Cheguei na casa da Clarinha e ela me apresento para a família Boudeller. Primeiro sua mãe uma mulher simpática e doce. Depois seu pai que se chamava Carlos, um homem auto simpático e moreno, e seu irmão Cory, com olhos castanhos e penetrantes, e apenas um ano mais velho que a Clarinha. Fofo. Lindo. Aparentava se carinhoso e do jeito que me olhava, atencioso.
Terminamos as apresentações, o Sr.Boudeller fez um churrasco realmente divino. Não comi muito, pois eu e minha amiga iríamos nadar; entramos na piscina e o irmão dela, o Cory, teve que sair para terminar um trabalho de geografia, no qual garantiria pontos extras no boletim, mas logo iria voltar. Cantamos parabéns para Clarinha e o dia foi totalmente perfeito, até aquele momento, estava tudo exatamente como planejamos.
Os pais dela saíram para uma reunião de amigos nos deixando sozinhas.
Clarinha ouviu o interfone tocar e foi ver quem era, aproveitou e pegou mais pratinhos que haviam acabado; eu estava já de roupa andando pela borda da piscina. Perdi o equilíbrio e acabei escorregando, mergulhando com tudo na piscina, estava sem bóia. Tentei respirar, emergir mas foi em vão. Estava difícil subir, a piscina era extremamente funda. Então ouvi alguém entrar na água e puxar meu braço. Era ele,Cory. Me puxando para superfície, me tirou da piscina, deitando-me no chão. Comecei a tossir e cuspir toda a água que havia engolido, ele me fitava preocupado.
- Você está bem? Fui salva vidas de um clube no verão passado, você teve sorte por eu ter acabado de chegar em casa.
- Muito obrigada, não sei o que faria se você não estivesse aqui. - Respondi um pouco envergonhada.
Ele me ajudou a ficar de pé, cambaleei um pouco, mas me apoiei no ombro dele, ficando a centímetros dele. Pude ouvir os batimentos cardíacos dele acelerados. Quando alguém grita ao ponto de ouvir de longe:
- Amiga, o que é que aconteceu?- era Clarinha com uma expressão preocupada no rosto.
- Eu cai na piscina, mas estava sem bóia, então seu irmão me salvou! - falei. Ela olhou para o irmão, depois voltou sua atenção pra mim. - Não se preocupe. Eu to bem agora, o único problema foi meu celular... Deve ta boiando por ai - disse, tentando fazer piadinha. Só Cory riu mas parou ao sentir o olhar de repreensão de sua irmã.
Clarinha me puxou para dentro da grande casa que era grande o suficiente para morar uma família de 10 pessoas, me mandou tomar um banho bem quente. Como estava ensopada, fiz o que ela mandou. Aproveitei e escovei os dente e coloquei meu pijama; Clarinha foi logo em seguida. De repente ouvi alguém abrir a porta devagar para verificar se tinha alguma coisa errada, eu estava sentada no colchão improvisado, vi que era o Cory. Ele sentou-se ao meu lado na cama e falou:
-Acho que você esqueceu sua bóia lá fora - ele levantou a mão mostrando o treco laranja, então começamos a rir.
-Não me lembra por favor - disse, rindo. - Na verdade, acho que nunca vou me esquece - respondi, franzindo a testa ao perceber que estava falando besteira.
-Me dê o seu braço!
- Como?
- Seu braço. - pediu de novo. Estranhando, eu dei. Ele pegou a primeira bóia e colocou no primeiro braço. Quando terminou de por a segunda, seu rosto estava muito próximo do meu, tão próximo a ponto de ver que sua respiração estava começando a se descontrolar. Vi que aos poucos ele se aproximava de mim, então do nada, senti seus lábios nos meus. Correspondi seu beijo, agarrando seus cabelos e senti sua mão em minha nuca me puxando para ele, impedindo-me de acabar o beijo tão cedo.
O beijo continuou cerca de dez minutos quando ele lentamente começou a se afastar e me deu um selinho demorado o suficiente e falou mexendo no meu cabelo:
- Seria errado com minha irmã eu querer a melhor amiga dela, não só como amiga?
- Neste momento a única certeza de que eu estou tendo é que o menino que salvou minha vida me deu o beijo mais mágico o mundo e ele parou por algum motivo, e eu acho que também estou gostando dele de uma forma que não poderia gostar, mas neste momento não estou ligando já que nada mais me importa! - falei num fôlego só e sorri.
Ele me puxou para mais um beijo demorado, mas ouvimos Clarinha desligando o chuveiro, nos afastamos e ele disse num sussurro:
- Agora tenho duas certezas.. 1ª) De que você precisa ir dormir - sorriu. -,
2ª_ De que nada mais me importa. - Me deu um selinho de boa noite e saiu do quarto.
Clarinha saiu do banho já de pijama e falou:
-Amiga estou cansada, e quando sono vem nada mais importa!
Olhei para o teto dando um sorriso de canto de boca falando:
- Realmente Clarinha nada mais importa, NADA!
Então dormi pensando nele.

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