O Soldado da Rosa Vermelha

O doce mel dos teus lábios.


O doce mel dos teus lábios.

“Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão.
Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião
E disso os loucos sabem…”.

Bella não sabia exatamente o que estava acontecendo, tudo ali era novo. Seu corpo estava arrepiado de forma intensa e prazerosa, aqueceu-se, emitindo ondas elétricas por toda sua extensão; tudo isso por um simples roçar de lábios do soldado – ajoelhado – a sua frente. E ela corou. Céus! Como corou apercebendo-se da intimidade que ali surgiu.

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Mas ela não pensava em nada – por enquanto –, sua atenção estava voltada para o homem a sua frente.

Era macio, quente, intimo... Doce. Para Edward os lábios de Isabella esse gosto possuíam. Apesar de não aprofundado, o beijo já entrara para a sua lista de melhores, ocupando o primeiro lugar. E ela era inexperiente – percebeu isso quando notou certo nervosismo na mulher quando os lábios se encontraram –, sentiu o pequeno corpo se arrepiar e logo após o seu. Se pudesse, ele teria a levado para a cama e lá a transformado em mulher. Mas ele não podia, pois Bella era especial.

Não se sabe ao certo o que o levou a esse beijo, mas disso ele não se arrependera; nem mesmo quando se separou e notou a vergonha presente na face corada da mulher.

E então o beijo fora quebrado e os olhos abertos para a realidade diante de si, Bella primeiramente sentiu vergonha, mas depois alegria pela nova experiência – diga-se de passagem, ótima – que acabara de compartilhar... Com a pessoa certa.

Os olhos a fitavam com algo profundo e desconhecido, a face estava afastada e o corpo também, porém o coração permaneceu cavalgando no mesmo ritmo de Isabella. As pequenas mãos foram para a faze máscula do homem e lá ficaram.

De uma coisa era certa: o comportamento de ambos era uma afronta para a época em que estavam. Mas isso de nada os atingia, pois o que estava li presente e intenso; superava eras e mais eras de regras rígidas e casamentos forçados.

Edward desfrutou do toque das pequeninas mãos, ainda ajoelhado, fitou-a de forma intensa e instigante.

_ És doce como mel, senhorita. _ Afirmou sério, mas com os olhos brilhando pela excitação que o simples roçar de lábios havia proporcionado a ele.

Bella corou diante o comentário do homem, e Edward ao ver isso sorriu levemente – achando certa graça na faze rubra da mulher.

E eles permaneceram assim, juntos, de frente para o outro, tempo suficiente para se darem conta que o tempo passava e que já estava ficando tarde.

Edward se levantou – sentindo os joelhos protestarem – e ofereceu a mão a Bella que não tirava os olhos de sua figura alta e imponente. Ela repousou sua pequenina e delicada mão na grande de áspera e Edward, que a guiou até a pequena cozinha e lá a fez ficar; pegou dois pratos de porcelana e neles colocou a torta de morango que comprara na feira à tarde – logo após a visita da mulher –, e se voltou para Bella que o esperava sentada num dos banquinhos da velha mesa.

_ Nada mais certo do que devolver o favor. _ Respondeu ele simplesmente ao notar o olhar curioso da mulher sob si. Era estranho, mas ele a decifrava com facilidade.

Elas degustaram a torta em silencio, ele não sentia a necessidade de dizer algo e ela dizia tudo com o sorriso simplório nos lábios doces que Edward ansiava em tocar novamente. Às vezes ambos sorriam juntos, até mesmo riam – Edward emitia um som estranho enquanto o corpo de Bella se mexia sob sua risada silenciosa – todo o silencio se encaixava na melodia não-sonora composta somente pelo olhar que ambos eram capazes de emitir; naquele momento – e em muitos outros – palavras não eram necessárias.

Porém, sob todo aquele silêncio, a curiosidade remoia o âmago de Edward. O soldado que um dia fora cruel, agora se via curioso sobre a vida da mulher a sua frente, ele desejava tudo dela: nome, pais, a historia de sua vida... Mas isso logo se evaporava quando se lembrava de sua mudez. Céus! Ele ansiava pela voz daquela mulher mais do que seu corpo!

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A torta havia acabado, mas Bella se recusava em deixar a casa do homem que lhe tocara. Ela estava atada a ele; era como se um imã a prendesse e a impossibilitasse de se afastar, e ela não queria isso, só Deus sabia da falta que esse homem já fazia em sua vida.

Tudo estava acontecendo muito rápido, o sentimento nascia com uma facilidade impossível e o laço já criado por ambos se fortalecia a cada segundo juntos. Era impossível que o soldado cruel e sem coração fosse se apaixonar pela criada com o coração mais amorosa de todo o condado.

Eram completamente opostos e ambos possuíam desejos diferentes.

Estavam completamente dependentes um do outro.

Ambos não sabiam... mas estavam apaixonados.

Um sentimento desejado e odiado e que provocará reações diferentes em cada um.