Tudo ao Seu Tempo
2. Reencontro.
Paola, como em todas as manhãs, havia acordado cedo, tomado seu café da manhã, feito sua higiene matinal e arrumado-se para ir à praia surfar. Essa era a sua rotinha no verão.
Ela aprenderá a surfar quando tinha oito anos, com seu pai e agora, dez anos depois, não se via mais sem este esporte. O mar naquela manhã estava revolto, mas isso não a intimidava. Sua coragem era uma das características mais fortes de sua personalidade.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Lola, como você conseguiu fazer aquela manobra? Achei que você não iria conseguir. - ela riu, ela e seus amigos saiam da água indo se sentar na areia.
- Duvidando da minha capacidade, Diogo? - Brincou.
- Você sabe que não, só achei que era muito difícil e até mesmo perigoso.
- Desafios... Você sabe o quanto eu gosto deles.
- Sei, mas me preocupo com você.
- Que fofo! - Disse apertando uma das bochechas do amigo.
- Lola, já decidiu para qual curso você vai fazer vestibular?
- Ah, não! Papo cabeça agora não, Tati!
- Se você não pensa no seu futuro, Luana, eu e a Lola pensamos.
- Meninas, calma! Bom, Tati... Eu vou ser pedagoga. Amo ensinar, adoro crianças e não me vejo fazendo outra coisa.
- Tem tudo a ver com você, mesmo! - todos sorriram.
- Bom, garotas... Eu estou indo. - disse Diogo se levantando e pegando sua prancha. - Eu ainda tenho que abrir a loja. - beijou a face de cada uma das amigas e partiu.
- Ele gosta de você, Lola. - Comentou Luana.
- Eu também acho! Ele é todo atencioso e preocupado com você, por que você não dá uma chance pro Di? - indagou Tati.
- Garotas! - suspirou derrotada. -Sabe... No último luau, quando ele foi me levar em casa, nós nos beijamos. - disse tapando o rosto com as mãos.
- E como foi? Vocês fariam um casal tão lindo! Ele é tão lindo e fofo... O que falta para essa amizade virar um romance?
- Falta eu ver ele com outros olhos... Eu não consigo ver ele além da amizade. - Ela arrumava as coisas em sua bolsa de praia, pegou seu celular e viu o horário.
- Mas...
- Flores, amanhã falamos sobre isso, agora preciso ajudar a minha mãe. - As amigas se despediram e Paola encaminhou-se para a sua casa, precisava tomar um banho antes ir ajudar a mãe na loja de artigos para pesca da família. No caminho de sua casa sempre passava em frente a casa que pertencia a Cauã, nunca mais tinha o visto. As vezes se perguntava como ele estaria? Se ainda lembrava-se dela? e o por que de ele nunca ter voltado ali...
Ao passar pela casa, que havia sido reformada a poucos meses, viu que um carro estava estacionado e as janelas estavam abertas. \"Será que venderam a casa?\" - indagou-se em pensamento. Não contendo a sua curiosidade, foi até lá parando em frente a porta, quando ela ia bater, uma garota a abriu.
- Quem é você? - perguntou a garota fazendo uma careta.
- Bem, hã... Eu sou a Lola, prazer!
- Hum, e o que você quer?
- Bom, é que essa casa pertenceu, ou pertence, a um amigo da minha infância e...
- Rafa, você já buscou a sua... - disse Cauã se aproximando da porta, sem camiseta, apenas com uma bermuda e chinelos. - Oi! - disse quando chegou na porta e notou a presença da bela jovem ali.
- Oi! - Paola respondeu.
- Posso te ajudar? - perguntou com um sorriso torto, Rafaela vendo o interesse do irmão na desconhecida, cruzou os braços.
- Bem, é que eu estava passando por aqui e me surpreendi ao ver a casa aberta. E me perguntei se teriam a vendido. - disse envergonhada.
- Não, a casa não foi vendida. Ela é minha.
- Cauã? - perguntou a garota não acreditando que o belo rapaz a sua frente era o menino que partira dali a muitos anos atrás e que nunca havia retornado.
- Sim, e você quem é?
- Paola, lembra?
- Claro que sim! - disse contente e surpreso, abraçando-a. - O tempo fez muito bem para você. - ela riu.
- Para você também. - Rafaela pigarreou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Ah, essa é a minha irmã Rafaela. Rafinha essa é a Paola, uma amiga minha de infância.
- Oi, Rafaela! - disse Lola a abraçando, a garota correspondeu o abraço.
- Quer entrar? - perguntou ele.
- Não posso, tenho que ajudar a minha mãe na loja.
- Hum... Quem sabe depois do seu trabalho possamos, sei lá, caminhar pela praia, tomar um sorvete...
- Claro! Acho que temos muito assunto para por em dia, não é?
- É verdade! Já faz anos que não nos falamos, acredito que tenhamos bastante assunto, mesmo. - Ambos sorriram.
- Ok, vocês vão sair hoje... Já entendi. E eu, faço o que? - perguntou Rafaela que, até então, se mantinha calada, olhando diretamente para o irmão.
- Você pode vir conosco. - disse Paola sorridente.
- Com vocês? Não, obrigada. Prefiro ficar em casa navegando na internet do que segurar vela.
- Rafaela! - repreendeu Cauã.
- Que foi? Vai dizer que não é verdade, mano?
- Não, nós só vamos sair para conversar.
- Te conheço! - E antes que o rapaz dissesse algo, a garota saí em direção ao carro indo buscar algo lá.
- Er... Desculpa pela minha irmã. Ela é um pouco...
- Ciumenta? - riu.
- É.
- Não se preocupe. Bom, te vejo de noite! - Se despediram com beijos no rosto e um abraço, assim que Paola foi para a sua casa, Rafaela entrou de volta para o interior da residência, o rapaz a impediu segurando-a pelo braço.
- Por que você fez isso?
- Poxa, Cauã! Nós mal chegamos e você já está paquerando com a primeira que aparece, e olha, nós não estamos na nossa casa para você me deixar de lado assim.
- Eu não estava paquerando ninguém, Rafaela. Só vamos sair pois crescemos juntos e não nos vemos a bastante tempo. E outra, vamos sair só como amigos. - frizou bem a última palavra.
- Sei, e eu não vi o teu olhar para ela.- ele puxou-a e a abraçando.
- Eu prometo que enquanto você não fizer amigos por aqui eu não vou mais sair sem você, tá bem?
- Promete?
- Prometo. - A garota se soltou do abraço do irmão.
- Vou colocar meu biquini e nós vamos para praia como combinado.
- Rápido, hein? - A garota encaminhou-se até a porta do quarto onde ficaria, parou e virou-se para o irmão.
- Cauã! - ele a olhou. - Ela é bem bonita! - os dois sorriram cúmplices e ela entrou no quarto.
Enquanto isso...
- Cheguei, mãe! - Gritou Paola assim que passou pela porta da loja.
- Estou aqui no estoque, filha! - a garota se dirigiu até lá, pegando no caminho seu avental.
- Mãezinha, a senhora não sabe quem eu vi quando estava voltando da praia!
- Quem minha filha?
- O Cauã!
- Nossa! Quanto tempo faz que eu não vejo esse menino! Ele está se mudando de volta para cá? - a mais nova sentou-se na cadeira que havia ali.
- Não, acho que não! Acredito que ele tenha vindo só para passar as férias.
- O pai dele veio com ele?
- Não, veio só ele e a irmã mais nova.
- Hum.
- Mãe?
- Sim?
- Será que eu poderia sair mais cedo hoje? - mordeu o lábio em apreensão. A mais velha a olhou esperando o motivo para o pedido da filha. - Bem, é que... Bom, o Cauã e eu vamos nos ver mais tarde... Sabe? Para conversar. - sorriu sem graça. Joana sorriu.
- Claro minha Filha! Quem sabe esse amor de infância não se consolida?
- Dona Joana! Pode ir parando, primeiro por que eu não acredito em amor de infância e segundo que só vamos sair para conversar.
- Bom, não é o que eu me lembro da minha filha de quatro anos toda triste pelo menino que havia ido embora.
- Ninguém gosta de perder um amigo.
- É, tem razão minha filha. - Ambas sorriram, em seguida sairam do estoque e abriram a loja. O dia passou voando, o movimento de clientes fora maior que o normal. No horário combinado com sua mãe, Paola saíu da loja e foi para casa tomar um banho e se arrumar para sair com o seu amigo de infância.
Continua...
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