Top Secret

Ode à chuva e o despertar de uma aurora mal-amada


Ah, não, chuva, não vá embora!

Não me deixe aqui sozinha com essas nuvens alvas como neve, esses malditos flocos de algodão banhados na glória do amanhecer que ferve!

Não!

Preciso de vós e de vossa suprema densidade e tédio!

A melancólica dança das vossas nuvens cinzentas é o rémedio

Que me mantém desperta e lúcida nesta noite apagada...

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Ó céus limpidos com o raiar da aurora!

Já ouço o som dos pardais a singrar o firmamento, em júbilo infinito pela manhã que chega!

Prefiro mil vezes a companhia e o som cálido daquela garoa fina que me tremia os dentes pela madrudada de saraivada.

Volta, chuva ingrata!

Tu que me molhaste o rosto em pranto, enxuto de lágrimas, ensopado de orvalho....

Volta, chuva vil!

Prefiro-te mais que infinitos amanheceres, com suas terríveis cores de fogo, paixão e prazeres!

Queima-me, chuva infiel!

Quero-te em mil madrugadas, eterna e calada, a molhar minhas mãos estendidas para o céu....

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.