Janeiro de 1940, Berlim

Aro corria incansável mente com Renesmee no colo. Ela tinha apenas alguns poucos meses de vida, a mãe havia morrido no parto. Aro e sua filha eram os únicos membros ainda vivos da família Haddad. O fato de serem judeus os fazia ser caçados por Nazista, em toda Alemanha.

Aro não corria de um exército, ou de alguma autoridade. Ele e Renesmee moravam no norte da Alemanha, em um lugar tão escondido que nem os exércitos Hitler poderiam pegá-los. Mas Edward Cullen podia.

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Edward era um fazendeiro não muito rico, nem muito pobre. Vivia em uma casa média no norte alemão, vizinha de onde os Haddad moravam. Mas, os Cullen eram nazistas, e não gostavam nem um pouco da ideia de serem vizinhos de uma família judaica.

Aro chegou ao ponto máximo de suas forças, e também no limite de onde poderia correr, chegou à ponta do precipício. Ele sabia que iria morrer, uma vez que Edward estava a poucos metros dele e com uma espingarda na mão, pronta para atirar.

▬ Por favor, tenha piedade Cullen!

▬ Não ouse citar o nome de minha família com sua boca de judeu! E nem peça piedade, pois não a terei!

▬ Então, tenha piedade de minha filha, ela é muito nova! Você pode criá-la como alemã, e pode torná-la inimiga dos judeus, mas, por favor, não a mate!

▬ Judeu é judeu, não importa a idade, o tamanho ou a bravura!

▬ Por favor! Eu imploro!

Edward preparava-se para atirar, quando se lembrou de sua mulher, Bella, chorando, muito triste, após perder o quinto filho. Ela tinha algo, que todo o filho que ela tinha, morria. O máximo que um filho sobreviveu foi cinco meses.

▬ Tudo bem judeu. Ficarei com sua filha.

▬ Graças a Rei dos Reis, ao Senhor de Israel! Que Ele te abençoe e...

▬ Cale-se judeu! Não tente me bajular, pois de ti, não terei piedade. Passe-me a pequena, agora!

Com as mãos trêmulas, Aro passou sua filha para Edward.

▬ Antes de morrer, te falarei uma coisa: Se algum dia minha filha vier a chorar, não sobreviverás para consolá-la. E se não falares ao menos uma vez de meu Deus para ela, sofrerás por toda sua vida. E digo mais! Se não cuidares de Renesmee como tua própria cria, não sobreviverá para vê-la crescer.

▬ Deixe de besteiras pobre judeu. Você não sobreviverá para realizar metade das coisas que disse. - E num último suspiro, Aro se jogou do precipício, antes que Edward pudesse atirar. - Não importa. Aquele judeu iria morrer de qualquer forma. - Ele olhou para o bebê que carregava no colo. - Tão linda... Fiz certo em poupar sua vida, bebê. Renesmee Cullen...

Novembro de 1954, Berlim.

▬ Parabéns para você... Nesta data querida... Muitas felicidades... Muitos anos de vida... - Edward beijou sua filha na bochecha. - Quinze anos! Tornou-se uma mulher... E tão rápido! Comprei estas rosas brancas para você e...

Mariah entrou no quarto de repente, assustada.

▬ Senhor! Por favor, ajude-me!

▬ O que esta judia está fazendo aqui papai? ESTE É MEU ANIVERSÁRIO! NÃO QUERO VER JUDEUS!

▬ Calma filha... Ela deve estar preparando seu bolo, e quer minha ajuda. Só isso. - Ele se virou para Mariah, com raiva. - O que você quer judia?

▬ Desculpe-me, mas é Bella. Ela está passando mal, tendo alucinações!

Edward saiu correndo até o quarto de sua esposa.

▬ BELLA!

▬ Amor, ele... Ele... Está aqui! Ele veio buscar Renesmee!

▬ Quem amor... Quem?

▬ Aro.

Ao ouvir o nome de Aro, Edward sentiu um gelo na espinha, e pouco depois, as janelas, antes abertas, fecharam violentamente.

▬ Droga de Aro. Que queime no Inferno. - Ele se virou para esposa. - Amor, vai ficar tudo bem.

Enquanto Edward voltava para o quarto de Renesmee, ele podia ouvir passos e rangidos. A casa sempre fez barulhos, mesmo antes dos judeus. Mas agora, estes barulhos pareciam assustadores.

▬ AAAAAAAAAAAAAAAAAH! PAPAI!

▬ Renesmee!

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Renesmee se encolhia na cama, chorando assustada. As rosas brancas que ela ganhou, agora estavam vermelhas de sangue. No chão, o sangue que escorria formava alguma inscrição árabe.

▬ PAI, AS ROSAS! ELAS ESTÃO... VERMELHAS!

▬ MARIAH! VENHA AQUI! - Não houve resposta. - MARIAH? - Edward ouviu um barulho vindo do armário de Renesmee. Ele chegou perto e o abriu. - AH! - O corpo de Mariah caiu no chão, todo ensanguentado.

▬ Pai...

▬ Renes... - Ele arregalou os olhos, quando viu uma sombra atrás de Renesmee. - RENESMEE! NÃO! - Mas algo o atingiu, e ele desmaiou.

Setembro de 2010, Berlim

▬ Então... Esta é a casa dos Cullen. Uma família que desapareceu, sem deixar rastros. Existem muitíssimas lendas sobre como eles sumiram... Mas a mais provável é que o pai enlouqueceu e matou a todos na casa, e depois, se matou. Então... vamos entrar? - A guia turística falava com uma tranquilidade incrível. Os turistas de diversos lugares entraram no casarão abandonado, um pouco amedrontados, porém, com curiosidade. Mas vocês sabem. A curiosidade matou o gato. Aliás, o judeu matou os alemães. Que comecem os gritos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.