Lugar para Amar

Capítulo 8 - Namoro e Problemas


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8º Capítulo – Namoro e Problemas

O Jake abraçou-me e eu continuei a chorar.

- Nessie, porque estás a chorar? O que aconteceu? – perguntava-me aflito.

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- Palermices minhas. – disse limpando as lágrimas.

- Nessie mas… - ele tentou reclamar, mas eu não deixei.

- Não te preocupes, é que estou demasiado feliz, nunca pensei que pudesse viver um sonho destes. – e isso foi o máximo de verdade que lhe consegui dizer, pois eu nunca pensei que iria encontrar uma pessoa que me fizesse tão bem, que me fizesse esquecer todos os meus problemas e principalmente que me fizesse sentir que era normal.

Jacob Black é especial e eu amo-o com todas as forças e tenho que arranjar uma maneira de conseguir ser feliz ao lado do Jake, tenho que conseguir convencer o meu pai que eu sou a sua filha e não outra coisa qualquer, eu amo demasiado o meu pai para o denunciar, eu apenas precisava de um pedido de desculpas e um “não volta a acontecer filha” e tudo ficaria bem, eu não desejo o mal ao meu pai, eu apenas queria que ele parasse, eu não o quero veratrás de umas grades durante anos e anos, eu amo-o demasiado para isso, afinal de contas ele é meu pai.

A partir daquele dia em La Push, o Jake começou-me a levar todos os dias para a escola e o primeiro dia foi o pior, não sei porquê, mas os amigos dele não gostaram nada de saber que ele agora namorava comigo e não falavam com ele.

As pessoas no corredor comentavam, mas eu não ligava, eu apenas queria ficar perto dele, ficar com os carinhos deles.

Quando ele me beijava o meu mundo parava, mais nada importava, era só eu e ele.

Os meses foram passando e a minha vida com o meu pai não melhorou, até digo que piorou, pois com o meu namoro com o Jake descobri que era forte e não tinha medo e que conseguiria enfrentar o meu pai (ou pensava eu), portanto tentava falar com o meu pai e tentar vê-lo que eu era apenas a sua filha e que ele não me podia fazer aquelas coisas, mas quando eu começava com essa conversa ele tirava o cinto e era muito pior pois sofria mais: ou seja antes, durante e depois.

Devido a isso eu ficava com enormes nódoas negras, o que fez com que o Jake desconfiasse e as minhas desculpas já não serviam e ele não acreditava, resultado: a nossa primeira discussão foi sobre as minhas nódoas negras.

- Mas Jake, eu estou-te a dizer, eu cai nas escadas, tropecei no degrau, só isso. – tentei mentir-lhe.

- Renesmee, estas nódoas negras já não é de hoje, tu não me estas a contar tudo, eu não acho normal estares sempre com nódoas negras, parece que és agredida. O que é que se passa Nessie? – ele falava devagar, mas notava-se o tom irritado.

- Jacob, pára. Não confias em mim? Eu estou a dizer-te a verdade. Se não queres acreditar paciência. Já não aguento mais isso. Até amanhã. – e sai de casa dele.

No dia seguinte ele não voltou a tocar no assunto e voltou tudo ao normal.

O que também voltou com força, foram os tais bilhetinhos anónimos escritos com coisas do tipo: “Vais-te arrepender” ou “Ele é meu e será sempre meu” ou também do tipo “Vais pagar”, eu sempre rasgava-os e não ligava, pois nunca essas ameaças foram para a frente e já lá vão três meses.

Outra coisa que me está a incomodar é a forma como o Jake anda mais ou menos á um mês para cá, ele anda mais irritado, fala com um tom um pouco mais elevado e quando voltamos ao assunto das minhas nódoas negras ele já chegou a gritar comigo, ele depois pede desculpas e fica tudo bem, mas não sei, tenho a impressão que algo esta errado, até nas aulas ele não está atento e esta sempre nas aulas irritado e todo nervoso.

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Estava em casa dele e estávamos a estudar para o próximo teste que iríamos ter, ou melhor eu estava a estudar, o Jake apenas bufava, mordia o lápis e não parava quieto na cadeira.

- Que raiva, isto é uma merda, para quê é que precisamos de saber estas coisas? Eu não vou ser escritor nem nada parecido, eu estou farto, eu desisto. – ele disse mandando o lápis para cima da mesa e meteu as mãos na cabeça.

- Jake acalma-te. – eu disse-lhe indo em sua direcção.

Eu abracei-o por trás e beijei-lhe o pescoço.

- Eu ajudo-te. – eu digo-lhe indo para a sua frente.

- Nessie…

- Ahhh? – E sem ao menos ter tempo de eu pensar, o Jake levantou-se e prendeu-me na parede e começou-me a beijar ferozmente, havia desejo naquele beijo, não era os nossos simples beijos tradicionais, aquele beijo ele queria mais, ele deslizou uma mão pelas minhas costas e deslizou-a por baixo da minha camisola.

O contacto das nossos peles fez-me dar um suspiro involuntário e quando menos esperava a mão dele subia pelas minhas costas, estava a descobrir novas sensações que me davam prazer e estava a adorar.

O momento seria perfeito mas o volume da erecção foi o suficiente para me fazer voltar á realidade, o que me lembrou o meu pai e o que ele me fazia e simplesmente não estava preparada para fazer aquilo por vontade própria, sem dúvida que não, e sem querer as lágrimas escorreram-me pela face e sai do seu abraço, peguei na minha mala e sai a correr do quarto dele, eu ainda ouvi-o a chamar por mim, mas corri tanto que só parei quando entrei dentro da minha casa.

Deslizei pela porta abaixo do meu quarto e lá fiquei a chorar, chorei o resto da tarde toda e só ouvia o toque do meu telemóvel, mas não liguei para isso, apenas ignorava as chamadas pois não estava em condições para falar com ninguém e continuei do mesmo modo como cheguei.

Como dizer ao rapaz que amo que tenho pânico de me entregar, pois o meu adorado pai escolheu meter-me esse pesadelo na minha vida e assim achar que tudo é horrível?

Pois, não consigo, e cada vez mais acho que o Jake não deveria estar comigo, eu só tenho problemas, eu só atraio problemas, eu não mereço ninguém e muito menos um rapaz tão perfeito como o Jacob.

Eu pensava que a noite não poderia piorar, mas piorou, e muito.

O meu pai chegou a casa completamente bêbado e foi logo direito para o meu quarto, levantou-me do chão e deitou-me na cama.

Como passei a tarde toda a chorar, estava completamente exausta e nem dei luta, simplesmente deixei o meu pai me despir, mas antes de me penetrar pegou na minha mão e levou-a ao seu membro e obrigou-me a mexer naquilo, se fosse noutra altura até vomitaria ali mesmo, mas no estado que estava só queria que aquilo acabasse para poder descansar, quando sinto a minha mão suja de um líquido branco horrível, ele abre-me as pernas e penetra-me com força, sem dó nem piedade, nessa altura já não sabia o que era dor, simplesmente estava num estado que já não sentia nada nem ouvia nada e a partir de um momento deixei levar-me pela inconsciência e não sei até quando aquilo continuou, mas quando o despertador tocou na manha seguinte já não havia rastos do meu pai ao meu lado.

Levantei-me com dificuldade e fui tomar um banho.

Quando me vesti, desci e bebi um copo de leite e depois sai de casa.

Ao sair do portão vejo o Jake a vir em minha direcção.

- Nessie, preciso de falar contigo. Sobre ontem…Nessie…desculpa. – ele tentou se explicar.

- Desculpa eu Jake…eu não… - ele não me deixou terminar e beijou-me, um beijo muito mais calmo e com muito amor á mistura, o beijo que eu tanto amo e que me faz esquecer tudo e todos.

- Não tens que pedir desculpa. Eu nunca te pressionei, e aquilo ontem saiu um pouco fora do meu controlo, mas não volta a acontecer…eu espero… - ele disse-me ainda abraçado a mim.

Todas aquelas palavras entraram com uma faca no coração, ele deve pensar que sou virgem, mas tudo não passa de uma ilusão, o motivo de não conseguir me entregar é simplesmente o terror que tenho, mas isso não iria explicar a ele, não agora, não neste momento.

O Jake voltou-me a beijar e depois fomos em direcção a escola, para mais um dia de aulas secantes e sem vontade nenhuma de as ter, mas uma coisa tinha a certeza: o Jake estaria sempre ao meu lado e isso superaria tudo o que houvesse daí para a frente.

As primeiras aulas foram uma tortura, o professor de inglês decidiu dar uma nova matéria que iria sair para o teste que era já na próxima aula e toda a turma entrou em parafuso, resultado: a aula foi uma desgraça, a outra professora decidiu que tínhamos que fazer um resumo da matéria seguinte, nota: sem darmos a matéria, e apresentarmos á turma, resultado: não correu nada bem.

A hora do almoço foi mais um momento para esquecer.

Os amiguinhos do Jake, ou melhor dizendo: ex-amiguinhos dele, vieram chatear o Jake.

- Então Jacob, agora já nem almoças connosco? Fartamo-nos de te ligar ontem, mas não respondeste. – começou um deles.

- Desculpem, mas estava ocupado. – eu via que o Jake estava desconfortável, então decidi dar-lhe um pouco de espaço para conversar com os amigos.

- Não vais sair por causa deles, pois não? – perguntou-me o Jake quando me levantei.

- Não, eu já venho, vou lavar as mãos. – disse-lhe e fui em direcção á casa-de-banho.

Quando entrei estava completamente vazia então lavei as mãos e quando estava a sair uma rapariga loira, a tal de Hilary, empurra-me de volta para dentro da casa-de-banho.

- Olha quem aqui está. – começa ela.

- Olha se não é a nova conquista do Jacob… - disse a outra rapariga que era morena e começaram-se a rir.

Eu tentei sair, mas elas impediram-me.

- Então? Já queres ir embora? Ainda agora chegámos. – disse de novo a loira.

- Tenho aula a seguir, tenho que sair com licença. – tentei ser bem educada, mas elas voltaram a impedir-me.

- Queres sair? Pensasses nisso antes de te meteres no meu caminho. – disse-me a Hilary encostando-me á parede – Eu avisei-te…tantas vezes…todos os bilhetes que te escrevi e tu simplesmente mandaste-os para o lixo, não ligaste nenhuma, agora vais pagar pelo que fizeste. Ele é meu. Meu…ouviste? – ela disse-me apertando-me o pescoço.

Era só o que me faltava, então aquilo era dela, mas já não me bastava o meu pai, agora tinha que levar com uma louca a agredir-me.

- Pa..para… - tentei falar, mas ela estava a apertar com muita força.

- Achas que é pouco?- e mando-me contra a parede do fundo da casa-de-banho e lá fiquei encostada – Mas sabes, eu tenho pena de ti, o Jacob só quer uma coisa e quando ele se fartar muda para outra nova e depois estarei cá para rir da tua cara. Adeus querida e boa sorte. – e começaram-se a rir as duas, elas saíram da casa-de-banho e ouvi a fechadura a virar, elas tinham fechado a porta á chave.

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O que me podia mais acontecer?

Estava trancada na casa-de-banho e todas as minhas forças foram para o espaço e comecei a chorar.

Deslizei pela parede e lembrei-me das palavras da Hilary “quando ele se fartar muda para outra”, “quando ele se fartar muda para outra”, “quando ele se fartar muda para outra”, aquilo martelava e martelava na minha cabeça repetitivamente.

Será que ela tinha razão?

Será que o Jacob só queria aquilo de mim e depois deixava-me?

Não sei o que hei-de pensar, mas agora tenho é que sair daqui e depois trato do resto.