Lugar para Amar

Capítulo 6 - Marcas do Passado

Capa: <a href=\"http://4.bp.blogspot.com/_-AViCfpvqog/TLSPKjixx5I/AAAAAAAABHI/uNmc2TYSK8U/s1600/6%C2%BA+Cap%C3%ADtulo.jpg\">http://4.bp.blogspot.com/_-AViCfpvqog/TLSPKjixx5I/AAAAAAAABHI/uNmc2TYSK8U/s1600/6%C2%BA+Cap%C3%ADtulo.jpg</a>   6º Capítulo – Marcas do Passado   Não sei como é possível, mas estou a voltar a sorrir, estou a voltar a ser feliz. Qual o nome para a minha felicidade? Jacob Black. Desde aquele trabalho de literatura que a minha vida mudou completamente, o Jake faz-me bem, faz-me sentir feliz, faz-me sentir que sou alguém e que poderei ser alguém. Ele trouxe a felicidade que perdi aos seis anos, com ele ao pé, eu sei que poço superar tudo e todos, incluindo o meu pai e os seus maus tratos que, incrível que pareça, já não é tão diariamente, ele simplesmente me ignora, mas não sei por quanto tempo irá ser isto, mas por enquanto só quero aproveitar a minha amizade com o Jacob, ele é muito simpático e nada comparado com o que dizem dele na escola, ele é um querido. “Ai Renesmee para de pensar nele”, mas não sei como é que faço para não estar a lembrar-me dele, eu só quero pensar nas coisas boas que me acontecem, as más dispenso relembrar, e em todas as situações que fui feliz ele estava lá sempre e nestes últimos sonhos têm sido todos sobre ele, todos eles o Jacob me diz que gosta de mim e que quer ficar comigo para sempre, beija-me com aqueles lábios carnudos, “ai como gostava de ser beijada por ele, mas Renesmee, acorda para a vida ele nunca se interessaria por uma rapariga como tu, ele apenas quer ser teu amigo, e se algo mudar é para menos e nunca para mais.” Mas uns dias comecei a pensar que antes de vir para Forks eu tinha a certeza que algo iria mudar, que algo iria acontecer, na altura não sabia se era bom ou mau, mas agora tenho a certeza que a minha mudança para Forks só me trouxe alegrias, pois pela primeira vez pude sorrir com vontade e ser feliz. Era mais um dia de aulas e estava sentada na minha cadeira na sala de aula com o Jake ao meu lado, ele nestes últimos dias parece que me quer dizer alguma coisa, mas nunca me diz, não sei, será que ele está farto de mim? Decidi tirar isto a limpo, mesmo que me doa, eu quero o melhor para ele e não me importo de perder uma amizade caso ele já não sinta mais paciência para me aturar, eu sabia que este dia ia chegar, pensava era que não fosse tão cedo, mesmo com estas inseguranças todas escrevi no caderno: “O que se passa?” Toquei-lhe no braço e ele leu o que eu escrevi. Após um momento de reflexão, escreveu por baixo: “Depois falamos.” Eu assenti e continuei a tomar atenção á aula. Ele estava cada vez mais nervoso e quando tocou saiu da sala de aula a correr. Quando fui atrás dele, vi-o a conversar com o tal de Embry. - Jacob, o que se passa contigo? Agora nem falas connosco. - Embry eu apenas quero passar de ano, preciso de estudar e tu devias fazer o mesmo. – após o Jake ter dito isto o Embry começou a rir. - Estás a brincar certo? Estás a gozar comigo? Diz lá a verdade andas a comer a branquinha? – o Jacob irritou-se e encostou-o á parede. - Vê lá como falas da Renesmee. Ela não é dessas. Ouviste? – eu nunca tinha visto o Jacob assim, ele estava completamente alterado. - Hii Jacob, acalma-te sim? Pronto mas agora andas sempre com ela? E estás diferente, já nem alinhas connosco nas cenas, ela mudou-te e está pior. Já não és o Jacob que conhecíamos. - Pois não e com muito gosto, estou farto das vossas cenas, estou farto de ser quem era, diz isso ao Sam, eu estou fora. – ele ia virar-se para ir embora. - Não faças isso, vais-te arrepender, sabes bem que o Sam não vai deixar isto assim. - Eu tenho direito a escolher quem quero ser e que tipo de pessoa quero ser, e não é como o Sam que eu quero ser. - Então o que vais fazer? Passar de ano, ires para a faculdade e achas que depois disso teu pai que não te liga nenhuma é que vai saber de ti? - Cala-te. Avisa o Sam do que te disse. - Vais-te arrepender. – e depois disso saiu da escola, eu vou atrás dele, mas nesse momento sinto alguém puxar-me o braço e era o tal de Embry. - Tu vais te arrepender do que fizeste, ele não era assim, tu mudaste-o, nunca devias ter feito ele mudar. – fiquei estática com o que ele disse. - Mas eu… - tentei argumentar, mas ele não deixou. - Mas nada, vais te arrepender. – e saiu a correr pelo corredor da escola. Eu fiquei estática no mesmo lugar. Será que ele mudou mesmo por mim? Não, claro que não, isso é impossível, ele já devia querer mudar para melhor e foi apenas coincidência ter sido na mesma altura que eu cheguei á escola. Sai da escola e fui para o pátio á procura dele, mas nada de Jacob Black, nem um sinal dele. Quando tocou para a segunda hora entrei na sala e ele entrou pouco depois e tentei saber como ele estava. “Estás bem? Procurei-te no intervalo mas não te encontrei.” Ele lei e respondeu por baixo. “Estou bem, depois falamos.” Assim passou toda a aula, ele estava muito calmo e sereno, ao contrário da primeira aula. O segundo intervalo ele não quis falar nada e apenas ficamos a falar sobre coisas banais, do tipo: música, livros e outros gostos. A outra aula passou rápida e já estava na hora do almoço e fui em direcção ao refeitório. Sentei-me na mesma mesa de sempre, mas uma coisa completamente diferente aconteceu hoje, o Jacob estava a vir em minha direcção com o tabuleiro e parou em frente á minha mesa. - Poço me sentar aqui contigo. – perguntou-me com aquele sorriso de partir o coração a qualquer criatura. - Claro…mas porque é que não estás com os teus amigos? – perguntei-lhe. - Achei que estavas farta de almoçar sozinha e decidi fazer um pouco de companhia. – ele respondeu-me, mas eu sabia que era mentira. - Ah, Ah? Conta-me outra. – tentei com um ar sorridente e indiferente. - A sério. Mas também estava farta deles, estão sempre a falar do mesmo e a verdade é que gosto muito mais de estar na tua companhia do que com eles. – disse-me novamente com o seu maravilhoso sorriso. - Uh está bem, vou fingir que acredito. – fiz-me de indiferente. - A sério… - e o almoço foi um dos mais divertidos que já tive, ele estava sempre a tentar que eu acreditasse que estava ali por mim, mas eu sabia a resposta, ele estava farto dos colegas e é a única mesa vaga do refeitório, logo era aqui ou no chão. No fim da última aula, o Jacob pediu para falar comigo dois minutos. - Nessie, vamos ter teste para a semana e eu não estou a perceber nada da matéria, podias-me ajudar? - Claro que sim. – respondi-lhe. - Óptimo. Então ás 16 horas na minha casa? – perguntou-me. - Claro, lá estarei. – e assim fui em direcção ao autocarro. Quando cheguei a casa comi uma peça de fruta e um copo de leite, quando dei conta já eram quatro da tarde e sai de casa com os livros e os meus apontamentos da matéria para o teste da semana que vem. Toquei á campainha e ele atendeu logo de seguida e puxou-me escada acima. - Jake não vamos estudar na sala? – perguntei-lhe nervosa para onde ele me levava. - Não, o meu pai vai ter uns clientes daqui a pouco e precisa da sala, então vamos estudar no meu quarto. – quando ouvi “meu quarto” engoli em seco, como assim “meu quarto”? – Há algum problema? - Claro que não. – tentei logo disfarçar o nervosismo. Quando entrei no quarto foi um total choque, sempre imaginei um quarto de rapaz todo desarrumado, com posters de raparigas e assim um pouco…um pouco á rapaz. Mas o quarto dele era todo arrumado, em tons azuis, com uma cama de casal no meio do quarto, em cima dela uma colcha simples azul escura, uma secretária branca e um roupeiro enorme também branco, na janela uns cortinados transparentes azuis escuros. Cheguei junto á secretária e reparei na enorme colecção de caros e motas antigas que ele tinha em cima, eram todos lindos, cada peça era mais bonita que a outra. - Fazes colecção? – perguntei-lhe analisando os objectos. - Fazia, agora já não ligo muito. Isso era na altura que ainda não podia conduzir, como não podia andar numa coisa dessas, imaginava como seria e adorava ter essas miniaturas. Mas gora é muito melhor sentir a adrenalina do vento e da velocidade. - Uh pois acredito. Então vamos estudar? - Claro. Senta-te nessa cadeira. – ele disse-me para sentar na cadeira junto á secretária e ele puxou um banco junto á janela que ainda não tinha visto. A tarde passou bem rápida, eu acho que lhe consegui fazer-lhe entender toda a matéria e tenho a certeza que com algum estudo ele consegue uma boa nota, afinal ele não é burro, se o Jacob perceber a matéria e estudá-la ele é capaz de ser um bom aluno, no passado não havia era motivação, mas agora acho que ele realmente percebeu que tem que estudar para conseguir passar de ano e tentar fazer um curso.  - Estou farto, por mim chega por hoje. – ele disse levantando-se do banco. - Está bem, concordo, eu acho que já percebeste bem a matéria, agora só tens que estudar um pouco mais e também ter paciência. – ele sorriu para mim, e foi nesta altura que me lembrei da promessa da manhã. – Jake, disseste-me que contavas o que se passava contigo na primeira aula. Não queres falar agora? – perguntei-lhe. Ele levou um susto, não sei se foi por causa de me ter lembrado ou se é realmente a noticia que é má, mas eu estou preparada, se ele não me quiser ver mais não me importo, todos os momentos que passei com ele até hoje vale tudo. - Ai Nessie, é complicado. – ele começou. – Nem sei por onde começar. - Que tal começares pelo inicio? – sorri-lhe. - Tudo começou pela minha mudança. Há uns dias, perguntaste-me como eu era antes de te conhecer, bem eu era mau, tratava tudo e todos muito mal, apenas era amigo para o meu grupinho. Tratava muito mal as raparigas, só queria uma coisa delas, mas eu não era assim, comecei assim desde a morte da minha mãe, o meu pai isolou-se no trabalho, não querendo saber dos filhos, as minhas irmãs saíram para a faculdade e restei eu, aqui nesta enorme casa, sozinho, mesmo tento o meu pai 24 horas aqui dentro de casa, ele fecha-se no escritório e não fala com ninguém, então comecei a sair com o grupo do Sam e divertia-me e esquecia os problemas, mas isso apenas me trouxe mais problemas e só vi o que tinha feito á minha vida no dia em que entraste na minha nela. – Eu ouvia tudo muito e não abria a boca para dizer nada, ele pela primeira vez está a abrir-se comigo. – E tu mudaste-me. – fiquei perplexa, “eu”? - Eu?!? – perguntei-lhe. - Sim Nessie, não sei o que aconteceu comigo, mas nunca me senti assim por ninguém. Eu gosto de estar ao pé de ti, eu sinto-me bem junto de ti, contigo poço ser verdadeiramente eu, sem me preocupar com o que vão dizer e com o que se passou ou com o que se vai passar. Foi por ti que mudei, eu soube desde o primeiro dia que te vi que eras especial, e não podia continuar sendo como era se quisesse estar junto a ti. Então decidi ser uma pessoa melhor, uma pessoa que alguém poça admirar e saber que pode confiar em mim. – ele juntou-se a mim e acariciou a minha cara com a sua mão. – Não sei o que se passa comigo, mas nunca me senti assim… - ele olhava-me com carinho, os seus olhos brilhavam. - Jake, eu também me sinto muito bem contigo, tu fazes-me feliz como nunca ninguém conseguiu. – ele foi aproximando-se do meu rosto e fechando os olhos, eu não acredito, ele ia-me beijar? Deixei-me levar e fechei os olhos, mas não sei o que aconteceu, mas quando os fechei veio-me a imagem do meu pai numa das noites no meu quarto a beijar os meus lábios e a forma como era nojento e horrível de mais, então afastei rapidamente o Jacob antes mesmo de ele me tocar e levantei-me da cadeira. - Desculpa. – pedi-lhe e sai do quarto. Mas antes de chegar ás escadas ele segurou-me no braço. - Nessie, desculpa não devia ter feito aquilo. - Jake, não, o problema sou eu, a sério, desculpa. – e já sentia que a qualquer momento iria chorar. Como é que o meu pai pode estragar o momento que mais aguardava? O Jake abraçou-me e fez-me festinhas no cabelo, com apenas aquele toque senti-me segura nos seus braços e quis nunca mais sair dali. Ele levantou a minha cara puxando o meu queixo para cima e encarou-me. - Quero que conheças um lugar mágico. – disse-me com um sorriso nos lábios. - O quê? – perguntei-lhe. - Quero que conheças La Push, alinhas? Este sábado, podes? – ele estava a convidar-me para sair? Só poço estar a sonhar mesmo. - Então aceitas? – perguntou-me novamente. - Claro que sim Jake, estou ansiosa. – ele já me tinha contado enumeras histórias de La Push e como era bonita e eu estava ansiosa de a conhecer, nunca pensei era que fosse ele mesmo que me apresentasse. - Ainda bem. – ele puxou-me para um abraço de urso. - Jake tenho que ir, o meu pai já deve estar em casa. - Esta bem eu levo-te á porta. Fui buscar os meus livros ao quarto dele e ele levou-te até á minha porta, quando despedimo-nos apenas disse-lhe um simples “Adeus, até amanhã.”, a mesma coisa da parte dele. Estou ansiosa que chegue sábado e tenho bons pressentimentos sobre esse dia.

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