Percy Jackson e o Enigma de Afrodite

Um duelo com um cachorro.


Acordei com a conversa de algumas pessoas, mas continuava de olhos fechados. A dor era tanta que nem conseguia abrí-los.

- Mas ele não pode sair assim! É perigoso! - Acho que é Thalia, não sei, não consigo identificar.

- ... Já demos ambrosia para ele, vai ficar bem. - De repente um gosto muito bom veio à minha boca, aquele gosto familiar dos cookies azuis que minha mãe fazia.

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- Aaai... - Tentei abrir meus olhos. Depois de me acostumar com a claridade fitei os rostos das pessoas presentes. - Onde estou?

- Que bom que está melhor, rapaz. Nos deu um susto! - Quíron disse abrindo um sorriso. - Você está na enfermaria.

- Percy! Quer me matar de susto seu encrenqueiro? Bem feito, quem mandou mexer com o que estava quieto? Tinha que se meter com os Stoll... - Thalia me repreendia enquanto colocava uma das mãos na cabeça.

- Pensamos que você não iria acordar hoje! Seu caso foi muito grave. - Olhei confuso pra ele.

- O que realmente aconteceu?

- Você não se lembra? - Aceinei negativamente a cabeça para Thalia. - Um dos fogos acertou uma pedra, que foi partida em vários pedaços, e um deles, se não me engano, o maior, foi direto pra sua cabeça, então você desmaiou.

Gemi baixinho. Isso que dá ficar "brincando" com os Stoll.

- É Percy, quem mexe com fogo sai queimado. - Olhei pra ela. - Que foi?

Quando eu ia respoder a porta foi aberta bruscamente, revelando uma loira aflita.

- Como ele está? A cabeça está sangrando ainda? Ele já acordou? - Ela berrava tanto que minha cabeça parecia que iria explodir.

- Hey, vai com calma, assim minha cabeça explode. - Quando eu falei Annabeth se virou com a cara aliviada. Ela estava horrível, sua aparência era cansada e seus olhos estavam vermelhos.

- Oh Percy! Fiquei tão preocupada! - Disse ela correndo até a minha cama e me dando um abraço. - SEU IDIOTA NUNCA MAIS FAÇA ISSO, ESTÁ ME ENTENDENDO? - Ela me deu um soco no braço. Doeu.

- Ok, não faço mais. Quanto tempo eu fiquei desmaiado, Quíron?

- Hum. Acho que foram dois dias.

- O QUÊ? Amanhã eu tenho que sair para a missão!

- Eu acho que você tem que conversar com o Senhor D. antes, Percy. - Olhei para Quíron, ele estava com aquela feição preocupada. Dei um sorriso.

- Pode deixar que eu falo! Mas antes eu quero esticar as pernas! - Disse enquanto me sentava na cama. Uma tontura horrível se apossou de mim.

- Acho melhor não, Percy. Ainda está muito debilitado.

- Que nada Quíron. É só uma fraqueza. Me recupero rápido. Aliás, tenho que ver alguém que não vejo faz um tempo. - Saí cambeleando sob os olhares preocupados dos três que permaneciam lá. Quando saí da enfermaria coloquei a mão na cabeça, por estar com dor causada pela claridade. Percebi que ela estava toda enfaixada. Que legal.

Saí andando para a arena do acampamento. Durante todo o percurso recebi olhares curiosos e preocupados. Chegando ao meu destino, fiquei parado por um tempo, esperando ela chegar. Até que um vulto enorme e negro pula sobre mim, me derrubando no chão.

- Ah! Senhora O'Leary! Quanto tempo, não é garota! Dessa vez vai com calma, to machucado! - Ela latia e abanava o rabo de um lado para o outro, estava feliz com a minha visita, mas quando eu disse a útima frase ela compreendeu e saiu de cima de mim. - Preciso de alguém para treinar comigo hoje. Aceita? - Ela deu um "Au!" e saiu latindo. Peguei contracorrente no bolso, destanpando-a e tranformando-a em espada. Agora era um duelo.

A Senhora O’Leary rosnou para mim, mostrando que não iria pegar leve comigo. Dei um sorrisinho para ela e fiz um sinal com minha mão direita, pedindo para ela me atacar.

Seus olhos ficaram iguais aos do primeiro cão infernal que eu enfrentei, no dia da minha primeira captura à bandeira. Um calafrio passou por minha espinha. Me autocontrolei e percebi meus sentidos ficarem mais aguçados. Ela partiu para cima de mim com a boca aberta. Desviei com facilidade e parti para cima, tentando acertá-la, mas é claro que eu não a machucaria. Não queria ela no tártaro.

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A Senhora O’Leary desviou por pouco e me atacou novamente, acertando a pata no meu peito e me fazendo voar uns dois metros. Levantei um pouco cambaleante, estava um pouco cansado, mas não fazia mal, seria meu último treinamento antes da missão e eu precisava desenferrujar.

Ataquei com todas as minhas forças e consegui o que queria, derrubei-a no chão, fazendo-a ficar de barriga para cima. Apontei contracorrente para onde deveria ficar seu coração, mas acho que monstros não têm.

- Ganhei. – Ela latiu feliz e me deu várias lambidas, me derrubando no chão. Eu ria tanto que já estava ficando sem fôlego. Depois de um tempo a Senhora O’Leary parou de me lamber, assim me deixando sentar.

- Parabéns garota! É uma ótima lutadora! – Ela latiu feliz e eu afaguei suas orelhas. – Tenho que ir, vou tomar um banho para almoçar. Até mais Senhora O’Leary.

Dei um último tchau para a minha cadela e ouvi ela ganir, toda triste. Fiquei com pena, mas eu sabia que Nico iria cuidar dela direitinho.