Mrs. Potter

Capítulo 28


Mrs. Potter

Capítulo 28

Ele estava ali. Com roupas lindas de gala.

Pulei da cadeira, jogando meus braços em volta do seu pescoço, abraçando-o e falei rapidamente:

-Nunca faça mais isso comigo! Ah, foi tão solitário. Eu senti tanto a sua falta... E como foi lá? Por que está vestido assim? Achei que você iria me avisar quando voltaria... Ah, Harry!

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Ele riu, me abraçando. Senti as lágrimas rolarem pelas minha bochechas, mas eu pouco ligava.

-Eu também senti sua falta. Lá foi complicado. Estou vestido assim para fazer uma surpresa a você, isso responde a próxima pergunta também.

Harry se afastou um pouco, para olhar nos meus olhos. Deixei um soluço escapar, enquanto eu via novamente aqueles lindos olhos verdes.

-Ei, não chore – pediu, limpando minhas lágrimas com os dedos. – Eu estou aqui. Tudo vai ficar bem.

Como era reconfortante ouvir aquelas palavras. Beijei-o apaixonadamente, só parando quando James gritou "Papai!".

-E aí, garotão? – cumprimentou Harry, pegando-o no colo com um braço e com o outro, Alvo. – Como ficaram sem mim?

-Mal – James balbuciou e Alvo fez que sim com a cabeça.

Sorri, apoiando-me no encosto da cadeira, enquanto via, ao longe, Rony, Hermione e Rosa abraçados num big abraço em família.

-Faaaala Teddy! – Harry exclamou, estendendo a palma da mão, enquanto Teddy batia e eles socaram as mãos um do outro. – Como vai?

-Na boa – respondeu e eles riram.

A música mudou para uma mais animada e os olhos de Harry e os meus se encontraram, falamos juntos:

-As Esquisitonas!

-'Bora todo mundo pra pista de dança! – convidei, pegando Alvo no colo.

Harry, com James já no colo, eu, Alvo e Teddy fomos para a pista de dança. Vários casais vieram também e ficamos um bom tempo lá, relembrando os velhos (nem tão velhos) tempos.

Teddy, Alvo e James logo se cansaram e foram para a mesa, onde Rosa, minha mãe e meu pai estavam. Rony e Hermione se juntaram a nós logo depois.

Hermione abraçou Harry com tanta força que acho que o vi ficar roxo, ou devia ser a luz. Eu, para não ficar no vácuo, abracei Rony.

Quando nos demos por cansados demais, fomos nos sentar. James e Teddy pareciam brincar de alguma coisa, que Teddy o ensinava. Alvo e Rosa apenas observavam, tentando imitar.

-Estão aproveitando, hein? – fez minha mãe, sorrindo.

-É. Temos direito, né? – perguntei, dando de ombros e tomando a minha cerveja amanteigada.

Era domingo de manhã, algumas semanas depois da volta de Harry. Sem abrir os olhos, me espreguicei e procurei sentir Harry ao meu lado, mas não tinha ninguém.

Abri os olhos rapidamente e me vi sozinha na cama. Ele já deve ter descido, pensei e me encaminhei para o banheiro. Tomei um banho, me arrumei e fui no quarto de Alvo e James.

Nenhum dos dois estavam lá.

-Harry? – chamei, preocupada e minha voz ecoou na casa, aparentemente, deserta.

Apertei a varinha, como um meio de precaução, antes de descer as escadas. A sala de estar estava vazia e a cozinha também, mas a porta dos fundos estava aberta.

Aprumei-me, espiando pela janela e lá estava Harry, ensinando Alvo a voar em uma vassoura pequenininha, que pertencia a James.

Sorri e fui até eles.

-Bom dia – cumprimentei James com um beijo na bochecha, e assim com Alvo.

-Bom dia – Harry sorriu e me enlaçou pela cintura.

-Hum, acordou de bom humor hoje? – perguntei, passando os braços por seu pescoço.

-Parece que sim.

Ele me deu um beijinho rápido e me puxou pela mão para a cozinha, com Alvo e James nos seguindo.

-Estávamos te esperando para tomar café – comentou.

-Estão de pé há muito tempo?

-Não. Mas James queria voar na vassoura e Alvo logo quis também.

Tomamos café, animadamente e logo depois fomos todos ao Beco Diagonal, visitar a Gemialidades Weasley.

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Jorge ficou encantado quando aparecemos e logo levamos quase metade da loja.

-Como vamos fazer amanhã? – perguntou Harry, quando nós estávamos sentados numa colina, perto d'A Toca. James e Alvo brincavam mais a frente.

-Amanhã?

-É o aniversário de três anos de James.

Arregalei os olhos, tentando não demonstrar espanto. Sem sucesso. Harry riu.

-Tudo bem. Eu só lembrei por causa da sua mãe.

-Minha mãe? – perguntei, confusa.

-É. Conversamos ontem, lembra? Lá em casa...

-Ah, é. Bem, acho que devemos fazer um a festa para ele. Sabe, dar um presente de verdade, como uma vassoura maior. Ele já cresceu e aquela vassoura pequena dele não o tira mais do chão.

-Uma boa ideia – concordou – Aí você faz o bolo amanhã enquanto eu os levo para dar uma volta.

-E quem compra o presente?

-Deixamos os dois n'A Toca e vamos agora. Que tal?

-Perfeito, assim eu já falo com a minha mãe.

Levantamo-nos e fomos nos aproximando por trás de nossos filhos. Entreolhamo-nos e pegávamos os dois, levantando-os no ar.

Al e Jay se assustaram, mas logo riram. Fomos para A Toca juntos e, ao chegar, deixei as crianças e Harry com meu pai na sala e fui procurar minha mãe.

Virei-me, assustada e me deparei com a bruxa, baixa e gordinha, ruiva, usando vestes bruxas e com um avental florido por cima.

-Mãe! – exclamei, pondo a mão sobre o peito – Quer me matar?

Ela sorriu e fez um movimento com a varinha.

-Que bom que veio. Acabei de preparar o bolo...

-Só vim para deixar as crianças aqui. Harry e eu vamos comprar o presente de James. Não se importa de ficar com os pequenos por algum tempo?

-Claro que não. Vão comprar o que precisam, não se preocupem com Alvo e James.

-Obrigada – agradeci, sorrindo e fui para a sala – Vamos, Harry?

Este se levantou e nós nos despedimos, aparatando em seguida para o Beco Diagonal.

Compramos vestes novas para todos e logo em seguida fomos para a Artigos de Qualidade para Quadribol.

-O que acha dessa aqui? – perguntei, mostrando-lhe uma vassoura, bem menor que as originais, mas maior que a de James.

-Uma Comet 260... – analisou – É um modelo meio antigo...

-E daí? Você quer James voando numa Firebolt deluxe?

-Não numa deluxe, mas eu quero que ele tenha uma vassoura de qualidade.

-Eu tinha uma Comet 260! – falei, irritada.

-É, mas há quinze anos atrás.

-Não foi há tanto tempo, foi quando entrei no time da Grifinória.

-Certo. Mas faz tempo.

-Tá, vamos ver outro modelo – concordei e andamos pela loja até achar um modelo de Nimbus 6000 pequena.

Levamos aquela mesmo e fomos para casa, depois de pegar Jay e Al n'A Toca.

Acordei cedo, assim como Harry e nós dois descemos para preparar waffles, cereal e, o preferido de James, panquecas.

Subimos novamente e entramos no quarto de James. Este dormia profundamente, quase totalmente descoberto e esparramado na cama.

Sentei-me na bordinha de sua cama e falei, num tom baixinho e meigo:

-James, querido, é hora de acordar.

Os olhos castanho-esverdeados do menino se abriram e ele piscou algumas vezes.

-Bom dia, filho – cumprimentei. Harry apareceu, com Alvo no colo.

-Parabéns, James! – exclamaram juntos. Mas Alvo falou algo mais parecido com "Palabens, James!".

O moreno se empertigou na cama.

-É meu aniversário? – perguntou, com os olhos brilhando.

-É sim, e aqui está seu café da manhã – falei, colocando a bandeja em sua frente.

James pareceu farejar o ar e exclamou, feliz:

-Panquecas!

Rimos e o observamos comer. Desci com Alvo para preparar alguma coisa para ele e logo James e Harry apareceram.

-Presente! – pediu o aniversariante, quando terminamos de comer.

-Você vai ganhar, James, daqui a pouquinho – prometi, enrolando e jogando meus cabelos para trás, enquanto pegava Alvo no colo.

Harry subiu as escadas. Coloquei James e Alvo sentados no tapete e liguei a TV bruxa para distrair. Quando o meu marido voltou, trazendo um pacote enorme às costas, James pulou do tapete e correu ao seu encontro.

-Dá! Dá! Dá! – exclamava ele, pulando enquanto Harry ria e levantava o embrulho acima da cabeça do pequenino.

-Dê a ele, Harry, antes que o menino tenha um ataque – disse eu, rindo.

Ele obedeceu e James arrancou o presente de suas mãos, rasgando-o em seguida.

Houve uma pausa enquanto ele arrancava o papel de presente com as pequenas mãos e quando ele viu que era uma vassoura.

-Uaaau – murmurou, apreciando-a.

-Uma Nimbus 6000 – Harry falou, feliz. – Gostou?

-Cê tá brincando! – James respondeu, sem nem piscar, tocando a mão no cabo de madeira. – Adorei!

Alvo parecia ter gostado também, pois estava ao lado de James, com os olhos brilhando.

-Monte nela, filho – incentivei e ele o fez.

Quando montou na vassoura, seus pés ficaram suspensos no ar por uns trinta centímetros, o que eu achei abuso.

James voou pela casa, sem bater em nada. Exclamou "uhul" quando deu uma voltinha e pousou.

-Obrigado – agradeceu, nos abraçando.

-De nada – respondemos e eu peguei Alvo no colo – Agora a outra vassoura é sua.

Alvo, que estivera muito quieto desde que James montou na Nimbus, sorriu.

O tempo passou rapidinho, e quando fomos ver, já estava na hora de Harry dar uma saidinha com James e Alvo.

Fui para A Toca e ajudei a preparar tudo. Quando deu quase cinco horas, eu subi para me arrumar, com Hermione.

Todos estavam no jardim d'A Toca quando Harry chegou com Alvo e James. Só quando o pequeno pisou no jardim nós aparecemos, assustando-o e gritando "Surpresa!".

A festa surpresa dele foi divertida. Alvo e Rosa brincaram juntos o tempo inteiro, assim como Teddy e Victorie. James ia de um lado para outro, cumprimentando todos e brincando com as crianças.

Eu me afastei um momento, só observando tudo. Minha mãe conversava com Fleur. Meu pai, com Gui, Jorge, Percy e Rony. Audrey, Angelina e Hermione conversavam mais ao canto.

Sorri ao ver Alvo e Rosa sentados, fofamente, ao lado um do outro, brincando. Teddy e Victorie apareceram no meu campo de visão, estavam brincando de pega-pega.

-O tempo passa, não é? – ouvi uma voz ao pé do meu ouvido e me arrepiei toda, levando um susto.

-Você tem que parar de fazer isso! – murmurei.

Harry riu, apoiando o queixo em meu ombro.

-Desculpe.

-Tudo bem.

Ele entrelaçou a mão na minha e ficamos observando.

-E pensar que já tivemos essa idade – falei, apontando com o queixo para Teddy e Victorie.

-Pois é. Um dia James irá entrar em Hogwarts e nem vamos notar que já teremos trinta e seis anos.

Fiz uma careta.

-Na verdade, meu bem, eu terei trinta e cinco.

Sorrimos e ficamos de frente um para o outro.

Antes que eu conseguisse falar mais alguma coisa, senti algo esquisito dentro de mim. Parecia que meu estômago estava se embrulhando e...

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Saí correndo para o banheiro mais próximo.

-Gina! – Harry exclamou e correu atrás de mim, segurando meus cabelos quando eu me debrucei sobre a patente.

Respirei profundamente, lavando a boca na pia e o encarei, preocupada.

-Será?

-Você pode ter enjoado com alguma coisa – deu de ombros – Isso acontece com várias pessoas.

-Talvez – concordei, mas eu tinha uma impressão diferente.