Vozes

Rose dormia num sono profundo e tranqüilo, mas é interrompida por algumas tímidas batidas na porta. Ela se senta na cama.

- Entre. – ela disse ainda adormecida.

- Bom dia Srta. Weasley. – disse Luft aparecendo no quarto. A elfa se dirigiu as cortinas e abriu-as.

- Bom dia Luft. – desejou Rose de olhos fechados.

- A Sra. Stone pediu para Luft avisar que o almoço está pronto.

- Obrigada Luft. – Rose agradeceu enquanto pensava em como ela conseguiu dormir até aquele horário.

- Ah! A Sra. Stone pediu para Luft avisar que chegou correspondência para a Srta. Weasley.

- Obrigada Luft.

Rose agradeceu a elfa e foi para o closet. Pegou um conjunto de uma calça jeans clara, uma blusa lilás. Pegou um tênis, um conjunto de roupas intima e foi tomar banho. Tomou e desfrutou do banho como nunca fizera na vida. Saiu do banho e fez um feitiço para que seus cabelos se acalmassem e ficassem secos. Olhou para o porta retrato na escrivaninha e sorriu para o homem ao seu lado.

- Bom dia Marcelo.

A morena desejou para a foto do amigo. Fechou a porta e desceu as escadas em direção da cozinha onde tinha uma mesa oval e comprida com oito cadeiras com um estofado branco.

- Bom dia bela adormecida. – disse Lílian brincando com a prima. – Sente-se.

Rose sentou e viu a comida.

-Massa verde? – perguntou ela confusa

- Massa com creme de espinafre. – corrigiu Jake. – No começo eu achei uma loucura, mas está uma maravilha.

- Realmente. – concordou Rose depois de ter colocado um garfo cheio de massa verde na boca.

- Rose, chegou correio para você.

- Certo. Obrigada. Onde está? – perguntou Rose olhando para as mesas na sala.

- Creio que Luft colocou em seu quarto. – disse Lílian olhando para a elfa. Rapidamente Luft colocou a mão na cabeça e saiu correndo para a cozinha. Segundos depois ouviram um clack na cozinha e segundos depois um baixo porém auditivo no quarto de Rose.

Lílian fez sinal negativo com a cabeça e murmurou para os membros.

- A cada dia Luft fica mais esquecida.

- Ela era da minha avó e depois veio para o meu pai e por direito ficou comigo. – acrescentou Jake na conversa.

- Lílian foi uma boa escolha de almoço. Eu vou subir ver a correspondência.

Rose disse, se levantou e subiu as escadas. Chegou no quarto e viu um embrulho na sua escrivaninha com duas cartas. Ela se sentou na cadeira e olhou para a foto.

- Vamos ver o que é. – disse ela. Ela abriu o embrulho e se deparou com três livros grossos. Um era vermelho sangue escrito em dourado, o segundo era azul escuro escrito em dourado e o terceiro era verde escuro escrito também em dourado. Ela olhou o primeiro livros. Vermelho com dourado, ali dizia:

“Curiosidades sobre dragões” e tinha uma imagem de um dragão e em todo o contorno do quadrado uma fina linha dourada.

O segundo livro, azul tinha as seguintes descrições em dourado:

“Dragões: Seres inesquecíveis”.

E por fim, o terceiro livro, verde tinha o seguinte título.

“Dragão. Espécie por espécie.”.

Entre os livros, uma carta.

“Cara Rose Weasley.

Temos a alegria de lhe informar que a senhorita foi aceita no curso de Preparação para Departamento de Pesquisa e Limitação de Dragões do Ministério da Magia, Londres. Por favor. Mande uma carta ao Prof. Lourenzi o mais breve possível.

O horário do curso irá das 9hs até 12hs, com um horário para almoçar e depois 13hs até 18hs. Num período de três meses. De segunda á sexta-feira.

Como a senhorita perdeu três aulas, aconselhamos a senhorita de recuperar as aulas perdidas ou com o Prof. Lourenzi ( por favor mandar uma carta comunicando-o) ou com algum de seus colegas.

Atenciosamente,

Ministério da Magia”

Ela ficou de boca aberta. Estava feliz da vida, mas um pergunta pareceu flutuar encima de si. Como souberem? Pegou uma carta que estava ao lado do pacote.

“Rose Weasley”

Ela abriu curiosa.

“Cara Rose,

Quando conseguir ir para a Guatemala nem hesite em me avisar!! Você deve ter recebido um pacote. É um presente meu e de seus pais, e inconscientemente de Gina também. Espero que goste, e estude!

Beijos e abraços... Potter’s e Weasley’s.”

Ela abriu a segunda carta que se encontrava embaixo do envelope que trouxera a carta da sua família. Pegou-a e abriu-a.

“Querida Rose Weasley,

Gostaria de saber se você se importaria de jantar comigo hoje. Gostaria de ti conhecer melhor. Mande-me uma coruja o mais breve possível.

Do seu mais novo amigo.

Eduardo Hale

P.S.: Te adoro!”

Rose ficou estática. Sacudiu a cabeça para voltar para a realidade. Um pio. Olhou para a sua direita. Apenas naquele momento ela percebera que no seu quarto havia uma coruja. Muito linda na opinião de Rose. Ela foi até a gaiola e pode perceber com mais detalhes seu novo bichinho de estimação.

Tirou ela da gaiola. E como se conhecessem por anos, a coruja se fixou no braço de Rose e abriu as asas. Rose sorriu para ela.

- Já sei o seu nome. Que tal Mork? – perguntou a morena á coruja. A mesma começou a bater as asas como aprovação. – Certo. Agora volte para a gaiola que eu tenho que escrever uma carta.

E a coruja obedeceu a sua mais nova dona. Rose se sentou e começou a escrever a carta. Entregou a Mork e viu a coruja desaparecer entre as nuvens. Desceu as escadas e a primeira coisa que viu foi Jake e Lílian aos beijos, numa cena bem romântica para eles e constrangedor para a visita que talvez, eles nem se lembraram que estava na mesma casa. Jake deitara Lílian no sofá.

- Han han. – Pigarreou Rose um pouco constrangida. Jake levantou a cabeça e um pouco do corpo com a ajuda das mãos que se encontravam em volte de Lílian. Lilian olhou para ela e deu um sorriso de cúmplice. Rose desceu o olhar para a varanda e viu Clara olhando-a com um olhar de pidão. – Eu... bem, posso levar a Clara para passear?

- Claro. – concordou Lílian - A coleira dela está pendurada perto da casinha.

- Tudo bem. - Rose disse, foi até o box, abriu o vidro, pegou a coleira e colocou na Clara. Rapidamente, pegou-a no colo e falou para o casal. – Am... podem continuar.

Eles deram um sorrisinho e voltaram a se beijar. Rapidamente fechou a porta e começou a falar com Clara.

- Vamos dar uma volta né?

Rose continuava a conversar com Clara, se dirigiu ao elevador, mas a porta do mesmo estava quase se fechando.

- SEGURA! – ela gritou e viu uma mão impedindo as porta de se unirem. Rose começou a correr em direção do elevador. As portas se abriram. Rose entrou, apertou no botão para ir ao hall e se virou para agradecer a pessoa que segurou o elevador.

- Obrigada por... Eduardo?! – Rose disse e um sorriso apareceu nos seus lábios.

- Olá Rose. Mora aqui?

- Sim. Não. – ela começou a se embolar e corou quando viu a sobrancelha de Eduardo levantada numa cara divertida. – Quer dizer...

- Você está morando temporariamente com sua prima.

- Exato. – ela disse. Para mudar ou finalizar com o assunto ela começou a acariciar o topo da cabeça de Clara. Ela sentiu Clara mexer a cabeça, virou a cabeça e viu que Eduardo fazia carinho na cabeça de Clara.

- Vai passear com ela?

- Sim.

- Posso ir junto?

- Claro. – ele sorriu quando ouviu a confirmação de Rose.

O elevador deu um plin, informando que chegara ao destino do casal. Saíram do elevador e foram em direção de um parque. Clara ia na frente, puxando meigamente Rose que conversava abobadamente com Eduardo.

3 horas da tarde e o sol se intensificara tanto que rapidamente Rose e Eduardo ficaram cansados e com sede.

- Vamos comprar algo para beber e tomar naquela sombra o que acha?

- Claro.

Foram e compraram duas bebidas e se sentaram em baixo de uma árvore. Clara dormia ao lado de Rose que fazia carinho em seu pelo.

- Socorro! Rose, me salve! – a morena ouvi alguém sussurrar ao seu lado.

- O que?!

- Como?

- O que você disse?

- Nada. Estamos uma meia hora sem falar nada.

- Mas, eu acabei de ouvir uma voz.

- Você está delirando.

- Não estou...

- Rose! Me ajude! Você é a única que pode nos salvar!

- Ouviu agora?

- Não. Não tem ninguém falando conosco. – disse Eduardo assustado com o assunto da garota.

- Claro que tem! Eles precisam de ajuda!

- Eles quem?!

- Eu não sei! – disse a morena se levantando e sendo imitada por Eduardo. Clara nem notou a movimentação deles. A morena começou a chorar. Eduardo envolveu-a em um abraço que há anos não sentia. Ela não hesitou e abraçou-o também.

- Rose faça o seguinte. Vá para casa, tome um banho ou descanse, se arrume e eu vou ti buscar para jantar-mos. Ok?

- Mas...

- Sem mas. Vá e descanse.

- Ok.

Rose pegou Clara no colo, olhou para os lados e depois nos olhos de Eduardo, sorriu e aparatou ali mesmo. Chegou em casa, colocou Clara na casinha e se dirigiu á escada.

~*~ Na praça ~*~

- Merda. – murmurou Eduardo. – Tinha que ter acontecido mais tarde. Ela vai tomar decisões precipitadas. Vai estragar todo o plano. – ele resmungou para si. Olhou para os lados e aparatou.

~*~ Na casa dos Stone’s... ~*~

- ROSE! Graças a Deus! – exclamou Lílian indo abraçar Rose.

- Lílian o que houve?

- A Isabelle. Ela precisa de você.

- Como?

- Ela pediu para você ir lá o mais rápido possível. É urgente e assunto sério.

Rapidamente as duas aparataram na Mansão dos Malfoy’s.