Um Estudo em Carmim

Capítulo 1 - Pós Guerra


Hermione sentia-se confusa com tudo o que estava acontecendo, afinal aquilo nunca havia sido seu sonho, na verdade até tinha, mas com as mudanças ocorridas no pós-guerra seus sonhos eram outros. Não queria mais se tornar a Sra. Weasley e ter vários bebês com cabelos de fogo, mas faltando apenas 2 meses para o casamento era complicado criar coragem e desistir de tudo. Rony estava diferente, autoritário e ciumento, qualquer coisa era motivo para discussões e gritos por parte dele. Ela não podia mais sair sozinha ou sem lhe avisar, era quase uma prisioneira dentro da casa que pertencia a eles. No começo era engraçado esse cuidado excessivo, esses ataques e usava sempre a desculpa de que ele a amava demais. O tempo, porém cuidou de apagar essa desculpa, a cada dia eram mais gritos, discussões e medo do homem que um dia chegou a amar. Porque duvidava que ainda o amasse. O amor havia acabado no dia em que ele levantou a mão para batê-la e o vez. Desde então não provocá-lo era sua meta de vida.

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Queria fugir, sumir, escapar, mas para aonde iria? Não havia um só lugar aonde estivesse protegida dele. Então deixava-se ficar.

Mas aquilo foi a gota d’água. Não permitir que trabalhasse após o casamento era sufocar seus sonhos e futuro. Só precisava criar coragem, reencontrar a coragem que caracterizava todos os grifinórios. Depois tudo se ajeitaria.

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Malfoy.

Esse nome ainda provocava arrepios em muitos bruxos mesmo anos depois do final da guerra.

Draco Malfoy.

O homem que tentava reconstruir o prestigio perdido pelos Malfoys. Ele havia sido um Comensal, mas mudou de lado a tempo de prestar bons serviços à Ordem e assim livrar sua cara. Claro que tudo havia corrido em segredo. Tornou-se o braço direito de Snape dentro de Hogwarts e ajudou a proteger muitos alunos durante o ano da guerra.

Ao seu término foi preso e julgado inocente graças ao depoimento de seu padrinho e professor, reconquistando com isso toda a fortuna da família. Mas ainda havia muito a se recuperar e era isso que o levava a continuar vivendo apesar de todos os pesadelos e temores que o assombravam durante as noites.

Havia se transformado em um novo homem durante a guerra, pronto a renegar todos os seus preconceitos mas mantendo a arrogância e orgulho típicos dos sonserinos. Ah, claro, ainda tinha a sua doença incurável que deixava marcada a duração de seus dias.

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Draco esperava pacientemente no consultório de seu medibruxo, essa era uma rotina, as visitas semanais para ver a progressão de sua doença. Uma bela atendente chama-o:

r13; Sr. Malfoy. Pode entrar.

Ele levantou-se e lançado um sorriso sedutor agradeceu. A moça desmanchou-se em suspiros assim que a porta se fechou.

O medibruxo olhou furioso para seu cliente que mantinha o ar despreocupado:

r13; Faz três semanas que não aparece em suas consultas Sr. Malfoy. Como espera curar-se assim?

r13; Pelo que sei minha doença não tem cura, doutor.

r13; Não tem mas seus efeitos podem ser controlados e retardados. A crise que teve no dia de ontem mostra que a progressão dela está acelerando. Você precisa se cuidar, Draco.

r13; Mas eu me cuido...

r13; Não é o que eu soube, Draco. Me diga, afinal, quer viver ou morrer?

r13; Morrer não seria má idéia. Diria até que seria a chance de uma reunião familiar.

r13; Draco... – suspirou o medibruxo. – Morrer é o caminho mais fácil. Prometi a sua mãe que não te deixaria desistir. Cadê seu espírito de luta sonserino?

r13; Acho que perdi junto com minha família.

r13; Não tem jeito. Terei que tomar medidas drásticas, Draco. A partir de hoje você estará sobre vigilância de um medibruxo 24h por dia.

r13; O QUÊ? EU TEREI UMA BABÁ? – exclamou o loiro. – Não mesmo! Eu sei me cuidar sozinho!

r13; Esse seu rosto pálido diz o contrário. E não mudarei minha decisão: ou você terá esse acompanhamento ou ficará internado por tempo indeterminado.

Draco solta um suspiro profundo de resignação:

r13; Se não há outro jeito, quem será minha babá? Espero que seja uma medibruxa muito bonita. Não posso ser visto por aí sendo seguido por uma mulher feia e muito menos por um homem.

r13; Eu já tenho a candidata perfeita. Foi minha melhor aluna e é uma medibruxa impressionante. Só que ela é nascida trouxa...

r13; Por mim tudo bem, desde que seja competente.

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r13; Desde quando deixou de desprezar os mestiços e trouxas, Malfoy?

r13; Desde que descobri que a morte atinge a todos na mesma intensidade.

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Ela não sabia, mas aquele era seu dia de sorte. A solução para seus problemas entrava em sua sala sob a forma de um antigo professor.

r13; Dr. Hook, que prazer em vê-lo.

r13; Digo o mesmo, Srta Granger. Como ao os preparativos para o casamento?

r13; Vão bem. – respondeu a castanha sem entusiasmo.

r13; Querida, você sabe o que penso não? O Weasley não é o homem certo para você, essa história de não permitir que trabalhe depois de casada é só mais uma prova de que tenho razão.

r13; Eu já lhe disse tudo o que me impede de desistir. Sei bem o que ele é capaz de fazer. Se desistir para onde irei? Aonde me esconderei dele e de todos?

r13; Se for esse o problema creio que tenho a solução. Tenho um paciente que necessita de atenção 24h por dia. Ele possui uma doença incurável até o momento, estamos fazendo pesquisas e ele é meio rebelde quanto ao tratamento. Por isso preciso de alguém que o mantenha na linha até que consigamos avançar nas pesquisas. Preciso de você não somente para cuidar de meu paciente mas também para a própria pesquisa. Precisamos de uma inteligência e determinação como as suas, Hermione.

Hermione olhava surpresa para seu ex-professor:

r13; Mas como isso pode me ajudar?

r13; Você precisa de um lugar para ir e de uma motivação. Lhe ofereço

ambos.

r13; Você não faz idéia do risco que corro se largar o Ron...

r13; Se essa for su única desculpa para aceitar o meu convite, lhe digo: meu cliente irá protegê-la.

r13; E como pode ter certeza disso?

r13; Ele não resiste a uma mulher bonita e fascinante como você...