoso.

_Droga, não posso sair um instante que ela se envolve em coisas perigosas? O que mais o Krum disse, elfo?

_Disse que era a Urna da Morte. Era das Trevas, senhor.

Draco assustou-se:

_URNA DA MORTE? ELA ESTÁ LOUCA? Diga, Cratus, ela se livrou da Urna?

_Não, senhor. Não. Ainda está com ela, senhor.

_Droga! Aposto como abriu a Urna, por isso senti o pingente. O feitiço foi usado. Preciso voltar imediatamente. Cratus, arrume minhas coisas, por favor. Vou fechar minha conta e voltaremos para Londres.

Draco mesmo cansado, saiu rapidamente do quarto se dirigindo ao saguão do hotel. Estava assinando as últimas contas, quando teve seu pescoço abraçado e ouviu uma voz tão familiar:

_Ah, mas já vai, Draco? Pensei que ficaria um pouco mais. Nem tivemos tempo de nos divertir...

Draco se soltou daquele abraço e olhou sarcástico para Claire:

_Sinto muito, mas você é atirada demais para meus gostos atuais. Há alguns anos atrás, pode ter certeza que já teria dormido com você, mas hoje, só quero saber de cuidar da única mulher que já amei. Com licença, mas tenho que cumprir uma promessa que fiz. – e saiu dali deixando a moça incrédula.

Claire logo se recuperou do fora, subiu para seu quarto e usando a rede de Flu se pôs a conversar com alguém:

_Não consegui segurá-lo. Ele está voltando.

A outra pessoa, cuja cabeça aparecia na lareira respondeu:

_Como não conseguiu? Pensei que você usaria seus recursos femininos para prendê-lo.

_Eu tentei. Mas aparentemente, ele a ama e não caiu em minha sedução. Uma pena.

_Poupe-me de seus devaneios, Claire. Faz pouco tempo que descobrimos que a urna está com ela, se Draco a ajudar, não seremos capazes de tê-la novamente. Volte imediatamente. Vou agir agora mesmo e preciso que fique de babá para a senhorita Granger.

Draco desaparatou na mansão ao mesmo tempo em que três bruxos encapuzados penetravam na casa de Hermione, encontrando-a desacordada, mas sem qualquer vestígio da Urna. Pegaram-na e aparataram, deixando para trás apenas um bilhete.

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Momentos antes a pessoa misteriosa que espreitava a casa adentrou-a, após sentir o enorme poder mágico que agiu naquele local. Entrou na sala e procurou pela urna, até que a encontrou sobre uma mesa e a mulher caída desmaiada aos seus pés. Mal teve tempo de envolver a urna com um tecido que isolava sua magia, quando ouviu o barulho de aparatações num cômodo próximo. Escondeu-se e observou enquanto os três encapuzados desapareceram levando Hermione.

A pessoa começou a se balançar para frente e para trás, lamentando:

_É minha culpa, como sempre, minha culpa. É minha culpa, como sempre minha culpa. Primeiro foi ele, agora essa moça inocente. De novo eu não pude fazer nada. É minha culpa, só minha. Só minha...

######

Após chegar a mansão, Draco dirigiu-se a lareira e chamou por Harry Potter:

_Potter. Preciso saber onde a Hermione mora.

A cabeça de Harry parecia estranha em meio ao fogo que crepitava:

_E porque eu diria, Malfoy? Ainda mais depois de tudo o que você fez a minha amiga sofrer?

_Não tenho tempo para lhe explicar essas coisas, Potter. Apenas me diga. É caso de vida ou morte. Ela está com um artefato das trevas e temo que ela esteja em perigo nesse exato momento.

Harry foi substituído por Gina, que disse:

_Está falando da Urna da Morte, Malfoy?

Draco balançou a cabeça afirmativamente. Gina preocupou-se:

_Venha para cá agora, eu te levo até ela. É só dizer: Casa dos Potter.

Draco entrou por entrou por inteiro nas chamas e logo estava saindo da lareira de Gina e Harry:

_Me leve até ela.

_Claro, vamos. – Gina segurou o braço de Draco e aparatou, sendo seguida por Harry.

Desparataram na frente da casa de Hermione sacaram suas varinhas e entraram cautelosos. Aos poucos puderam ouvir um murmúrio que saia da sala de estudos da castanha, aproximaram-se devagar e encontraram um jovem rapaz lamentando-se. Draco avançou até ele e o segurou pelas vestes:

_Onde ela está? – o pingente em seu pescoço dizia que Hermione estava em perigo e que não estava ali.